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Aula 02 Penal Militar

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Curso de Direito Penal Militar para a PMDF 
Teoria e Exercícios 
Prof. Tatiana Santos – Aula 02 
 
 
 
 
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AULA 02: 
Penas Principais, Penas Acessórias, Efeitos da Condenação 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. MATÉRIA DA AULA DE HOJE 2 
2. QUESTÕES EXTRAS DA MATÉRIA DAS AULAS ANTERIORES 2 
3. LISTA 1 DAS QUESTÕES DESENVOLVIDAS 8 
4. GABARITO 1 11 
5. DAS PENAS PRINCIPAIS 11 
6. PENA DE MORTE 12 
7. COMUNICAÇÃO 13 
8. MÍNIMOS E MÁXIMOS GENÉRICOS 13 
9. PENA ATÉ DOIS ANOS IMPOSTA A MILITAR 14 
10. SEPARAÇÃO DE PRAÇAS ESPECIAIS E GRADUADAS 14 
11. PENA DO ASSEMELHADO 15 
12. PENA DOS NÃO ASSEMELHADOS 15 
13. PENA SUPERIOR A DOIS ANOS, IMPOSTA A MILITAR 15 
14. PENA PRIVATIVA DA LIBERDADE IMPOSTA A CIVIL 16 
15. CUMPRIMENTO EM PENITENCIÁRIA MILITAR 16 
16. PENA DE IMPEDIMENTO 16 
17. PENA SUSPENSÃO EXERCÍCIO POSTO, GRADUAÇÃO, CARGO ou FUNÇÃO 16 
18. CASO DE RESERVA, REFORMA OU APOSENTADORIA 17 
19. PENA DE REFORMA 17 
20. SUPERVENIÊNCIA DE DOENÇA MENTAL 17 
21. TEMPO COMPUTÁVEL 18 
22. TRANSFERÊNCIA DE CONDENADOS 18 
23. DAS PENAS ACESSÓRIAS 18 
24. FUNÇÃO PÚBLICA EQUIPARADA 19 
25. PERDA DE POSTO E PATENTE 19 
26. INDIGNIDADE PARA O OFICIALATO 20 
27. INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO 21 
28. EXCLUSÃO DAS FORÇAS ARMADAS 21 
29. PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA 21 
30. INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA 21 
31. TERMO INICIAL 22 
32. SUSPENSÃO DO PÁTRIO PODER, TUTELA OU CURATELA 22 
33. SUSPENSÃO PROVISÓRIA 22 
34. SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 22 
35. IMPOSIÇÃO DE PENA ACESSÓRIA 22 
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36. TEMPO COMPUTÁVEL 23 
37. DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO 23 
38. LEGISLAÇÃO ESTUDADA NA AULA DE HOJE 23 
39. DAS QUESTÕES GABARITADAS E COMENTADAS (LISTA 2) 26 
40. LISTA 2 DAS QUESTÕES DESENVOLVIDAS 31 
41. GABARITO 2 33 
 
1. MATÉRIA DA AULA DE HOJE 
 Aula 02 (23/01/2013): 5. Das penas principais. 6. Das Penas 
acessórias. 7. Efeitos da condenação. 
 
2. QUESTÕES EXTRAS DA MATÉRIA DAS AULAS ANTERIORES 
As questões a seguir complementam a matéria dada até o momento. 
Vejam. Após, o conteúdo da matéria da aula de hoje. 
1. A respeito da relação de causalidade, considere as teorias 
abaixo propostas pela doutrina: 
I. Teoria da causalidade adequada: um determinado evento só 
será produto da ação humana quando esta tiver sido apta e 
idônea a gerar o resultado. 
II. Teoria da equivalência das condições: quaisquer das 
condições que compõem a totalidade dos antecedentes é causa 
do resultado, pois a sua inocorrência impediria produção do 
evento. 
III. Teoria da imputação objetiva: só pode ser imputado ao 
agente a prática de um resultado delituoso quando o seu 
comportamento tiver criado, realmente, um risco não tolerado, 
nem permitido, ao bem jurídico. 
 
O Código Penal brasileiro adotou a (s) teoria (s) indicada (s) 
APENAS em 
a) I. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) II. 
e) II e III (FCC - 2011 - NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO – 
Advogado) 
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Comentários: 
De fato, para explicar a relação de causalidade, também chamada de 
“nexo causal”, a doutrina penal constrói a Teoria dos Equivalentes dos 
Antecedentes Causais, também chamada de Teoria da Equivalência das 
Condições. 
Tudo o que ocorre antes do crime é causa dele. Mas, só é imputável o 
agente que praticou a última causa. Por exemplo: se uma faca não 
tivesse sido produzida, poderia não matar alguém. Mas só é 
responsabilizado o agente que usou a faca para matar e não o 
fabricante da faca. 
 
Gabarito: LETRA “D”. 
2. A respeito dos elementos do crime, é correto afirmar que 
a) o crime cujo tipo descreve conduta comissiva não pode ser 
praticado por omissão. 
b) o nexo de causalidade é a ligação entre a vontade do agente 
e a conduta delituosa. 
c) o resultado pode se restringir ao perigo de lesão de um 
interesse protegido pela norma penal. 
d) tipicidade é a relação entre a ação delituosa e o resultado 
almejado pelo agente. 
e) não exclui a imputação a superveniência de causa 
relativamente independente que por si só produziu o resultado. 
(FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário - Área Judiciária - e 
Administrativa) 
 
Comentários: 
A conduta comissiva é aquela conduta por ação. Conforme a doutrina, 
existem crimes omissivos próprios e impróprios. Nos crimes omissivos 
próprios a relevância do comportamento negativo já é prevista no tipo 
penal. Nos crimes omissivos próprios o tipo penal contém verbos do 
tipo “deixar”, “retardar”, “omitir” etc. Nos crimes omissivos impróprios, 
o verbo da incriminação é positivo (conduta comissiva), MAS O 
RESULTADO LESIVO TAMBÉM PODE SER PRODUZIDO POR UMA 
INAÇÃO. Por isso, o item A está errado. 
O item B está errado, pois o nexo de causalidade é uma ligação sim, 
mas entre a conduta do agente e o resultado danoso. 
Sim, o item está correto, pois, de fato, o resultado pode referir-se, em 
determinados crimes, apenas ao perigo de lesão de um determinado 
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valor jurídico. Nesse sentido, há crimes de perigo. Nesses casos, não 
há resultado naturalístico (resultado material, físico, visível, real), mas 
apenas perigo. 
Tipicidade significa a adequação do tipo penal em abstrato ao fato-
crime real. É a subunção. É a aplicação correta da lei penal ao caso 
concreto. Por sua vez, a relação entre a ação delituosa e o resultado 
almejado pelo agente é o nexo de causalidade. 
O item E está errado, pois a superveniência de causa relativamente 
independente que por si só produziu o resultado gera sim 
responsabilidade a quem praticou os atos anteriores. Por exemplo: 
vamos supor que uma criminoso entra num táxi e aponta uma arma na 
cabeça do taxista, anunciando um assalto, gerando a morte do taxista 
por infarto, em face do susto que ele levou. O infarto é causa 
relativamente independente, pois se não fosse o susto, o taxista não 
teria morrido. 
Olha só a regra penal: “A superveniência de causa relativamente 
independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o 
resultado. Os fatos anteriores, imputam-se, entretanto, a quem os 
praticou” (art. 29, §1º, CPM). 
Então, como você pode ver, há responsabilidade imputável (atribuível) 
a quem praticou os atos anteriores. Há uma responsabilidade do 
assaltante que apontou a arma para o taxista. 
 
Gabarito: LETRA “C”. 
3. A tipicidade, elemento do fato típico, é a correspondência entre 
o fato praticado pelo agente e a descrição de cada espécie de 
infração contida na lei penal incriminadora, de modo que, sem 
tipicidade, não há antijuridicidade penal, pois, comportadas as 
exclusões legais, todo fato típico é antijurídico. (CESPE - 2009 - 
SEJUS-ES - Agente Penitenciário) 
 
Comentários: 
Muito interessante essa questão, pois, define exatamente o que é 
“tipicidade”. Vamos lembrar o seguinte: 
CRIME = FATO TÍPICO + FATO ANTIJURÍDICO. 
FATO TÍPICO = CONDUTA + RESULTADO + NEXO CAUSAL + 
TIPICIDADE. Em linhas gerais, todos esses elementos do “fato típico” 
reproduzem o comportamento humano descrito em lei como infração 
penal (crime ou contravenção). 
TIPICIDADE = é sim um dos elementos do fato típico. A tipicidade é a 
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correspondência entre a “teoria” e a “prática”. A teoria está escrita na 
lei. A prática é o fato-crime. Quando as duas coisas se ligam 
corretamente, temos a tipicidade. Se a tipicidade estiver ok, é porque 
os elementos anteriores também estão ok. Então, configura-se o fato 
típico e, com isso, a antijuridicidade. 
 
Gabarito: CERTO. 
4. Fato típico é 
a) a modificação do mundo exterior descrita em norma legal 
vigente. 
b) a descrição constante da norma sobre o dever jurídico de 
agir. 
c) a ação esperada do ser humano em face de uma situação de 
perigo. 
d) o comportamento humano descrito em lei como crime ou 
contravenção. 
e) a possibilidade prevista em lei do exercício de uma conduta 
ilícita. (FCC - 2009 - MPE-SE - Técnico do Ministério Público – 
Área Administrativa) 
 
Comentários: 
Crime é fato típico e antijurídico (para os adeptos da Teoria Bipartide). 
Agora, vamos por em ordem as definições descritas nesta questão. A 
modificação do mundo exterior corresponde ao resultado do crime. A 
descrição constante da norma corresponde à legalidade do crime, 
relativamente à sua tipicidade. A ação esperada de um ser humano 
diante de uma situação de perigo pode ser entendida como sendo 
“inexigibilidade de conduta diversa”. A possibilidade do exercício de 
conduta ilícita pode ser vista como sendo as hipóteses de exclusão de 
ilicitude. Então, de fato, o item D é o gabarito, pois o comportamento 
humano descrito como crime ou contravenção = FATO TÍPICO. 
 
Gabarito: LETRA “D”. 
5. No estado de necessidade, 
a) há necessariamente reação contra agressão. 
b) o agente responderá apenas pelo excesso culposo. 
c) deve haver proporcionalidade entre a gravidade do perigo 
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que ameaça o bem jurídico e a gravidade da lesão causada. 
d) a ameaça deve ser apenas a direito próprio. 
e) inadmissível a modalidade putativa. (FCC - 2011 - TCE-SP – 
Procurador) 
 
Comentários: 
a) ERRADO. A reação contra agressão só será necessariamente 
considerada nas hipóteses de legítima defesa. 
b) ERRADO. No estado de necessidade, o agente responde também 
pelo excesso doloso. 
c) CERTO. Sim, a reação do agente, em estado de necessidade, 
deve ser proporcional entre a gravidade do perigo e a sua forma de 
defesa. 
d) ERRADO. Conforme a legislação, no estado de necessidade, a 
ameaça pode ser de “direito alheio”. 
e) ERRADO Conforme a doutrina, é possível sim o estado de 
necessidade na modalidade putativa, ou seja, “estado de necessidade 
imaginário”. 
 
Gabarito: LETRA “C”. 
6. No que concerne aos elementos do crime, é correto afirmar que 
a) não há crime sem ação. 
b) os animais irracionais podem ser sujeitos ativos de crimes. 
c) o sujeito passivo material de um delito é o titular do bem 
jurídico diretamente lesado pela conduta do agente. 
d) não há crime sem resultado. 
e) só os bens jurídicos de natureza corpórea podem ser objeto 
material de um delito. (FCC - 2012 - TJ-PE - Técnico Judiciário - 
Área Judiciária - e Administrativa) 
 
Comentários: 
O item A está errado, pois existe sim crime sem ação. São os casos de 
crimes por omissão. O item B está errado, pois jamais animais podem 
ser sujeitos ativos de um crime. O item C está certo, pois define 
corretamente o sujeito passivo, ou seja, o criminoso. O item D está 
errado, pois existe sim crime sem resultado, ou seja, os crimes formais 
ou de mera conduta. O exemplo clássico é o crime de invasão de 
domicílio. O item E está errado, pois existem interesses incorpóreos 
que podem sim ser objetos da tutela jurídica. Como exemplo, posso 
citar a honra. A honra de uma pessoa é um bem jurídico incorpóreo e 
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que está tutelado pelo direito penal. 
 
Gabarito: LETRA “C”. 
7. Sobre o crime, de acordo com o Código Penal, é correto afirmar: 
a) Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só 
responde o agente que o houver causado dolosamente. 
b) Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta ou 
relativa do meio, é impossível consumar-se o crime. 
c) O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena 
e, se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. 
d) O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não 
isenta de pena e serão consideradas, neste caso, também, as 
condições ou qualidades da vítima. 
e) Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita 
obediência a ordem, ainda que não manifestamente ilegal, de 
superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da 
ordem. (FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário - Área 
Administrativa) 
 
Comentários: 
O CPM, no art. 34, temos a seguinte regra: “Pelos resultados que 
agravam especialmente as penas só responde o agente quando os 
houver causado, pelo menos, culposamente”. Por essa razão, o item 
“a” está errado. 
Mas... ... ... 
Qual o sentido jurídico do art. 34? Imaginemos dois resultados e 1 
conduta. Imaginemos que uma pessoa quis quebrar a vidraça de uma 
igreja (dolo) e atira uma pedra nessa vidraça. Ocorrer que ao passar 
pela vidraça, a pedra atinge uma pessoa que estava dentro da igreja. 
Imaginemos que, nas circunstâncias do caso, fique provado que o 
agente não tinha o dolo de lesionar a pessoa dentro da igreja, mas o 
fato é que essa pessoa foi ferida, por culpa do agente. 
Então, 1 só conduta gerou dois resultados: 1º) a quebra da vidraça e, 
2º) a lesão na pessoa. O resultado 1 chamaremos de resultado 
antecedente. O resultado 2 chamamos de consequente. Quando há 
dolo no antecedente e culpa no consequente, nós chamamos em 
Direito que ocorreu o preterdolo. O art. 34 diz que se houver, no 
consequente dolo ou culpa, o agente responde pela agravamento do 
resultado. Mas, se não ficar provado, ao menos, no consequente, a 
culpa, não há crime. 
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O item B também está errado, pois art. 32 do COM diz que quando, por 
ineficácia absoluta do meio empregado ou por absoluta impropriedade 
do objeto, é impossível consumar-se o crime, nenhuma pena é 
aplicável. O item B está escrito da ineficácia absoluta ou relativa do 
meio. Isso está errado. A tentativa não se pune por ineficácia 
ABSOLUTA do meio. 
O item C está certo. Reproduz exatamente o disposto no art. 21 do 
Código Penal Comum: “O desconhecimento da lei é inescusável. O erro 
sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, 
poderá diminuí-la de um sexto a um terço”. 
O art. 37 do CPM diz que quando o agente, por erro de percepção ou 
no uso dos meios de execução, ou outro acidente, atinge uma pessoa 
em vez de outra, responde como se tivesse praticado o crime contra 
aquela que realmente pretendia atingir. Devem ter-se em conta não as 
condições e qualidades da vítima, mas as da outra pessoa, para 
configuração, qualificação ou exclusão do crime, e agravação ou 
atenuação da pena. ENTÃO, COMO DIZ A LEI PENAL, NÃO SERÃO 
CONSIDERADOS AS CONDIÇÕES E QUALIDADES DA VÍTIMA. 
Por que o item E está errado? Vejamos o que diz o art. 22 do CP. Se o 
fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a 
ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é 
punível o autor da coaçãoou da ordem. 
Repare que o item E fala em “... ainda que não manifestamente 
ilegal...”. Esse: “... ainda que...” não está na lei. O item E altera o 
sentido da lei penal sobre esse tópico. Esse “ainda que” dá a entender 
que tanto faz: a ordem pode ser manifestamente ilegal ou a ordem 
pode não ser manifestamente ilegal, pois ainda que manifestamente 
ilegal só seria punível o autor da coação ou da ordem. De outra sorte, 
há quem interprete que sempre o autor da coação ou da ordem será 
punível. 
 
Gabarito: LETRA “C”. 
3. LISTA 1 DAS QUESTÕES DESENVOLVIDAS 
1. A respeito da relação de causalidade, considere as teorias abaixo 
propostas pela doutrina: 
I. Teoria da causalidade adequada: um determinado evento só será 
produto da ação humana quando esta tiver sido apta e idônea a gerar o 
resultado. 
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II. Teoria da equivalência das condições: quaisquer das condições que 
compõem a totalidade dos antecedentes é causa do resultado, pois a 
sua inocorrência impediria produção do evento. 
III. Teoria da imputação objetiva: só pode ser imputado ao agente a 
prática de um resultado delituoso quando o seu comportamento tiver 
criado, realmente, um risco não tolerado, nem permitido, ao bem 
jurídico. 
 
O Código Penal brasileiro adotou a (s) teoria (s) indicada (s) APENAS 
em 
a) I. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) II. 
e) II e III (FCC - 2011 - NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO – 
Advogado) 
2. A respeito dos elementos do crime, é correto afirmar que 
a) o crime cujo tipo descreve conduta comissiva não pode ser praticado 
por omissão. 
b) o nexo de causalidade é a ligação entre a vontade do agente e a 
conduta delituosa. 
c) o resultado pode se restringir ao perigo de lesão de um interesse 
protegido pela norma penal. 
d) tipicidade é a relação entre a ação delituosa e o resultado almejado 
pelo agente. 
e) não exclui a imputação a superveniência de causa relativamente 
independente que por si só produziu o resultado. (FCC - 2012 - TJ-PE - 
Analista Judiciário - Área Judiciária - e Administrativa) 
3. A tipicidade, elemento do fato típico, é a correspondência entre o fato 
praticado pelo agente e a descrição de cada espécie de infração contida 
na lei penal incriminadora, de modo que, sem tipicidade, não há 
antijuridicidade penal, pois, comportadas as exclusões legais, todo fato 
típico é antijurídico. (CESPE - 2009 - SEJUS-ES - Agente Penitenciário) 
4. Fato típico é 
a) a modificação do mundo exterior descrita em norma legal vigente. 
 
b) a descrição constante da norma sobre o dever jurídico de agir. 
c) a ação esperada do ser humano em face de uma situação de perigo. 
 
d) o comportamento humano descrito em lei como crime ou 
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contravenção. 
e) a possibilidade prevista em lei do exercício de uma conduta ilícita. 
(FCC - 2009 - MPE-SE - Técnico do Ministério Público – Área 
Administrativa) 
5. No estado de necessidade, 
a) há necessariamente reação contra agressão. 
b) o agente responderá apenas pelo excesso culposo. 
c) deve haver proporcionalidade entre a gravidade do perigo que 
ameaça o bem jurídico e a gravidade da lesão causada. 
d) a ameaça deve ser apenas a direito próprio. 
e) inadmissível a modalidade putativa. (FCC - 2011 - TCE-SP – 
Procurador) 
6. No que concerne aos elementos do crime, é correto afirmar que 
a) não há crime sem ação. 
b) os animais irracionais podem ser sujeitos ativos de crimes. 
c) o sujeito passivo material de um delito é o titular do bem jurídico 
diretamente lesado pela conduta do agente. 
d) não há crime sem resultado. 
e) só os bens jurídicos de natureza corpórea podem ser objeto material 
de um delito. (FCC - 2012 - TJ-PE - Técnico Judiciário - Área Judiciária 
- e Administrativa) 
7. Sobre o crime, de acordo com o Código Penal, é correto afirmar: a) 
Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente 
que o houver causado dolosamente. 
b) Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta ou relativa 
do meio, é impossível consumar-se o crime. 
c) O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena e, se 
evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. 
d) O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta 
de pena e serão consideradas, neste caso, também, as condições ou 
qualidades da vítima. 
e) Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência 
a ordem, ainda que não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, 
só é punível o autor da coação ou da ordem. (FCC - 2012 - TRE-CE - 
Analista Judiciário - Área Administrativa) 
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4. GABARITO 1 
1 2 3 4 5 6 7 
LETRA D LETRA C CERTO LETRA D LETRA C LETRA C LETRA C 
***** 
DA MATÉRIA DA AULA DE HOJE 
5. DAS PENAS PRINCIPAIS 
O sistema de penas no Código Penal Militar subdivide-se em “penas 
principais” e “penas acessórias”. Se um fato é, realmente, crime (típico e 
antijurídico) e culpável, o agente ativo (o criminoso), após sentença penal 
transitada em julgado, merece a pena, vale dizer, sanção, a punição. 
Há três teorias que explicam a existência do sistema de penas: 
1) Teoria da Retribuição: também chamada de Teoria Absoluta da Pena. 
Nesse caso, o objetivo da pena é a de punir, no sentido de retribuir o mal 
que o criminoso causou à vítima e à sociedade. É uma espécie de 
vingança pública para substituir a vingança privada. 
2) Teoria Utilitária: também chamada de Teoria Relativa da Pena. Nesse 
caso, o objetivo da pena é a prevenção da conduta, ou seja, a tentativa 
de se evitar a ocorrência do delito no seio social. 
3) Teoria Mista: também chamada de Teoria Conciliatória. Nesse caso, 
essa teoria corresponde à soma das outras duas. A pena é uma 
retribuição do mal causado e, ao mesmo tempo, elemento intimidador, 
pois previne a ocorrência de novos crimes. 
Vamos estudar nesta aula o sistema de pena, também chamada de 
punibilidade, começando pelas “penas principais”. 
Nesse sentido, o CPM diz claramente que as penas principais são: 
 Morte; 
 Reclusão (é pena privativa de liberdade, entre 1 ano e 30 
anos); 
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 Detenção; (é pena privativa de liberdade, definida no 
intervalo de 30 dias a 10 anos) 
 Prisão (é pena privativa de liberdade, para casos mais 
simples); 
 Impedimento (é pena restritiva de liberdade... não é prisão, 
mas medida de natureza ressocializadora por natureza); 
 Suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função; 
 Reforma. 
O sistema de penalidades deve ser interpretado restritivamente, pois essa 
é a lógica penal. Então, as penas principais indicadas acima são somente 
essas e não podem ser estendidas a outras hipóteses. A lista dos tipos de 
pena, como dizemos em Direito, é uma lista fechada (numerus clausus). 
A lista não é, portanto, aberta (exemplificativa). 
 
6. PENA DE MORTE 
A pena de morte é executada por fuzilamento. O art. 707 do Código de 
Processo Penal Militar dá mais detalhes sobre a execução da pena de 
morte. 
O procedimento está no grupamento das disposições legais relativas aos 
procedimentos especiais relativos à justiça militar em tempo deguerra. 
Diz o diploma processual que o militar que tiver de ser fuzilado sairá da 
prisão com uniforme comum e sem insígnias e terá os olhos vendados, 
salvo se o recusar, no momento em que tiver que receber as descargas. 
As vozes de fogo serão substituídas por sinais. 
O civil deverá ser executado nas mesmas condições, devendo deixar a 
prisão decentemente vestido. 
Ao condenado, nessa situação, é assegurada a assistência religiosa. 
Alguns autores dizem que a “morte” imposta pelo Estado não é “pena” 
propriamente dita, mas circunstância especial decorrente do estado de 
guerra. 
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OBSERVAÇÃO: A PENA DE MORTE PODE SER TROCADA 
POR OUTRA PENA (COMUTAÇÃO = TROCA) OU PODE SER 
“PERDOADA” (INDULTO). Bem, para que a pena de morte 
seja comutada ou sofra indulto, a decisão partirá do 
Presidente da República (art. 21, XII. Compete ao 
Presidente da República (...) conceder indulto e comutar 
penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos 
em lei). O prazo do Presidente para decidir sobre a 
possibilidade de promover a comutação ou o indulto é de 7 
(sete) dias, a partir da condenação transitada em julgado. 
Veja a regra no tópico a seguir, bem como uma exceção à 
essa regra. 
 
7. COMUNICAÇÃO 
A sentença definitiva (transitada em julgado) da condenação à morte é 
comunicada, logo que passe em julgado, ao Presidente da República, e 
não pode ser executada senão depois de sete dias após a comunicação. 
Se a pena é imposta em zona de operações de guerra, pode ser 
imediatamente executada, quando o exigir o interesse da ordem e da 
disciplina militares. A doutrina diz que essa regra não é mais apropriada, 
pois os sistemas de comunicação são mais eficientes em relação à época 
em que o Código Penal Militar foi feito. Vamos lembrar que a data do 
Código Penal Militar é de 21 de outubro de 1969. 
 
8. MÍNIMOS E MÁXIMOS GENÉRICOS 
O mínimo da pena de reclusão é de um ano, e o máximo de trinta anos; o 
mínimo da pena de detenção é de trinta dias, e o máximo de dez anos. 
ATENÇÃO!... Há casos em que os limites do preceito secundário 
não vêm explícitos na lei penal. Então, devemos usar a regra 
acima, do art. 58 do CPM. 
Veja o caso do crime de “sobrevoo em local interdito”. Art. 148 
do CPM. Sobrevoar local declarado interditado: Pena – reclusão, 
até 3 (três) anos. Olha!... No caso do art. 148 do CPM, a lei 
penal fixou a pena máxima, mas nada disse da pena mínima. 
Nesse caso, aplicamos a pena mínima para a hipótese de 
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reclusão, conforme o art. 58 do CPM. Como a reclusão tem pena 
mínima de 1 ano, a pena mínima do art. 140 do CPM é de 1 ano. 
A doutrina registra, também, informação relevante da seguinte forma: 
veja o caso de “Homicídio Qualificado” no contexto dos crimes militares 
em tempo de guerra. Art. 400. Praticar homicídio, em presença do 
inimigo: (...) III – a) por motivo fútil OU, b) mediante paga ou promessa 
de recompensa, por cupidez, para excitar ou saciar desejos sexuais, ou 
por outro motivo torpe OU, c) com emprego de veneno, asfixia, tortura, 
fogo, explosivo ou qualquer outro meio dissimulado ou cruel, ou de que 
possa resultar perigo comum OU d) à traição, de emboscada, com 
surpresa ou mediante outro recurso insidioso, que venha a dificultar ou 
tornar impossível a defesa da vítima... EM TODOS ESSES CASOS: PENA – 
MORTE, GRAU MÁXIMO; RECLUSÃO, DE 20 ANOS, GRAU MÍNIMO. 
A doutrina diz que essa pena acima não é intervalo. Só há duas hipótese 
1ª) MORTE ou 2ª) reclusão de 20 anos. Há crimes que são aplicada num 
intervalo; outros, não. 
 
9. PENA ATÉ DOIS ANOS IMPOSTA A MILITAR 
A pena de reclusão ou de detenção até 2 (dois) anos, aplicada a militar 
ativo ou inativo, é convertida em pena de prisão e cumprida, quando não 
cabível a suspensão condicional: I - pelo oficial, em recinto de 
estabelecimento militar (uma alojamento, por exemplo); II - pela praça, 
em estabelecimento penal militar (no “xadrez”), onde ficará separada de 
presos que estejam cumprindo pena disciplinar ou pena privativa de 
liberdade por tempo superior a dois anos. 
 
10. SEPARAÇÃO DE PRAÇAS ESPECIAIS E GRADUADAS 
Para efeito de separação da regra acima, no cumprimento da pena de 
prisão, atender-se-á, também, à condição das praças especiais e à das 
graduadas, ou não; e, dentre as graduadas, à das que tenham graduação 
especial. 
 
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11. PENA DO ASSEMELHADO 
Vamos lembrar que não existe mais a figura do assemelhado. 
 
12. PENA DOS NÃO ASSEMELHADOS 
Para os servidores civis dos Ministérios e Comandos Militares e órgãos sob 
controle destes, regula-se a correspondência pelo padrão de 
remuneração. O objetivo dessa regra converge para a possibilidade de os 
civis (servidores públicos) cumprirem suas condenações em condições 
similares aos oficiais ou praças. 
 
13. PENA SUPERIOR A DOIS ANOS, IMPOSTA A MILITAR 
A pena privativa da liberdade por mais de 2 (dois) anos, aplicada a militar, 
é cumprida em penitenciária militar e, na falta dessa, em estabelecimento 
prisional civil, ficando o recluso ou detento sujeito ao regime conforme a 
legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões, também, 
poderá gozar. 
Então, a regra é a seguinte: relativamente aos militares, a pena privativa 
de liberdade de até dois anos no máximo, poderá haver prisão em 
Organização Militar, se não for o caso de suspensão condicional da pena 
(sursis). 
No entanto, se a pena privativa de liberdade for superior a 2 anos, a 
execução da pena deve ocorrer, preferencialmente, em penitenciária 
militar. A execução da pena será do Juiz-Auditor Militar para aqueles que 
a cumprirem em penitenciárias militares. 
Se numa dada região não houver penitenciária militar, a execução da 
pena será em estabelecimento civil comum (penitenciária comum). Se a 
execução da pena for feita em estabelecimento prisional comum 
(penitenciária comum), a administração da execução da pena caberá ao 
juiz do Juízo de Execuções Penais da Justiça Comum. 
 
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14. PENA PRIVATIVA DA LIBERDADE IMPOSTA A CIVIL 
O civil cumpre a pena aplicada pela Justiça Militar, em estabelecimento 
prisional civil (penitenciária comum, civil, não-militar), ficando ele sujeito 
ao regime conforme a legislação penal comum, de cujos benefícios e 
concessões, também, poderá gozar, conforme a Lei de Execução Penal 
(Lei 7.210/1984). 
 
15. CUMPRIMENTO EM PENITENCIÁRIA MILITAR 
Por crime militar praticado em tempo de guerra poderá o civil ficar sujeito 
a cumprir a pena, no todo ou em parte em penitenciária militar, se, em 
benefício da segurança nacional, assim o determinar a sentença. 
 
16. PENA DE IMPEDIMENTO 
A pena de impedimento sujeita o condenado a permanecer no recinto da 
unidade, sem prejuízo da instrução militar. A doutrina diz que o 
“impedimento” tem nítido caráter ressocializador e educativo. 
EM VEZ DA CELA, O CONDENADO FICA NUMA SALA DE INSTRUÇÃO OU 
NA COMPANHIA DA TROPA EM EXERCÍCIOS MILITARES! Esse tipo de pena 
investe na recuperação pela “re-educação” (instrução) militar. 
Diz a doutrina que, infelizmente, pena de “impedimento” só é usada no 
crime de “insubmissão”,previsto no art. 183 do CPM. 
 
17. PENA SUSPENSÃO EXERCÍCIO POSTO, GRADUAÇÃO, CARGO 
ou FUNÇÃO 
A pena de suspensão do exercício do posto (dos oficiais), graduação (dos 
praças), cargo ou função consiste na agregação, no afastamento, no 
licenciamento ou na disponibilidade do condenado, pelo tempo fixado na 
sentença, sem prejuízo do seu comparecimento regular à sede do serviço. 
Não será contado como tempo de serviço, para qualquer efeito, o 
do cumprimento dessa pena. É afastamento do serviço público militar. 
A doutrina diz que a pena desse tópico é visto hoje muito mais como um 
efeito da condenação e não como uma pena autônoma. Mas, para a 
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prova do seu concurso, pode considerar esse tipo de procedimento uma 
pena. 
O cargo militar é um conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades 
cometidos a um militar em serviço ativo. Para os militares, há a 
possibilidade de cargo e o exercício de função. Mas, não existe a 
possibilidade do exercício da função sem um cargo público. Em outras 
palavras, não existe a possibilidade de um cargo em comissão (uma 
função sem um cargo efetivo). Tanto assim que o art. 23 da Lei 
6.880/1980 diz que a função militar é o exercício das obrigações inerentes 
ao cargo militar. 
 
18. CASO DE RESERVA, REFORMA OU APOSENTADORIA 
Se o condenado, quando proferida a sentença, já estiver na reserva, ou 
reformado ou aposentado, a pena prevista neste artigo será convertida 
em pena de detenção, de três meses a um ano. 
 
19. PENA DE REFORMA 
A pena de reforma sujeita o condenado à situação de inatividade, não 
podendo perceber mais de um vinte e cinco avos do soldo, por ano de 
serviço, nem receber importância superior à do soldo. 
O soldo do militar equivale aos vencimentos dos civis. 
 
20. SUPERVENIÊNCIA DE DOENÇA MENTAL 
O condenado a que sobrevenha doença mental deve ser recolhido a 
manicômio judiciário ou, na falta deste, a outro estabelecimento 
adequado, onde lhe seja assegurada custódia e tratamento. O Código de 
Processo Penal Militar prevê a transferência do condenado da penitenciária 
para o hospital psiquiátrico. Aplica-se, no caso, não mais uma “pena” e 
sim uma “medida de segurança”. 
 
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21. TEMPO COMPUTÁVEL 
Computam-se na pena privativa de liberdade o tempo de prisão 
provisória, no Brasil ou no estrangeiro, e o de internação em hospital ou 
manicômio, bem como o excesso de tempo, reconhecido em decisão 
judicial irrecorrível, no cumprimento da pena, por outro crime, desde que 
a decisão seja posterior ao crime de que se trata. 
Esse procedimento se chama de detração penal. O tempo que uma 
pessoa fica decorrente da decretação de prisão em flagrante ou de prisão 
provisória, será descontado do tempo que uma pessoa fica na hipótese da 
prisão definitiva. 
A prisão definitiva é aquela que advém depois da condenação transitada 
em julgado, ou seja, da condenação da qual não cabe mais recurso. 
 
22. TRANSFERÊNCIA DE CONDENADOS 
O condenado pela Justiça Militar de uma região, distrito ou zona pode 
cumprir pena em estabelecimento de outra região, distrito ou zona. Isso é 
possível no caso de necessidade excepcional a justificar a medida. 
 
23. DAS PENAS ACESSÓRIAS 
São penas acessórias: 
 A perda de posto e patente; 
 A indignidade para o oficialato; 
 A incompatibilidade com o oficialato; 
 A exclusão das forças armadas; 
 A perda da função pública, ainda que eletiva; 
 A inabilitação para o exercício de função pública; 
 A suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela; 
 A suspensão dos direitos políticos. 
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Segundo a doutrina, tais penas têm natureza extrapenal, pois geram 
repercussões na esfera administrativa, política, civil etc da pessoa do 
condenado. 
 
 
24. FUNÇÃO PÚBLICA EQUIPARADA 
Equipara-se à função pública a que é exercida em empresa pública, 
autarquia, sociedade de economia mista, ou sociedade de que participe a 
União, o Estado ou o Município como acionista majoritário. 
 
25. PERDA DE POSTO E PATENTE 
A perda de posto e patente resulta da condenação a pena privativa de 
liberdade por tempo superior a dois anos, e importa a perda das 
condecorações. A condenação que resulta a perda do posto e da patente 
só pode decorrer de decisão de Tribunal Militar ou Civil. Quando falamos 
em “Tribuna”, referimo-nos a órgão judiciário de segunda instância ou de 
instância superior. A decisão da perda do posto e patente não pode ser de 
juiz de primeiro grau. 
Quando o tribunal decide pela perda do posto e patente, 
consequentemente, declara a indignidade do oficial para o exercício do 
oficialato e a incompatibilidade do oficial para o exercício do oficialato. Em 
face disto, a doutrina diz que a perda do posto e patente pode ter caráter 
de pena autônoma. Mas, para a sua prova, pode marcar que a perda do 
posto e patente, conforme a lei penal, é pena acessória. 
Repare atentamente o que diz o art. 142 da Lei Maior: 
As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela 
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, 
organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade 
suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à 
garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, 
da lei e da ordem. 
Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na 
organização, no preparo e no emprego das Forças Armadas. 
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Não caberá "habeas-corpus" em relação a punições disciplinares militares. 
Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-
se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes 
disposições: 
 As patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, 
são conferidas pelo Presidente da República e asseguradas em 
plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes 
privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais 
membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas; 
 O oficial só perderá o posto (cargo de OFICIAL) e a patente se for 
julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de 
tribunal militar (2ª instância) de caráter permanente, em tempo de 
paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra. O oficial 
condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de 
liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, 
será submetido ao julgamento no referido Tribunal Militar; 
 Nada impede que a condenação a gerar pena acessória (perda do 
posto e patente) que converge à perda do posto e da patente 
decorra da Justiça Militar ou da Justiça Comum. 
 
26. INDIGNIDADE PARA O OFICIALATO 
A doutrina diz que a indignidade para o oficialato decorre da perda do 
posto e patente. 
Fica sujeito à declaração de indignidade para o oficialato o militar 
condenado, qualquer que seja a pena, nos crimes de traição, espionagem 
ou covardia, ou em qualquer dos definidos nos arts. 161, 235, 240, 242, 
243, 244, 245, 251, 252, 303, 304, 311 e 312. Esses crimes são os 
seguintes: desrespeito a símbolo nacional, pedaristia ou outro atolibidinoso, furto simples, roubo simples, extorsão simples, extorsão 
mediante sequestro, chantagem, estelionato, abuso de pessoa, peculato, 
peculato mediante aproveitamento de erro de outrem, falsificação de 
documento, falsidade ideológica. 
 
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27. INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO 
A doutrina diz que a incompatibilidade para o oficialato decorre da perda 
do posto e patente. 
Fica sujeito à declaração de incompatibilidade com o oficialato o militar 
condenado nos crimes dos arts. 141 (entendimento para gerar conflito ou 
divergência com o Brasil) e 142 (tentativa contra a soberania do Brasil). 
 
28. EXCLUSÃO DAS FORÇAS ARMADAS 
A condenação da praça a pena privativa de liberdade, por tempo superior 
a dois anos, importa sua exclusão das Forças Armadas. 
 
29. PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA 
Incorre na perda da função pública o civil: 
 Condenado a pena privativa de liberdade por crime cometido com 
abuso de poder ou violação de dever inerente à função pública; 
 Condenado, por outro crime, a pena privativa de liberdade por mais 
de dois anos. 
O disposto na regra acima aplica-se, também, ao militar da reserva, ou 
reformado, se estiver no exercício de função pública de qualquer 
natureza. Essa regra depende do devido processo legal, onde são 
oportunizadas ao acusado ampla defesa e contraditório. 
 
30. INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA 
Incorre na inabilitação para o exercício de função pública, pelo prazo de 
dois até vinte anos, o condenado a reclusão por mais de quatro anos, em 
virtude de crime praticado com abuso de poder ou violação do dever 
militar ou inerente à função pública. Essa regra depende do devido 
processo legal, onde são oportunizadas ao acusado ampla defesa e 
contraditório. 
 
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31. TERMO INICIAL 
O prazo da inabilitação para o exercício de função pública começa ao 
termo da execução da pena privativa de liberdade ou da medida de 
segurança imposta em substituição, ou da data em que se extingue a 
referida pena. 
 
32. SUSPENSÃO DO PÁTRIO PODER, TUTELA OU CURATELA 
O condenado a pena privativa de liberdade por mais de dois anos, seja 
qual for o crime praticado, fica suspenso do exercício do pátrio poder, 
tutela ou curatela, enquanto dura a execução da pena, ou da medida de 
segurança imposta em substituição. 
 
33. SUSPENSÃO PROVISÓRIA 
Durante o processo pode o juiz decretar a suspensão provisória do 
exercício do pátrio poder, tutela ou curatela. 
 
34. SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS 
Durante a execução da pena privativa de liberdade ou da medida de 
segurança imposta em substituição, ou enquanto perdura a inabilitação 
para função pública, o condenado não pode votar, nem ser votado. A 
suspensão de direitos políticos é consequência natural da condenação, 
conforme o art. 15 da CF: É vedada a cassação de direitos políticos, cuja 
perda ou suspensão só se dará nos casos de: (...) III - condenação 
criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos. 
 
35. IMPOSIÇÃO DE PENA ACESSÓRIA 
Salvo os casos dos arts. 99, 103, nº II, e 106, a imposição da pena 
acessória deve constar expressamente da sentença. Quais são os casos 
dos dispositivos citados? 
Bem, o art. 99 do CPM fala a respeito da perda de posto e patente. O art. 
103, II, também do CPM fala a respeito do condenado por outro crime a 
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pena privativa de liberdade por mais de 2 anos. O art. 106 fala da 
suspensão dos direitos políticos. 
 
36. TEMPO COMPUTÁVEL 
Computa-se (conta-se) no prazo das inabilitações temporárias o tempo de 
liberdade resultante da suspensão condicional da pena ou do livramento 
condicional, se não sobrevém revogação dessas medidas. Assim sendo, o 
réu beneficiado pela suspensão condicional da pena ou do livramento 
condicional terá também o benefício de vir correndo o prazo para a 
inabilitação. 
 
37. DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO 
São efeitos extrapenais da condenação: 
 Tornar certa a obrigação de reparar o dano resultante do crime 
(esse é um efeito civil da condenação penal); 
 A perda em favor da Fazenda Nacional: a) dos instrumentos do 
crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, 
porte ou detenção constitua fato ilícito; b) do produto do crime ou 
de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo 
agente com a sua prática. ESSA CORRESPONDE AO CONFISCO. 
 OBSERVAÇÃO: não haverá a perda referida no item anterior em 
relação ao direito do lesado ou de terceiro de boa-fé. Então, os 
proprietários dos instrumentos do crime perdem a propriedade 
desses instrumentos, salvo se forem proprietários de boa-fé. 
Os efeitos penais da condenação correspondem à aplicação da pena 
principal. 
**** 
38. LEGISLAÇÃO ESTUDADA NA AULA DE HOJE 
TÍTULO V 
DAS PENAS 
CAPÍTULO I 
DAS PENAS PRINCIPAIS 
(...) 
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Penas principais 
Art. 55. As penas principais são: 
a) morte; 
b) reclusão; 
c) detenção; 
d) prisão; 
e) impedimento; 
f) suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função; 
g) reforma. 
Pena de morte 
Art. 56. A pena de morte é executada por fuzilamento. 
Comunicação 
Art. 57. A sentença definitiva de condenação à morte é comunicada, logo que passe em julgado, ao 
Presidente da República, e não pode ser executada senão depois de sete dias após a comunicação. 
Parágrafo único. Se a pena é imposta em zona de operações de guerra, pode ser imediatamente 
executada, quando o exigir o interesse da ordem e da disciplina militares. 
Mínimos e máximos genéricos 
Art. 58. O mínimo da pena de reclusão é de um ano, e o máximo de trinta anos; o mínimo da pena de 
detenção é de trinta dias, e o máximo de dez anos. 
Pena até dois anos imposta a militar 
Art. 59 - A pena de reclusão ou de detenção até 2 (dois) anos, aplicada a militar, é convertida em 
pena de prisão e cumprida, quando não cabível a suspensão condicional: (Redação dada pela Lei nº 
6.544, de 30.6.1978) 
I - pelo oficial, em recinto de estabelecimento militar; 
II - pela praça, em estabelecimento penal militar, onde ficará separada de presos que estejam 
cumprindo pena disciplinar ou pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos. 
Separação de praças especiais e graduadas 
Parágrafo único. Para efeito de separação, no cumprimento da pena de prisão, atender-se-á, 
também, à condição das praças especiais e à das graduadas, ou não; e, dentre as graduadas, à das 
que tenham graduação especial. 
Pena do assemelhado 
Art. 60. O assemelhado cumpre a pena conforme o posto ou graduação que lhe é correspondente. 
Pena dos não assemelhados 
Parágrafo único. Para os não assemelhados dos Ministérios Militares e órgãos sob contrôle destes, 
regula-se a correspondência pelo padrão de remuneração. 
Pena superior a dois anos, imposta a militar 
Art. 61 - A pena privativa da liberdade por mais de 2 (dois) anos, aplicada a militar, é cumprida em 
penitenciária militar e, na falta dessa, em estabelecimento prisional civil, ficando o recluso ou detento 
sujeito ao regime conforme a legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões, também, 
poderá gozar. (Redaçãodada pela Lei nº 6.544, de 30.6.1978) 
Pena privativa da liberdade imposta a civil 
Art. 62 - O civil cumpre a pena aplicada pela Justiça Militar, em estabelecimento prisional civil, ficando 
ele sujeito ao regime conforme a legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões, 
também, poderá gozar. (Redação dada pela Lei nº 6.544, de 30.6.1978) 
Cumprimento em penitenciária militar 
Parágrafo único - Por crime militar praticado em tempo de guerra poderá o civil ficar sujeito a cumprir 
a pena, no todo ou em parte em penitenciária militar, se, em benefício da segurança nacional, assim 
o determinar a sentença. (Redação dada pela Lei nº 6.544, de 30.6.1978) 
Pena de impedimento 
Art. 63. A pena de impedimento sujeita o condenado a permanecer no recinto da unidade, sem 
prejuízo da instrução militar. 
Pena de suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função 
Art. 64. A pena de suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função consiste na 
agregação, no afastamento, no licenciamento ou na disponibilidade do condenado, pelo tempo fixado 
na sentença, sem prejuízo do seu comparecimento regular à sede do serviço. Não será contado 
como tempo de serviço, para qualquer efeito, o do cumprimento da pena. 
../LEIS/L6544.htm#art59
../LEIS/L6544.htm#art59
../LEIS/L6544.htm#art61
../LEIS/L6544.htm#art62
../LEIS/L6544.htm#art62
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Caso de reserva, reforma ou aposentadoria 
Parágrafo único. Se o condenado, quando proferida a sentença, já estiver na reserva, ou reformado 
ou aposentado, a pena prevista neste artigo será convertida em pena de detenção, de três meses a 
um ano. 
Pena de reforma 
Art. 65. A pena de reforma sujeita o condenado à situação de inatividade, não podendo perceber mais 
de um vinte e cinco avos do soldo, por ano de serviço, nem receber importância superior à do soldo. 
Superveniência de doença mental 
Art. 66. O condenado a que sobrevenha doença mental deve ser recolhido a manicômio judiciário ou, 
na falta deste, a outro estabelecimento adequado, onde lhe seja assegurada custódia e tratamento. 
Tempo computável 
Art. 67. Computam-se na pena privativa de liberdade o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no 
estrangeiro, e o de internação em hospital ou manicômio, bem como o excesso de tempo, 
reconhecido em decisão judicial irrecorrível, no cumprimento da pena, por outro crime, desde que a 
decisão seja posterior ao crime de que se trata. 
Transferência de condenados 
Art. 68. O condenado pela Justiça Militar de uma região, distrito ou zona pode cumprir pena em 
estabelecimento de outra região, distrito ou zona. 
(...) 
CAPÍTULO V 
DAS PENAS ACESSÓRIAS 
Penas Acessórias 
Art. 98. São penas acessórias: 
I - a perda de posto e patente; 
II - a indignidade para o oficialato; 
III - a incompatibilidade com o oficialato; 
IV - a exclusão das forças armadas; 
V - a perda da função pública, ainda que eletiva; 
VI - a inabilitação para o exercício de função pública; 
VII - a suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela; 
VIII - a suspensão dos direitos políticos. 
Função pública equiparada 
Parágrafo único. Equipara-se à função pública a que é exercida em empresa pública, autarquia, 
sociedade de economia mista, ou sociedade de que participe a União, o Estado ou o Município como 
acionista majoritário. 
Perda de posto e patente 
Art. 99. A perda de posto e patente resulta da condenação a pena privativa de liberdade por tempo 
superior a dois anos, e importa a perda das condecorações. 
Indignidade para o oficialato 
Art. 100. Fica sujeito à declaração de indignidade para o oficialato o militar condenado, qualquer que 
seja a pena, nos crimes de traição, espionagem ou cobardia, ou em qualquer dos definidos nos arts. 
161, 235, 240, 242, 243, 244, 245, 251, 252, 303, 304, 311 e 312. 
Incompatibilidade com o oficialato 
Art. 101. Fica sujeito à declaração de incompatibilidade com o oficialato o militar condenado nos 
crimes dos arts. 141 e 142. 
Exclusão das forças armadas 
Art. 102. A condenação da praça a pena privativa de liberdade, por tempo superior a dois anos, 
importa sua exclusão das forças armadas. 
Perda da função pública 
Art. 103. Incorre na perda da função pública o assemelhado ou o civil: 
I - condenado a pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de poder ou violação de 
dever inerente à função pública; 
II - condenado, por outro crime, a pena privativa de liberdade por mais de dois anos. 
Parágrafo único. O disposto no artigo aplica-se ao militar da reserva, ou reformado, se estiver no 
exercício de função pública de qualquer natureza. 
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Inabilitação para o exercício de função pública 
Art. 104. Incorre na inabilitação para o exercício de função pública, pelo prazo de dois até vinte anos, 
o condenado a reclusão por mais de quatro anos, em virtude de crime praticado com abuso de poder 
ou violação do dever militar ou inerente à função pública. 
Termo inicial 
Parágrafo único. O prazo da inabilitação para o exercício de função pública começa ao termo da 
execução da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança imposta em substituição, ou da 
data em que se extingue a referida pena. 
Suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela 
Art. 105. O condenado a pena privativa de liberdade por mais de dois anos, seja qual for o crime 
praticado, fica suspenso do exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, enquanto dura a execução 
da pena, ou da medida de segurança imposta em substituição (art. 113). 
Suspensão provisória 
Parágrafo único. Durante o processo pode o juiz decretar a suspensão provisória do exercício do 
pátrio poder, tutela ou curatela. 
Suspensão dos direitos políticos 
Art. 106. Durante a execução da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança imposta em 
substituição, ou enquanto perdura a inabilitação para função pública, o condenado não pode votar, 
nem ser votado. 
Imposição de pena acessória 
Art. 107. Salvo os casos dos arts. 99, 103, nº II, e 106, a imposição da pena acessória deve constar 
expressamente da sentença. 
Tempo computável 
Art. 108. Computa-se no prazo das inabilitações temporárias o tempo de liberdade resultante da 
suspensão condicional da pena ou do livramento condicional, se não sobrevém revogação. 
(...) 
CAPÍTULO VI 
DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO 
Obrigação de reparar o dano 
Art. 109. São efeitos da condenação: 
I - tornar certa a obrigação de reparar o dano resultante do crime; 
Perda em favor da Fazenda Nacional 
II - a perda, em favor da Fazenda Nacional, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: 
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou 
detenção constitua fato ilícito; 
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com 
a sua prática. 
(...) 
39. DAS QUESTÕES GABARITADAS E COMENTADAS (LISTA 2) 
1. A legislação penal militar estabelece que a pena de morte é 
executada por fuzilamento e que, nessa situação, o condenado 
militar deverá deixar a prisão com o uniforme sem as insígnias, 
e o condenado civil deverá estar vestido decentemente, 
devendo ambos os condenados estar de olhos vendados no 
momento da execução, salvo se o recusarem. (CESPE - 2004 - 
STM - Analista Judiciário - Área Judiciária) 
 
Comentários: 
Apesar de esse item ter sido anulado pela banca, em princípio, contém 
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as regras corretas da execução da pena de morte. 
 
Gabarito: “CERTO”. 
2. A pena acessória de exclusão das Forças Armadas prevista no 
CPM será obrigatoriamente aplicada à praça cuja condenação à 
pena privativa de liberdade for superior a dois anos. (CESPE - 
2007 - DPU - Defensor Público) 
 
Comentários: 
Sim a regra legal é esta: a condenação da praça a pena privativa de 
liberdade, por tempo superior a dois anos, importa sua exclusão das 
Forças Armadas. 
 
Gabarito: CERTO. 
3. Assinale a opção correta com base no direito penal militar. 
a) No sistema penal militar, o estado de necessidade segue a 
teoria diferenciadora do direito penal alemão, que faz o balanço 
dos bens e interesses em conflito. O estado de necessidade 
pode ser exculpante ou justificante. O primeiro é causa de 
exclusão da culpabilidade e o segundo, de exclusão de ilicitude. 
b) A reunião de dois ou mais militares, com armamento ou 
material bélico de propriedade militar, para a prática de 
violência à pessoa ou à coisa pública ou particular, em lugar 
sujeito à administração militar, constitui crime militar próprio e 
autônomo. Os crimes que ocorrem fora do lugar sujeito à 
administração militar, contra o patrimônio da administração 
pública civil e a propriedade particular, constituem delitos de 
formação de quadrilha ou bando, apenados na esfera penal 
castrense. 
c) O crime de violência contra superior somente se caracteriza 
como delito material com a efetiva lesão ao superior hierárquico 
direto do agente, tendo como bem jurídico tutelado a 
integridade física do militar que exerce as funções de comando. 
Somente o militar em atividade poderá ser autor desse delito. 
d) A indignidade para o oficialato é sanção administrativa 
disciplinar e sua aplicação ocorre no âmbito administrativo 
disciplinar. A incompatibilidade para o oficialato é sanção penal 
acessória e somente poderá ser aplicada pelo Poder Judiciário, 
mediante procedimento próprio. 
e) A pena de impedimento prevista no CPM é aplicável a 
qualquer crime militar, próprio ou impróprio, desde que seja 
inferior a dois anos. Essa pena obsta o exercício das funções 
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policiais e militares pelo prazo mínimo de dois anos, 
submetendo o apenado, quando se tratar de oficial, à pena 
acessória de perda do posto. (CESPE - 2010 - MPE-ES - 
Promotor de Justiça) 
 
Comentários: 
O item A está em conformidade com a Teoria, pois deverá ser 
analisado, no caso concreto, num juízo de valores, os bens poupados e 
os bens destruídos. O item B está errado ao final, pois a formação da 
quadrilha ou bando, quando o crime pretendido atentar contra o 
patrimônio ou administração pública civil e propriedade particular, por 
esse motivo, em princípio, não estão sujeito à legislação castrense, ou 
seja, à legislação militar. O item C está errado, pois o crime de 
violência contra superior é crime formal e independe do resultado 
material da conduta do agente. Outra coisa: não necessariamente o 
militar deverá estar em atividade para cometer o referido crime. O item 
D está errado, pois tanto a indignidade para o oficialato como a 
incompatibilidade para o oficialato são penas penais acessórias. O item 
E está errado, pois o crime de impedimento é aplicado só a um caso: 
do crime de insubmissão. 
 
Gabarito: LETRA “A”. 
4. Considere que decisão do conselho de justiça substitua a pena 
privativa de liberdade imposta na sentença condenatória por 
tratamento ambulatorial, não obstante o réu ter permanecido 
preso por sessenta dias e cumprido integralmente a pena 
anteriormente fixada. Nessa situação, é incabível a decisão do 
conselho de justiça, mesmo diante de incontestável 
demonstração da periculosidade do réu. (CESPE - 2011 - STM - 
Analista Judiciário - Área Judiciária – Específicos) 
 
Comentários: 
O item está certo, porque fala claramente que o réu já teria cumprido a 
condenação, no que toca ao cumprimento integral da pena. Aí, não tem 
como aplicar a essa pessoa a referida medida de segurança. 
 
Gabarito: CERTO. 
5. De acordo com a legislação penal militar, a condenação da 
praça e a do civil a pena privativa de liberdade superior a dois 
anos implicam, respectivamente, a exclusão do militar das 
Forças Armadas e a perda da função pública do civil. (CESPE - 
2004 - STM - Analista Judiciário - Área Judiciária) 
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Comentários: 
A condenação da praça a pena privativa de liberdade, por tempo 
superior a dois anos, importa sua exclusão das Forças Armadas. 
Incorre na perda da função pública o civil condenado a pena privativa 
de liberdade por crime cometido com abuso de poder ou violação de 
dever inerente à função pública e o condenado, por outro crime, a pena 
privativa de liberdade por mais de dois anos. 
 
Gabarito: CERTO. 
6. Julgue os itens que se seguem acerca do direito penal militar e 
do direito processual penal militar. 
“O CPM dispõe sobre hipóteses de crimes militares, próprios e 
impróprios, e sobre infrações disciplinares militares. Entre as 
sanções penais, está expressa a possibilidade de se aplicar a 
pena de multa nos casos de delitos de natureza patrimonial ou 
de infração penal que cause prejuízos financeiros à 
administração militar”. 
(CESPE - 2010 - DPU - Defensor Público) 
 
Comentários: 
O item está errado, pois não há previsão da pena de multa no sistema 
penal militar. 
 
Gabarito: ERRADO. 
7. No direito penal militar, as penas principais são: morte, 
reclusão, detenção, prisão, impedimento, reforma e suspensão 
do exercício do posto, graduação, cargo ou função. (CESPE - 
2004 - STM - Analista Judiciário - Área Judiciária) 
 
Comentários: 
Essa questão está de acordo com o art. 55 do CPM. 
 
Gabarito: CERTO. 
8. Nos termos das disposições gerais do CPM, é cabível para os 
crimes militares a cominação das penas privativas de liberdade, 
restritivas de direitos e de multa, conforme também prevê o 
Código Penal comum. (CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário 
- Área Judiciária – Específicos) 
 
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Comentários: 
A questão está errada, pois não há previsão de pena de multa no 
sistema penal militar. 
 
Gabarito: ERRADO. 
9. O CPM prevê, dentre outras, as seguintes penas acessórias, 
marque a alternativa CORRETA. 
a) Perda de posto e patente, Transferência Compulsória e 
Suspensão dos Direitos Políticos. 
b) Indignidade para o Oficialato, Incompatibilidade com o 
Oficialato e Inabilitação para o exercício de função pública. 
c) Reforma Administrativa, Perda de posto e patente e 
Inabilitação para o exercício de função pública. 
d) Incompatibilidade para com o Oficialato, Exação e Perda da 
Função Pública. (FUMARC - 2011 - PM-MG - Oficial da Polícia 
Militar) 
 
Comentários: 
O item A está errada, pois não há previsão da pena acessória de 
transferência compulsória. O item B está correto, em conformidade 
com o art. 98 do CPM. A reforma administrativa torna o item C errado. 
A exação não está prevista em lei. 
 
Gabarito: LETRA “B”. 
10. Se, no distrito da culpa de militar condenado, por crime militar, 
ao cumprimento de pena privativa de liberdade de oito anos de 
reclusão, não houver penitenciária militar, a execução da penadeverá ocorrer em estabelecimento civil comum, ficando a sua 
execução a cargo do juízo de execuções penais, sob a égide da 
legislação penal comum. (CESPE - 2011 - STM - Analista 
Judiciário - Área Judiciária – Específicos) 
 
Comentários: 
Sim, a regra está certa, pois se numa dada região não houver 
penitenciária militar, a execução da pena será em estabelecimento civil 
comum (penitenciária comum). Se a execução da pena for feita em 
estabelecimento prisional comum (penitenciária comum), a 
administração da execução da pena caberá ao juiz do Juízo de 
Execuções Penais da Justiça Comum. 
 
Gabarito: CERTO. 
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40. LISTA 2 DAS QUESTÕES DESENVOLVIDAS 
1. A legislação penal militar estabelece que a pena de morte é executada 
por fuzilamento e que, nessa situação, o condenado militar deverá 
deixar a prisão com o uniforme sem as insígnias, e o condenado civil 
deverá estar vestido decentemente, devendo ambos os condenados 
estar de olhos vendados no momento da execução, salvo se o 
recusarem. (CESPE - 2004 - STM - Analista Judiciário - Área Judiciária) 
2. A pena acessória de exclusão das Forças Armadas prevista no CPM será 
obrigatoriamente aplicada à praça cuja condenação à pena privativa de 
liberdade for superior a dois anos. (CESPE - 2007 - DPU - Defensor 
Público) 
3. Assinale a opção correta com base no direito penal militar. 
a) No sistema penal militar, o estado de necessidade segue a teoria 
diferenciadora do direito penal alemão, que faz o balanço dos bens e 
interesses em conflito. O estado de necessidade pode ser exculpante 
ou justificante. O primeiro é causa de exclusão da culpabilidade e o 
segundo, de exclusão de ilicitude. b) A reunião de dois ou mais 
militares, com armamento ou material bélico de propriedade militar, 
para a prática de violência à pessoa ou à coisa pública ou particular, 
em lugar sujeito à administração militar, constitui crime militar próprio 
e autônomo. Os crimes que ocorrem fora do lugar sujeito à 
administração militar, contra o patrimônio da administração pública 
civil e a propriedade particular, constituem delitos de formação de 
quadrilha ou bando, apenados na esfera penal castrense. 
c) O crime de violência contra superior somente se caracteriza como 
delito material com a efetiva lesão ao superior hierárquico direto do 
agente, tendo como bem jurídico tutelado a integridade física do militar 
que exerce as funções de comando. Somente o militar em atividade 
poderá ser autor desse delito. d) A indignidade para o oficialato é 
sanção administrativa disciplinar e sua aplicação ocorre no âmbito 
administrativo disciplinar. A incompatibilidade para o oficialato é 
sanção penal acessória e somente poderá ser aplicada pelo Poder 
Judiciário, mediante procedimento próprio. 
e) A pena de impedimento prevista no CPM é aplicável a qualquer 
crime militar, próprio ou impróprio, desde que seja inferior a dois anos. 
Essa pena obsta o exercício das funções policiais e militares pelo prazo 
mínimo de dois anos, submetendo o apenado, quando se tratar de 
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oficial, à pena acessória de perda do posto. (CESPE - 2010 - MPE-ES - 
Promotor de Justiça) 
4. Considere que decisão do conselho de justiça substitua a pena privativa 
de liberdade imposta na sentença condenatória por tratamento 
ambulatorial, não obstante o réu ter permanecido preso por sessenta 
dias e cumprido integralmente a pena anteriormente fixada. Nessa 
situação, é incabível a decisão do conselho de justiça, mesmo diante de 
incontestável demonstração da periculosidade do réu. (CESPE - 2011 - 
STM - Analista Judiciário - Área Judiciária – Específicos) 
5. De acordo com a legislação penal militar, a condenação da praça e a do 
civil a pena privativa de liberdade superior a dois anos implicam, 
respectivamente, a exclusão do militar das Forças Armadas e a perda 
da função pública do civil. (CESPE - 2004 - STM - Analista Judiciário - 
Área Judiciária) 
6. Julgue os itens que se seguem acerca do direito penal militar e do 
direito processual penal militar. 
“O CPM dispõe sobre hipóteses de crimes militares, próprios e 
impróprios, e sobre infrações disciplinares militares. Entre as sanções 
penais, está expressa a possibilidade de se aplicar a pena de multa nos 
casos de delitos de natureza patrimonial ou de infração penal que 
cause prejuízos financeiros à administração militar”. 
(CESPE - 2010 - DPU - Defensor Público) 
7. No direito penal militar, as penas principais são: morte, reclusão, 
detenção, prisão, impedimento, reforma e suspensão do exercício do 
posto, graduação, cargo ou função. (CESPE - 2004 - STM - Analista 
Judiciário - Área Judiciária) 
8. Nos termos das disposições gerais do CPM, é cabível para os crimes 
militares a cominação das penas privativas de liberdade, restritivas de 
direitos e de multa, conforme também prevê o Código Penal comum. 
(CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Área Judiciária – 
Específicos) 
9. O CPM prevê, dentre outras, as seguintes penas acessórias, marque a 
alternativa CORRETA. 
a) Perda de posto e patente, Transferência Compulsória e Suspensão 
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dos Direitos Políticos. 
b) Indignidade para o Oficialato, Incompatibilidade com o Oficialato e 
Inabilitação para o exercício de função pública. 
c) Reforma Administrativa, Perda de posto e patente e Inabilitação para 
o exercício de função pública. 
d) Incompatibilidade para com o Oficialato, Exação e Perda da Função 
Pública. (FUMARC - 2011 - PM-MG - Oficial da Polícia Militar) 
10. Se, no distrito da culpa de militar condenado, por crime militar, ao 
cumprimento de pena privativa de liberdade de oito anos de reclusão, 
não houver penitenciária militar, a execução da pena deverá ocorrer 
em estabelecimento civil comum, ficando a sua execução a cargo do 
juízo de execuções penais, sob a égide da legislação penal comum. 
(CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário - Área Judiciária – 
Específicos) 
 
41. GABARITO 2 
1  “CERTO” 
2  CERTO 
3  LETRA A 
4  CERTO 
5  CERTO 
6  ERRADO 
7  CERTO 
8  ERRADO 
9  LETRA B 
10  CERTO 
 
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Despeço-me de todos com um abraço grande!... Bons 
estudos!... Obrigada por sua presença nesta aula! Espero 
ver você na próxima aula e nos fóruns, combinado? 
Professora Tatiana Santos. 
PS: ACOMPANHE OS ARTIGOS QUE PUBLICO A RESPEITO DOS 
TEMAS DO NOSSO CURSO!

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