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Transtornos Psicóticos

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1 TRANSTORNOS PSICÓTICOS 
Gizelle Felinto 
 Síndrome é um conjunto de sinais e sintomas que se encontram 
em um transtorno 
 Quebra de contato com a realidade  psicose 
PSICOSE 
 Psicose: Termo amplo que dependendo do referencial teórico 
pode se referir a personalidade, diagnóstico e outros. 
 “PERDA DO CONTATO COM A REALIDADE” 
 Crise psicótica, surto psicótico, paciente psicótico, sintomas 
psicóticos, personalidade psicótica, filme de Hitchcock ... 
 PSICOSE × PSICOPATIA: 
 Psicopatia  transtorno da personalidade 
TRANSTORNOS PSICÓTICOS 
 CID-10 (OMS): F 20 a F 29 
 Esquizofrenia F 20 
 Transtorno esquizotípico F 21 
 Transtorno delirante persistente F22 
 Transtorno Psicótico agudo e transitório F23 
 Transtorno delirante induzido F24 
 Transtorno esquizoafetivo F25 
 Outros Transtornos psicóticos não orgânicos F28 
 Psicoses não orgânica não especificada F29 
 DSM-5: ESPECTRO DA ESQUIZOFRENIA E OUTROS TRANSTORNOS 
PSICÓTICOS 
 Transtorno Delirante 
 Transtorno psicótico breve 
 Transtorno esquizofreniforme 
 Esquizofrenia 
 Transtorno esquizoafetivo 
 Transtorno psicótico induzido por substancia/ 
medicamentos 
 Transtorno psicótico devido a outra condição médica 
 Transtorno de espectro da esquizofrenia, outro transtorno 
psicótico especificado 
 Transtorno de espectro da esquizofrenia e outro transtorno 
psicótico não especificado 
ESQUIZOFRENIA 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS – DSM-5 
A. Dois (ou mais) dos itens a seguir, cada um presente por uma 
quantidade significativa de tempo durante um período de um mês 
(ou menos, se tratados com sucesso). Pelo menos um deles deve 
ser (1), (2) ou (3): 
1. Delírios. 
2. Alucinações. 
3. Discurso desorganizado. 
4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico. 
5. Sintomas negativos. 
B. Por período significativo de tempo desde o aparecimento da 
perturbação, o nível de funcionamento em uma ou mais áreas 
importantes do funcionamento, como trabalho, relações 
interpessoais ou autocuidado, está acentuadamente abaixo do 
nível alcançado antes do início (QUEBRA DA CURVA DA VIDA) 
C. Sinais contínuos de perturbação persistem durante, pelo menos, 
seis meses 
D. Transtorno esquizoafetivo e transtorno depressivo ou transtorno 
bipolar com características psicóticas são descartados 
E. A perturbação não pode ser atribuída aos efeitos fisiológicos de 
uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra 
condição médica 
 EM PSIQUIATRIA SEMPRE TEM QUE SE TER EM MENTE SE O QUE O 
INDIVÍDUO ESTÁ APRESENTANDO INTERFERE NA SUA VIDA, POIS 
SE NÃO INTERFERE PODE NÃO SER ALGUM PROBLEMA PSIQUIÁTRICO 
(EX: ESPIRITAS TEM “ALUCINAÇÕES”, MAS NEM POR ISSO SIGNIFICA 
DIZER QUE TEM ALGUMA DOENÇA PSIQUIÁTRICA) 
EPIDEMIOLOGIA 
 GÊNERO E IDADE: 
 Prevalência: 1% 
 Igualmente prevalente entre homens e mulheres 
 Diferença quanto a faixa etária de início: 
 Homens: 10-25 anos 
 Mulheres: 25 -35 anos e 40-50 anos 
 Início antes dos 18 anos é precoce 
 Início acima de 45 anos é tardio 
 O início da doença antes dos 10 e depois dos 60 é 
extremamente raro 
 FATORES REPRODUTIVOS: 
 Parentes biológicos em primeiro grau de pacientes 
esquizofrênicos têm um risco 10x maior de desenvolver a 
doença do que a população geral 
 DOENÇAS CLÍNICAS: 
 Esquizofrênicos têm taxa de mortalidade mais alta devido à 
acidentes e à causas naturais do que a população em geral 
 INFECÇÃO E ESTAÇÃO DE NASCIMENTO 
 Estudos indicam que pessoas que desenvolvem 
esquizofrenia têm mais probabilidade de ter nascido no 
inverno e no início da primavera e menos probabilidade no 
fim da primavera e no verão 
 Estudos indicam complicações gestacionais e do parto, 
exposição a influenza, incompatibilidade do fator Rh e 
inanição materna durante a gravidez tem relação na 
etiologia da doença  sugere-se que seja devido a um 
processo patológico do neurodesenvolvimento, mas o 
mecanismo fisiopatológico ainda não é conhecido 
 ABUSO DE SUBSTÂNCIAS: 
 O abuso de substâncias é comum na esquizofrenia 
 Abuso de álcool (presente em 40% dos casos de 
esquizofrenia) aumenta o risco de hospitalização e, em 
alguns pacientes, pode aumentar os sintomas psicóticos 
 Pessoas com esquizofrenia têm prevalência mais alta de 
abuso de drogas 
 Pacientes com uso excessivo de Cannabis (mais de 50 
ocasiões)  6x mais risco de desenvolver o transtorno, 
comparado com não usuários 
 
2 TRANSTORNOS PSICÓTICOS 
Gizelle Felinto 
 Anfetaminas, cocaína e outras drogas semelhantes  
capacidade de aumentar os sintomas psicóticos 
 NICOTINA  até 90% dos esquizofrênicos podem ser 
dependentes de nicotina. 
 A nicotina diminui as concentrações sanguíneas de 
alguns antipsicóticos 
 Pode aumentar sintomas positivos (ex: alucinações) 
 DENSIDADE POPULACIONAL: 
 O transtorno é 2x maior em cidades do que na zona rural 
 FATORES SOCIOECONÔMICOS E CULTURAIS: 
 ECONOMIA  estima-se uma maior concentração da doença 
em pessoas de baixa renda, pois trata-se de uma doença de 
inicio precoce que causa prejuízos precoces e que tem longa 
duração, exigindo um tratamento hospitalar e clínico (as 
vezes o custo é bem alto) 
 HOSPITALIZAÇÃO  mesmo com a medicação antipsicótica, 
a probabilidade de uma nova internação no período de 2 anos 
após a alta da primeira internação é cerca de 40 e 60% 
 FATORES DE RISCO: 
 História familiar de esquizofrenia 
 Pré-natal: infecção (vírus influenza), desnutrição materna 
 Neonatal: hipóxia 
 Infância: abuso físico e sexual 
 Adolescência: uso de maconha  principalmente se o 
paciente já tiver uma predisposição genética 
 Imigrantes, morar em grandes centros urbanos 
 Predisposição genética + fator ambiental  maior risco 
ETIOLOGIA 
 FATORES BIOLÓGICOS  na esquizofrenia tem um papel 
importante para o desenvolvimento do transtorno 
 Quanto maior a grau de parentesco com a pessoa 
esquizofrênica, maior a probabilidade de se desenvolver o 
transtorno  primeiro grau 
 Gêmeos monozigóticos tem maior probabilidade de 
desenvolver a doença do que os dizigóticos, quando há 
predisposição genética 
 FATORES PSICOLÓGICOS 
 FATORES SOCIAIS 
FATORES BIOQUÍMICOS E NEUROPATOLOGIA 
 FATORES BIOQUÍMICOS: 
 DOPAMINA: 
 Acredita-se que o transtorno resulta do EXCESSO DE 
ATIVIDADE DOPAMINÉRGICA 
 Pois  a eficácia e a potência da maioria dos 
antipsicóticos (Antagonista do Receptor da Dopamina - 
ARDs) estão ligadas à sua capacidade de agir como 
antagonistas do receptor de dopamina tipo 2 (D2) 
 Não se sabe a causa  se devido à excesso de 
liberação de dopamina, ao excesso de receptores, da 
hipersensibilidade dos receptores à dopamina ou da 
combinação de todos esses mecanismos 
 A liberação excessiva se relaciona à gravidade dos 
sintomas psicóticos positivos 
 SEROTONINA: 
 Excesso de Serotonina  como causa de sintomas 
positivos e negativos 
 Essa hipótese prova-se com a eficácia da atividade dos 
antagonistas de serotonina (Clonazepina) e de outros 
antipsicóticos de segunda geração, que diminuem os 
sintomas positivos em doentes crônicos 
 NOREPINEFRINA: 
 Uma degeneração neuronal seletiva no sistema neural 
de recompensa da Norepinefrina pode explicar a 
ANEDONIA, um dos aspectos da sintomatologia do 
transtorno 
 ANEDONIA  comprometimento da capacidade para 
gratificação emocional e diminuição da capacidade de 
experimentar prazer 
 Mas não há estudos que comprovem 
 GABA  aminoácido neurotransmissor inibitório ácido-
gama-aminobutírico 
 Perda de neurônios GABAérgicos no hipocampo 
 O GABA tem efeito regulador sobre a atividade da 
DOPAMINA, assim a perda desses neurônios 
GABAérgicos inibidores poderia levar à hiperatividade 
dos neurônios dopaminérgicos 
 GLUTAMATO  a ingestão de fenciclidina, um antagonista 
do glutamato, produz uma síndrome aguda semelhante à 
esquizofrenia. A hipótese se relaciona à hiperatividade, à 
hipoatividade e à neurotoxicidade induzidas pelo glutamato ACETILCOLINA E NICOTINA  aumento dos receptores 
muscarínicos e nicotínicos. Esses receptores tem papel na 
regulação dos sistemas neurotransmissores envolvidos na 
cognição, que é comprometida na esquizofrenia 
 NEUROPATOLOGIA: 
 Principalmente no sistema líbico e nos gânglios da base 
 Também se inclui anormalidades no córtex cerebral, no 
tálamo e no tronco cerebral 
 VENTRÍCULOS CEREBRAIS  na Tomografia 
computadorizada desses pacientes: 
 Alargamento dos ventrículos laterais e do III ventrículo 
 Certa redução do volume cortical 
 Volume reduzido da substância cinzenta cortical  
durante os primeiros estágios da doença 
 Ainda não se sabe se essas alterações progridem com 
o avançar da doença 
 SIMETRIA REDUZIDA  em várias áreas do cérebro, 
incluindo lobos temporal, frontal e occipital 
 SISTEMA LÍMBICO  Papel no controle das emoções 
 Estudos mostraram redução no tamanho da região, 
incluindo AMIGDALA, HIPOCAMPO e GIRO PARA-
HIPOCAMPAL 
 Hipocampo  é menor tanto no tamanho como 
também é funcionalmente anormal 
 CÓRTEX PRÉ-FRONTAL  Déficits funcionais 
 TÁLAMO  diminuição do volume ou perda neuronal em 
subnúcleos específicos 
 
3 TRANSTORNOS PSICÓTICOS 
Gizelle Felinto 
 GÂNGLIOS DA BASE E CEREBELO  envolvidos no controle 
os movimentos 
 Muitos pacientes exibem movimentos bizarros (Ex: 
marcha desajeitada, caretas e estereotipias) 
 Os transtornos do movimento que envolvem os gânglios 
da base são os mais comumente associados à psicose 
(Ex: doença de Huntington, doença de Parkinson) 
 Aumento do número de receptores D2 no núcleo 
caudado, no putame e no nucleus accumbens 
FASES 
 FASE PRÉ-MÓRBIDA  indicadores antes do processo 
patológico se tornar evidente 
 Antes de apresentar os primeiros sintomas o indivíduo pode 
já apresentar uma anormalidade do funcionamento: 
 RETRAIMENTO SOCIAL 
 ATRASO NO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR 
 DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM 
 POUCOS AMIGOS 
 SER QUIETO, INTROVERTIDO, PASSIVO 
 PERSONALIDADE ESQUIZÓIDE OU ESQUIZOTÍPICA  
quietos, passivos e introvertidos. (Ex: Na infância 
tinham poucos amigos, na adolescência podem não ter 
amigos próximos, interesses românticos e também 
evitar esportes de equipe...) 
 FASE PRODRÔMICA: 
 Meses antes do surto o paciente começa a apresentar 
comportamentos diferentes 
 Meses antes da eclosão da psicose propriamente dita há 
geralmente uma queda do funcionamento do sujeito que se 
torna mais isolado, ansioso, pouco comunicativo, com 
ideias distorcidas, sensação de estranhamento do 
ambiente, comportamentos esquisitos e até mesmo 
alterações sensoperceptivas menos complexas 
 Família e amigos podem perceber que a pessoa mudou e não 
está mais funcionando bem em atividades ocupacionais, 
sociais e pessoais 
 Individuo pode começas a desenvolver interesse por ideias 
abstratas, filosofia e por questões ocultas ou religiosas 
 Também pode ter queixas somáticas: cefaleia, dores 
musculares, fraqueza, problemas digestivos 
 Outros sinais e sintomas prodrômicos  comportamento 
acentuadamente excêntrico, afeto anormal, discurso 
incomum, ideias bizarras e experiências perceptuais 
estranhas 
 
CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA 
 
 É importante de atentar para: 
 Nenhum sinal ou sintoma clínico é patognomônico para 
esquizofrenia, pois podem ocorrem em outros transtornos 
psiquiátricos e neurológicos 
 A história do paciente é essencial para o diagnóstico do 
transtorno 
 Os sintomas do paciente mudam ao longo do tempo 
 Exemplo: um paciente pode ter alucinações 
intermitentes e capacidade variável de desempenho 
adequado em situações sociais, ou sintomas 
significativos de um transtorno do humor podem ir e vir 
durante o curso da esquizofrenia 
 Deve-se levar em conta o nível de escolaridade do paciente, 
sua capacidade intelectual e sua identidade cultural e 
subcultural 
 EXAME DO ESTADO MENTAL – DESCRIÇÃO GERAL: 
 APARÊNCIA  pode variar, como exemplo: 
 Pessoa completamente desleixada, aos gritos e agitada 
 Pessoa obsessivamente arrumada, silenciosa e imóvel 
 COMPORTAMENTO  pode se tornar agitado ou violento sem 
motivo aparente (costuma ocorrer em resposta às 
alucinações) 
 ESTUPOR CATATÔNICO (CATATONIA)  é muitas vezes 
referido, O paciente parece não dar sinal de vida e pode 
exibir indícios como mutismo, negativismo e obediência 
automática 
 Paciente com subtipo menos extremo de catatonia  
pode exibir retraimento social e egocentrismo 
acentuado, ausência de fala ou movimentos 
espontâneos e ausência de comportamento dirigido a 
um objeto 
 Indivíduos podem se sentar imóveis e mudos em suas 
cadeiras, responder a perguntas com monossílabos e 
se mover somente quando comandados 
 Jeito desengonçado ou rigidez dos movimentos corporais 
 Muitas vezes são desleixados, não tomam banho e se vestem 
com roupas quentes demais para as temperaturas do 
momento 
 Outros comportamentos estranhos incluem: 
 Tiques 
 Estereotipias 
 Maneirismos 
 Ecopraxia 
 SINTOMAS POSITIVOS (ou Produtivos)  produção do 
pensamento, são os sintomas mais característicos 
 Delírios  alteração da realidade, do pensamento 
 Alucinações 
 Desorganização do pensamento e comportamento 
 Alterações afetivas 
 Alterações psicomotoras  pode ficar muito agitado ou 
muito quieto 
 SINTOMAS NEGATIVOS (ou Deficitários)  encontram-se mais 
com o desenvolvimento da doença e irão alterar o dia-a-dia do 
paciente 
 Embotamento afetivo  fala sem reação alguma 
 Hipobulia/abolia  paciente fica sem vontade de fazer 
qualquer coisa (ex: trabalhar, ir à faculdade...) 
 Empobrecimento cognitivo 
 Isolamento social 
 Discurso empobrecido 
 
 
4 TRANSTORNOS PSICÓTICOS 
Gizelle Felinto 
DELÍRIOS – Conteúdo do Pensamento 
 CARACTERIZAÇÕES IMPORTANTES: 
 Convicção extraordinária: não se pode colocar em dúvida 
a veracidade (ele tem convicção do que está dizendo. Ex: a 
polícia federal o está seguindo) 
 Irremovível: impossível a modificação pela experiência 
objetiva, por provas explícitas da realidade, por argumentos 
lógicos, plausíveis e aparentemente convincentes (por mais 
que se tente mostrar que não tem cabimento o que ele 
pensa, ele crê que existe e não muda de ideia) 
 Conteúdo impossível: os modos como constrói o 
ajuizamento e como mantém a crença são falsos 
 Produção associal: idiossincrática em relação ao seu 
grupo cultural (do ponto de vista cultural – do grupo em que 
a pessoa está inserida – esses pensamentos são totalmente 
descontextualizados do ambiente em que ele vive) 
 CONTEÚDOS MAIS COMUNS: 
 Persecutórios  achar que alguém quer lhe fazer mal 
 Autorreferentes  o paciente tem certeza que tudo diz 
respeito a ele 
 De influência  acha que alguém o está mandando fazer 
determinadas coisas 
 De grandiosidade  paciente acha que é alguém famoso, 
que é Jesus... 
 Místico-religiosos 
 Percepção delirante: o delírio surge a partir de uma percepção 
normal que recebe, imediatamente ao ato perceptivo, significação 
delirante 
 Alguns indivíduos têm dúvidas quando a seu sexo e orientação 
sexual (esses sintomas não devem ser confundidos com 
travestismo, transexualidade ou outros problemas de identidade 
de gênero) 
ALUCINAÇÕES 
 Ilusão x Alucinação: 
 Alucinação  não se baseiam na realidade 
 Ilusões  distorções de imagens ou sensações REAIS 
 Podem ocorrer em pacientes com esquizofrenia 
durante fases ativas, ao longo das fases prodrômicas 
ou dos períodos de remissão 
 A presença de ilusões deve levar o médico a ver a 
possibilidade de que a causa dos sintomas esteja 
relacionada a uma substancia, mesmo quando o 
paciente já recebeu o diagnóstico de esquizofrenia 
 Qualquer um dos 5 sentidos pode estar afetado: 
 Auditivas são as mais comuns 
 Visuais podem ser comuns 
 Táteis, olfativas e gustativas  a presença deve levar o 
médico a considerar a possibilidade de um problema clínico 
ou neurológico subjacente estar causando toda asíndrome 
 ALUCINAÇÕES AUDITIVAS: 
 Vozes muitas vezes ameaçadoras, de comando, obscenas, 
acusatórias ou ofensivas 
 Duas ou mais vozes podem conversar entre si 
 Uma voz pode comentar a vida ou o comportamento da 
pessoa  “você agora vai fazer isso” 
 ALUCINAÇÕES CENESTÉSICAS  sensações infundadas de 
estados alterados em órgãos do corpo (Ex: sensação de 
queimação do cérebro, sensação de pressão nos vasos 
sanguíneos e sensação cortante na medula óssea). Distorções 
corporais também podem ocorrer 
DISCURSO DESORGANIZADO – Forma do Pensamento 
 A avaliação do pensamento é através do discurso do paciente 
 Alterações do pensamento expressas através do discurso: 
 FROUXIDÃO DE ASSOCIAÇÕES  pode ocorrer com 
frequência na esquizofrenia, mas também pode ocorrer com 
frequência na Mania 
 DESCARRILAMENTO  quando começa a falar e mais adiante 
o discurso dele sai dos trilhos e não se consegue 
acompanhar a lógica 
 DESAGREGAÇÃO 
 SALADA DE PALAVRAS  palavras desconexas, sem 
nenhuma relação uma com a outra 
 INCOERÊNCIA 
 PROLIXIDADE: TANGENCIALIDADE E CIRCUNSTANCIALIDADE 
paciente tangencia o que você perguntou para ele, ele fala 
fala e não responde o que se pergunta 
 NEOLOGISMOS  paciente cria uma palavra nova com duas 
já conhecidas 
COMPORTAMENTO DESORGANIZADO 
 Higienização precária 
 Aparência desleixada 
 Desinibição 
 Risos explosivos aparentemente imotivados 
 Comportamento social inadequado 
 Sorrisos e caretas incongruentes 
 Respostas emocionais inadequadas 
CATATONIA 
 A marca dela é uma alteração da psicomotricidade 
 Pode ser um quadro muito grave  paciente pode acabar 
fazendo suas necessidades na roupa, ficar sem se alimentar 
 Muitas vezes podem sair de um quadro de imobilidade para um 
quadro de agitação psicomotora 
 Características: 
 Estupor  alteração da consciência (paciente parada, 
totalmente imóvel, com rebaixamento do nível de 
consciência) 
 Catalepsia  pode-se induzir o paciente a ficar em 
determinada postura e ele fica nessa postura 
 Flexibilidade cérea  paciente é muito flexível, como uma 
estátua de cera, facilitando com que você movimente partes 
do corpo dele com grande facilidade 
 Mutismo 
 Negativismo  postura de ir contra ou não responder o que 
é pedido 
 
5 TRANSTORNOS PSICÓTICOS 
Gizelle Felinto 
 Maneirismo  paciente que fica fazendo careta, 
movimentos repetitivos sem nenhum objetivo final 
 Estereotipia 
 Caretas 
 Ecolalia  paciente repete o que você fala 
 Ecopraxia  paciente imita as ações do médico (você pega 
um copo de água e o paciente também finge que pegou um 
copo de água) 
IMPULSIVIDADE, VIOLÊNCIA, SUICÍDIO E HOMICÍDIO 
 VIOLÊNCIA: 
 Comum entre esquizofrênicos não tratados 
 Fatores de risco para o comportamento violento ou 
impulsivo: 
 Delírios persecutórios 
 Episódios anteriores de violência 
 Déficits neurológicos 
 Tratamento  antipsicóticos adequados 
 Tratamento de emergência  contenção e isolamento 
 Sedação aguda com LORAZEPAM (1 a 2mg 
intramuscular), repetida a capa hora conforme o 
necessário  pode ser essencial para impedir que o 
paciente ataque outras pessoas 
 SUICÍDIO: 
 Principal causa de morte prematura entre pessoas com 
esquizofrenia 
 Tentativas de suicídio são cometidas por 20 – 50% dos 
pacientes 
 De acordo com o DSM-5  5 – 6% dos pacientes com 
esquizofrenia morrem por suicídio 
 Fatores que contribuem: 
 Presença de um episódio depressivo maior  é o fator 
mais importante 
 Alucinações de comando 
 Abuso de drogas 
 HOMICÍDIO: 
 Os dados disponíveis indicam que esquizofrênicos não têm 
mais probabilidade de cometer homicídios do que um 
membro da população em geral 
 O homicídio cometido pelo paciente esquizofrênico pode ter 
razões imprevisíveis ou bizarras, baseadas em 
alucinações ou delírios 
SENSÓRIO E COGNIÇÃO 
 ORIENTAÇÃO  geralmente são orientados em relação a 
pessoa, tempo e lugar 
 AUSÊNCIA DE ORIENTAÇÃO  deve levar o médico a 
investigar a possibilidade de um transtorno cerebral de 
causa médica geral ou neurológica 
 MEMÓRIA  costuma estar intacta, mas pode haver deficiências 
cognitivas menores 
 COMPROMETIMENTO COGNITIVO  disfunção sutil nas esferas 
de atenção, função executiva, memória de trabalho e memória 
episódica 
 Pode aparecer já quando o individuo tem seu primeiro 
episódio e pode permanecer estável ao longo do curso inicial 
da doença 
 Alguns pacientes podem ter demência genuína no fim da vida 
que não se deva a outros transtornos cognitivos como 
Alzheimer 
 JULGAMENTO E INSIGHT: 
 Esquizofrênicos têm insight pobre em relação à natureza e 
gravidade do seu transtorno  a falta de insight está 
associada com a baixa adesão ao tratamento 
 O médico deve definir com cuidado vários aspectos dos 
insights: 
 Consciência dos sintomas 
 Dificuldade de se relacionar com as pessoas 
 Razoes para tais problemas 
 Essas informações podem ser úteis na elaboração da 
estratégia de tratamento individual 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 Importante: 
1. Buscar condição clínica não psiquiátrica quando o paciente 
exibe sintomas incomuns ou raros ou qualquer variação do 
nível de consciência 
2. Tentar obter história familiar completa, incluindo a história 
de distúrbios neurológicos e transtornos psiquiátricos 
3. Considerar a possibilidade de uma condição médica não 
psiquiátrica mesmo em pacientes com diagnóstico anterior 
de esquizofrenia 
 TRANSTORNO ESQUIZOFRENIFORME  tem duração de pelo 
menos 1 mês, mas menos de 6 meses 
 TRANSTORNO PSICÓTICO BREVE  sintomas duram pelo 
menos 1 dia, mas menos de 1 mês, e o paciente não retorna ao 
estado pré-mórbido de funcionamento nesse período 
 TRANSTORNO ESQUIZOAFETIVO  quando a síndrome maníaca 
ou depressiva se desenvolve ao mesmo tempo que os sintomas 
principais da esquizofrenia 
 TRANSTORNO DELIRANTE PERSISTENTE  delírios não 
bizarros presentes por pelo menos 1 mês sem outros sintomas de 
esquizofrenia ou transtorno de humor 
 TRANSTORNOS DE HUMOR: 
 THB 
 Depressão  um episódio depressivo grave pode resultar 
em perda de funcionamento, declínio no autocuidado e 
isolamento social, mas estes são secundários aos sintomas 
depressivos e não devem ser confundidos com os sintomas 
negativos da esquizofrenia 
 Depressão com sintomas psicóticos  geralmente 
envolve culpa, autodepreciação, punição merecida, doenças 
incuráveis. Os sintomas psicóticos podem se resolver por 
completo com a resolução da depressão 
 Episódio maníaco  delírio (congruentes como humor e 
em geral envolvem temas de grandeza), fuga de ideias e 
alucinações (em alguns casos) 
 TRANSTORNO PSICÓTICO INDUZIDO POR DROGAS 
 QUADROS DEMENCIAIS 
 
6 TRANSTORNOS PSICÓTICOS 
Gizelle Felinto 
 Outros 
 DOENÇAS DO SNC: 
 Infecções: Sífilis, AIDS, meningite, encefalites virais, etc 
 Tumores, Doença degenerativa, epilepsia, TCE, etc 
 QUADROS SISTÊMICOS: 
 Lúpus, Endocrinopatias, Intoxicações por metais pesados, 
deficiência de vitaminas, distúrbios metabólicos, 
farmacodependencia, etc 
 MEDICAMENTOS: 
 Corticóides, estimulantes, anticolinérgicos, digitálicos, 
dissulfiram, metoclopramida, etc 
 
CURSO E PROGNÓSTICO 
 CURSO: 
 Geralmente, os sintomas começam na adolescência e são 
seguidos pelo desenvolvimento de sintomas prodrômicos em 
um intervalo de dias a meses 
 Alterações sociais e ambientais podem precipitar os 
sintomas perturbadores, como: 
 Mudança para cursar universidade em outra cidade 
 Uso de alguma substância 
 Morte de um parente 
 Curso clássico  Exacerbações e Remissões 
 Após o 1º episódio psicótico, o paciente se recupera de forma 
gradual e funciona de modo relativamente normal por um 
longo tempo 
 Recaídas são comuns e o padrão da doença durante os 
primeiros 5 anos após o diagnóstico em geral indica o curso 
do paciente 
 A deterioração do funcionamento basal é cada vez MAIOR 
após cada recaída da psicose 
 Ofracasso em retornar ao nível anterior de funcionamento 
é a principal distinção entre esquizofrenia e transtornos de 
humor 
 Sintomas positivos  tendem a tornar-se menos graves 
com o tempo 
 Sintomas negativos  podem piorar com o tempo 
 PROGNÓSTICO: 
 Ao longo de 5 – 10 anos após a primeira hospitalização 
psiquiátrica  somente 10 – 20% podem ser descritos 
como tendo um desfecho positivo 
 Mais de 50% apresentam resultado insatisfatório  
hospitalizações repetidas, maior exacerbação de sintomas, 
episódios de transtorno de humor e tentativas de suicídio 
 A doença nem sempre tem curso deteriorante 
ABORDAGEM 
 Avaliações de riscos e necessidade de hospitalização: 
 Agitação psicomotora 
 Risco de auto e/ou heteroagressividade 
 Risco de suicídio 
 Perturbação da ordem pública 
 Elucidação diagnóstica 
 Recusa alimentar com risco de desnutrição/desidratação 
 como nos casos de catatonia 
 Má adesão 
 Suporte familiar pobre 
 Estabelecer plano terapêutico: 
 Farmacoterapia específica: antipsicóticos (AP) 
 Monitoramento de efeitos adversos 
 Reavaliação diagnóstica continuada 
 Psicoeducação para o paciente e familiares 
 Estratégias psicossociais: terapia ocupacional, psicoterapia, 
trabalho supervisionado 
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 
 CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
 ANTIPSICÓTICOS (AP)  são eficazes tanto nas psicoses 
não afetivas como na mania psicótica e adjuvantes na 
depressão psicótica. 
 Qualquer AP é potencialmente eficaz na psicose aguda, mas 
o perfil de efeitos adversos deve ser ponderado na escolha. 
 Quando disponíveis / acessíveis, AP de 2ª geração devem 
ser preferidos pela melhor tolerabilidade 
 Quanto mais precoce se iniciar o AP, melhor prognóstico 
 Avaliar troca do AP com quatro a seis semanas. Se 
francamente agitados e sem melhora alguma, trocar em 
duas a três semanas 
 Não existe evidência que a associação de diferentes APs 
promova algum benefício adicional. 
 A dose do AP da fase de manutenção deve ser a mesma dose 
da fase aguda 
 Manter o AP por pelo menos um a dois anos. Coparticipação 
dos pacientes na decisão 
 Os AP injetáveis de longa ação são preferíveis em casos de 
má adesão  Haldol decanoato IM (único que o SUS tem), 
que fica no músculo e vai fazendo seu efeito nas semanas 
decorrentes 
 TRATAMENTO DE ESCOLHA  Antipsicóticos (neurolépticos) 
+ estratégias psicossociais 
 ANTIPSICÓTICOS (APs): 
 Podem demorar cerca de 3 a 8 semanas para produzir 
algum efeito 
 PRIMEIRA GERAÇÃO (TÍPICOS) 
 Bloqueiam os receptores D2 dopaminérgicos nos 
sistemas mesolímbico, mesocortical, nigroestriatal e 
túbero-infundibular 
 Tratamento dos SINTOMAS POSITIVOS 
 Baixo custo 
 Efeitos colaterais  sintomas parkinsonianos e 
aumento da prolactina 
 São a segunda escolha no tratamento devido aos 
efeitos colaterais, embora sejam mais baratas e sejam 
mais disponíveis 
 Alta potência  são os mais utilização, apesar da 
possibilidade dos efeitos extrapiramidais 
 HALOPERIDOL (5 – 15 mg/dia) 
 FLUFENAZINA (5 – 15 mg/dia) 
 
7 TRANSTORNOS PSICÓTICOS 
Gizelle Felinto 
 Baixa potência  são mais sedativos e costumam ser 
escolhidos como primeira opção em paciente que 
apresentem agitação ou insônia 
 CLORPROMAZINA (300 – 800 mg/dia) 
 LEVOMEPROMAZINA (100 – 300 mg/dia) 
 
 SEGUNDA GERAÇÃO (ATÍPICOS) 
 Atuam em outros sítios da dopamina e podem ter ação 
em outras vias neurotransmissoras 
 São mais bem toleradas 
 Tratamento de SINTOMAS NEGATIVOS 
 Alto custo 
 Indicações: 
 Intolerância aos APs típicos 
 Pacientes em que há chance maior de ocorrer 
sintomas extrapiramidais 
 RISPERIDONA (2 – 8 mg/dia) 
 OLANZAPINA (5 – 20 mg/dia) 
 QUETIAPINA (300 – 400mg/dia) 
 CLOZAPINA (200 – 500 mg/dia)  só deve ser 
usada em casos de RESISTENCIA A OUTROS APs, 
não devendo ser usada como primeira escolha, 
devido ao risco de COMPLICAÇÕES 
HEMATOLÓGICAS (Agranulocitose) 
 Primeiro episódio  iniciar com AP de 2ª geração em doses 
baixas, com aumento gradual da dose semanalmente 
 Sem resposta ou resposta insatisfatória dos sintomas após 
o período de 3 a 8 semanas  trocar por NEUROLÉPTICO DE 
OUTRA CLASSE FARMACOLÓGICA 
 Medicação deve ser mantida por 6 a 12 meses após a remissão 
dos sintomas 
 Episódios Psicóticos Agudos  extrema agitação e 
agressividade 
 Neurolépticos injetáveis (Intramuscular) até que a 
medicação oral atue eficazmente 
 Paciente com estabilização da sintomatologia  manter 
a menor dose possível da medicação, com o mínimo de 
efeitos colaterais e prevenir recaídas 
 
TRANSTORNO DELIRANTE 
 Não há prejuízo na vida do paciente, ele aparenta ser uma pessoa 
normal (o que o difere dos esquizofrênicos) 
CRITÉRIOS – DSM-5 
A. A presença de um delírio (ou mais) com duração de um mês ou 
mais 
B. O Critério A para esquizofrenia jamais foi atendido 
 NOTA: Alucinações, quando presentes, não são 
proeminentes e têm relação com o tema do delírio (p. ex., a 
sensação de estar infestado de insetos associada a delírios 
de infestação) 
C. Exceto pelo impacto do(s) delírio(s) ou de seus desdobramentos, 
o funcionamento não está acentuadamente prejudicado, e o 
comportamento não é claramente bizarro ou esquisito 
D. Se episódios maníacos ou depressivos ocorreram, eles foram 
breves em comparação com a duração dos períodos delirantes 
E. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma 
substância ou de outra condição médica, não sendo mais bem 
explicada por outro transtorno mental, como transtorno 
dismórfico corporal ou transtorno obsessivo-compulsivo 
EPIDEMIOLOGIA 
 Prevalência ao longo da vida  0,2% 
 Idade média de início  40 anos, mas varia em 18 – 90 anos 
 Leve preponderância de pacientes do sexo feminino 
 Maior probabilidade em: 
 Homens  delírios paranóides 
 Mulheres  erotomania 
 Subtipo mais frequente  Persecutório 
ETIOLOGIA 
 A causa é desconhecida 
 É mais raro que esquizofrenia e transtorno de humor, com inicio 
mais tardio que a esquizofrenia e predominância feminina menos 
pronunciada do que nos transtornos de humor 
 FATORES BIOLÓGICOS  várias condições médicas não 
psiquiátricas e de substancias, assim como fatores biológicos 
bem definidos, podem causar delírios 
 As condições neurológicas mais comumente associadas com 
delírios afetam o sistema límbico e os gânglios da base 
 O transtorno delirante pode surgir como uma resposta 
normal a experiencias anormais no ambiente, no SNC ou no 
Sistema Nervoso Periférico 
 FATORES PSICODINÂMICOS  tem-se a impressão clinica de 
que muitos pacientes com transtorno delirante são socialmente 
isolados e atingiram níveis de realização mais baixos do que o 
esperado 
 Supõe-se que a causa e evolução dos sintomas delirantes 
relacionam-se a pessoas hipersensíveis e a mecanismos de 
defesa do ego, como formação reativa, projeção e negação 
ESTADO MENTAL 
 DESCRIÇÃO GERAL  costumam estar bem arrumados e bem 
vestidos, sem mudanças na personalidade ou das atividades 
diárias 
 Mas podem parecer excêntricos, estranhos, desconfiados ou 
hostis 
 O exame do estado mental mostra que são bastante normais, 
exceto pelo sistema delirante anormal 
 Podem tentar engajar os médicos como aliados em seus 
delírios 
 HUMOR, SENTIMENTO E AFETO  humor é compatível com o 
conteúdo dos delírios 
 Delírio de grandeza  eufórico 
 Delírio persecutório  desconfiado 
 
8 TRANSTORNOS PSICÓTICOS 
Gizelle Felinto 
 DISTÚRBIOS PERCEPTUAIS  pacientes com transtorno de 
delírio não tem alucinações proeminentes ou contínuas 
 PENSAMENTO  transtorno do conteúdo do pensamento 
 Delírios geralmente são sistematizados e caracterizados 
como possível (Ex: delírios de ser perseguido, de ter um 
cônjuge infiel, de estar infectado com um vírus ou de ser 
amado por uma pessoa famosa) 
 SENSÓRIO E COGNIÇÃO: 
 Orientação  não costumam ter anormalidades na 
orientação, a menos que tenham um delírio específico sobre 
umapessoa, lugar ou tempo 
 Memória  memória e outros processos cognitivos estão 
intactos 
 CONTROLE DOS IMPULSOS  alguns fazem ideação ou planos 
de agir segundo o material delirante por meio de suicídio, 
homicídio ou pela violência 
 JULGAMENTO E INSIGHTS  pessoas com transtorno delirante 
praticamente não tem entendimento algum de sua condição e são 
quase sempre levados ao hospital pela polícia, por membros da 
família ou por empregados 
SUBTIPOS 
 EROTOMANÍACO  o indivíduo tem convicção de que outra 
pessoa, em gral de condição social superior, está apaixonada por 
ele(a) 
 CIUMENTO  ciúme excessivo e acusações de que o cônjuge foi 
infiel, podendo ser potencialmente perigoso e associado à 
violência, homicídio e suicídio. É mais comum em homens que, 
geralmente, não tem história de nenhuma doença psiquiátrica 
 SOMÁTICO  quando envolve funções ou sensações corporais. 
Varia muito de caso para caso 
 Delírios de infestação (incluindo parasitose) 
 Delírios de dismorfofobia  deformidade, feiura e tamanho 
exagerado de partes do corpo 
 Delírios de odores corporais desagradáveis ou halitose 
 GRANDIOSO  convicção de ter algum grande talento, de ter 
feito alguma grande descoberta 
 PERSECUTÓRIO  pacientes estão convencidos de que estão 
sendo perseguidos ou prejudicados 
 MISTO  pacientes com dois ou mais temas delirantes. Esse 
diagnóstico deve ser reservado para casos em que não 
predomine um único tipo de delírio 
 NÃO ESPECIFICADO  quando a crença delirante dominante não 
pode ser determinada com clareza ou não está descrita nos tipos 
específicos 
 Ex: Síndrome de Capgras (ilusão de sósias), na qual o delírio 
é a crença de que uma pessoa familiar for substituída por 
um impostor 
TRANSTORNO PSICÓTICO BREVE 
CRITÉRIOS – DSM-5 
A. Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas. Pelo menos 
um deles deve ser (1), (2) ou (3): 
 1. Delírios 
 2. Alucinações 
 3. Discurso desorganizado (fala desorganizada) 
 4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou 
catatônico. 
B. A duração de um episódio da perturbação é de, pelo menos, um 
dia, mas inferior a um mês, com eventual retorno completo a 
um nível de funcionamento pré-mórbido da doença 
C. A perturbação não é mais bem explicada por transtorno 
depressivo maior ou transtorno bipolar com características 
psicóticas, por outro transtorno psicótico como esquizofrenia ou 
catatonia, nem se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância 
(p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica 
 Especificar se: Com ou sem estressor evidente; com início 
no periparto. 
 EXEMPLO: paciente que sofreu um abuso sexual e começou a 
apresentar esses sintomas. Após o tratamento há melhora do 
quadro

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