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Construção do SUS Gestão na macro e micropolítica

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Construção do SUS – Gestão na macro e micropolítica. (Medicina e Humanidades)
A grande maioria da população desde o brasil colônia ficava à mercê da própria sorte, utilizava conhecimentos populares, chás, mais tarde com a criação das Santas Casas de Misericórdia a saúde para os pobres era feita como caridade.
Depois do estado absolutista da constituição de 1824 a situação da saúde não sofre qualquer modificação, tratamento das doenças era acessível apenas para pessoas com certo nível econômico. Maioria da população entregue a própria sorte.
Final do sec. 19 com instalação do estado liberal e uma nova constituição a situação da saúde também não sofre modificações, saúde com acesso para quem possa custeá-la.
O estado liberal traz como consequência uma profunda desigualdade social, a grande parte da população com péssimas condições sociais e financeiras.
No início do sec. 20 essa situação grave acarreta movimentos trabalhistas, dos moldes europeus.
1923 – Lei Elói Chaves: marco do início da Previdência Social no País, possibilitou a criação das caixas de aposentadorias e pensões (Caps)
· Quem trabalhava em grandes empresas era descontado do salário e ela e seus dependentes tinham acesso a saúde.
· Quem tinha carteira assinada tinha direito a saúde, quem não tinha ficava à mercê da própria sorte.
CAP’s x IAP’s 
· Os CAP’s eram por empresas.
· Os IAP’s eram grupos de empresas no brasil como um todo, mas principalmente grandes empresas.
1964 – Governo unifica todos os IAP’s e transformou na INPS e todo esse dinheiro arrecadado dos trabalhadores era controlado pelo governo através da previdência social.
· Anos 30 – Estado Social (Getúlio Vargas), no qual são garantidos direitos de primeira geração, os direitos previdenciários (2ª geração) surgem a partir da lei Elói Chaves, criada as IAP’s (institutos de Aposentadoria e Pensões).
· 1966 a 1973 – crescente papel do estado como regulador da sociedade e retirada dos trabalhadores do processo político.
· Com relação à assistência médica: ênfase é atenção individual, assistencialista e especializada.
· Prioridade à contratação de serviços de terceiros em detrimentos dos serviços próprios.
· INPS dava prioridade à contratação de hospitais privados para possibilitar corrupção.
1974 a 1979 – criado a previdência social, corrupção atinge níveis que ameaçam o equilíbrio financeiro da previdência.
Final da década da 70 – surge o movimento da reforma sanitária, o milagre brasileiro, começou a decair, movimento organizado, saúde deveria ser direito de todos não era só quem tinha carteira assinada. A reforma sanitária preconizava exatamente saúde universal, igual, integral, preventivo-curativo, municipalizar a saúde para que o dinheiro seja gasto somente no próprio município e fiscalização popular.
Década de 80 – inflação, movimentos sociais, enfraquecimento do regime, crise financeira, ideológica e político institucional.
1986 – VIII Conferência Nacional de Saúde, serviu de base para a criação do SUS, pegaram tudo preconizado pela reforma sanitária e utilizaram como ideia para criação do sus.
1987 – SUDS (Sistema Unificado Descentralizado de Saúde) durou somente um ano, começou a pegar dinheiro do governo e encaminhas para municípios para criação de unidades básicas de saúde.
SUS – 1988
Essência do SUS: universalidade, saúde direito de todos e dever do estado, equidade do sistema e dos usuários, integralidade, municipalização da saúde, regionalização...
· Rede de unidades, serviços e ações atuando coordenadamente em diferentes níveis de complexidade tecnológica no sentido de elevar os níveis de saúde da população.
· Único – segue os mesmos princípios e diretrizes em todo o território nacional, responsabilizando as três esferas de governo.
· União – ministério da saúde
· Estados – secretarias de estado da saúde ou órgão equivalente
· Municípios – secretarias municipais de saúde ou órgão equivalente
Sanitarismo campanhista: grandes campanhas para combater endemias e epidemias, quem tinha dinheiro se tratava quem não tinha ficava doente.
Regulamentação do SUS
· Lei 8080/90 define o papel de cada gestor, como serão repassados os repasses, critérios para municípios receberam verba do governo federal – Lei Orgânica da Saúde 
· Lei 8142 – fala da participação popular, dos conselhos de saúde e das conferências de saúde (realizadas em estados e municípios até em nível federal para discutir a saúde em cada município, estado etc.) – Lei Orgânica da Saúde
· O sus foi criado em 88, mas só começou a funcionar em 90 pois ainda não tinha regulamentação.
Operacionalização
· NOB (Normas Operacionais Básicas) – destrinchavam as leis maiores principalmente as que falavam de repasse de dinheiro, várias normas dizendo como o dinheiro seria repassado para os municípios.
· 01/96 – Quanto mais o município estimula a estratégia da saúde da família mais dinheiro o município irá receber (hoje não mais).
· NOAS (Norma Operacional de Assistência à Saúde) 
· Pacto pela saúde 2006
Gestão
· Comunidade: conselhos e conferências de saúde 
· Ministro e secretários de saúde
· Comissão Intergestores 
Mesmo com todas as normas delimitadas a corrupção ainda existe.
Mesmo com todas as iniquidades do sistema com 9 meses vacinamos mais de 30 milhões de pessoas. O SUS é uma política de estado, maior programa de imunização do mundo!
Consórcios Intermunicipais: temos municípios maiores e menores é fundamental que os municípios se juntem através de consórcios para que municípios maiores ajudem os municípios menores. Não tem por que pinheiral ter hospital de tratamento de câncer isso pode ser feito no município através dos consórcios intermunicipais, todos financiam aquele hospital para atender toda a região.
Conferências de saúde: em nível nacional a cada 4 anos, a nível municipal / estadual a cada 2 anos. Quem se reúne? A sociedade organizada é convidada (associação dos moradores, quem presta serviço de saúde, secretaria municipal de saúde, enfim) avaliam a situação e propõe diretrizes para melhorar a saúde naquele município.
Através dessas conferências, formamos o conselho municipal de saúde. O conselho é paritário (50% usuários e 50% aqueles que prestam serviços como? 25% profissionais da saúde e 25% prestadores públicos e privados)
Se um conselho de saúde é atuante é muito difícil existirem roubos!
Os conselhos de saúde têm poder deliberativos, exemplo o aparelho de ressonância magnética que não tem espaço no São João Batista, se o município doar para estado ele paga e usa, o conselho municipal não autorizou!
Antigamente quem fazia a gestão de saúde no município era o governo federal, hoje quem faz a gestão são os municípios com seus parceiros.
O maior foco na gestão da saúde é o município, por quê? Porque as pessoas vivem no município é mais fácil fiscalizar e controlar a verba de um município do que o governo federal fazer a gestão da verba aqui. 
O governo recebe os impostos e repassa esse dinheiro fundo a fundo, o município faz a gestão daquele dinheiro, mas há critérios para o repasse de dinheiro.
O gestor federal é responsável pela gestão de todo o SUS no país.
Comissão Tripartite: comissão que tem representantes de secretários municipais de saúde do brasil inteiro com secretários estaduais de saúde e com o governo federal / ministério da saúde.
 
Conselho Nacional de Saúde: reúne pessoas da comunidade dos conselhos estaduais / municipais do brasil inteiro.
Comissão Bipartite: secretários municipais de saúde + secretários estaduais de saúde.
Conselho Estadual: comunidade dos municípios e reúne todos os municípios daquele estado.
Os três níveis de governo são responsáveis pela gestão e financiamento do SUS, de forma articulada e solidária.
Gestão = Administração
Pacto pela Saúde 2006
· Pacto arrojado com responsabilidades e metas claras que serão reavaliadas a cada ano.
Possui 3 dimensões:
Pacto pela vida: 
Agenda nacional formulada pelas 3 esferas de gestão, foco em resultados.
Metas e prioridades:
· Saúde do idoso – implantar de forma eficaz uma política nacional de saúde da pessoa idosaoferecendo atenção integral
· Contribuir para redução da mortalidade por câncer do colo do útero e câncer da mama, nossa meta em 2006 é cobrir 80% exame preventivo do colo do útero, 60% cobertura de mamografia e realizar a punção em 100% dos casos necessários.
· Meta em 2006 é reduzir mortalidade neonatal em 5%, reduzir 50% de óbitos por doença diarreica, 20% por pneumonia e 5% a mortalidade materna.
· Criar comitês de vigilância do óbito em 80% dos municípios.
· Fortalecer a capacidade de resposta ao sistema de saúde às doenças emergentes e endemias como a dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza.
· Implantar a política nacional de promoção da saúde destacando a adoção de hábitos saudáveis na vida dos brasileiros, estimular a prática de atividade física regular, alimentação saudável e combate ao tabagismo, consolidar a qualificar a atenção básica fortalecendo a estratégia de saúde da família.
· Em cada município, região ou estado podem ser acrescentadas novas metas e prioridades.
Pacto em defesa do sus
· Lutar por ações concretas e articuladas nas 3 esferas (FED, EST, MUN), fortalecer o SUS como política de estado mais do que política de governo.
· Tornar claro os compromissos entre gestores com a consolidação da Ref. Sanitária Brasileira.
· Desenvolver e articular ações que visem qualificar e assegurar o SUS como política pública.
· Repolitização da saúde, como movimento que torna a reforma sanitária, aproximando dos desafios atuais.
· Financiamento como garantia de recursos
· Articulação e apoio a mobilização social pela promoção e desenvolvimento da cidadania, tendo a saúde como direito.
· Diálogo com sociedade
· Elaborar e publicar a carta com direitos e deveres dos usuários do SUS.
· Aprovar o orçamento do SUS, deixando claro o compromisso de cada uma delas em ações e serviços de saúde.
Pacto em gestão do sus
· Define a responsabilidade de cada um contribuindo para o fortalecimento da gestão compartilhada.
· Pactuar diretrizes para avançar na regionalização descentralização dos sus respeitando as diferenças regionais.
· Acesso resolutivo e qualidade além dos municípios.
· Direito à saúde para todos, a fim de diminuir as desigualdades sociais.
· Integralidade e saúde
· Estados e municípios como gestores
· Demandas reginais posam ser expressas
· Otimizar os gastos e recursos
· Região de Saúde: recortes territoriais inseridos em um espaço geográfico contínuo, quem identifica essa região são gestores municipais e estaduais a partir de cultura, economia e sociais.
· O desenho dessa região deve considerar a suficiência na atenção básica e parte da média complexidade da assistência.
· Colegiado de Gestão Regional: é formado pelos gestores municipais e representantes dos gestores estaduais, identificam prioridades e pactuam soluções (decisão sempre por consenso).
· Financiamento do SUS: passa pela responsabilidade das 3 esferas de gestão (união, estados e municípios) 
O dinheiro só é repassado ao município se ele cumprir METAS, vem dinheiro, mas é preciso que haja ações.
Recursos federais para custeio do SUS deixam de ser repassados em mais de 100 caixinhas serão organizados e transferidos em 5 blocos de financiamento são eles:
· Atenção Básica
· Atenção de baixa e alta complexidade
· Vigilância em saúde
· Assistência farmacêutica
· Gestão do SUS
Os recursos devem ser utilizados em seus respectivos blocos de saúde.
Planejamento: propõe desenvolver ações de forma articulada, integrada e solidaria levando em conta as adversidades entre as 3 esferas de governo inclui (monitoramento e avaliação) o planejamento do SUS deve orientar a PPI (Programação Pactuada e Integrada da atenção em saúde – define ações de saúde em cada território – realizadas das áreas básicas para de alta complexidade)
Regulação assistencial: contratualização de todos os prestadores de serviço, colocação de todos os leitos e serviços ambulatoriais, eliminação do código 7 (médicos que recebiam diretamente do SUS por procedimentos, cada vez mais o valor era defasado – não há mais repasse do dinheiro para o profissional, mas sim para o serviço).
Participação popular no SUS é parte fundamental neste pacto – fortalecimento de educação popular e ouvidoria nos estados e municípios.
Mini resumo de tudo:
Pacto em defesa do SUS: reafirmação da fidelidade de todos com o sistema público que garanta a equidade e o acesso universal e a demonstração de que os recursos financeiros existentes são insuficientes para a materialização dos princípios constitucionais.
Pacto pela vida: deve ser constituído por um conjunto de COMPROMISSOS SANITÁRIOS, que deverão expressar uma prioridade inequívoca dos três entes federativos, com definição das responsabilidades de cada um.
Pacto de Gestão: deverá estabelecer AS RESPONSABILIDADES CLARAS DE CADA ENTE FEDERATIVO de forma a diminuir as competências concorrentes e a tornar mais evidente quem deve fazer o quê, contribuindo com o fortalecimento da gestão compartilhada e solidária no SUS.

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