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1 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 2 2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E SUA ATUAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO ... 3 2.1 O que são sistemas de informação ...................................................... 3 2.2 Origem dos sistemas de informação .................................................... 6 2.3 Evolução dos sistemas de informação ................................................. 8 2.4 Sistemas de informação no contexto administrativo .......................... 10 3 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO .......................... 16 3.1 Classificação por nível organizacional ............................................... 17 3.2 Classificação por área funcional ......................................................... 18 3.3 Classificação por tipo de suporte ....................................................... 19 4 TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA CADA NÍVEL ORGANIZACIONAL .................................................................................................. 19 5 NÍVEIS DE AÇÃO, COMPONENTES E VANTAGENS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES ........................................................................................................ 32 6 VANTAGENS E DESVANTAGENS DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO 37 6.1 Vantagens .......................................................................................... 37 6.2 Desvantagens .................................................................................... 38 7 SEGURANÇA NOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ................................ 39 8 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 40 2 1 INTRODUÇÃO Fonte: itchannel.pt A utilização de Sistemas de Informações para auxiliar o gerenciamento nas atividades de varejo é algo, por mais que pareça dispensável para o leigo ou aquele empresário que atua sob a batuta empreendedora e baseada na sua única e pessoal percepção do que é correto, é algo fundamental nos dias de hoje para se ter o controle de todas as atividades decorrentes do negócio, bem como auxiliar no planejamento estratégico do negócio. O sistema de informações e a pesquisa de mercado combinadas fornecem informações de extrema importância para a empresa, e que delinearão o novo caminho a ser trilhado para um próximo período. Em outras épocas, os sistemas de informação apoiados por computadores eram opções caras e disponíveis para poucos especialistas e organizações com folga orçamentária, além de serem extremamente simples e com limitações graves. Hoje, a realidade é outra: além de sistemas complexos, são baseados em equipamentos poderosos e móveis. Tecnologia e informação caminham hoje no apoio às decisões gerenciais. Porém, mesmo se ressaltando a importância de uma informação precisa para uma adequada tomada de decisão, muitos executivos e empreendedores reclamam de que há muita informação inadequada no mercado, que ocupam o tempo e a atenção. As informações ficam dispersas dentro da empresa que exigem grande esforço para serem localizadas e processadas. Fora isso, há casos ainda que uma pessoa não compartilhe uma determinada informação com o restante da organização, 3 até pelo fato de não per- der o poder, que em sua opinião, aquele fato pode lhe proporcionar. Soma-se a estas questões o fato de algumas informações sempre simplesmente não confiáveis. É importante firmar que um sistema de informações gerenciais atua em todos os níveis de uma organização: estratégico, tático e operacional.1 2 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E SUA ATUAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO 2.1 O que são sistemas de informação Para uma melhor compreensão é necessário diferenciar e verificar antes de tudo o que são sistemas de informação e o que são tecnologias da informação, pois cada um possui suas particularidades. “O termo ‘tecnologia da informação’ para Beal (2001, p. 2) serve para designar o conjunto de recursos tecnológicos e computacionais para a geração e uso da informação”. Já os sistemas de informação para O’Brien (2006, p. 6) “é um conjunto organizado de pessoas, dispositivos físicos (hardwares), procedimentos de processamento de informação (softwares), canais de comunicações (redes) e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina informações. ” Para distinguir um do outro, Braga (2000) relaciona sistemas de informação com a administração, às necessidades de informação e aplicação no negócio. Já a tecnologia da informação com tecnologias e o processamento dessa informação. Braga (2000) também expõem que os dois meios são extremamente relacionados, pois a partir dos sistemas de informação as organizações têm mudanças estratégicas e organizacionais que levam a novos desafios, exigindo a inovação na área de tecnologia da informação. Conforme Souza (2008, p. 6) “tanto as tecnologias da informação, como o sistema de informação, estão intimamente ligadas, sendo facilitadores para a geração e disseminação da informação, especialmente no contexto empresarial. ” 1 Texto extraído do link: https://www.researchgate.net/publication/262047396_Livro_Sistemas_de_Informacoes_Geren ciais_1_Edicao_2013_Sao_Paulo 4 Levando em consideração que os sistemas de informação e tecnologias da informação são intimamente relacionados e que devem caminhar em uma única direção, mas que por sua vez, não são a mesma coisa, é objetivo enfocar-se mais aos sistemas de informação. Em um primeiro momento, em relação a sistemas, O’Brien (2006), o define como “um grupo de componentes inter-relacionados que trabalham rumo a uma meta comum, recebendo insumos e produzindo resultados em um processo organizado de transformação. ” No segundo momento, em relação à informação, é um dos principais valores de uma organização. É por meio dela determinamos a permanência no mercado e também a não permanência, ou seja, a sessão das atividades de um negócio. Para Oliveira (2002, p. 37), “Informação é todo o dado trabalhado ou tratado, é o resultado da análise sobre os dados. ” Os sistemas de informação atuam para que os dados sejam mais bem tratados, obtendo informações mais relevantes ao negócio. Com os sistemas de informação, as informações pertinentes à organização ficam mais claras, mais organizadas e classificadas. Não é apenas como alocar materiais em um grande local, mas deixá- los prontos e visíveis para que seu verdadeiro valor seja realmente identificado. Gonçalves (2006), caracteriza um sistema de informação como sendo toda ferramenta que manipula dados transformando-os em informações, utilizando ou não meios tecnológicos para isso. Para Gonçalves (2006), a entrada será geralmente manual. É no decorrer do processo que se verifica o tratamento desses dados, onde são processados por meio de tecnologias sendo elas hardwares e softwares. A figura abaixo (1) demonstra a estrutura básica conceitual do funcionamento de sistemas de informação baseados em computação: 5 Fonte: tcconline.utp.br O’Brien (2006) deixa a estrutura conceitual dos sistemas de informação mais complexa. Os sistemas de informação dependem de recursos humanos (usuários e desenvolvedores), hardwares (máquinas e equipamentos), softwares (programas), dados (banco de armazenamento) e redes (meios de comunicação) executando as entradas do sistema e transformando os dados e recursos em produtos de informação, como mostra a Figura abaixo (2). Fonte: tcconline.utp.br 6 Em todo esse processo de manipulação das informações participam pessoas, tecnologias, materiais, equipamentos, dinheiro e, principalmente, não deixando de citar a qualidade desta informação. Sua precisão, confiabilidade e segurança são características obrigatórias e rigorosas para que essa informaçãose torne uma ferramenta importantíssima para o negócio, pois, caso contrário, uma informação errada, falha, custará um alto preço para a organização. (GONÇALVES, 2006). 2.2 Origem dos sistemas de informação Para quem pensa que sistemas de informação são tão atuais a ponto de não ter nenhuma origem no passado, está completamente enganado. Sua origem vem de muito antes da informática, onde o ser humano já buscava qualificar e classificar suas informações de forma mais eficaz. Antes de 1940, conforme Araújo (2010), não se percebia muito o uso de máquinas para o tratamento das informações, pois as máquinas não tinham a mobilidade que tem hoje, ocupando até mesmo salas inteiras. Nessa época, as informações para Mello, Marinho e Cardoso (2008) recebiam um tratamento basicamente de serem colocadas em lugares, os chamados arquivos, para depois serem observadas ou até mesmo avaliadas, necessitando de uma pessoa específica chamada de “arquivador” para realização desse processo. Sem o auxílio de ferramentas específicas para o trabalho na época, segundo Costa (2007), o “arquivador” como era chamado, não dava conta de registrar todas as informações por ele guardadas, havendo perda no processo e uma grande falta de mobilidade, pois as informações não eram atualizadas e não havia a possibilidade de cruzamento ou comparação destas informações para uma compreensão mais detalhada sobre o que verdadeiramente era importante guardar. Em meados dos anos de 1950 o biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy verificou em seus vários estudos que os valores de uma empresa não ficavam apenas na busca pelo lucro, e sim que essa era um organismo vivo, com valores distintos, iniciando assim estudos da empresa como um sistema. (GONÇALVES, 2006). Nesse período, a informação foi passando a ser vista como algo que tomava forma dentro das organizações e nas relações sociais, sendo considerada um aspecto 7 acima do social, tecnológico uma expressão filosófica onde seu valor é indispensável para caracterizar expressões como: “sociedade da informação, explosão da informação, era da informação, indústria da informação, revolução da informação” entre outros nomes utilizados na época. (ARAÚJO, 1995, p. 3). A ênfase na informação é o principal benefício proporcionado pelo uso de sistemas. Bio (1996) expõem que talvez as ideias em relação ao campo de sistemas de informação se relacionaram com a organização da seguinte forma: a) Manualização: no princípio a preocupação das organizações era de documentar os procedimentos administrativos, colocá-los por escrito; b) Racionalização: partindo do ponto em que as organizações iam crescendo, a preocupação muda para o aspecto da racionalização através de formulários, arquivos e procedimentos. Diferente de apenas documentar era necessário agora verificar se a execução estava sendo feita de forma racional; c) Mecanização: na década de 40 e 50 com a introdução de computadores eletrônicos, surgem as tendências de mecanização e automatização dos sistemas. Essa ideia de implantação veio da forte tendência de racionalização, onde se achava que com as máquinas de processamento de dados os dados seriam processados de maneira mais rápida, com custos menores e substituiriam a mão de obra. Essa tendência ocasionou uma utilização indiscriminada e uma divisão no uso do computador; d) Sistemas de informação: aqui sim é a mecanização pura e simples dos processamentos dos sistemas existentes, nota-se que era uma abordagem pobre e com resultados abaixo do esperado. Os estudos começam em relação ao potencial informativo dos sistemas para fins gerenciais, onde cada vez mais o valor da informação é ressaltado admitindo até mesmo custo maior em um novo sistema em face da melhoria significativa por ele gerada. A racionalização ainda se mantém e em meados da década de 60 cresce o interesse por sistema com maior grau de interação, com aproveitamento dos recursos de processamento 8 aumentando tanto os aspectos da racionalização quanto o domínio informativo das organizações. Segundo Mello, Marinho e Cardoso (2008, p. 1) “O início dos sistemas de informação foi marcado pela simplicidade dos dados, informações, métodos e técnicas, também pela limitação do sistema e ineficiência. ” Os sistemas de informação para Mello, Marinho e Cardoso (2008) apud Cardoso (2006), pegaram carona na onda da evolução tecnológica e conquistaram seu lugar no ambiente dos negócios. Primeiramente em áreas específicas, para auxiliar em uma determinada rotina, como, por exemplo, atuando como uma ferramenta para o departamento específico de folha de pagamento, logo se tornando o elo entre os departamentos. A partir de 1970, Szafir-Goldstein e Souza (2001), afirmam que com a redução dos custos e o aumento da velocidade de processamento, a “era dos sistemas de informação” se estabelece com os computadores. No ano de 1980 os sistemas de informação tiveram um reconhecimento como estratégicos, impactando o desenvolvimento e competitividade das organizações. Destaca-se nesse período o caso SABRE – sistema de reserva de passagens desenvolvido pela empresa americana American Airlines, o qual permitiu uma grande vantagem competitiva para a empresa. (SZAFIR-GOLDSTEIN, SOUZA, 2001). A partir daí, nos anos de 1990 até os dias atuais, a tecnologia da informação veio evoluindo e trouxe consigo os sistemas de informação, estabelecendo de fato sua importância nas empresas. Ainda Szafir-Goldstein e Souza (2001), expõem uma nova era na computação empresarial, levando principalmente em consideração o reforço da internet no final do século e atualmente a computação móvel, presentes nos celulares e smartphones. 2.3 Evolução dos sistemas de informação Segundo Mello, Marinho e Cardoso (2008, p. 2) apud Cardoso (2006), “os sistemas de informação evoluíram paralelamente às tecnologias de informática e telecomunicações. ” É notável que a evolução dos sistemas de informação esteja totalmente relacionada com a evolução da computação e das telecomunicações. Mais ou menos 9 por volta de 1940, havia o interesse por máquinas computadorizadas, que eram gigantescas e enormes; sem mobilidade nenhuma, mas que já auxiliavam na contagem naquele tempo. (ARAÚJO, 2010). Quando as primeiras máquinas de computação surgiram no mercado, conforme Gugik (2009), elas possuíam válvulas chamadas de válvulas eletrônicas, que eram enormes emaranhados de fios e tinham o problema de esquentarem muito, aumentando o risco de estragarem. Araújo (2010, p. 2) relata que: À medida que os anos foram se passando e com o aparecimento dos transistores nos anos 50 (que foram lentamente substituindo as válvulas dos computadores mais antigos) e dos circuitos integrados (meados dos anos 60), os computadores iam ficando menores, mais baratos (quer em custo de aquisição, quer em manutenção, apesar de continuarem a serem muito caros) e mais rápidos. Nos anos 50 – o primeiro computador comercial surgiu em 1951 – e 60 o seu uso diversificou-se e começaram a aparecer novas aplicações para estas máquinas, tais como contabilidade e inventariado. O aparecimento de linguagens de programação mais “generalistas” como o COBOL e o BASIC ajudou nesta diversificação. Paralelamente a esta evolução, estava a evolução das redes de telecomunicações, que primeiramente teve seu desenvolvimento a partir da Arpanet, uma rede de telecomunicações militar que precedeu à Internet, a tecnologia Ethernet (utilizada nas LANs – redes locais internas) e o protocolo TCP/IP. (ARAÚJO, 2010). Quando Szafir-Goldstein e Souza (2001) verificam esses dois fatores importantes na evolução dos sistemas de informação, a tecnologia computacional e as telecomunicações, percebem que sem eles os sistemas de informação não teriam tanta importância e significado para as organizações. A contribuição da tecnologiae das telecomunicações fez com que os sistemas de informação tratassem todas as informações relevantes para um negócio de forma mais eficiente e com uma facilidade muito maior. Porém, grandes dificuldades foram encontradas devido ao custo da estrutura, que era bastante elevado e as empresas não podiam suportar. Com isso surgem os Centros de Processamento de Dados (CPDs). Os centros de processamento de dados funcionavam como mecanismo de processamento, suporte e análise dos sistemas de informação presentes na organização, em alguns casos também disponibilizando pessoas para suporte técnico. (ARAÚJO, 2010). 10 Ainda segundo Araújo (2010), para diminuir cada vez mais os custos a informática evoluiu mais uma vez. Através da descentralização da computação os centros de processamento de dados não eram mais tão necessários, inclusive o gasto com suporte. As empresas deixaram de ter uma única e grande máquina para terem vários computadores espalhados na organização. Assim, cada usuário tinha seu computador onde deveria melhorar seus conhecimentos em linguagens DOS2, bios3 e scripts4 (linguagens utilizadas) para melhorar seu desempenho no uso das ferramentas. Concluindo, Araújo (2010) comenta que à medida que o tempo foi passando os usuários das máquinas foram obtendo uma intimidade e conhecimento no que estavam fazendo, utilizando as ferramentas com maior versatilidade e ganho, deixando os sistemas de informação da maneira e interesse do negócio. 2.4 Sistemas de informação no contexto administrativo Para Albertin (2005), no ambiente empresarial atual a informação aliada à tecnologia tem ganhado estimado valor no contexto administrativo, tanto das organizações brasileiras como mundiais. Estes negócios para conseguirem sucesso diante de seus concorrentes utilizam esta ferramenta de forma bem ampla e intensa, tanto em nível estratégico como operacional. Esta utilização passa a ter como foco principal não apenas a infraestrutura tecnológica necessária para a realização dos processos e decisões estratégicas, mas a efetiva utilização da informação e todo o seu poder de transformação nas práticas organizacionais. (Braga, 2000). Com esse grande avanço do tratamento da informação nas empresas, os empresários, segundo Albertin (2005), estão cada vez mais preocupados com aspectos mercadológicos. Os sistemas de informação deixaram de ser assunto de especialistas e passaram a integrar o dia-a-dia de uma organização. Essa ferramenta utilizada pela empresa segundo sua necessidade ou objetivo, tende a ajudar de forma poderosa aspectos como competitividade, estratégias, controles, redução de custos, ganhos provenientes de métodos de trabalho mais ágeis e com respaldo em informações confiáveis. Enfim, em diferentes outros fatores 11 determinados como essências para o desenvolvimento estratégico, organizacional e técnico de um negócio. (BRAGA, 2000). Através dos sistemas de informação é possível que todos os processos sejam muito mais conhecidos e bem mais estruturados. ARAÚJO (2008, p. 6) afirma que “bom desempenho organizacional depende da clara identificação feita pelos gerentes do papel que a informação irá desempenhar na estratégia competitiva de sua empresa”. José Cezar Urban em entrevista ao jornal Gazeta do Povo (CAMPOS, p.1, 2010), em 30 de março de 2010, comentou que utilizava o computador de forma limitada, redigindo textos, mandando e-mails, etc. A partir do ano de 1995 percebeu que poderia ter muito mais ganhos com sua máquina, adquirindo softwares que cruzam dados, aumentam a eficiência operacional direcionando a empresa e ainda indicando pontos de investimentos internacionais. Campos (2010) apud Urban (2010, p. 1) explica que “A ideia surgiu em 1988 para organizar congressos e convenções. Chegamos a ter 30 funcionários e atualmente contamos com cinco. Mesmo assim, a produtividade por pessoa é maior hoje, por causa do investimento em tecnologia”. Os programas coletam os dados do dia-a-dia da organização, processam e transformam em informações relevantes para cada área do negócio; informações estas que também dão respaldo para que a empresa saiba como estão indo as coisas para assim se posicionar diante dos concorrentes e dos seus potenciais clientes. “Com esses softwares você consegue ter acesso a um conjunto de dados que ajudarão na tomada de decisões. Dados que de outra forma seria muito difícil recuperar no momento certo” (CAMPOS, 2010, p. 2 apud CLEMENTI, 2010). O objetivo da administração é caminhar de maneira conjunta com os sistemas de informação, isso segundo Mello, Marinho e Cardoso (2008) é que definirá se sucesso poderá ser alcançado. Logo, seu objetivo se projeta em pesquisar qual ferramenta se enquadrará da melhor maneira em seu negócio, para que os dois andem de maneira coordenada, em busca de um único objetivo. O primeiro passo para Ricosti (2008), é identificar a real necessidade da organização, subdividida em necessidades operacionais, funcionais e de mercado. Em segundo seria a escolha e compra do software-programa, já em terceiro a escolha 12 e a aquisição dos equipamentos e máquinas, logo em quarto a adequação empresa - informatização e pôr fim a evolução da informática junto com o negócio. A prioridade é verificar a segunda necessidade estipulada por Ricosti (2008): a escolha e compra do programa mais adequado a organização. De maneira distinta classifica-se em cincos tipos: Softwares de gestão empresarial – ERP (Enterprise Resource Planning): caracterizados por interligarem a organização, integrar os departamentos com o objetivo de atender aos interesses da organização e o mercado (clientes e fornecedores); Softwares de gerenciamento de clientes - CRM (Customer Relationship Management): caracterizado por seu objetivo de atender às necessidades totais dos clientes, acompanhando todo o processo da organização, desde a compra do fornecedor até o pós-venda, primando pela fidelização do cliente e sua satisfação com o produto ou serviço; Softwares básicos – genéricos: são aqueles padrões, que seguem uma linguagem pela qual se entende que toda organização tem processos padrões, como estoque, financeiro, compras, fiscal e faturamento. Havendo os abertos que permitem algumas alterações, tais como mudanças simples em relatórios, acrescentando algo e os fechados, que não permitem alterações em suas telas, vendidos de forma única, sem opções de mudanças; Softwares básicos – especializados: são aqueles que atendem determinados ramos de atividade, como exemplo, farmácias, panificadoras, etc. São sistemas preparados para a atividade empresarial; Softwares básicos – específicos: sistemas feitos sob medida para os processos e critérios de uma única organização, buscam atender 100% das suas necessidades de controle e gestão. São programas geralmente com em custo mais elevado, mas que para algumas organizações trará mais vantagens. Definida esta questão de grande importância, observa-se outro ponto na integração dos sistemas de informação com a organização. Níveis de maturidade das organizações em relação aos sistemas de informação 13 A tecnologia da informação nas organizações está muitas vezes relacionada ao seu grau de maturidade, ou seja, quanto mais nova é essa organização menos valor ela dará a essa área. (FAGUNDES, 2010) Seguindo uma mesma linha de pensamento, os sistemas de informação, ou somente SI, através de uma maior maturidade adquirida pela empresa, vem também se tornando cada vez mais utilizado e tendo um nível maior de importância. As novas empresas logo quando iniciam suas atividades não dão o devido valor para essa área, vamos dizer, tecnológica. “O uso da tecnologia da informação é voltado para aplicações de redução de custo, através da automação de atividades funcionais de baixo nível. Os usuáriostêm uma postura reativa à tecnologia, com baixo envolvimento. ” (MARQUES, 2004, p. 29). Seguindo Marques (2004) apud Norlan (1979), já em um nível de maturidade mais elevado, o que pôde-se chamar de segundo nível, as organizações começam a se utilizar dos SI em relação aos seus custos e também no controle dos processos internos. Nesse nível as empresas começam a se dedicar mais em seus processos internos, deixando um pouco de lado projetos considerados globais de TI e também observam que os SI podem ser um grande aliado na estruturação e conhecimento dos seus custos. Visto isto, a organização observa que a tecnologia é de grande valia para que suas estratégias e seus custos possam ser reestruturados e de uma maneira melhor planejados através dos SI. Chega-se então ao chamado terceiro nível de maturidade, onde Fagundes (2010) expõem que as organizações entendem a importância dos SI para seus negócios, mas que por sua vez ainda não estão sendo o principal processo para investimento. Acabam os negócios por sua vez, levando mais atenção do que o próprio processo de informatização das informações. “A ênfase é ver os negócios como uma série de processos que podem e devem ser, fundamentalmente, redesenhados e simplificados com as novas aplicações da TI. ” (MARQUES, 2004, p. 32). Para Luppi (2008), quando as organizações começam a buscar aliar a tecnologia aos seus negócios, alcançando um grande diferencial em relação aos seus concorrentes, fornecedores e clientes, começaram a tratar os SI como uma relação de parceria. Sua dependência perante o mercado por maior tecnologia a levou para 14 ambientes de negócios em que suas capacidades e processos deveriam ser mais ágeis e com possibilidades menores de erros, para que seus potenciais clientes e fornecedores pudessem ter uma confiabilidade e uma imagem diferenciada da organização e de seus métodos. Com isso chega-se ao quarto nível de maturidade descrito por Fagundes (2010) e chamada de quarta era por Marques (2004). Onde as organizações conseguem ou procuram através dos SI uma aliança com seus clientes, fornecedores e em suas relações internas. Aliança essa que ajuda a organização no desenvolvimento de novos negócios e no melhoramento dos seus processos atuais. Depois do quarto nível, o negócio e os sistemas de informação andam juntos para atingir os benefícios esperados, levando a organização para o último nível de maturidade. Marques (2004) e também Fagundes (2010), comentam que nesse nível a empresa começa a tratar os SI e TI como um diferencial competitivo. Aí sim entramos no ponto em que hoje as organizações do século XXI estão vivendo. Esse diferencial junto com as boas ferramentas de TI e à estratégia organizacional da empresa faz com que não apenas sua capacidade de tomada de decisão seja alicerçada em informações corretas ou em métodos com o mínimo de erros, mas também, faz com que suas propostas e estratégias venham de encontro com o mercado atual, destacando a competitivamente. “[...] As oportunidades da TI e a dinâmica dos negócios levarão as empresas a um elevado grau de conectividade, viabilizando novas formas de relacionamento entre as organizações, e aumentando, desta forma, a produtividade dos grupos. ” (MARQUES, 2004, p. 32). Fazendo uma comparação com os cinco níveis de maturidade enfrentados pela empresa, Britto (2008), para concluir, expõe que não bastando a influência social e mercadológica para que as organizações comecem a se envolver mais na implementação e uso de tecnologias, órgãos federais, estaduais e até municipais estão também entrando nesse processo de reorganização de suas informações. Isso ocorre para que seus objetivos, como principalmente arrecadação tributária, sejam mais eficazes e com menores chances de fraudes. Isso faz da maturidade organizacional em relação aos SI pular do primeiro nível, onde há pouco investimento e importância, para o quarto nível, que é quando a empresa busca fechar 15 uma parceria entre TI, SI e seu negócio para poder atuar, não perder mercado e melhorar suas atividades. (BRITTO, 2008). Papel dos sistemas de informações nas organizações Nas organizações, a importância dos sistemas de informação não deve estar totalmente relacionada a somente hardwares e softwares, mas ao alinhamento das estratégias de informatização com as estratégias do negócio. Segundo Laurindo (et al., 2001), a exploração de ferramentas como os sistemas de informação deve ocorrer de forma contínua obtendo o máximo de ganho em todos os processos, mudando a face da organização, pois nenhuma ferramenta por mais sofisticada que seja é capaz de manter uma vantagem competitiva para o negócio. Levando em consideração a integração dos sistemas de informação com o a organização, Tait (2006), define três níveis: o planejamento de negócios, o planejamento de sistemas de informação e o planejamento de tecnologia de informação. Tait (2006) expõem ainda que é no planejamento de negócios é onde ficam os clientes, os concorrentes e o potencial humano da organização. No planejamento de sistemas de informação, a responsabilidade de assumir o papel predominante nas empresas deve ser evidente, sua transformação vai desde o tempo de respostas dos processos até o tempo de execução dos mesmos. Já o planejamento de tecnologia vem para agregar valor e auxiliar a organização a conquistar uma qualidade maior com um baixo custo. Conforme Tait (2006, p. 25): A integração dos três elementos, negócios, sistemas e tecnologia de informação, deve ser alvo de uma arquitetura de sistemas de informação, entendida como o conjunto de elementos componentes de um sistema, que inclui planejamento, hardware, software, banco de dados, entre outros. Por sua vez o desempenho operacional das organizações depende cada dia mais de softwares e sua estratégia de integração. A integração dos sistemas não apenas ao objetivo da empresa, mas principalmente atuando dentro de um negócio, possibilita que apenas um único local lógico seja utilizado, onde cada sistema coloca e recebe seus dados. Para Sordi e Júnior (2004), é através desta central que a possibilidade de integração fica mais clara. A partir do armazenamento dos dados em 16 um único local dentro da organização o processamento destes será mais completo, fazendo da informação gerada mais completa, pois está baseada em todos os processos desempenhados na organização. Sistemas com uma visão do todo da organização, conduzirá o negócio a melhorar a visualização das necessidades em todos os ambientes. Segundo Flores (2010), um sistema completo que verifica os subsistemas e suas ligações pode atuar em diferentes focos, enaltecendo determinadas áreas e comparando-as, dependendo do segmento econômico e da organização. A informação quanto mais completa ela seja, mais desempenho trará para o negócio, diminuindo a possibilidade de ocorrer erros. Não deixando de citar que por ser completa essa informação, ela não poderá ser complexa demais e nem simples demais, pois informações complexas não geram o entendimento correto e simples demais teoricamente não serão suficientes. (SOUZA, 2008). A verdadeira vantagem ou ganho de uma organização para Pionório (2009), é identificar o verdadeiro papel dos sistemas de informação, onde não estão voltados apenas em relação aos investimentos em TI ou no deslumbramento de utilizar novas tecnologias em seus processos, mas de alinhar suas estratégias empresarias e organizacionais em sistemas que trarão benefícios tanto internamente quanto externamente. Souza (2008) apud Bill Gates, afirma que “automatizar uma operação eficiente aumentará sua eficiência, porém, automatizar uma operação ineficiente aumentará sua ineficiência”.2 3 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Os sistemas de informação podem ser classificados de muitas formasrepresentando diferentes possibilidades de uso. Uma classificação apresentada por Turban; McLean; Wetherbe (2004) é feita por níveis organizacionais, áreas funcionais principais, tipos de suporte que proporcionam e quanto à arquitetura da informação. Ressalta-se que, independentemente da forma que os sistemas são classificados, a 2 Texto extraído do link: http://tcconline.utp.br/media/tcc/2015/04/MONOGRAFIA-COMPLETA-1.pdf 17 estrutura desses é a mesma, ou seja, cada um deles é composto de hardware, software, dados, procedimentos e pessoas. 3.1 Classificação por nível organizacional As organizações são compostas por um conjunto de componentes, como departamentos, equipes e unidades de trabalho. Podemos afirmar que na sua grande maioria elas possuem um departamento de recursos humanos, um departamento financeiro e contábil e, possivelmente, um setor de relações públicas. Esses elementos formam uma organização que muito provavelmente dependam de um nível organizacional mais alto, por exemplo, uma divisão ou uma matriz, que fazem parte de uma estrutura organizacional hierarquizada. Uma maneira de classificar os sistemas de informação de uma empresa pode ser a partir da observação de sua estrutura organizacional. Dentro dessa estrutura, podemos ter sistemas de informação desenvolvidos para o setor corporativo, para as divisões, departamentos, unidades operacionais e até mesmo para determinados funcionários da empresa. Esses sistemas podem ser desenvolvidos para funcionar de forma independente ou de forma interligada. Nesse sentido, temos que os sistemas de informação, definidos como tipicamente afinados, com a estrutura da organização, são aqueles que estão organizados em uma hierarquia em que cada superior da empresa é composto de mais sistemas do nível inferior imediatamente precedente. A seguir está listado alguns exemplos de sistemas de informação por nível organizacional: Por departamento – normalmente, uma empresa utiliza diversos programas aplicativos em determinada área ou setor. Por programa aplicativo, entende-se aquele programa que é desenhado para realizar uma função específica em relação à atividade desenvolvida pelo setor. Por exemplo, temos que no setor de recursos humanos é possível a utilização de um aplicativo para selecionar candidatos a empregos e outro aplicativo para monitorar a rotatividade de pessoal da empresa. Estes aplicativos podem ser independentes entre si, ou podem ser inter- relacionados. Devemos perceber que o conjunto destes aplicativos, a 18 partir desse exemplo, pode ser chamado de sistema de informação em recursos humanos. Em outras palavras, podemos dizer que ele é visto como o sistema de informação departamental individual, apesar de ser constituído de vários subsistemas de aplicativos. Informações empresariais – é uma arquitetura de sistemas de informação que facilita o fluxo de informações entre todas as atividades da empresa: produção, vendas, finanças, logística, recursos humanos. Nesse sentido, proporciona forte integração de informações e simplificação de processo. Em outras palavras, podemos dizer que um sistema de informações empresariais é o conjunto dos aplicativos departamentais, combinados com outros aplicativos funcionais. Sistemas interorganizacionais – são os sistemas que atendem a mais de duas organizações, ou seja, integram parcialmente ou de forma total os processos de negócios de duas ou mais organizações. Podemos usar aqui como exemplo o sistema mundial de reserva de passagens aéreas, o qual, é composto por vários sistemas que pertencem a empresas diferentes do mesmo ramo de atividade. Esse é um exemplo de sistema interorganizacional que conecta clientes a fornecedores. 3.2 Classificação por área funcional A classificação dos sistemas de informação por área funcional faz referência ao suporte de informações às áreas tradicionais da empresa. Podemos inferir que os principais sistemas de informações funcionais são: Sistema de informação contábil. Sistema de informação financeira. Sistema de informação industrial. Sistema de informação de marketing. Sistema de informação da gestão de recursos humanos. 19 Para cada área funcional existem atividades específicas, as quais podem ser rotineiras e repetitivas e, consequentemente, fundamentais para o funcionamento da empresa. 3.3 Classificação por tipo de suporte Esta forma de classificação do sistema de informação está relacionada ao tipo de suporte por ele proporcionado à empresa. De acordo com Turban; McLean; Wetherbe (2004), os principais tipos de sistemas de informação segundo o suporte proporcionado são: Sistema de suporte inteligente (SSI). Sistema de apoio a grupos (GSS). Sistema de informação empresarial (EIS). Sistema de apoio a decisões (SAD). Sistema de automação de escritório (SAE). Sistema de administração do conhecimento (KMS). Sistema de processamento de transações (SIT). Sistema de informação gerencial (SIG).3 4 TIPOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA CADA NÍVEL ORGANIZACIONAL Para classificarmos os vários modos de sistemas de informação usaremos a fornecida por Mülbert e Ayres (2007), mas diversas classificações com nomenclaturas diferentes podem ser encontradas, sem, contudo, uma invalidar a outra, pois na essência todas convergem. Elas podem ser categorizadas por abrangência organizacional, áreas funcionais principais, e tipo de suporte que proporcionam (MÜLBERT e AYRES, 2007, p. 99-103): 3 Texto extraído do link: http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_cooperativismo/quinta_etapa/arte_sistemas_informaco es_gerenciais.pdf 20 Classificação por abrangência organizacional: ênfase na abrangência que o sistema de informação tem em relação à estrutura organizacional. São sistemas construídos para pessoas específicas da empresa, ou para atender grupos específicos como divisões e departamentos, ou para dar suporte à empresa como um todo, e até mesmo sistemas envolvendo várias empresas. Operam isoladamente ou interligados. Sistemas de informação pessoal: são aplicações que os profissionais usam para melhorar sua produtividade que dão suporte às comunicações, análise e tomada de decisão, e registro e monitoramento das atividades. Sistemas de informação de grupo ou departamental: facilitam o processo e o fluxo de informação de um grupo de trabalho. É construído, normalmente, para atender a uma função específica. Podem ser aplicativos para determinadas áreas funcionais da organização. Sistemas de informação empresarial ou corporativo: dão suporte a todas as divisões e outras unidades de uma organização, integrando as ações desenvolvidas pelas diversas unidades empresariais, de modo a facilitar o fluxo de informação entre elas. Para viabilizar esta integração, tais sistemas de informação envolvem bancos de dados centralizados, compartilhados pelas várias unidades usuárias. Sistemas de informação Interorganizacional: sistemas que conectam duas ou mais empresas. Estes sistemas são comuns entre parceiros de negócios e usados extensivamente no comércio eletrônico, frequentemente via extranet. Sistemas de informação interorganizacionais que interligam uma corporação internacional ou multinacional, cujas instalações estão localizadas em dois ou mais países, são chamados de Sistemas de informações globais. Classificação por área funcional: os sistemas de informação podem, também, ser classificados pela especialidade funcional a que servem. São sistemas voltados a atender as principais, macro atividades das empresas: operações e produção, vendas e marketing, finanças e contabilidade, e recursos humanos. Sistemas de informação industrial: tratam do planejamento, desenvolvimento e manutenção dasinstalações de produção; do estabelecimento dos objetivos de produção; da aquisição, armazenamento e disponibilidade dos materiais de produção; 21 e do planejamento do equipamento, instalações, materiais e mão de obra necessários a produção. Sistemas de vendas e marketing: acompanham as tendências de vendas, monitoram o desempenho dos concorrentes; dão suporte a pesquisas de mercado, campanhas promocionais e de propaganda e decisões quanto a preços; permitem análises de desempenho das vendas e do pessoal de vendas; ajudam na localização e contato de clientes em potencial, no acompanhamento das vendas, no processamento dos pedidos e no fornecimento do serviço de suporte ao cliente. Sistemas de finanças e contabilidade: estabelecem objetivos de investimentos em longo prazo e fornecem previsões do desempenho financeiro da empresa; ajudam a visualizar e controlar os recursos financeiros; monitoram o fluxo de caixa, contas a receber e a pagar, e emitem relatórios de balanço e livros fiscais. Sistemas de recursos humanos: identificam requisitos da força de trabalho em termos de habilidades, nível de instrução, tipos e números de posições; também ajudam a acompanhar e analisar o recrutamento, o direcionamento e o desligamento de empregados; e, registram a seleção e a colocação dos empregados. Classificação por tipo de suporte: categoriza os sistemas de informação pelo tipo de suporte que proporcionam: apoio às operações e apoio gerencial, de acordo com Mülbert e Ayres (2007, p. 104-108). Sistemas de apoio às operações empresariais: processam dados gerados e utilizados em operações empresariais. O seu papel é processar transações eficientemente, controlar processos industriais e apoiar a colaboração. Sistemas de processamento de transações: dão suporte no processamento e acompanhamento das atividades cotidianas e transações rotineiras de uma empresa, tais como: entrada de pedidos de venda, emissão de notas fiscais requisições de materiais, lançamentos de produção, registro de pessoal. Está presente em todas as áreas funcionais de uma empresa varejista. Estes sistemas captam e processam dados das transações empresariais, em seguida atualizam arquivos e bancos de dados, e produzem saídas de informação na forma de relatórios e consultas para uso interno e externo. Normalmente, o volume de dados envolvido é muito grande. Podem ser processados em lote, quando os dados acumulados durante um período de tempo 22 são processados periodicamente, e online, quando os dados são processados imediatamente após a ocorrência da transação ou no momento exato em que ela ocorre (tempo real). Durante o processamento das transações, os bancos de dados são atualizados, de modo que os dados fiquem disponíveis para todos os outros aplicativos e que todos os dados necessários a gestão, sejam mantidos atualizados. Para Turban, Rainer e Potter (2003), as principais características dos sistemas de processamento de transações são: Processamento de grandes volumes de dados; Necessitam alta velocidade de processamento; A maioria das fontes de dados é interna e a saída é destinada principalmente ao público interno da organização; Processa informações regularmente; Exige uma grande capacidade de armazenamento (banco de dados); Os dados enviados e recebidos são organizados e formatados de modo padrão; Alto nível de detalhamento dos dados; Pouca complexidade de cálculo; Necessita de alto nível de precisão, integridade de dados e segurança; Requer muita confiabilidade de processamento, não podendo ter interrupção no fluxo de dados. Sistemas de controle de processo: monitoram controlam processos industriais. Controlam um processo físico em curso em indústrias, como uma linha de produção, por exemplo. Utiliza dispositivos de detecção que medem fenômenos físicos, como mudanças de temperaturas ou pressão. Essas medições contínuas, convertidas para o formato digital, são processadas e a aplicação dirige o controle do processo, ajustando dispositivos de controle como termostatos, válvulas, interruptores, e assim por diante. Fornece mensagens e exibe o status do processo para que um operador humano possa, também, tomar medidas apropriadas para controlá-lo. Sistemas Colaborativos: utilizam uma diversidade de tecnologias de informação com o objetivo de aumentar a comunicação e a colaboração de equipes e 23 grupos de trabalho. Os sistemas colaborativos também são conhecidos como sistemas de automação empresarial. Estes tipos de sistemas comentados acima são os mais comuns, mas outros podem se tornar disponíveis a determinados tipos ou tamanhos de empresas e possuírem especificidades de um determinado setor ou atividade empresarial. Mas, os mais comuns estão listados para compreensão do gestor e para que ele possa se aprofundar em entender o que mais se adequa à sua realidade. No Quadro 3, a seguir, demonstraremos algumas ferramentas e aplicativos que podem apoiar as estratégias de comunicação e colaboração empresarial quando se referem à sistema de informação: 24 Fonte: researchgate.net Sistemas de apoio à tomada de decisão gerencial: concentram-se em fornecer informações e apoiar os gerentes em suas tomadas de decisão. Diversos tipos de sistemas de informação gerencial, sistemas de apoio à decisão e sistemas de informação executiva, conforme Mülbert e Ayres (2007, p. 108-114): Sistemas de Informações Gerenciais (SIG): proporcionam aos gerentes relatórios e consultas sobre o desempenho atual e registros históricos da empresa, de forma a apoiar as atividades de planejamento, controle e tomada de decisão. Fornecem resumos sobre as operações básicas (transações operacionais) da empresa. Os dados de transações básicas, arquivados pelos sistemas de processamento de transações, são agrupados (ou sintetizados) e apresentados num formato preestabelecido. A maioria dos sistemas usa rotinas simples para processamento dos dados, tais como totais, percentuais, acumuladores e comparações. Os Sistemas de Informações Gerenciais enfocam situações de decisão estruturadas, que são conhecidas antecipadamente. Atende gerentes interessados por resultados semanais, mensais e anuais – e não atividades diárias (mas que também são possíveis de se obter). Mülbert e Ayres (2007, p. 110) indicam-nos os relatórios gerados por estes sistemas, normalmente, assumem a forma de respostas imediatas a consultas, e relatórios periódicos, de exceção e por demanda: 25 Relatórios periódicos programados: relatórios gerados em formatos pré- especificados, projetados para fornecer informações em uma base regular, por exemplo, diária, semanal e mensal. Relatórios de exceção: produzidos apenas quando ocorrem condições excepcionais, ou são produzidos periodicamente, mas contêm informações apenas sobre essas condições excepcionais. Este tipo de relatório reduz a sobrecarga de informações, já que evita enviar os tomadores de decisão relatórios periódicos detalhados da atividade empresarial. Relatórios sob solicitação: são desenvolvidos para fornecer informações específicas a pedido de um gerente, sob forma customizada. Para Laudon e Laudon (2001), as principais características dos sistemas de informações gerenciais são: Dão suporte a decisões estruturadas nos níveis operacionais e de controle gerencial, além de úteis à alta administração; São orientados para relatórios e controle; projetados para relatar as operações existentes e ajudar a cuidar do controle das operações diárias; Baseiam-se em dados corporativos existentes e fluxos de dados; Tem pouca capacidade analítica; Ajudam à tomada de decisão usando dados passados e presentes; São relativamente inflexíveis; Tem uma orientação mais interna do que externa. Sistemas de Apoio à Decisão (SAD):tem por objetivo dar suporte a decisões menos rotineiras e estruturadas, e não facilmente especificadas com antecipação. Fornece suporte computacional interativo durante o processo de tomada de decisão, proporcionando aos usuários trocar suposições, fazer perguntas novas e incluir novos dados. (MÜLBERT e AYRES, 2007, p. 111). Para Laudon e Laudon (2001) os sistemas de apoio à decisão, possuem as seguintes características: Oferecem aos usuários flexibilidade, adaptabilidade e uma resposta rápida; 26 Operam com pouca ou nenhuma assistência de programadores profissionais; Proporcionam suporte para decisões e problemas cujas soluções não podem ser especificadas com antecedência; Usam sofisticadas análises de dados e ferramentas de modelagem. Apresentamos os quatro tipos básicos de atividades de modelagem analítica, no Quadro 4, a seguir: Fonte: researchgate.net Apesar de parecer complexo para um gestor menos acostumado com essas nomenclaturas, a maioria dos sistemas já possui comandos que facilitam essas tarefas, e que são encontradas em grande parte dos sistemas de informação utilizados pelos níveis hierárquicos mais altos de uma organização varejista. Sistema de Informação Executiva (SIE): é usada pela alta administração de uma empresa varejista. Fornece acesso rápido e de forma bastante amigável, a informações atualizadas, fazendo uso intensivo de recursos gráficos (cores, símbolos, 27 ícones, botões, imagens e gráficos), e capacidade de multivisão (manuseio de diversas mídias, mostrando numa mesma tela, gráficos, textos e tabelas). Stair (2002) apresenta as características deste tipo de sistema de informações: Facilidade de uso; Manipular uma variedade de dados internos e externos, quantitativos e qualitativos; Fornecer flexibilidade; Oferecer recursos abrangentes de comunicações com outros gerentes. Mülbert e Ayres (2007, p. 113) demonstram-nos, no Quadro 5 a seguir, alguns dos recursos de análise comuns à maioria dos EIS: Fonte: researchgate.net 28 Percebe-se nesse quadro anterior que, em virtude da urgência e da variedade de decisões que um executivo de alto nível (hierarquia alta organizacional) é obrigado a tomar a todo o instante, as facilidades que os sistemas de decisão devem ter e precisam estar focalizadas na rapidez e segurança da informação disponibilizada para a escolha. Claro que nos demais níveis hierárquicos cada vez mais essa postura também vem se tornando necessária. Já, Luppin (2012) descreve os tipos de sistemas de informação que podem ser utilizados pelos diversos níveis hierárquicos e de decisão em uma organização da seguinte forma: Sistemas de Processamento de Transações (SPTs): sistemas integrados que atendem o nível operacional são computadorizados, realizando transações rotineiras como folha de pagamento, pedidos etc. Os recursos são predefinidos e estruturados, e é por meio deles que os gerentes monitoram operações internas e externas a empresa. São fundamentais e críticos, pois se deixarem de funcionar podem causar danos às atividades rotineiras do negócio. Sistemas de Trabalhadores de Conhecimento (STCs) e Sistemas de Automação de Escritório (SAEs): atendem necessidades do nível de conhecimento envolvendo trabalhadores de conhecimento, pessoas com formação universitária como engenheiros e cientistas e trabalhadores de dados, como secretárias, contadores, arquivistas etc.. Diferenciam-se, pois, trabalhadores de conhecimento criam informações e trabalhadores de dados usam informações prontas. A produtividade destes é aumentada com o uso dos sistemas de automação de escritório que coordenam e comunicam diversas unidades, trabalhadores, e fontes externas como clientes e fornecedores. Eles manipulam e gerenciam documentos, programação e comunicação, envolvendo além de textos, gráficos etc., hoje publicados digitalmente em forma de portais na internet e intranet para facilitar o acesso e distribuição de informações. Sistemas de Informação Gerenciais (SIGs): dão suporte ao nível gerencial através de relatórios, processos correntes, histórico através de acessos online, orientados a eventos internos, apoiando o planejamento controle e decisão, dependem dos SPTs para aquisição de dados, resumindo e apresentando operações e dados básicos periodicamente. 29 Sistemas de Apoio a Decisão (SADs): atendem também o nível de gerência ajudando a tomar decisões não usuais com rapidez e antecedência a fim de solucionar problemas não predefinidos, usam informações internas obtidas dos SPTs e SIGs e também externas, como preços de produtos concorrentes etc.. Têm maior poder analítico que os outros sistemas sendo construídos em diversos modelos para analisar e armazenar dados, tomar decisões diárias. Por isso, possuem uma interface de fácil acesso e atendimento ao usuário, são interativos, podendo-se alterar e incluir dados através de menus que facilitam a entrada deles e obtenção de informações processadas. Sistemas de Apoio ao Executivo (SAEs): atendem ao nível gerencial, os gerentes seniores que tem pouca ou nenhuma experiência com computadores, servem para tomar decisões não rotineiras que exigem bom senso avaliação e percepção. Criam um ambiente generalizado de computação e comunicação em vez de aplicações fixas e capacidades específicas. Projetados para incorporar dados externos como leis e novos concorrentes, também adquirem informações dos SIGs e SADs a fim de obter informações resumidas e úteis aos executivos, não só sob a forma de textos, mas também gráficos projetados para solucionar problemas específicos que se alteram seguidamente, através de modelos menos analíticos. Ele é formado por estações de trabalho, menus gráficos, dados históricos e de concorrentes, bancos de dados externos, e possuem fácil comunicação e interface. Ainda, segundo Luppi (2012), os Sistemas de Informação relacionam-se uns com os outros a fim de atender os diversos níveis organizacionais. E isto sendo os SPTs a fonte de dados mais importante para os outros sistemas, os SAEs são os recebedores de dados de sistemas de níveis inferiores, os outros trocam dados entre si. Também atendem diferentes áreas funcionais, por isso é importante e vantajoso a integração entre eles para a informação chegar às diferentes partes de uma organização. Mas, isto tem um alto custo de implantação e de manutenção, é demorado e complexo, por isso cada organização deve interligar os setores que acha necessário para atender suas necessidades e dentro das suas possibilidades. Sistemas de Informação de Marketing (SIMs): responsáveis pela venda e comunicação do produto ou serviço. Procuram identificar o que os consumidores ou usuários querem consumir ou utilizar e também os melhores compradores, criando e 30 mostrando novos produtos ou serviços por meio de propagandas e promoções. Além disso, auxiliam no contato aos clientes, oferecem novos produtos e serviços, fecham pedidos, acompanham a transação. No nível estratégico, eles monitoram e apoiam novos produtos e oportunidades e identificam o desempenho dos concorrentes. No nível tático, dão suporte a pesquisas de mercado, campanhas promocionais e determinação e preços, analisando o desempenho do pessoal de vendas dando suporte ao atendimento e localização de clientes. Sistemas de Informação de Fabricação e Produção (SIFPs): responsáveis pela produção de bens e serviços tratam do planejamento, desenvolvimento, manutenção e estabelecimento de metas de produção aquisição e armazenagem de equipamentos, matérias primas para fabricar produtos acabados. Ajudam a localizar novas fábricas e investir em novas de tecnologias de fabricação, analisam e monitoram custos, recursos de fabricação e produção, criam e distribuem conhecimentos especializados orientando o processode produção, e também monitoram e controlam a produção. Sistemas de Informação Financeira e Contábil (SIFCs): responsáveis pela administração de ativos financeiros visando o retorno ao investimento. A função Finanças encarrega-se de identificar novos ativos financeiros (ações títulos e dividas) através de informações externas. Já, a função Contabilidade é responsável pela manutenção e gerenciamento de registros financeiros (recibos folha de pagamento etc.) para prestar contas aos seus recursos. Estes sistemas compartilham problemas, acompanhando o que possuem com o que necessitam. Estabelecem metas de investimento prevendo desempenho financeiro, ajudam gerentes a supervisionar e controlar recursos financeiros, fornecem ferramentas analíticas para aumentar o retorno sobre investimento, monitoram o fluxo de recursos realizados pelas transações como cheques, pagamentos a fornecedores, relatórios e recibos. Sistemas de Recursos Humanos (SRHs): responsáveis por atrair, aperfeiçoar e manter a força de trabalho da empresa esses sistemas ajudam a identificar funcionários potenciais e selecionar novos, desenvolver talentos e potencialidades. Identificam habilidades, escolaridade e tipos de cargos que atendem os planos de negócio. Monitoram o recrutamento, alocação e remuneração de funcionários, descrevem funções relacionadas ao treinamento, elaboração de planos 31 de carreira, relacionamentos hierárquicos entre funcionários, registram o recrutamento e colocação de funcionários da empresa. Também são elaborados para armazenar dados que atendam exigências dos governos federais e estaduais relacionadas à contratação de funcionários conforme as leis trabalhistas. Para Luppi (2012), além de SIs para coordenar atividades e decisões da empresa, por meio de Sistemas Integrados e Processos de Negócios automatizando, assim, o fluxo de informações, também necessitam de Sistemas para Gerenciamento de Relações com Clientes (CRM) e da cadeia de suprimento (SCM) para coordenação de processos que abrangem diferentes funções empresariais, inclusive compartilhadas com clientes e outros parceiros da cadeia de suprimento. Os processos de relacionamento entre clientes e fornecedores são repensados de forma estratégica, pois com as empresas digitais, o comércio eletrônico e a competição global estes públicos tornaram-se cada vez mais exigentes e se a organização não os atender, de uma forma correta corre o risco de perdê-los. Para garantir o gerenciamento da cadeia de suprimentos, Luppi (2012) afirma que é preciso que os membros da cadeia trabalhem em conjunto para atingir a mesma meta e coordenar melhor os processos de negócio. Para isso, as empresas estão recorrendo ao Processo Colaborativo que é o uso de tecnologias digitais como Internet, Intranet e Extranet, para capacitar as organizações a desenvolver, montar e gerenciar os produtos durante seu ciclo de vida. Muitas empresas, hoje, são donas e responsáveis por sua própria rede, o que diminui custos e facilita o compartilhamento de informações é claro tendo algumas restrições de acesso. O uso de diversos SIs não integrados em uma organização pode dificultar o acesso e compreensão de informações por parte da gerência e outros níveis organizacionais ou até mesmo apresentar a informação de forma errada e incompreensível causando grandes danos. Por isso, muitas empresas estão montando ERPs – Enterprise Resource Program (Sistemas de Informação de Planejamento Empresarial) que modelam e automatizam os processos de negócio atendendo todos os níveis da empresa, coletando e armazenando, em um único arquivo, os principais dados dos processos de negócio. Estes podem ser acessados por todos os setores da empresa proporcionando aos gerentes informações precisas 32 para coordenação das informações diárias da empresa com ampla visão dos processos de negócio e fluxo de informações. (LUPPI, 2012). Os Sistemas Integrados geram benefícios, promovem alterações em quatro dimensões da empresa: estrutura, processo de gerenciamento, plataforma de tecnologia e capacidade. Usados para apoiar estruturas organizacionais e criar uma nova cultura organizacional. As informações são estruturadas ao redor de processos de negócio transfuncionais, aperfeiçoando relatórios gerenciais e a tomada de decisões. Eles também oferecem a empresa uma plataforma de tecnologia de SI única contendo dados de todos os processos de negócio. Esses sistemas aumentam a capacidade das empresas em interagir com todos os níveis da cadeia de suprimento ainda mais se usarem os mesmos softwares para integração, pois assim trocarão dados sem intervenção manual. (LUPPI, 2012). O grande desafio é o fato de que os SIs integrados são complexos e exigem grandes investimentos em tecnologia, software, hardware, meios de armazenamento potentes, mudanças nos processos de negócios e atividades. Além, é claro da mudança cultural junto às pessoas da organização. As empresas que não aceitarem ou não possuem condições para acompanhar as mudanças não conseguirão integrar processos funcionais e empresariais, além do custo e tempo, fazendo com que o sistema, quando pronto, corra o risco de estar desatualizado. Então, Sistemas Integrados exigem conhecimento dos processos e níveis empresariais bem como fluxos de informações, sendo determinados pelos gerentes os setores que devem estar ligados para atender as necessidades da empresa de acordo com os recursos tecnológicos e administrativos que ela possui.4 5 NÍVEIS DE AÇÃO, COMPONENTES E VANTAGENS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES A partir da definição das necessidades dos diversos níveis hierárquicos existentes nas organizações, os sistemas de informações gerenciais podem ser 4 Texto extraído do link: https://www.researchgate.net/publication/262047396_Livro_Sistemas_de_Informacoes_Geren ciais_1_Edicao_2013_Sao_Paulo 33 compostos por vários subsistemas interligados, formando uma cadeia de informações que atinjam a todos os níveis de decisão. Assim, os gestores que dela necessitam podem utilizá-las de forma a alcançar a eficácia organizacional. Os sistemas de informações gerenciais foram concebidos para apoiarem as necessidades informacionais e as tomadas de decisões. Assim, o tipo de informação demandada pelos que decidem se relaciona diretamente com o nível de tomada de decisão gerencial e o grau de estrutura que enfrentam (O’BRIEN, 2002). Para Oliveira (2004), os sistemas de informações estão estruturados em três níveis, de influência: estratégico, tático e operacional. Nível estratégico: contempla as interações entre as informações dos ambientes externo e interno à organização. Nele ocorrem as decisões estratégicas de ampla perspectiva, envolvendo, o ambiente interno e o ambiente externo à organização. As informações para tomadas de decisões estratégicas são resumidas, de caráter antecipatório e não rotineiras, para auxílio à administração estratégica que, normalmente, desenvolve metas globais, estratégias, políticas e objetivos, dentro do planejamento estratégico da organização. (O’BRIEN, 2002). Nesse nível, estão as atividades de planejamento de longo prazo, cujo propósito é compatibilizar mudanças no ambiente externo com as capacidades existentes na organização (NALIATO; PASSOS, 2006). Embora o grau de detalhamento seja menor, as informações devem ter um maior nível agregado para que sirvam de apoio às tomadas de decisões estratégicas; Nível tático: contempla as informações de apenas determinada área da organização. As decisões táticas, que acontecem neste nível, agregam informações de apenas uma área de resultado e não de toda a organização (OLIVEIRA, 2004). Esse nível engloba informações que não são, necessariamente, programadas, e se concentram em um nível médio de decisão, por desenvolveremplanos de curto e médio prazo. No nível tático, são feitos programações e orçamentos, determinação das políticas, 34 procedimentos e objetivos de negócios para as várias subunidades da organização, além da distribuição de recursos e monitoramento dessas subunidades (O’BRIEN, 2002); Nível operacional: contempla a formalização das diversas informações estabelecidas na organização. É neste nível que se dão as decisões operacionais, que necessitam de programação prévia e detalhamento, através de planos organizacionais de curto prazo (O’BRIEN, 2002). Nesse nível, é implantado o plano de ação da organização, definido no nível tático, com o apoio dos recursos humanos, dos recursos financeiros e dos recursos físicos disponíveis, visando obter-se a melhor relação custo/benefício para a organização (CARMO; PONTES, 2006). É o nível em que se efetua o monitoramento das atividades básicas da organização. A figura a seguir expõe a estrutura dos níveis de decisão organizacional acima descrita. Fonte: IGTI (2002). Para que os sistemas de informações gerenciais possam, de fato, auxiliar nas tomadas de decisão nas organizações, faz-se necessária a compreensão dos administradores quanto a seus componentes e suas interações, quando do desenvolvimento desses sistemas, para que, deste modo, seja assegurado seu bom funcionamento. 35 Oliveira (2004) afirma que os sistemas de informações são compostos por: Dados: elemento na forma bruta, que, por si só, não leva à compreensão de fatos ou situações; Tratamento: transformação dos dados em informações (dados dotados de relevância); Informação: dado que foi trabalhado e auxilia no processo decisório; Alternativa: ação substituta, através da qual chega-se ao mesmo resultado, porém, de modo diferente; Decisão: opção que o administrador possui de escolher, entre as diversas alternativas, a que leve ao melhor resultado operacional; Recursos: levantamento das alocações (equipamentos, materiais, financeiros, humanos); Resultados: produto final do processo de tomada de decisão; Controle e avaliação: função do processo administrativo que permite aos tomadores de decisão avaliar o desempenho e o resultado das ações, objetivando a realimentação do sistema, para que possam corrigir e/ou reforçar o desempenho organizacional; Coordenação: função do processo administrativo que aproxima os resultados apresentados do que foi planejado. A figura a seguir retrata a composição de um sistema de informações gerenciais, que, segundo Oliveira (2004), traz os dados que irão receber o tratamento. Esses dados, por sua vez, se transformarão em informações que subsidiarão o processo decisório. 36 Fonte: Oliveira (2004). O autor complementa que os sistemas de informações gerenciais são compostos também pelos equipamentos e materiais necessários ao bom funcionamento do sistema; pelos os indivíduos, que irão agregar valor às informações; pelos resultados decorrentes das tomadas de decisões; pelo controle e avaliação, em que os administradores controlam e avaliam o desempenho e o resultado das ações; e, finalmente, pela coordenação, função do processo administrativo que aproxima os resultados apresentados do que foi planejado. Para Claver et al (2001 apud TEIXEIRA JUNIOR; OLIVEIRA, 2003), o sucesso dos sistemas de informação nas organizações está condicionado à união de dados, tecnologia da informação e pessoas, sendo estas últimas estabelecidas na condição de indivíduos dentro da cultura organizacional. Os sistemas de informações gerenciais, portanto, otimizam a utilização da informação, tornando-se indispensável para todas as áreas das organizações, de modo a estimular seu compartilhamento. Oliveira (2004, p. 44) destaca os benefícios que os sistemas de informações gerenciais trazem para as organizações: Melhoria no acesso às informações, favorecendo a precisão nos relatórios, que são gerados mais rapidamente e com menor esforço; Melhoria na operacionalização dos serviços; Melhoria nas tomadas de decisões, a partir do fornecimento de informações mais rápidas e precisas; 37 Melhoria na estrutura organizacional, devido um melhor fluxo de informações; Melhoria na adaptação das organizações no enfrentamento dos imprevistos, derivados das frequentes transformações no ambiente em que a organização está inserida. Observa-se que os sistemas de informações gerenciais, através de informações mais rápidas e precisas, levam as organizações a ganhos de vantagem competitiva e a benefícios incorporados, tais como: maior rapidez nos processos de comunicação das organizações; maior facilidade no acesso às informações relevantes; e melhoria nas tomadas de decisões.5 6 VANTAGENS E DESVANTAGENS DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO Os sistemas de informação são muito importantes para uma melhor circulação da informação da organização e desta forma uma maior posição do negócio da mesma. Organizações bem-sucedidas, atualmente, apresentam um sistema de informação sofisticado que facilita as atividades dos funcionários bem como dos seus colaboradores externos. Toda organização necessita de informação que seja benéfica, útil e de baixo custo, acessível, organizado e preciso. Portanto, sistemas de informação deve ser constantemente mantido e atualizado para atender as expectativas da empresa e as necessidades dos clientes. 6.1 Vantagens Eliminar o uso de interfaces manuais, Otimizar o fluxo da informação e a qualidade da mesma dentro da organização (eficiência), Otimizar o processo de tomada de decisão, 5 Texto extraído do link: http://www.simpep.feb.br/anais/anais_13/artigos/974.pdf 38 Eliminar a redundância de atividades, Reduzir as incertezas do lead-time (tempo de aprovisionamento), Um bom sistema de informação permite ao usuário acessar, compreender e responder às informações de forma rápida e eficaz, Sempre que necessário, os usuários podem obter as informações mais precisas precisava fazer uma atividade, Um bom sistema de informação também oferece aos usuários uma variedade de maneiras de mudar e apresentar informações, bem como executar diferentes tarefas, Para as empresas, essa capacidade - a alteração de dados em informação útil - é de valor inestimável para o bom sucesso do negócio e resolução de problemas, Redução de custos operacionais e administrativos e ganho de produtividade, Maior integridade e veracidade da informação, Maior segurança de acesso à informação. 6.2 Desvantagens A utilização do ERP (Enterprise Resource Planning) por si só não torna uma empresa verdadeiramente integrada, Altos custos que muitas vezes não comprovam a relação custo/benefício, dependência do fornecedor do pacote, Torna os módulos dependentes uns dos outros, pois cada departamento depende das informações do módulo anterior, por exemplo. Logo, as informações têm que ser constantemente atualizadas, uma vez que as informações são em tempo real (on-line), Excesso de controlo sobre as pessoas, o que aumenta a resistência à mudança e pode gerar desmotivação por parte dos funcionários, Sistemas de informação não pode. Sempre funcionar corretamente. Isto acontece por um número de razões, 39 Sistemas de quebrar, interrompendo o bom funcionamento e causando insatisfação do cliente. Por exemplo, os clientes podem ser cobrados pelos serviços errados ou para a mercadoria que não pedir. Sistemas de informação com defeito podem entregar a informação errada para outros sistemas, o que poderia criar mais problemas para a empresa e seus clientes. Os sistemas são vulneráveis a hackers e fraudes. Quando os sistemas falham empresas são responsáveis por corrigir o funcionamento defeituosode seus sistemas de informação, a fim de evitar a perda de receita e fidelidade do cliente.6 7 SEGURANÇA NOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Para Terra (2007), a vulnerabilidade das redes corporativas cresce em ritmo mais acelerado do que as atualizações e correções dos Sistemas de Informação. Apesar dos antivírus e firewall (para barrar invasões externas) estarem em todas as empresas, isso não é suficiente para que o sistema esteja livre de vírus, cavalos de Tróia, ataques combinados, vazamento de informações ou fraudes. Ainda para Terra (2007), a complexidade das estruturas das corporações em função dos números de periféricos, redes, banco de dados e outros aplicativos, exige proteção de toda a infraestrutura. Pois cada usuário é um ponto fixo nas redes IP de alta velocidade, pois estão sempre conectados on-line e acabam nem percebendo quando são vítimas de um ataque. Por esse motivo o gerenciamento e a gestão da segurança são duas modalidades apontadas como as principais fontes de negócios nesse mercado e andam na contramão da queda de investimentos da área de Tecnologia da Informação.7 6 Texto extraído do link: http://diversidadesevivencias.blogspot.com/2015/05/vantagens-e- desvantagens-de-um-sistema.html 7 Texto extraído do link: http://www.administradores.com.br/producao-academica/sistemas-de- informacao-sistemas-de-gestao-empresarial/358/ 40 8 BIBLIOGRAFIA ARAÚJO, M. J. B. E. de. A evolução dos departamentos de TI, 2010. ARAÚJO, V. M. R. H. de. Sistemas de informação: nova abordagem teórico- conceitual, 1995. BEAL, A. Introdução à gestão de tecnologia da informação, 2001. BIO, S. R. Sistemas de informação: um enfoque gerencial. São Paulo. Atlas, 1996. BRAGA, A. A gestão da informação, 2000. BRITTO, D. Nota fiscal eletrônica – NF-e: aspectos preventivos, 2008. CAMPOS, M. Softwares cruzam dados e aumentam eficiência. 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