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Odontopediatria PRÉ-NATAL ODONTOLÓGICO “O ministério da saúde, através das secretarias de política de saúde, desde 2000, visa garantir o bem estar da gestante, objetivando orientá-la.” O problema do pré-natal odontológico são as barreiras (mitos na sociedade): ● Rx: é necessário uma exposiçaõ de 5000 milirads para existir a possibilidade de má-formação ou aborto espontâneo, sendo que uma tomada radiografica intrabucal equivale a 0,1 milirads de radiação, menos do que a radiação cósmica adquirida diariamente. ● Maior índice de cárie: às vezes a mãe, pelo enjoo, não consegue escovar sempre os dentes, favorecendo a cárie. ● Gengivite gravídica: ocorre vasodilatação, aumentando a permeabilidade dos vasos, favorecendo processos inflamatórios. ● Granuloma gravídico: são lesões não-neoplásicas, resultante de microtraumatismos e irritação local. Formação de tecido de granulação em excesso. É uma massa plana ou lobulada, pediculada, superfície ulcerada, indolor e sangrante ao toque. Está relacionada aos hormônios gestacionais. Se resolve assim que o bebê nasce. Doenças infecciosas e periodontite crônica A associação entre doenças bucais e desfechos negativos da gestação, como: mortalidade perinatal, prematuridade e/ou baixo peso ao nascer e pré eclâmpsia AINES e gestação → Fechamento prematuro do canal arterial - fazendo uso de anti inflamatórios não esteroidais (no final da gestação) FLÚOR e gestação Antigamente, dizia-se para a mãe ingerir suplementação de flúor, para que o bebê não tenha cárie. Isso é MITO. Pois o flúor importante não é na alta dose durante a formação do dente, e sim em pequenas doses todos os dias. PRIMEIROS CUIDADOS COM RELAÇÃO À CAVIDADE BUCAL DOS BEBÊS ● Manejo da criança - 0 a 3 anos de idade → choro: o odontopediatra deve se acostumar a conviver com o choro: reação normal, forma de comunicação. Pode ser choro de fome, sono, birra, raiva, ansiedade, medo. o profissional não pode perder a calma e deve realizar o procedimento até o final, mesmo que a criança chore. a criança não fica traumatizada após o tratamento. Normalmente ao fim da consulta já está descontraída e amistosa, embora algumas vezes ainda não queira saber de conversa. se a criança perceber que quando ela chora você para o tratamento, ela vai usar isso como um artifício. O bebê sem dentes deve ir ao dentista SIM, porque se passarmos as informações adequadas, ele vai desenvolver os hábitos devidos e saudáveis. Se deixar para depois, já vai ter desenvolvido hábitos errados, para reverter é muito mais difícil. Quando for atender um bebê edêntulo, ensinar escovação, falar sobre higiene, avaliar o sucking pad, o freio labial superior e inferior, o palato. Sucking pad → “apoio para sucção” o palato do bebê tem essas rugas mais acentuadas. arco superior e inferior: rodetes lobulados com segmentações verticais. Cordão fibroso de Robin e Magitot: na região de incisivos e caninos. Esse rodete vai desaparecer cerca de 1 mês após a erupção. Rodetes gengivais: recobertos por tecido gengival, rodete superior protruído/rodete inferior retruído. Amamentação: o mamilo da mãe é comprido e achatado pela língua do bebê contra parede palatina, por isso que muitas vezes dói, tem fissura, sangra... Se o bebê usar chupeta, no máximo com 1 ano e meio tentar tirar a chupeta, para não causar má oclusão. Pérolas de epstein: → remanescentes de estruturas embrionárias epiteliais → localizadas na rafe palatina mediana → conduta - observação Não precisa fazer nada, só acompanhar Cistos da lâmina dentária → crista alveolar do rebordo gengival → maior frequência na região posterior Só acompanhar Nódulos de Bohn → porção vestibular/palatina ou lingual → origem no tecido de glândulas mucosas Apenas observar Freio lingual Hoje existe o teste da linguinha, para saber se o bebê tem a língua presa e etc. Se tiver a língua presa, vai ser encaminhado para fazer a cirurgia para reduzir o risco de problemas de fala no futuro e problemas na amamentação. Posicionamento lingual entre os coxins gengivais e os movimentos da língua nestes processos mantém integração funcional com: ossos, músculos faciais e freio lingual. Bebês com anquiloglossia Dificuldade na ordenha e sucção → desmame precoce → perda de peso HIGIENE ANTES DA ERUPÇÃO Se for feita a higiene correta, não teremos hospedeiro, não teremos colonização efetiva de microrganismos e teremos imunoglobulinas do leite (barreira protetora) → evita ocorrência de cáries. Não indica higienização antes da erupção. Porém, se erupcionar o PRIMEIRO DENTE, precisa higienizar, pois diferente da mucosa, ele não descama. Precisa ESCOVAR. Até os 6 meses de idade, o bebê precisa passar por uma consulta: para avaliação de risco, instrução de higiene bucal, avaliar e otimizar exposição ao flúor. A partir da erupção do primeiro dente, usar creme dental com flúor, usar pouca quantidade e escova macia. No máximo 1 ano de idade visitar o dentista. Pasta com pelo menos 1.000 ppm de flúor. Usar o fio dental a partir do momento que teve contato entre os dentes.
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