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O Tecido Nervoso: Neurônios e suas Estruturas

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07/12/2019 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/20
CONTEÚDO 4 – O TECIDO NERVOSO
Introdução
Conquanto as células sejam as unidades estruturais e as unidades funcionais do
corpo humano, as células de um organismo multicelular complexo são tão
particularizadas, que não trabalham independentemente. Os tecidos são
agrupamentos de células idênticas que exercem papéis específicos. Os diversos
tipos de tecidos são determinados durante o começo do desenvolvimento
embrionário. Quando o embrião se forma, constituem-se os órgãos a partir de
organizações específicas de tecidos. Muitos órgãos adultos, inclusive o coração, o
encéfalo e os músculos, abrangem as células originais e os tecidos que se
compuseram antes do nascimento, mesmo que algumas alterações funcionais
aconteçam nos tecidos, quando os hormônios agem sobre eles, ou quando reduz a
eficiência com a idade.
Os tecidos do corpo são classificados em quatro tipos fundamentais com base na
estrutura e na função: o tecido epitelial, que forra as superfícies do corpo, as
cavidades do corpo, os ductos, e forma as glândulas; o tecido conjuntivo que liga,
sustenta e protege as partes do corpo; o tecido muscular que se contrai para
produzir movimentos; e o tecido nervoso que principia e transmite impulsos
nervosos de uma parte do corpo humano para outra.
O tecido nervoso incide tão somente em dois tipos de células: os neurônios e as
neuróglias. Os neurônios são as unidades fundamentais do processo da
informação, sendo especializados na condução de impulsos nervosos. Os
neurônios adequam a maioria das funções exclusivas do SN, como por exemplo,
sentir, pensar, lembrar, controlar a atividade muscular e regular as secreções
glandulares. A neuróglia (glia=cola) suporta, nutre, protege os neurônios, e
mantém a homeostase no líquido intersticial que banha os neurônios. As
neuróglias são em torno de cinco vezes mais numerosas que os neurônios, e têm
limitada capacidade mitótica.
A atividade mitótica de neurônios se completa durante o desenvolvimento pré-
natal. Mas, evidências atuais sugerem que em determinadas condições pode
existir limitada atividade mitótica de neurônios em áreas isoladas do mesencéfalo
na idade adulta. Em sua maior parte as pessoas nascem com todos os neurônios
que eles ou elas são capazes de gerar. Entretanto, os neurônios prosseguem
crescendo e se especializando, depois que as pessoas nascem, especialmente nos
primeiros anos de vida pós-natal.
Visão geral dos neurônios
O neurônio apresenta: o corpo celular, ou pericário, que é a parte que abrange o
núcleo, e todos os seus processos; o axônio; e os dendritos. Os nomes impostos
aos neurônios foram indicados em razão do seu tamanho, da sua forma, do seu
aspecto, do seu papel funcional ou suposto descobridor, como por exemplo, a
célula de Purkinje, do cerebelo. O tamanho e a forma dos corpos celulares são
bastante variáveis. O diâmetro do corpo celular pode variar de quatro
micrometros, como por exemplo, a célula granular do cerebelo a 125
micrometros, como por exemplo, o neurônio motor da medula espinal.
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Os neurônios podem exibir forma piramidal, forma ampuliforme, forma estrelada
ou forma granular. Uma peculiaridade adicional desses corpos celulares é o
número de organização de seus processos. Alguns neurônios têm poucos
dendritos, enquanto outros apresentam numerosas projeções de dendritos. Com
exceção de dois tipos celulares, designada célula amácrina, sem axônio, como por
exemplo, os neurônios da retina e as células granulares do bulbo olfatório, todos
os neurônios têm pelo menos um axônio e um ou mais dendritos.
Organelas e Componentes 
O corpo celular
O corpo celular é uma estrutura aproximadamente esférica na parte central do
neurônio. O corpo celular de um neurônio típico tem aproximadamente 20
micrometros de diâmetro. O fluido aquoso no interior da célula, designado de
citosol, é uma solução salgada, rica em potássio e separada do meio externo pela
membrana do neurônio. Dentro do corpo celular, uma enorme quantidade de
estruturas membranosas é coletivamente designada de organelas.
O corpo celular de um neurônio abrange as mesmas organelas presentes nas
demais células animais. As mais relevantes são: o núcleo, o retículo
endoplasmático rugoso, o retículo endoplasmático liso, o aparelho de Golgi, as
mitocôndrias, os lisossomas, os peroxissomas, o citoesqueleto. Todos os
componentes presentes no interior da membrana do neurônio, abrangendo as
organelas, porém excluindo o núcleo, são designados coletivamente como
citoplasma.
Membrana do neurônio
A membrana do neurônio serve como uma barreira para demarcar internamente o
citoplasma, e excluir certas substâncias presentes no meio que banha os
neurônios. A membrana do neurônio apresenta cinco nanômetros de espessura, e
está carregada de proteínas. Uma relevante peculiaridade dos neurônios é que a
composição proteica da membrana do neurônio varia dependendo da região da
célula: do corpo celular, dos dendritos, ou do axônio.
Núcleo
Tipicamente o núcleo é amplo e vesiculado com um proeminente nucléolo, no qual
o elemento sexual pode ser nitidamente aparente. O núcleo é demarcado no
citoplasma por uma camada dupla de membrana unitária, designada de envelope
nuclear. Essa membrana unitária é perfurada por poros nucleares, por meio dos
quais volumosas macromoléculas sintetizadas passam para o citoplasma. O núcleo
contém o DNA na forma de genes que, junto com algumas proteínas, abrangem
os 46 cromossomos do ser humano.
O nucléolo proeminente no interior do núcleo de um neurônio é uma máquina
elaboradora de ribossomos, composta grandemente por RNA e proteína,
juntamente com algum DNA. O nucléolo é bem desenvolvido nas células, como
por exemplo, os neurônios, que são ativos na síntese de proteína.
Retículo endoplasmático rugoso e liso
Próximo ao núcleo localiza-se um acúmulo de estruturas membranosas
pontilhadas por pequenas unidades densas e globulares, designadas de
ribossomos, que medem aproximadamente 25 nanômetros de diâmetro. As pilhas
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são designadas de retículo endoplasmático rugoso. Esses conjuntos de estruturas
e os ribossomos se manifestam ao microscópio óptico como manchas basófilas
difundidas pelo citoplasma, designados corpúsculos de Nissl.
Lesões do neurônio ou irritação gerada por estímulos espaçados ocasionam
diminuição ou desaparecimento dos corpúsculos de Nissl, ou cromatólise,
acompanhada por deslocamento do núcleo para a periferia. Estímulos moderados
podem ocasionar a elevação da quantidade de RNA.
A quantidade de retículo endoplasmático rugoso varia conforme o tipo e o estado
funcional dos neurônios, sendo mais numerosos, nos maiores, especialmente nos
neurônios motores. Do mesmo modo, o retículo endoplasmático rugoso é mais
numeroso nos neurônios do que na neuróglia, ou em outras células não neuronais.
O retículo endoplasmático rugoso é o maior sítio de síntese proteica nos
neurônios.
O restante do citosol do corpo celular do neurônio está farto de pilhas de
organelas membranosas que se assemelham ao retículo endoplasmático rugoso,
mas sem os ribossomos, tanto que uma destas estruturas é designada retículo
endoplasmático liso. O retículo endoplasmático liso é o local em que os
triglicerídeos, o colesterol e os esteroides são sintetizados.
Aparelho de Golgi
Originalmente deparado em neurônios, é um sistema excessivamente
desenvolvido em vesículas achatadas e pequenas vesículas agranulares ovais e/ou
esféricas. Admite-se que o aparelho de Golgi, seja a região da célula que acolhe
os produtos da síntese de substância dos corpúsculos de Nissl para possibilitar
atividade sintéticaadicional. A área de Golgi é considerada o local onde os
carboidratos são ligados às proteínas na síntese de glicoproteínas. As pequenas
vesículas oriundas dessa organela podem ser a fonte de vesículas sinápticas com
o seu conteúdo, localizadas nas terminações axônicas.
Mitocôndrias
Outra organela muito numerosa é a mitocôndria. Nos neurônios, estas organelas
medem aproximadamente um micrometro de comprimento. Localiza-se em
pequenas quantidades nos dendritos e nos axônios, são um pouco mais
numerosas no corpo celular, e estão presentes em grande quantidade no
telodendro, onde contêm mediadores químicos, relacionados com a transposição
dos impulsos nervosos célula a célula.
Além do mais, as mitocôndrias agem como usinas elétricas das células. É a
fundamental fonte de energia para cada célula. A energia, a água e o dióxido de
carbono são os produtos da respiração celular e da atividade enzimática,
especialmente de carboidratos e, em menor grau de aminoácidos e gorduras. A
energia liberada da oxidação dos alimentos é convertida para energia ligada a
fosfato, como a adenosina trifosfato. A energia ligada à adenosina trifosfato é vital
para inúmeros processos celulares. Os neurônios, distintamente da maioria das
células, não tem capacidade para conter glicogênio como fonte de energia. Em
consequência, dependem da glicose e do oxigênio circulantes para conseguir
energia. A glicose é a substância usada por sistemas enzimáticos mitocondriais de
neurônios para a geração aeróbica de adenosina trifosfato, pois os neurônios não
usam a gordura como substrato para o processo de geração anaeróbica de
adenosina trifosfato. Isso esclarece porque perdemos a consciência se a irrigação
de sangue para o cérebro for obstruída por um pequeno período.
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Lisossomas 
Os lisossomas são as vesículas ligadas à membrana que agem como um sistema
digestório intracelular. Abrangem uma abundância de enzimas hidrolíticas que
digerem e degradam substâncias, que se formam dentro e fora do neurônio. As
enzimas hidrolíticas e a membrana dos lisossomas são sintetizadas no retículo
endoplasmático rugoso e, a seguir, transferidas para o aparelho de Golgi para que
sejam mais processadas. Depois de sair do aparelho de Golgi, esses produtos são
transportados pelas vesículas para os lisossomas. O material digerido abrange
muitos componentes celulares, como por exemplo, os receptores e as
membranas, alguns dos quais podem ser reciclados.
Peroxissomas
Os peroxissomas são organelas que funcionam para desintoxicar, junto com a
enzima catalase, hidrolisando o peróxido de hidrogênio e, assim, protegendo o
neurônio dessa substância química.
Citoesqueleto
Cada neurônio abrange inúmeras organelas fibrilares designadas: neurotúbulos ou
microtúbulos, com aproximadamente 20 a 25 nanômetros de diâmetro;
neurofilamentos ou microfilamentos, com cerca de dez nanômetros de diâmetro;
microfilamentos de actina, com oito nanômetros de diâmetro. Comparando a
membrana do neurônio com a tenda de um circo, a qual está apoiada por amarras
internas, estas estruturas são o citoesqueleto, e são elas que dão o desenho típico
dos neurônios. Todavia, o citoesqueleto não é estático. Pelo contrário, os
componentes do citoesqueleto são regulados de uma maneira muito dinâmica e
estão em constante movimento.
Dendritos
Dendritos (G.) déndron (=árvore).
Em geral, são curtos, de alguns micrômetros a alguns milímetros de comprimento,
ramificados, à maneira de galhos de uma árvore. Podem oferecer os mesmos
componentes citoplasmáticos do corpo celular. No entanto, não existe aparelho de
Golgi, corpúsculos de Nissl estão presentes, exceto nos dendritos mais finos.
Neurofilamentos de dez nanômetros e microtúbulos de 24 nanômetros são
também encontrados, porém em menor número do que os axônios. Os dendritos
são especializados em acolher estímulos, traduzindo-os em mudanças de potencial
de repouso das membranas. Tais modificações compreendem a entrada e a saída
de certos íons e podem expressar-se por pequena despolarização ou
hiperpolarização. Os dendritos têm “espinhas” que servem como ponto de
contatos sinápticos.
Axônios
Axônios (G.) áxon (=eixo).
A grande maioria dos neurônios apresenta um axônio longo e fino que se origina
do corpo celular ou de um dendrito principal, em uma região designada de cone
de implantação. O cone de implantação atua como o segmento inicial do axônio
propriamente dito.
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O axônio possui comprimento muito variável, dependendo do tipo de neurônio,
podendo ter, na espécie humana, de alguns milímetros a mais de um metro.
Os axônios podem ser mielínicos ou amielínicos. Em ambos, os casos, contudo,
são embainhados por células de suporte: as células de Schwann no SNP, e os
oligodendrócitos no SNC. A bainha de mielina é descontínua nas extremidades
distais de cada célula, as células de Schwann ou dos oligodendrócitos,
compreendida no processo de embainhamento. A área descontínua entre as
células é designada como nodo de Ranvier, e forma o local de canais de sódio
dependente de voltagem, e outras modificações iônicas abrangidas na condução
do impulso nervoso. As bainhas de mielina atuam como isolantes elétricos. A
mielina é um composto lipoprotéico, formada de um número variável de firmes
películas da membrana do neurônio em torno dos axônios.
Duas marcantes propriedades diferenciam o axônio do corpo celular: não
apresenta retículo endoplasmático rugoso e os ribossomos livres, quando
presentes, são raros; a composição proteica da membrana do axônio é
fundamentalmente diferente daquela presente na membrana do corpo celular.
Estas desigualdades funcionais se refletem nas dessemelhanças funcionais, pois,
se inexistem ribossomos, não há síntese proteica no axônio. Isto significa que
toda proteína presente no axônio teve de ser sintetizada no corpo celular. E são
estas proteínas diferentes que estão presentes na membrana do axônio,
possibilitando que ele funcione como um “fio de telégrafo”, o qual envia
informações à longa distância.
Cada neurônio apresenta tão somente um axônio, mas cada axônio normalmente
apresenta vários ramos designados colaterais. Um axônio e seus colaterais
acabam por ramos finos separados entre si, designados telodendro. A
extremidade distal de cada telodendro se expande no interior de pequenas
estruturas em forma de bulbo, designadas de terminação axônicas. Nas
terminações axônicas são armazenadas substâncias químicas, designadas de
neurotransmissores. As moléculas dos neurotransmissores liberadas pelas
terminações axônicas constituem o meio de comunicação em uma sinapse.
Alguns neurônios, entretanto, especializam-se em secreção. Seus axônios
terminam próximos a capilares sanguíneos que captam o produto de secreção
liberado, em geral um polipeptídio. Os neurônios desse tipo são designados de
neurossecretores, e ocorre na região do cérebro, designada de hipotálamo.
No SNC, há certa segregação dos corpos celulares dos neurônios e dos seus
prolongamentos. Isso faz com que sejam reconhecidas no encéfalo e na medula
espinal duas porções distintas, designadas de substância branca e de substância
cinzenta. A substância cinzenta é assim designada porque mostra essa coloração
quando observada macroscopicamente. É formada, sobretudo por corpos celulares
dos neurônios e células da glia, contendo também prolongamentos de neurônios.
A substância branca não contém corpos celulares de neurônios, sendo constituída
por prolongamentos de neurônios, e por células da neuróglia. Seu nome origina-se
da presença de grande quantidade de um material esbranquiçado, a mielina, que
envolve os prolongamentos dos neurônios, os axônios.
Classificação dos neurônios
Os neurônios têm a propriedade de responder a alteração do meio emque se
encontram, com modificações da diferença de potencial elétrico que existe entre
as superfícies externa e interna da membrana do neurônio, e designado de
potencial de membrana. As células que exibem essa propriedade são: os
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neurônios, as fibras musculares e de algumas glândulas, são ditas excitáveis. Os
neurônios que reagem prontamente aos estímulos, e a modificação do potencial
elétrico podem restringir-se ao local do estímulo ou propagar-se ao restante da
célula, por meio da membrana do neurônio. Essa propagação constitui o que se
designa de impulso nervoso, cuja função é transmitir informações a outros
neurônios, aos músculos ou as glândulas. Os impulsos nervosos oriundos no corpo
celular do neurônio propagam-se por meio do axônio, enquanto os dendritos
transmitem os impulsos em direção ao corpo celular.
Os axônios e os dendritos em conjunto são designados neuritos. Eles formam o
neurópilo.
Os neurônios podem ser classificados de acordo com a sua forma e a sua função.
Dependendo do número de neuritos, distinguem-se: os neurônios multipolares,
com muitos dendritos se estendem a partir de todo o corpo do neurônio. Os
neurônios multipolares são encontrados, dentre outros locais, no corno anterior da
medula espinal, nas células de Purkinje no córtex do cerebelo, e nas células
piramidais no córtex do telencéfalo.
Outro tipo de neurônio classificado quanto à forma são os neurônios bipolares,
que possuem um dendrito e um axônio, e estão presentes na retina, no epitélio
olfatório, em gânglios dos nervos cranianos, e na orelha interna. Já os neurônios
pseudounipolares, são os que apresentam um axônio dendrítico e desenvolve-se
durante o período fetal, de um neurônio bipolar. Os neurônios pseudounipolares
encontram-se no gânglio espinal e nos gânglios sensitivos do nervo trigêmeo, do
nervo facial, do nervo glossofaríngeo, e do nervo vago. Por fim, os neurônios
unipolares, que aparecem raramente em vertebrados. São encontrados,
principalmente durante a embriogênese.
De acordo com sua função, os neurônios são classificados em: neurônios
sensitivos, que conduzem impulsos aferentes para o SNC e no interior deste; e os
neurônios eferentes, que conduzem impulsos do SNC para o órgão efetor
periférico.
Outro tipo de neurônio classificado quanto à função é o neurônio de projeção, que
transmitem estímulos por distâncias longas e intermediárias. Trata-se de
neurônios multipolares, também designados de neurônios Golgi-I, que possuem
um longo axônio. O neurônio motor primário é um neurônio de projeção.
Já os interneurônios servem a conexões locais. Estes neurônios Golgi-II
multipolares possuem axônios curtos. Por fim, as células neuroendócrinas, que
são neurônios com a capacidade de síntese e de secreção de hormônios.
Sinapses
As sinapses são pontos de transmissão descontínua de estímulos de um neurônio
para outro, ou para um órgão efetuador. Nas sinapses, as membranas dos dois
neurônios ficam separadas por um espaço de 20 nanômetros, a fenda sináptica,
embora estejam firmemente aderidas entre si, em alguns casos, verificou-se a
existência de filamentos densos formando uma ponte entre elas. No local da
sinapse, as membranas são designadas de pós-sináptica, ou seja, do dendrito, do
corpo celular, axônio ou célula efetuadora e pré-sináptica, do telodendro.
Portanto, as sinapses foram classificadas por suas associações estruturais como:
axo-axônica, axônio com axônio; axo-dendrítica, axônio com dendrito;
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axossomática, axônio com corpo celular; dendro-dendrítica, dendrito com
dendrito; e a neuromuscular, axônio com fibra muscular.
Quanto à forma e ao modo de funcionamento, reconhecem-se dois tipos de
sinapses: as sinapses elétricas e as sinapses químicas.
Sinapses elétricas
Possuem nos locais de contato junções comunicantes, as gap junctions. Estas
junções possibilitam a passagem de íons de uma célula para outra, promovendo,
assim, uma conexão elétrica e a transmissão de impulsos. As sinapses elétricas
são raras nos mamíferos, sendo mais encontradas nos vertebrados inferiores e
nos invertebrados.
Sinapses químicas
A grande maioria das sinapses interneuronais, e todas as sinapses
neuroefetuadoras são sinapses químicas, ou seja, a comunicação entre os
elementos em contato depende da liberação de substâncias químicas, designadas
neurotransmissores.
As sinapses químicas são classificadas de acordo com variados critérios: de acordo
com o efeito excitatório, despolarizante; ou o efeito inibitório, hiperpolarizante.
Distinguem-se: as sinapses excitatórias, são frequentemente sinapses
assimétricas, devido às condensações irregulares da membrana no lado pós-
sináptico; as sinapses inibitórias, são sinapses simétricas, possuem condensações
regulares.
De acordo com o transmissor distinguem-se as sinapses colinérgicas, a
acetilcolina; as adrenérgicas, a adrenalina e a noradrenalina; as peptidérgicas, os
neuropeptídios; as GABAérgicas, as gamma-amino butyric acid; e as glicinérgicas.
As sinapses colinérgicas e as sinapses adrenérgicas são as sinapses “clássicas”,
mas representam somente 15% de todas as sinapses.
Além disso, distinguem-se as sinapses neuromusculares. A sinapse
neuromuscular, também designada de junção neuromuscular, de junção
mioneural, ou de placa neural é uma sinapse entre uma terminação axônica
motora e a parte subjacente da fibra muscular.
Neuromoduladores nas sinapses químicas
É importante ressaltar que em diversas sinapses, certas outras substâncias que
não os essenciais neurotransmissores, são expelidos pela membrana pré-sináptica
na fenda sináptica. Tais substâncias são aptas de modular e alterar o papel do
neurônio pós-sináptico, e são designados de neuromoduladores.
Ação dos neuromoduladores
Os neuromoduladores podem conviver com o neurotransmissor essencial em uma
mesma sinapse. Geralmente, porém nem sempre, os neuromoduladores são
encontrados em vesículas pré-sinápticas distintas. À medida que à liberação na
fenda sináptica, os neurotransmissores essenciais apresentam resultado
instantâneo na membrana pós-sináptica, os neuromoduladores à liberação na
fenda não apresentam resultado direto na membrana pós-sináptica. Em vista
disso, os neuromediadores elevam, estendem, bloqueiam ou limitam o resultado
do neurotransmissor essencial na membrana pós-sináptica. Os neuromoduladores
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agem por meio de um sistema de segundo mensageiro, na maior parte dos casos,
através de um transdutor molecular, como por exemplo, a uma proteína G, e
modificam a resposta do receptor ao neurotransmissor. Em determinada região do
SN, diversos neurônios aferentes distintos podem desprender vários
neuromoduladores que atingem o neurônio pós-sináptico. Essa disposição pode
ocasionar uma enorme abundância de respostas, conforme a participação dos
neurônios aferentes.
Neuróglias no SNC e no SNP
Tanto no SNC como no SNP, os neurônios relacionam-se com células
coletivamente designadas de neuróglia, de glia ou de gliócitos. São as células
mais frequentes do tecido nervoso, podendo a proporção entre neurônios e
neuróglias variar de 1:10 a 1:50. Em comparação aos neurônios, à neuróglia não
produz, nem conduz impulsos nervosos, e pode multiplicar-se e dividir-se no SN
maduro.
Neuróglia do SNC
No SNC, a neuróglia compreende: os astrócitos, os oligodendrócitos, a micróglia e
um tipo de glia com disposição epitelial, as células ependimárias.
Astrócitos
(G.) astron (=estrela); (G.) kytos (=vaso oco).
Suas características são: semelhante a uma estrela; neuróglias mais numerosas
no encéfalo; maior neuróglia, aproximadamente 40 micrometros; hádois tipos, os
astrócitos protoplasmáticos, localizados na substância cinzenta, e os astrócitos
fibrosos, encontrados na substância branca; os astrócitos protoplasmáticos
apresentam prolongamentos mais espessos, curtos que se ramificam
profusamente; os astrócitos fibrosos são finos, longos, e ramificam-se
relativamente pouco; e os astrócitos fibrosos apresentam expansões designadas
como pés vasculares, que se apoiam em capilares sanguíneos.
Entre as funções dos astrócitos encontra-se: a manutenção da constância no meio
interno do SNC, por meio da ingestão de metabólitos neuronais; a participação na
estrutura da barreira hematoencefálica; a fagocitose de células mortas; a
cicatrização no SNC, como por exemplo, após infarto cerebral, em caso de
esclerose múltipla; a formação e o intercâmbio do glutamato; e a sustentação e o
isolamento de neurônios.
Oligodendrócitos
(G.) oligo (=pouco); (G.) dendron (=árvore); (G.) glia (=cola).
Suas características são: aproximadamente 30 micrometros; menores que os
astrócitos, possuindo poucos prolongamentos, que também podem formar pés
vasculares.
Entre as funções dos oligodendrócitos encontra-se: a produção das bainhas de
mielina que servem de isolantes elétricos para os neurônios do SNC. Um único
oligodendrócito contribui para a formação da mielina de vários axônios.
Micróglia
(G.) mikros (=pequeno); (G.) glia (=cola).
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Diferentemente de outros neurônios e outras neuróglias, é de origem
mesodérmica, e aparece precocemente durante o desenvolvimento do SNC.
Apresentam 15 a 20 micrometros. São células pequenas e alongadas que
possuem poucos prolongamentos.
Entre as funções das micróglias encontra-se: a apresentação de antígenos; a
fagocitose; a mobilidade ameboide; e as secreções de citocinas e de fatores de
crescimento.
Células ependimárias
(G.) ependyma (=roupa de cima).
Suas características são: células cuboides ou prismáticas que forram, como
epitélio de revestimento simples, as paredes dos ventrículos encefálicos, do
aqueduto do mesencéfalo e do canal da medula espinal; e nos ventrículos
encefálicos, um tipo de célula ependimária modificada recobre tufos de tecido
conjuntivo, rico em capilares sanguíneos, que se projetam da pia-máter,
constituindo os plexos corióideos, responsáveis pela formação do líquido
cerebrospinal.
Entre as funções das células ependimárias encontra-se: a regulação das trocas
entre o líquido cerebrospinal dentro dos ventrículos encefálicos, e no canal da
medula espinal através de movimentos ciliares; a sugestão de que as células
ependimárias também apresentariam um papel absortivo, crê-se que as células
ependimárias carregam substâncias químicas do líquido cerebrospinal para a
hipófise; o desempenho na administração da produção de hormônios pelo lobo
anterior da hipófise.
Neuróglia no SNP
A neuróglia periférica compreende as células satélites, ou anfícitos; e as células de
Schwann, oriundas da crista neural. Assim, as células satélites envolvem corpos
celulares dos neurônios, dos gânglios sensitivos, e do SNA; as células de Schwann
circundam os axônios, formando os seus envoltórios, quais sejam, a bainha de
mielina e o neurilema. Cada célula de Schwann mieliniza apenas um único axônio.
Correlações anatomoclínicas
A plasticidade neuronal pode ser definida como sendo a capacidade cerebral de
alterar funcionalmente e morfologicamente as estruturas em resposta a
experiências, as drogas, os hormônios e as lesões. Habilidades para aprender,
recordar, e esquecer também ocorre em decorrência destas alterações, cuja
função é de caráter adaptativo dos organismos. Os mecanismos pelos quais
ocorrem os fenômenos de plasticidade podem incluir modificações sinápticas do
receptor, da membrana e as neuroquímicas.
As modificações sinápticas neuroquímicas, também designadas de fatores
neurotróficos, possuem um papel-chave nos fenômenos de plasticidade, sendo
caracterizadas como uma classe de moléculas que agem para dar apoio ao
crescimento e à diferenciação nos neurônios em desenvolvimento. Os fatores
neurotróficos são produzidos em grandes quantidades no cérebro, tanto pelos
neurônios quanto pela neuróglia, e podem afetar os neurônios, regulando seu
crescimento e proporcionando um padrão adequado das conexões entre as células
neurais.
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Existem cinco tipos de neuroplasticidade: a regeneração, a plasticidade axônica, a
dendrítica, a somática e a sináptica. Quando o SN sofre uma lesão estrutural ou
funcional, este experimenta mudanças no intuito de restaurar estas lesões. Hoje
em dia, sabe-se que a plasticidade neural, sob a forma de regeneração, ocorre
principalmente no SNP, tendo em vista que a plasticidade neural é facilitada por
um ambiente favorável composto por mielina que, por sua vez, é produzida pelas
células de Schwann, o qual orienta o crescimento axonal.
Outra situação está relacionada com as correlações anatomoclínicas é a raiva, que
é uma virose do SNC. A transmissão ocorre pela mordida de um animal
contaminado. O vírus encontra-se na saliva do animal contaminado e, após a
mordida, prossegue para o SNC mediante do transporte dos axônios em nervos
sensitivos e em nervos motores. O período de incubação está correlatado com a
extensão do nervo periférico comprometido. Quanto mais distante o nervo
periférico, maior será o tempo do período de incubação. No herpes simples e no
herpes-zoster, também doenças virais, comprometem o transporte dos axônios
para alastrar-se a distintas partes do corpo humano. Crê-se que o transporte dos
axônios também compartilhe da proliferação do vírus da poliomielite, do canal
alimentar para as células motoras das colunas anteriores da substância cinzenta
da medula espinal e do tronco encefálico.
Não se deve deslembrar que o SN é formado de vários tipos distintos de tecidos.
Portanto, os tumores atingem o SN. No SNC existem os neurônios, as neuróglias,
os vasos de sangue e as meninges, e no SNP existe o tecido conjuntivo. O
neuroblastoma acontece em união à glândula suprarrenal; é excessivamente
maligno, e afetam indivíduos do nascimento ao início da puberdade. O
ganglioneuroma acontece na medula da glândula suprarrenal, ou nos gânglios
simpáticos; é benigno, e afetam tanto as crianças como os adultos. O
feocromocitoma acontece na medula da glândula suprarrenal; usualmente é
benigno, e gera hipertensão arterial, pois libera a noradrenalina e a adrenalina.
Os tumores da neuróglia correspondem por 40% a 50% dos tumores
intracranianos. São designados de gliomas. Os tumores de astrócitos são os mais
frequentemente achados, e abrangem os astrocitomas e os glioblastomas. À
exceção dos ependimomas, os tumores da neuróglia são profundamente
invasivos. Isso explana o impedimento em conseguir excisão cirúrgica completa, e
a enorme probabilidade de repetição após cirurgia. Outro aspecto é que à medida
que impregnam, esses tumores o cometem sem intervir no papel dos neurônios
vizinhos. De modo consequente, o tumor com constância é muito maior do que os
sintomas e os sinais físicos indicam.
Como o SNC apresenta números crescentes de neurotransmissores descobertos, o
local do seu sítio de ação aumentou a probabilidade de que determinadas doenças
sejam alteradas pela administração de drogas específicas. Na coreia de
Huntington, como por exemplo, existe privação de neurônios que usam
GABAérgicas e acetilcolina como transmissores. As GABAérgicas são inábeis de
cruzar a barreira hematoencefálica, porém a fisostigmina, um inibidor da
colinesterase, a cruza, e a sua utilização ofereceu alguma evolução do distúrbio.
Outro exemplo é o glutamato, que tem dado enorme atenção em virtude ao seu
envolvimento potencial na patogênese das lesões neuronais ocasionadas por
hipóxia-anoxia, ou em algumas doenças neurodegenerativasprogressivas, como
por exemplo, a esclerose lateral amiotrófica, onde ocorre um acúmulo de
glutamato no corpo do neurônio o que motiva a sua degeneração.
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Algumas doenças neurovegetativas caracterizam-se pela envoltura relativamente
seletiva de um grupo de neurônios. Na doença de Alzheimer, as bases histológica
e fisiopatológica se fundamentam na depleção de acetilcolina, pela diminuição da
atividade da enzima colina-acetiltransferase, e dos receptores nicotínicos de
acetilcolina. Outros neurotransmissores estão envolvidos, tanto na gênese quanto
na apresentação clínica da doença de Alzheimer, dentre eles se sobressaem a
serotonina, a noradrenalina e a dopamina.
Na doença de Parkinson, os neurônios dopaminérgicos do encéfalo degeneram
vagarosamente, e acabam morrendo. A base orgânica da doença de Parkinson é a
perda neuronal de células dopaminérgicas da substância negra ao corpo estriado.
Essas aferências utilizam o neurotransmissor, a dopamina, que normalmente
promove a alça motora diretas, ativando células no putame.
Em relação ao edema cerebral, que é um distúrbio clínico muito frequente que
pode incidir traumatismos cranianos, infecções cerebrais, ou tumores. O edema
cerebral pode ser definido como aumento anormal do conteúdo de água dos
tecidos do SNC. Têm três formas de edema cerebral: o vasogênico, o citotóxico e
o intersticial.
O edema vasogênico é o modo mais frequente, e sucede do acúmulo de líquido
tecidual no espaço extracelular posteriormente à lesão das paredes dos capilares
vasculares, ou da formação de novos capilares sem a barreira hematoencefálica
inteiramente organizada.
O edema citotóxico emana do acúmulo de líquido dentro das células do tecido
nervoso, dos neurônios e das neuróglias, procedendo em tumefação celular. O
fator pode ser tóxico ou metabólico, e determina deficiência do mecanismo de
bomba de ATP-sódio da membrana celular.
O edema intersticial acontece na hidrocefalia obstrutiva, quando o aumento da
pressão de líquido cerebrospinal força o líquido além do sistema ventricular, e por
dentro do espaço extracelular.
Dois elementos anatômicos devem ser incessantemente notados no edema
cerebral: o volume do encéfalo é restringido pelo crânio circundante e o líquido
tecidual é drenado, especialmente para os seios venosos por meio das veias
cerebrais porque não existe drenagem linfática.
Referências Bibliográficas
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Exercício 1:
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Qual das funções abaixo NÃO pode ser aplicada às neuróglias?
A)
Secretar citocinas e fatores de crescimento
B)
Carregar substâncias químicas do líquido cerebrospinal para a hipófise
C)
Envolver corpos celulares dos neurônios dos gânglios sensitivos e do SNA
D)
Participar na estrutura da barreira hematoencefálica
E)
Auxiliar na condução do impulso nervoso
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
B) MELHOR RESPOSTA!!!
A) MELHOR RESPOSTA!!!
E) MELHOR RESPOSTA!!!
Exercício 2:
Damos abaixo uma lista de neuróglias, numeradas de I a V, e uma lista de características,
precedidas por uma letra. Assinale a alternativa que contenha as neuróglias e as suas
características correspondentes.
I. Células ependimárias
II. Oligodendrócitos
III. Astrócitos
IV. Micróglia
V. Células satélites
A. Células cuboides ou prismáticas que forram, como epitélio de revestimento simples, as
paredes dos ventrículos encefálicos.
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B. Produzem as bainhas de mielina que servem de isolantes elétricos para os neurônios do
SNC.
C. Neuróglia periférica, também designada de anfícitos, oriundas da crista neural; envolvem
neurônios de gânglios sensitivos.
D. Semelhante a uma estrela; são as neuróglias mais numerosas e maiores no encéfalo.
E. Diferentemente de outros neurônios e outras neurogliais, é de origem mesodérmica e
aparece precocemente durante o desenvolvimento do SNC.
A)
IA, IIB, IIID, IVE, VC.
B)
ID, IIC, IIIA, IVE, VB.
C)
IB, IIC, IIIA, IVE, VD.
D)
ID, IIB, IIIC, IVA, VE.
E)
IB, IIC, IIIA, IVE, VD.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) MELHOR RESPOSTA!!!
Exercício 3:
São CORRETAS as frases de números:
I. A plasticidade neuronal pode ser definida como a capacidade cerebral de alterar funcional e
morfologicamente estruturas em resposta, por exemplo, a lesões.
II. O herpes simples e o herpes-zoster também atingem o transporte dos axônios para
alastrar-se a distintas partes do corpo humano.
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III. O neuroblastoma acontece em união à glândula suprarrenal; é benigno e afetam
indivíduos adultos ao início da velhice.
IV. Na doença de Parkinson, a base fisiopatológica se fundamenta na depleção de
acetilcolina, pela diminuição da atividade da enzima colina-acetiltransferase.V. Os tumores da neuróglia correspondem por 40% a 50% dos tumores intracranianos e são
designados de gliomas.
A)
I, II, III.
B)
II, III, V.
C)
I, II, V.
D)
II, IV, V.
E)
III, IV, V.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) MELHOR RESPOSTA!!!
Exercício 4:
Assinalar a afirmação INCORRETA.
A)
O axônio possui comprimento muito variável, dependendo do tipo de neurônio, podendo ter,
na espécie humana, de alguns milímetros a mais de um metro.
B)
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Os axônios e os dendritos em conjunto são designados neuritos. Eles formam o neurópilo.
C)
Neurônios multipolares são encontrados, dentre outros locais, no corno anterior da medula
espinal e nas células de Purkinje no córtex do cerebelo.
D)
Os neurônios sensitivos, que conduzem impulsos eferentes para o SNC e no interior deste.
E)
As sinapses são pontos de transmissão descontínua de estímulos de um neurônio para outro
ou para um órgão efetuador.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
B) MELHOR RESPOSTA!!!
A) MELHOR RESPOSTA!!!
E) MELHOR RESPOSTA!!!
D) MELHOR RESPOSTA!!!
Exercício 5:
(ENADE – ENFERMAGEM 2010). A esclerose múltipla é uma doença autoimune, crônica
que afeta o SNC provocando dificuldades motoras e sensitivas, comprometendo a qualidade
de vida de seus portadores. Os sintomas caracterizam-se por distúrbios visuais, perda de
sensibilidade dos membros inferiores, fadiga, disfunções motoras e dor. A patologia é um
processo inflamatório que causa uma lesão nos axônios neuronais e produz uma esclerose
em vários locais do SNC, conforme ilustra a figura abaixo.
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Nesse contexto, qual a importância da bainha de mielina na função neurológica?
A)
Proteger as fibras nervosas contra agressões físicas, químicas e biológicas.
B)
Retardar a propagação dos impulsos nervosos através dos neurônios cerebrais motores.
C)
Dar consciência à fibra nervosa para que não seja comprimida por músculos.
D)
Isolar a fibra nervosa e permitir a rápida condução dos impulsos nervosos.
E)
Promover o transporte axonal que ocorre em vários pontos do SNC.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) MELHOR RESPOSTA!!!
Exercício 6:
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Encontram-se relacionadas abaixo algumas funções das neuróglias. 
Assinale um número a cada uma, usando o seguinte código:
 
1. Referente à micróglia
 
2. Referente aos astrócitos
 
3. Referente às células ependimárias
 
(___) Apresentação de antígenos.
 
(___) Formação e intercâmbio do glutamato.
 
(___) Regulam as trocas entre o líquido cerebrospinal nos ventrículos.
 
(___) Possuem mobilidade ameboide.
 
(___) Participação na estrutura da barreira hematoencefálica.
 
Escolha, dentre as possibilidade abaixo, a que contiver a sequência numérica CORRETA:
A)
1-2-3-1-2
B)
2-2-3-1-1
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C)
3-1-3-1-2
D)
1-2-2-1-3
E)
1-2-3-2-3
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) MELHOR RESPOSTA!!!
Exercício 7:
Conforme investigações atuais, os seres humanos perdem neurônios com o passar dos anos.
Este dado esclarece a presença de algumas doenc¸as, ligadas ao sistema nervoso,
relacionadas aos senis. Entre as doenças estão à doença de Alzheimer, a doença de
Parkinson, a esclerose lateral amiotrófica, e a coreia de Huntington.
 
Com o auxílio desta definição, julgue as afirmações que se seguem.
 
I. Na esclerose lateral amiotrófica ocorre um acúmulo de glutamato no corpo do neurônio, o
que motiva a sua degeneração.
 
II. Na coreia de Huntington há abundância de neurônios que usam GABAérgicas e
acetilcolina como transmissores.
 
III. Na doença de Parkinson a depleção de acetilcolina, pela diminuição da atividade da
enzima colina-acetiltransferase e dos receptores nicotínicos de acetilcolina.
 
IV. Na doença de Alzheimer os neurônios dopaminérgicos do encéfalo degeneram
vagarosamente e acabam morrendo.
 
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Com relação aos dados apresentados, está correto APENAS o que se afirma em:
A)
IV
B)
III e IV
C)
II
D)
I e II
E)
I
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
B) MELHOR RESPOSTA!!!
D) MELHOR RESPOSTA!!!
E) MELHOR RESPOSTA!!!

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