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Transferências. Transferências de Impasse. Psicose de Transferência. A fenômeno transferencial faz com que o cliente vivencie situações passadas com o seu analista e que possibilitam a integração para este indivíduo entre presente e passado e permite com que o analista faça interpretações sobre estes conteúdos repetidos. A transferência dá a voz ao interior do psiquismo do paciente e consiste na repetição de necessidades e assim este cliente consegue experimentar e ressignificar estas experiencias passadas. não é necessariamente criada no setting. A transferência é um fenômeno no qual o presente da forma ao passado. Transferência é a externalização de um “diálogo no interior do psiquismo”. O setting favorece um grau de regressão, por meio de uma intimidade criada entre paciente e analista. A transferência consiste na necessidade de repetição, ou também uma repetição de necessidades. E desta forma, consegue experimentar e transformar estas vivencias emocionais mal resolvidas. O fenômeno transferencial está presente em grande parte das relações interpessoais e que fazem parte do nosso dia a dia, mas o termo “transferência” deve ser preservado a relação criada em um processo psicanalítico. De forma genérica, o fenômeno transferencial nada mais é que, o conjunto de todas as formas que o paciente vivencia com seu psicanalista e o permite “interpretações” destes conteúdos que possibilitam a integração entre presente e passado. Extratransferências: Este é um termo utilizado onde o analista observa por meio das inter-relações do paciente a forma de como estão estruturadas suas relações objetais internas. Os vínculos demonstrados no processo de psicanálise de forma extratransferenciais representam sua vida “lá fora”. Neurose da Transferência: Este é um termo utilizado quando o paciente vive uma forte carga emocional investida ao analista, que foge do ambiente da sessão. O paciente revive suas experiências projetando-as no psicanalista. Transferência Psicótica: Trata-se de uma transferência que caracteriza os pacientes psicóticos, o paciente tem uma transferência prematura, logo no início da sessão, que se agarra ao analista de forma muito forte e na primeira decepção, ele já abandona a análise ou distancia-se do vínculo. Psicose de Transferência: Este termo refere-se a pacientes não-psicóticos que desenvolvem um estado transferencial negativista e com distorções dos fatos, chega até dar a impressão de uma situação psicótica. Mas, neste caso este “sentimento transferencial” fica restrito a sessão analítica. Aliança Terapêutica: Este é o termo utilizado quando se estabelece um vínculo transferencial, que é quando o paciente mostra-se consciente e inconscientemente “aberto” a tarefa psicanalítica, gerando uma cooperação por parte do paciente. Match: Este termo refere-se ao encontro psicanalítico, diz respeito ao fato de uma relação analítica ir além de uma relação transferencial repetidora de vivencias. Tipos de Transferências Transferência Positiva: Refere-se as pulsões e derivados relativos a libido, em especial aos sentidos carinhosos, ou também os de cunho erótico, sublimados de uma forma de amor não – sexual. O paciente revive com o analista a experiência amorosa, transferindo sentimentos de amor Transferência Idealizadora: Ocorre em casos de pacientes regredidos que tentam estabelecer um vínculo primário. O paciente idealiza o analista, que deve desfazer essa idealização frustrando o paciente. Transferência Negativa: Têm um princípio agressivo, como inveja, ciúme ou rivalidade. O analista deve levar em consideração estas manifestações, pois podem representar uma construção de núcleos de confiança. Transferência Especular: Se dá em casos de pacientes com fixações em etapas ainda primitivas e com uma certa carência em relações básicas e buscam em seu analista suprir esta falta. Transferência Erótica: Deriva da pulsão de vida, há uma necessidade em ser amado e aceito. E reconhece que seu analista dá amor e acolhimento e isto confunde-se com a necessidade de contato físico. Transferência Erotizada: Esta é derivada da pulsão de morte e envolve pulsões ligadas ao ódio, com fantasias agressivas que visam um controle de posse sobre o analista. Transferência de Impasse: Nesta situação o discurso do paciente fica centrado em queixas e acusações ao analista e forma-se um bloqueio que o deixam na defensiva e não escuta mais o que seu analista diz. Transferência Perversa: O paciente tenta perverter o setting com a intenção de modificar as regras. A Transferência na pratica analítica Em relação ao setting: O setting facilita o surgimento da transferência, mas ela não é necessariamente criada no setting. A transferência é um fenômeno no qual o presente da forma ao passado. Transferência é a externalização de um “diálogo no interior do psiquismo”. O setting favorece um grau de regressão, por meio de uma intimidade criada entre paciente e analista. A transferência consiste na necessidade de repetição, ou também uma repetição de necessidades. E desta forma, consegue experimentar e transformar estas vivencias emocionais mal resolvidas. Em relação as resistências: O surgimento da transferência no campo analítico pode expressar uma superação de resistência, como também funcionar a serviço da própria resistência, como um meio de bloqueio a áreas ocultas do inconsciente. Em relação as interpretações: Reduzir estas interpretações transferenciais apenas as figuras materna e paterna sem levar em conta o fato de cada um dos pais estão introjetados de uma forma dissociativa é limitado. O analista deve estar preparado para compreender e desempenhar ambos papéis, conforme forem as circunstancias da situação analítica. Capítulo -12 Contratransferência O analista é uma pessoa como qualquer outra e tem direito de sentir sentimentos contratransferenciais como: medo, dúvidas e raiva, pois acima de tudo estamos nos referindo a seres humanos passíveis destes. Transferência e contratransferência caminham lado a lado, muitas vezes até se confundem entre si. Freud usou o termo contratransferência ao referir-se à resistência inconsciente do analista, como sendo um obstáculo que o impediria de ajudar ao paciente. Em outro momento, Freud referiu-se à contratransferência como uma forma de oferecer conselhos técnicos não-analisados. Posteriormente, P Heimenn e Racker postularam a possibilidade de que a contratransferência é um excelente recurso que o analista poderia utilizar para compreender e manejar cada situação analítica em particular. Klein assim como Freud, mencionava a contratransferência como um obstáculo para a análise. Winnicott destacava os efeitos recíprocos que o par analítico provocava um ao outro. Posterior a estes, P. Heimenn e H. Racker apresentaram trabalhos em que destacavam a possibilidade do analista utilizar a contratransferência como importante instrumento psicanalítico. Bion, que foi um dos primeiros a destacar a importância do fenômeno contratransferencial assumiu posteriormente, que a contratransferência é um fenômeno inconsciente e portanto, não pode ser usado de forma consciente pelo analista, pelo menos durante a sessão. Na atualidade, predomina o tríplice aspecto da contratransferência: como obstáculo, como instrumento técnico e como um campo de análise, onde o paciente pode reviver experiências emocionais passadas. A contratransferência é sempre inconsciente? Para Bion e Segal a contratransferência é considerada o resultado de uma interação entre o “inconsciente do analista com o inconsciente do analisando”. Zimerman inclui-se entre os psicanalistas que acreditam ser possíveis em algumas situações privilegiadas que o analista percebe conscientemente os efeitos contratransferenciais nele despertados e possam fazer bom uso desta técnica. Empatia: O termo empatia, assim como para contratransferência possui distintas definições. Para os autores norte-americanos “empatia” costuma referir-se como uma função consciente, confundindo-se com simpatia ou superego amável. Zimerman entende que empatia consistena capacidade de o analista “sentir em si” o que é trazido pelo paciente, por meio de adequadas identificações, projeções e introjeções. Contratransferência Somatizada: Decorre de uma resposta corporal ao que o paciente transfere (sentir sono, por exemplo). Contratransferência Erotizada: Decorre de uma necessidade de controle e poder sobre o paciente. Pode ser confundida como algo sexual.
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