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1 Esther Andrade – Turma 85 Saúde, Gestão e Humanidade I Introdução à Atenção primária à Saúde e Estratégia da Saúde da Família - Segundo a Organização mundial da saúde, a atenção primária à saúde é o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e da sociedade com o sistema nacional de saúde, levando a atenção à saúde o mais próximo possível do local onde as pessoas vivem e trabalham, constituindo o primeiro elemento de um processo de atenção continuada à saúde. - No Brasil, essa é a estratégia central adotada para uma reordenação do sistema, transformando um modelo tradicional em uma estratégia de saúde da família. 2 Esther Andrade – Turma 85 Saúde, Gestão e Humanidade I Política Nacional de Atenção Básica - Portaria No 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da atenção básica, para a Estratégia da Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários da Saúde (PACS) - Acerca disso, a Atenção Básica deve: Ser baseada na realidade local; considerar os sujeitos em sua singularidade (particularidade), complexidade, integridade e inserção sócio-cultural; orientar-se pelos princípios do SUS: universalidade, equidade, integralidade, controle social e hierarquização; por princípios próprios: acessibilidade, vínculo, continuidade do cuidado, territorialização e adscrição de clientela, responsabilização e humanização. 3 Esther Andrade – Turma 85 Saúde, Gestão e Humanidade I - Portaria No 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017 aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O Art. 2º diz que a Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária. - Segundo o PNAB 2017, o Art. 5º discorre sobre a integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção Básica, que é condição essencial para o alcance de resultados que atendam às necessidades de saúde da população, na ótica da integralidade da atenção à saúde e visa estabelecer processos de trabalho que considerem os determinantes, os riscos e danos à saúde, na perspectiva da intra e intersetorialidade. - Portaria No 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017 define e dispõe sobre os princípios, diretrizes gerais e funções nas Redes; responsabilidades de todas as esferas de governo; infraestrutura e sistema logístico para o funcionamento; processo de trabalho e atribuições dos profissionais das equipes; educação Permanente e Apoio Institucional; especificidades de cada estratégica (ESF, PACS, ESB, Populações Específicas); NASF; Programa Saúde na Escola (PSE) e implantação, Credenciamento e Teto das equipes. Tendência mundial - Sistemas de Saúde orientados pelos princípios e atributos da atenção primária à saúde alcançam melhores indicadores de saúde, tem menores custos e maior satisfação dos usuários. Exemplos: Reino Unido, Austrália... Evidências - Países orientados para a Atenção Primária têm: Menos crianças com baixo peso ao nascer; Menor mortalidade infantil, especialmente pós-neonatal; Menor mortalidade precoce devido a suicídio; Menor mortalidade precoce relacionada a todas as causas “exceto as externas”; Maior expectativa de vida em todas as faixas de idade, exceto aos 80 anos. - Países com melhor atenção primária têm melhores resultados em saúde, incluindo: Mortalidade geral; Mortalidade por doença cardíaca; Mortalidade infantil; Detecção precoce de cânceres, tais como: cólon-retal, mama, uterino/cervical e melanoma. 4 Esther Andrade – Turma 85 Saúde, Gestão e Humanidade I - O AUMENTO DE 10% NAS EQUIPES DE PSF NO PERÍODO 1992/2002, DIMINUIU A MORTALIDADE INFANTIL EM 4,6% (Brasil). A Atenção Primária a Saúde - É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária. Ela contém tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território. - A Atenção Básica tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para sua organização de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. - ÁREAS ESTRATÉGICAS DA ATENÇÃO BÁSICA Eliminação da hanseníase; Controle da tuberculose; Controle da hipertensão arterial; Controle do diabetes mellitus; Eliminação da desnutrição infantil; Saúde da criança, a saúde da mulher, a saúde do idoso; Saúde bucal; Promoção da saúde; Saúde do homem. - ESTRATÉGIAS Priorizar as ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde das pessoas, de forma integral e contínua. Prestar atendimento na unidade básica de saúde ou no domicílio. Criar vínculos de co-responsabilidade entre os profissionais e a população acompanhada Facilitar a identificação e o atendimento aos problemas de saúde da comunidade. Cada equipe será responsável por, no máximo, 4.000 pessoas (recomendado 3000 pessoas). 5 Esther Andrade – Turma 85 Saúde, Gestão e Humanidade I DIFERENÇA ENTRE OS MODELOS Estratégia Saúde da Família(ESF) - Estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. 6 Esther Andrade – Turma 85 Saúde, Gestão e Humanidade I Composição da ESF - Equipe mínima: um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e seis ou mais agentes comunitários de saúde (ACS). - Equipes de saúde bucal (SB): cirurgião-dentista, técnico de higiene dental (THD) e auxiliar de consultório dentário (ACD), dependendo da modalidade escolhida. - A proporção deverá ser de uma equipe de saúde bucal para cada duas equipes de saúde da família. - Portaria No 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017: A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos Atenção Básica - AB e Atenção Primária à Saúde - APS, nas atuais concepções, como termos equivalentes. População adscrita por equipe de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF) de 2.000 a 3.500 pessoas, localizada dentro do seu território, garantindo os princípios e diretrizes da Atenção Básica. Equipe de Saúde da Família (eSF): composta no mínimo por médico, preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade, enfermeiro, preferencialmente especialista em saúde da família; auxiliar e/ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde (ACS). Equipe da Atenção Básica (eAB): as equipes deverão ser compostas minimamente por médicos preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade, enfermeiro preferencialmente especialista em saúde da família, auxiliares de enfermagem e ou técnicos de enfermagem. NÃO CONTÉM AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE (ACS) Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) - O Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) foi criado pelo Ministério da Saúde em 2008 com o objetivo de apoiar a consolidação da Atenção Básica no Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resolutividade, a abrangência e o alvo das ações. - Atualmente regulamentadospela Portaria de Consolidação n0 2, os núcleos configuram-se como equipes multiprofissionais que atuam de forma integrada com as equipes de Saúde da Família(ESF), as equipes de Atenção Básica para populações específicas (consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais) e com o Programa Academia da Saúde. Objetivo: Ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica, bem como sua resolubilidade, apoiando a inserção da estratégia de Saúde da Família. 7 Esther Andrade – Turma 85 Saúde, Gestão e Humanidade I Diretrizes O NASF não se constitui porta de entrada do sistema; Responsabilização compartilhada (SF e NASF) referência e contra-referência; O NASF deve instituir a plena integralidade do cuidado físico e mental do usuário do SUS. Poderão compor os NASF as seguintes ocupações do Código Brasileiro de Ocupações (CBO): Médico acupunturista; assistente social; profissional/professor de educação física; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; médico ginecologista/obstetra; médico homeopata; nutricionista; médico pediatra; psicólogo; médico psiquiatra; terapeuta ocupacional; médico geriatra; médico internista (clínica médica), médico do trabalho, médico veterinário, profissional com formação em arte e educação (arte educador) e profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas. A composição de cada um dos NASF será definida pelos gestores municipais, seguindo os critérios de prioridade identificados a partir dos dados epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde que serão apoiadas.
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