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Resenha do filme: Políticas de saúde no Brasil - um século de luta pelo direito à saúde

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ResenhaResenha
 A obra cinematográfica intitulada “Políticas públicas de saúde no Brasil: um século de luta pelo direito à
saúde” retrata a história da saúde pública no Brasil, assim como indica o título, mas vai além mostrando
também a influência do momento político e econômico do país na tomada de decisões que interferem
diretamente na prestação de serviços a assistência médica. 
 O filme introduz a exposição dos acontecimentos relatando que no início do século XX a ocorrência de
epidemias de diversas doenças, como a febre amarela, varíola, malária, cólera e tuberculose, foi acentuada pela
escassez de acesso a assistência médica por grande parte da população, que possuía como única alternativa
os atendimentos filantrópicos realizados pelas Santas Casas de Misericórdia. Essa situação promoveu uma
recusa por parte dos navios estrangeiros de atracarem nos portos brasileiros, desta maneira os grande
produtores de café da época, visando atrair novamente a atenção turística que tanto contribuía para a
economia (parte de maior relevância para eles) tiveram a ideia de “limpar” as centros portuários, “limpeza”
essa que consistiu na expulsão dos pobres e dos cortiços, além de tornar obrigatória a vacinação, assim surgiu
a conhecida Revolta da vacina e os cidadãos que a adotaram eram vistos como inimigos da saúde pública.
 Dando continuidade, é possível perceber com os próximos eventos que as melhorias de higiene sanitária e
assistência médica para a população mais pobre era pouca ou nenhuma, uma vez que ações voltadas para a
“democratização” do alcance aos serviços de saúde não abrangiam toda a população, pois para ter esse direito
atendido os usuários dos serviços filantrópicos deveriam contribuir financeiramente e mensalmente, como no
caso das Caixas de Aposentadorias e Pensões ou do Instituto de Aposentadoria e Pensões (IAPS).
 Ademais, havia o Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) que, financiado pelos Estados Unidos da
América, realizava ações preventivas de combate às epidemias pelo interior do país. Em seguida, surgiu o
modelo hospitalocêntrico de atenção à saúde, com equipamentos modernos e médicos especialistas, em
oposição aos Centros de saúde, porém o acesso a esses serviços continuou restrito a uma pequena parte da
população. 
 Após ser eleito novamente, Getúlio Vargas criou o Ministério da Saúde que tinha o objetivo de fortalecer a
medicina preventiva. E, alguns anos depois, devido a insatisfação das empresas com os serviços prestados
pelos hospitais criados pelo IAPS, foi criado o conceito de Medicina em Grupo, no qual empresas oferecem
atendimento médico privado aos funcionários das empresas que as contrataram. Mais adiante, com a ditadura
militar em vigor houve uma maior tentativa de desmonte da saúde pública, a esse período pode-se
acrescentar a unificação do sistema previdenciário em Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), a
extensão da previdência social aos trabalhadores rurais, o financiamento de hospitais privados e a censura a
divulgação do surgimento de epidemias, por exemplo. 
“Políticas de saúde no Brasil: um século de luta pelo direito à saúde”
Alexia Menezes - Fonoaudiologia - UFS 3/8
 Avançando alguns anos, ocorreu em 1986 a 8° Conferência Nacional de Saúde que cedeu espaço para a
participação de membros dos movimentos sociais, trabalhadores da saúde e gestores obtendo, como resultado
dessa cooperação, a aprovação do Sistema Único de Saúde (SUS) na Constituição Federal de 1988 e sua
regulamentação através das leis 8.080/1990 e 8.142/1990. Porém, nem tudo foi resolvido com a vitória
popular, tendo em vista que a corrupção nos governos e as tentativas de abalar a saúde pública continuaram a
acontecer.
 Conclui-se, portanto, que é possível perceber que as conquistas da população sempre precisaram de grande
empenho por parte dos interessados, uma vez que, na maior parte da história do Brasil os governos não foram
constituídos por políticos aliados ao povo. Além disso, como muito pesar, pode-se relacionar diversas
situações retratadas no filme com as vivenciadas nos últimos anos no país, já dizia o cantor Cazuza em sua
música nomeada “O tempo não para”: “[...] Eu vejo um museu de grandes novidades [...]”.
Alexia Menezes - Fonoaudiologia - UFS 3/8
Referência:
Filme disponível em: https://youtu.be/L7NzqtspLpc
https://youtu.be/L7NzqtspLpc

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