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Esquizofrenia: Sintomas e Diagnóstico

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Bruna Oliveira de Paula – Medicina UFMT / Sinop – Turma 3 
 
Psiquiatria 
Esquizofrenia 
Psicose 
1 ou mais dos seguintes sintomas: 
• Delírios (persecutórios, referência ou bizarros) 
• Alucinações 
• Pensamento desorganizado 
• Comportamento anormal (ou motor desorganizado) 
• Sintomas negativos 
Transtorno delirante ➔ paciente que apresenta delírio 
por pelo menos 1 mês. 
Esquizofrenia 
É junto com a depressão e o transtorno bipolar uma das mais 
conhecidas doenças psiquiátricas do senso comum. Seus 
sintomas classicamente são divididos em dois grupos: 
Positivos → aqueles que trazem uma vivencia psíquica 
patológica e nova ao paciente, sendo representada por: 
alucinações, delírios e discurso desorganizado. 
Negativos → afastamento do paciente das vivencias psíquicas 
externas. São internalizados, como letificação, ↓ de expressão 
emocional e da vontade, o embotamento afetivo, discurso 
empobrecido e comprometimento cognitivo (atenção, 
memoria e função executiva) 
O DSM-V acabou com a divisão dos subgrupos da 
esquizofrenia, como: paranoide, hebefrênica, catatônica, 
simples, residual e indiferenciada, porem o CID-10 mantem. 
 
 
Esse transtorno é mais comum em homens na adolescência 
ou inicio da idade adulta. Em mulheres é mais comum em 
idades mais tardias. 
Fisiopatologia 
3 são os fatores principais que influencia na gênese do 
transtorno esquizofrênico, sendo eles: genéticos, ambientais 
e fatores de ocasião (gatilho). 
Apresentação clinica 
Esquizofrenia paranoide 
A esquizofrenia paranoide costuma se apresentar um pouco 
mais tardiamente do que a hebefrênica. O quadro pode se 
iniciar ou não com o trema, apresentação de um quadro 
ansioso intenso com perplexidade e sensação de um grande 
mal iminente. É também chamado de humor delirante. Esses 
sintomas vao culminar na criação do delírio, juízo 
patologicamente falso em que as características principais são 
a convicção plena, a impossibilidade de remoção, mesmo 
com provas concretas e a quebra com o logico e o cultural da 
pessoa. 
Os delírios são junto a alucinações os principais sintomas 
positivos na esquizofrenia paranoide. Os principais conteúdos 
são persecutórios, místicos, de infestação, de influência, além 
dos fantásticos. Tendem a ser menos sistematizados que os 
apresentados em geral pelos esquizofrênicos paranoides. 
As alucinações são produções sensitivas na ausência de 
estimulo externo. O tipo de alucinação mais comum é a 
auditiva, podendo também apresentar ilusões e alucinações 
visuais, táteis e gustatórias / olfativas, além de movimento e 
corporais. 
Outro sintoma nesse tipo de esquizofrenia e a autor 
referência, quando crê que pessoas conversam e riem dele, 
além de crê que livros e jornais comentam sua vida. 
Outra característica marcante é a desorganização do 
pensamento ou do comportamento. A consciência do eu 
também está alterada. Pode apresentar uma perda do seu 
limite com o mudo de sua unidade de e de sua autonomia. 
É comum também o roubo de pensamento, em que o 
 
Bruna Oliveira de Paula – Medicina UFMT / Sinop – Turma 3 
 
paciente acha que outras pessoas sabem o que ele está 
pensando. 
Os sintomas negativos são mens evidenciados na 
esquizofrenia paranoide. 
Marcadores de gravidade: 
Início na juventude, ausência de gatilho, início insidioso, 
história social, sexual e profissional pre mórbida pobre, 
comportamento retraído, solteiro, história familiar positiva, 
sistema de apoio fraco, sintomas negativos, sintomas 
neurológicos, trauma perinatal, etc. 
Esquizofrenia catatônica 
Os pacientes com esse subtipo de esquizofrenia são incapazes 
de se mexerem, apesar de toda a capacidade dos seus 
membros preservada. Seus principais sintomas são 
imobilidade, mutismo, estupor, negativismo, flexibilidade 
cérea, atividade motora excessiva e sem proposito, além de 
fenômenos do eco. 
Apresentam também negativismo passivo, não fazer o que lhe 
é solicitado e negativismo ativo, fazer o oposto do que lhe é 
proposto. É comum apresentarem ecolalia e automatismo. 
A característica mais observada na catatonia é a 
pseudoflexibilidade cesárea. O paciente nessa condição pode 
ficar horas mantendo uma posição muitas vezes incomoda 
sem alterar. Esses pacientes ficam acamados sendo necessária 
muitas vezes cuidados gerais. 
Esquizofrenia hebefrênica 
Os pacientes heberfrenicos tem um pensamento 
circunstancial, desorganizado, tendendo ao descarrilamento 
de ideias e jargonofasia. Os outros sintomas já foram relatados 
em tópicos anteriores. 
Abordagem diagnóstica 
Anamnese e exame físico completos. Colher informações de 
familiares ou cuidadores. No exame psíquico não há sinais 
patognomonicos. Devem-se afastar principais diagnósticos 
diferenciais e avaliar se secundário ao uso de substancias. 
Exames de rotina 
Hemograma, PCR, Colesterol, Glicemia de jejum, Eletrólitos, 
Função renal, Hepatograma, Tireoide, Prolactina, Sorologia, 
Imagem em casos de suspeita de síndrome neurológica 
associada 
 
 
Critérios diagnósticos DSM-V 
A. Dois ou mais dos seguintes sintomas, sendo que pelo 
menos 1 deles deve ser um dos 3 primeiros: 
a. Delírios 
b. Alucinações 
c. Discurso desorganizado 
d. Comportamento desorganizado 
e. Sintomas negativos 
B. Disfunção social 
C. 6 meses sendo 1 mês de sintomas, podendo existir 
sintomas prodrômicos 
D. Descartados T. de humor e esquizoafetivo 
E. Descartar substancias 
F. Autismo + critérios de esquizofrenia (delírios ou 
alucinações) – 1 mês 
Comorbidades 
Tabagismo, T. de ansiedade, T. de personalidade, síndrome 
metabólica e cuidados com a saúde deturpados. 
Acompanhamento 
Indicações de internação: 
• Agudizacao psicótica com pouca adesão ao 
tratamento medicamentoso 
• Heteroagressividade 
• Risco de suicídio 
• Situação de risco 
• Catatonia 
Abordagem terapêutica 
A principal classe de medicamentos são os antipsicóticos, os 
de primeira geração atuam no bloqueio do receptor de 
dopamina D2, sendo o primeiro utilizado a cloprormazina. Os 
principais efeitos colaterais dos de primeira geração são os 
sintomas extrapiramidais, hiperprolactinemia, discinesia tardia 
e síndrome neuroléptica maligna. 
Os medicamentos de primeira geração de alta potencia 
precisam de menores doses e são mais propensos a gerar 
sintomas motores, já os de segunda geração são mais 
sedativos, com maiores chances de sintomas anticolinergicos, 
alfa adrenérgicos além de possibilidade de ↓ pigmentação da 
retina. 
O mais usado de ↑ potência é o haloperidol e o de ↓ potência 
é a clopromazina. 
A segunda geração de antipsicóticos além de ter um bloqueio 
mais fraco ou modulado do receptor D2, também apresenta 
ação antagonista nos receptores 5HT-3. Contem algumas 
medicações com ação contra os sintomas negativos da 
 
Bruna Oliveira de Paula – Medicina UFMT / Sinop – Turma 3 
 
esquizofrenia, ao contrario dos de primeira geração que só 
atuavam nos sintomas positivos. 
Os mais utilizados de segunda geração são: risperidona, 
olanzapina, quetiapina, clozapina e ziprasidona. 
A ECT está indicada em casos refratários ao tratamento 
medicamentoso, porem só consegue atuar nos sintomas 
positivos, de maneira não sustentada. O tratamento continuo 
com ECT pode ser utilizado nos casos mais graves, avaliando 
o custo benefício. 
Preconiza-se sempre a monoterapia com o antipsicótico, 
escolhendo sempre um de acordo com as características do 
paciente. Normalmente se inicia com um de alta potência, por 
questão de tolerabilidade, segurança e custo (cuidado, no livro 
essa parte difere). 
Se o paciente não responder a dose máxima pode ser feito 
novo antipsicótico, desta vez atípico, também em 
monoterapia e, caso não haja resposta considera-se ECT. 
Após o surto o paciente deve manter a terapia 
continuadamente com o mesmo antipsicótico usado em 
tratamento inicial. 
Diagnóstico diferencial 
Transtornos:delirante, psicótico breve, esquizofrenoide, 
esquizoafetivo, de humor.

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