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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE SER EDUCACIONAL CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM TURMA: ENN07S1 SÁUDE MENTAL DISCENTE: FÁBIO QUEIROZ MANAUS 2020 CASO CLÍNICO 1 Identificação: N.H.J., 45 anos, sexo feminino, divorciada, dois filhos, natural de Porto Alegre, professora de geografia. Queixa principal: Ansiedade, preocupações e insônia, especialmente há seis meses. História do transtorno atual (HDA): Relata que se sente muito ansiosa, referindo dores musculares, por vezes apresentando tremores, intensa falta de ar e palpitações. Refere muita preocupação com o futuro do filho que está tentando passar em um concurso público, ela tem medo que ele tente suicídio e fica muitas vezes acordada, preocupada com ele. Em decorrência disso, não consegue se concentrar no trabalho, relatando medo em ser demitida e intensa preocupação com as finanças de casa. Refere ainda que está comendo muito, ganhou 5 Kg no mês anterior, anda inquieta, agitada, humor irritadiço e com pensamentos de morte eventuais, porém sem intenção ou plano de suicídio. Antecedentes familiares (HDP): Seu único irmão dez anos mais velho, é também bastante ansioso e tem depressão, com histórico de duas internações em razão do episódio depressivo. Responda: 1. Como profissional de saúde e conforme seus conhecimentos, qual a possibilidade de diagnóstico médico (transtorno mental) para esse caso? 2. A partir dos problemas clínicos identificados, cite no mínimo três diagnósticos de enfermagem. 3. Para cada diagnóstico, prescreva pelo menos cinco intervenções. Diagnostico Médico: Transtorno de Ansiedade Diagnóstico de Enfermagem Intervenções de Enfermagem Planejamento de Enfermagem Insônia relacionada a distúrbio no padrão de sono, evidenciado por alteração no humor, concentração, inquietação e agitação. Monitorar/registrar o padrão e a quantidade de horas de sono do paciente. Auxiliar o paciente a manter um ciclo normal de sono/vigília (p. ex., períodos programados de descanso, técnicas de relaxamento e medicamentos sedativos prescritos pelo médico). Proporcionar repouso e sono adequados, inclusive um sono rápido durante o dia, quando necessário. Monitorar o padrão de sono do paciente e observar circunstâncias físicas (p. ex., apneia do sono, via aérea obstruída, dor/desconforto e frequência urinária) e/ou psicológicas (p. ex., medo ou ansiedade) que interrompam o sono. Adaptar o ambiente (p. ex., iluminação, ruído, temperatura, colchão e cama) para promover o sono e encorajar o paciente a estabelecer uma rotina para a hora Paciente apresentará melhoras no padrão de sono. de dormir para facilitar a transição da vigília para o sono. Regulação de humor prejudicada relacionada à ansiedade, evidenciado por irritabilidade. Encorajar o paciente a assumir papel ativo no tratamento e na recuperação, conforme apropriado. Providenciar ou encaminhar à psicoterapia (p. ex., comportamental cognitiva, interpessoal, conjugal, familiar, grupal), conforme apropriado. Encorajar o paciente, conforme sua tolerância, a envolver-se em interações e atividades sociais com outras pessoas. Proporcionar o treinamento de habilidades sociais e/ou assertividade, conforme necessidade. Avaliar o humor (p. ex., sinais, sintomas, histórico pessoal), inicialmente, e em intervalos regulares, à medida que o tratamento evolui. Controle de Humor melhorado. Sobrecarga de estresse relacionado a estressores, evidenciado por humor irritadiço, tensão e estresse excessivo. Ouvir atentamente as preocupações do cliente e assegurar sua presença empatia, recorrendo à conversa e ao silêncio conforme a necessidades. Conversar sobre a situação ou condições de maneira simples, e sempre preservando o tempo para Paciente demonstrará melhoras no enfrentamento. ouvir o cliente. Incorporar os pontos positivos, as conquistas e enfrentar momentos que foram bem-sucedidas para o cliente. Permitir, que o cliente reaja seu próprio modo sem julgamentos. Oferecer, lhe apoio e diversão e conforme a necessidade. CASO CLÍNICO 2 Identificação: F.S.S., 18 anos, sexo feminino, solteira, um filho recém-nascido, natural do Maranhão, desempregada, ensino médio incompleto. Queixa principal: Tristeza, desesperança e medo de não conseguir cuidar do filho recém-nascido. História do transtorno atual (HDA): Paciente no 15º dia após nascimento do filho, refere profunda tristeza, vontade de dormir durante a maior parte do dia e pouca vontade de comer, aparentando bastante emagrecida. Refere sentimento de culpa por não conseguir cuidar melhor do filho recém-nascido, muitas vezes jura escutar vozes acusando-a de ser uma péssima mãe, nessas ocasiões refere não conseguir nem olhar ou chegar perto do filho. Relata arrepender-se de ter tido a criança e por vezes apresenta desejo de morte, com histórico de uma tentativa. Antecedentes familiares (HDP): Mãe é diagnosticada com transtorno bipolar do humor. Responda: 1. Como profissional de saúde e conforme seus conhecimentos, qual a possibilidade de diagnóstico médico transtorno mental) para esse caso? 2. A partir dos problemas clínicos identificados, cite no mínimo três diagnósticos de enfermagem. 3. Para cada diagnóstico, prescreva pelo menos cinco intervenções. Diagnostico Médico: Transtorno de Humor Diagnóstico de Enfermagem Intervenções de Enfermagem Planejamento de Enfermagem Risco de suicídio evidenciado pelo histórico de uma tentativa e pelo relato do desejo de morrer. Orientar a paciente sobre estratégias de enfrentamento (p. ex., treinamento da assertividade, treinamento para controle de impulsos e relaxamento muscular progressivo), conforme apropriado. Envolver a paciente no planejamento do próprio tratamento, conforme apropriado Usar uma abordagem direta e sem julgamentos ao discutir sobre suicídio. Ajudar a paciente a identificar uma rede de pessoas e recursos de suporte (p. ex., religioso, família, provedores de cuidado) e incluir a mesmo e sua família aos programas de saúde oferecidos pela unidade básica de saúde. Encaminhar a paciente a provedor de cuidados de saúde mental (p. ex., psiquiatra ou enfermeiro de prática avançada em psiquiatria/saúde mental) para avaliação e tratamento de ideias e Apoio Social Autocontenção do Suicídio Autocontrole de Comportamento Impulsivo. comportamentos suicidas se necessário. Regulação de humor prejudicada relacionada a ideias de morte recorrente, evidenciado por sentimento de desesperança e de culpa. Encorajar o paciente a assumir papel ativo no tratamento e na recuperação, conforme apropriado Auxiliar a paciente a manter um ciclo normal de sono/vigília (p. ex., períodos programados de descanso e técnicas de relaxamento). Estabelecer relação de confiança e interagir com a paciente a intervalos regulares de modo a transmitir atenção e/ou oferecer uma oportunidade para expressar seus sentimentos. . Avaliar o humor (p. ex., sinais, sintomas, histórico pessoal), inicialmente, e em intervalos regulares, à medida que o tratamento evolui. Monitorar a capacidade de autocuidado (p. ex., as atividades de arrumar-se, higiene, ingestão de líquidos/alimentos, eliminação. Regulação do Humor melhorado Controle de saúde familiar ineficaz relacionado a conflito familiar esocial, evidenciado pela as atividades inadequadas Auxiliar a família a identificar sistemas de apoio. Encorajar a família a usar sistemas de apoio, conforme apropriado. Enfrentamento Familiar Normalização da Família para atingir metas de saúde. Promover escuta terapêutica a paciente e a família, transmitindo segurança e apoio. Demonstrar confiança na capacidade da mãe para cuidar do recém-nascido. Encaminhar as famílias para serviços de assistência social e aconselhamento de profissionais, se necessário, facilitando o acesso aos serviços de saúde e assistência sociais necessários. CASO CLÍNICO 3 Identificação: M. A. C., 65 anos, sexo masculino, viúvo, três filhos, natural do Amazonas, aposentado. Queixa principal: Perda da memória História do transtorno atual (HDA): Refere falecimento da esposa a menos de um mês após um AVE, duas semanas depois a perda da esposa, foi encontrado por um policial perambulando sem rumo pela redondeza de um bairro distante afirmando ter outro nome e que estava esperando a mulher para jantarem em um restaurante próximo. Refere não se recordar de nada do que foi descrito pelo policial, apenas de estar em casa, sentado no sofá minutos antes do acontecimento. Mostra-se bastante perturbado e aflito com a situação, além de medo em sair de casa sozinho. Antecedentes familiares (HDP): O pai apresentava intensas perdas de memória, porém diagnosticado com Mal de Alzheimer. Responda: 1. Como profissional de saúde e conforme seus conhecimentos, qual a possibilidade de diagnóstico médico transtorno mental) para esse caso? 2. A partir dos problemas clínicos identificados, cite no mínimo três diagnósticos de enfermagem. 3. Para cada diagnóstico, prescreva pelo menos cinco intervenções. Diagnostico Médico: Transtorno dissociativo de identidade Diagnóstico de Enfermagem Intervenções de Enfermagem Planejamento de Enfermagem Confusão aguda relacionada a perda de memória, evidenciado pela alteração no nível de consciência e agitação. Monitorar a condição neurológica (p. ex., nível de consciência e confusão). Verbalizar o reconhecimento dos medos e sentimentos do paciente. Falar com o paciente, utilizando a linguagem dele, ouvindo com atenção os verbos que o paciente utiliza e utilizando o sentido preferido dele. Estabelecer um relacionamento confiável com o paciente. Orientar e acompanhar a família quanto aos cuidados necessários ao paciente e inclui-los nos programas de saúde da família Estado Neurológico: Consciência Autocontrole do Pensamento Distorcido Cognição Risco de lesão evidenciado pela perda de memória de curto com a incapacidade de detectar perigos. Identificar déficits cognitivos ou físicos do paciente, capazes de aumentar o potencial de quedas em determinado ambiente. Identificar comportamentos e fatores que afetem o risco de quedas. Educar os familiares sobre fatores de risco que contribuam para quedas e a forma de reduzir esses Paciente com condições físicas preservadas. riscos. Sugerir adaptações em casa para aumentar a segurança. Auxiliar a família a identificar perigos em casa e a modificá-los. Distúrbio na identidade pessoal relacionado a perda de memória, evidenciado pelo comportamento inconsciente. Verbalizar o reconhecimento dos medos e sentimentos do paciente. Ajudar o paciente a compreender que a incapacidade para atingir comportamentos desejáveis resulta, com frequência, de autoafirmações irracionais. Falar com o paciente, utilizando a linguagem dele, ouvindo com atenção os verbos que o paciente utiliza e utilizando o sentido preferido dele. Auxiliar o paciente na verbalização de emoções dolorosas que ele está experimentando. Orientar e acompanhar a família quanto aos cuidados necessários ao paciente e inclui-los nos programas de saúde da família. Paciente desmontará melhoras no quadro neurológico, e interesse juntamente com a família ao tratamento.
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