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Sepse: Diagnóstico e Fisiopatologia

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Victoria Karoline Libório Cardoso 
 
Sepse  
 
Introdução 
 
Sepse é uma disfunção orgânica sistêmica 
causada por uma resposta imune exagerada a 
uma inflamação. 
 
Choque séptico 
 
Trata-se de uma sepse que não melhora mesmo 
após reposição volêmica, devido a uma disfunção 
orgânica exagerada. 
 
O choque séptico costuma se instaurar em 
pacientes com infecções que atingiram órgãos 
vitais, principalmente quando internados em UTI 
e com comorbidades que entram no critério 
QSOFA. Nesses casos, os pacientes têm grande 
risco de vida, pois mesmo com reposição 
volêmica se mantém com a pressão arterial 
sistólica abaixo de 65 mmHg e ou lactato acima 
de 2 mmol por litro, sendo necessário o uso de 
vasopressina. 
 
Obs:​ o lactato é um grande marcador de 
gravidade, visto que está relacionado com dano 
celular, ou seja, a alta de lactato indica hipóxia. 
 
● QSOFA:​ critério baseado em pontos. 
 
○ Frequência cardíaca maior ou igual 
a 22 irpm. 
 
○ Alteração do nível de consciência 
com escala de coma de glasgow 
menor ou igual a 13. 
 
○ Pressão arterial sistólica menor ou 
igual a 100 mmHg. 
 
 
 
Diagnóstico da sepse: 
 
● Infecção com disfunção orgânica grave. 
 
● Determinação da disfunção orgânica: 2 ou 
mais pontos no QSOFA. 
 
● Marcação do início do processo 
inflamatório (fase aguda): citocinas IL1, 
IL6 e TNF-alfa. 
 
○ IL1: 
 
○ IL6:​ atua no fígado produzindo 
proteínas de fase aguda, o que 
proporciona uma diminuição do 
nível de albumina e, assim, 
diminuindo o fluxo renal. 
 
○ TNF-alfa:​ aumenta o espaço entre 
as células causando perda de 
líquido, resultando em 
hipovolemia, diarreia, edema… - 
por isso a importância da 
reposição volêmica. 
 
 
Victoria Karoline Libório Cardoso 
 
 
● Hipovolemia:​ é uma das primeiras 
consequências graves do choque séptico, 
resultado de muitos processos como a 
desidratação provocada por vômitos e 
diarreia, aumentando de forma 
generalizada a permeabilidade vascular e 
a capacitância venosa. 
 
Fisiopatologia da sepse 
 
1. Disfunção endotelial - recrutamento de 
leucócitos de forma exagerada, causando 
instabilidade vascular e extravasamento 
de líquido para o terceiro espaço. 
 
2. Liberação de enzimas reativas que 
contribuem para a disfunção do endotélio 
e de múltiplos órgãos. 
 
3. Ativação da cascata de coagulação de 
maneira desordenada, por conta da 
expressão do fator tecidual e inibição de 
fibrinólise, o que leva a produção de 
microtrombos, gerando oclusões na 
microvasculatura. 
 
4. Dilatação dos vasos pelas citocinas, 
reduzindo o fluxo sanguíneo. 
 
5. Por fim, tem-se dano vascular quando a 
hipóxia continua. 
 
 
 
 
Manifestações clínicas 
 
Sinais e sintomas: 
 
● Diminuição da perfusão, causada por 
falhas na microcirculação. 
 
● Diminuição da pressão arterial e da 
frequência cardíaca, principalmente em 
pacientes cardiopatas. 
 
● Edema intersticial e alveolar nos pulmões. 
 
● Síndrome da angústia respiratória. 
 
● Injúria pré-renal pela hipovolemia, 
causando oligúria e aumento das excretas 
nitrogenadas. 
 
● Diminuição da motilidade e alterações da 
microbiota que podem levar a distúrbios 
na nutrição e na translocação bacteriana. 
 
● Hiperbilirrubinemia nos fígados. 
 
● Rebaixamento do nível de consciência, 
encefalopatia e neuropatia periférica. 
 
● Aumento do nível de coagulação e 
formação de microtrombos. 
 
Alterações laboratoriais 
 
A chave é a procura de marcadores de danos 
causados tipicamente pela sepse durante a 
instauração do quadro. 
 
Exames: 
 
● Avaliação respiratória:​ pressão parcial de 
O2. 
Victoria Karoline Libório Cardoso 
 
 
 
● Avaliação do nível de coagulação: 
contagem de plaquetas. 
 
● Avaliação de dano hepático:​ bilirrubina. 
 
● Avaliação cardíaca:​ PAM. 
 
● Avaliação do SNC:​ glasgow. 
 
● Avaliação do dano renal:​ creatinina. 
 
● Marcador de hipóxia:​ lactato.

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