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Aleitamento Materno

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Aleitamento Materno
Definição
Amamentar é muito mais do que
nutrir a criança. É um processo
que envolve interação
profunda entre mãe e filho, com
repercussões no estado nutricional
da criança, em sua habilidade
de se defender de infecções, em
sua fisiologia e no seu
desenvolvimento cognitivo e
emocional, e
em sua saúde no longo prazo, além
de ter implicações na saúde física
e psíquica da mãe.
Tipos de Aleitamento
Aleitamento materno exclusivo –
quando a criança recebe somente
leite materno, direto
da mama ou ordenhado, ou leite
humano de outra fonte, sem
outros líquidos ou sólidos,
com exceção de gotas ou xaropes
contendo vitaminas, sais de
reidratação oral, suplementos
minerais ou medicamentos.
• Aleitamento materno
predominante – quando a criança
recebe, além do leite materno,
água ou bebidas à base de água
(água adocicada, chás, infusões),
sucos de frutas e fluidos
Rituais.
• Aleitamento materno misto ou
parcial – quando a criança recebe
leite materno e outros
tipos de leite.
Aleitamento materno
complementado – quando a criança
recebe, além do leite materno,
qualquer alimento sólido ou
semissólido com a finalidade de
complementá-lo, e não de
substituí-lo.
OMS recomenda aleitamento
materno por dois anos ou mais,
sendo exclusivo nos primeiros seis
meses.
Consequência da introdução
precoce de outros alimentos :
● Maior ocorrência de diarreia
● Menor absorção de
nutrientes importantes do
leite materno, como o ferro
e o zinco;
No segundo ano de vida o leite
materno fornece 95% das
necessidades de vitamina C, 45%
das de vitamina A, 38% das de
proteína e 31% do total
de energia. Além disso, o leite
materno continua protegendo
contra doenças infecciosas.
Benefícios do aleitamento materno
● Redução risco de obesidade
● Redução glicemia tanta para
criança como para mãe
● Melhor desenvolvimento da
cavidade oral : O ato de
sugar promove maior
desenvolvimento do palato
duro, o que é fundamental
para alinhamento dos dentes
● Proteção contra câncer de
mama
Produção de leite materno
O leite produzido é armazenado
nos alvéolos e nos ductos. Os
ductos mamários não se
dilatam para formar os seios
lactíferos, como se acreditava até
pouco tempo atrás. O que ocorre
é que durante as mamadas,
enquanto o reflexo de ejeção do
leite está ativo, os ductos sob a
aréola se enchem de leite e se
dilatam
A mama, na gravidez, é preparada
para a amamentação (lactogênese
fase I) sob a ação de
diferentes hormônios. O estrogênio
responsável pela ramificação dos
ductos lactíferos, e o
progestogênio, pela formação dos
lóbulos. Outros hormônios também
estão envolvidos na aceleração do
crescimento mamário, tais como
lactogênio placentário, prolactina e
gonadotrofina coriônica.
Nascimento da criança e a
expulsão da placenta :
PROGESTERONA : Liberação
prolactina (Hipofise anterior)
SUCÇÃO : liberação de ocitocina
(hipófise posterior). contrai
as células mioepiteliais que
envolvem os alvéolos, expulsando o
leite neles contido.
Nos primeiros dias após o parto, a
secreção de leite é pequena, e vai
aumentando gradativamente:
cerca de 40-50 mL no primeiro dia,
300-400 mL no terceiro dia, 500-800
mL no quinto dia, em
média
Uma nutriz que amamenta
exclusivamente produz, em
média, 800 mL por dia. Em geral,
uma nutriz é capaz de produzir
mais leite do que a quantidade
necessária para o seu bebê.
Funções e característica do leite
Nos primeiros dias, o leite materno
é chamado colostro : + ptn - Gord
Maduro : leite secretado a partir
do sétimo ao décimo
dia pós-parto.
o leite do final da mamada
(chamado leite posterior) é mais
rico em energia (calorias) e sacia
melhor a criança, daí a importância
de a criança esvaziar bem a
mama.
O leite humano possui numerosos
fatores imunológicos. A IgA
secretória é o principal anticorpo,
atuando contra microrganismos
presentes nas superfícies mucosa
Os anticorpos IgA no leite humano
são um reflexo dos antígenos
entéricos e respiratórios da mãe,
ou seja, ela produz anticorpos
contra agentes infecciosos com os
quais já
teve contato, proporcionando,
dessa maneira, proteção à criança
contra os germens prevalentes
no meio em que a mãe vive.
Além da IgA, o leite materno
contém : IgM e IgG, macrófagos,
neutrófilos, linfócitos B e T,
lactoferrina, lisosima e fator bífido.
Esse favorece o crescimento do
Lactobacilus bifidus, uma bactéria
não patogênica que acidifica as
fezes, dificultando a instalação de
bactérias que causam diarreia, tais
como Shigella, Salmonella
e Escherichia coli.
Problemas Nutricionais
A vitamina A desempenha papel
fundamental na visão, no
crescimento e desenvolvimento
ósseo, no processo imunológico
Alimentação
complementar saudável
As crianças menores de seis
meses que recebem com
exclusividade o leite materno
começam a desenvolver a
capacidade de autocontrole da
ingestão muito cedo, aprendendo a
distinguir as sensações de fome,
durante o jejum e de saciedade,
após a alimentação.
Na idade de 6 a 12 meses o leite
materno pode contribuir com
aproximadamente metade
da energia requerida nessa faixa
etária e 1/3 da energia necessária
no período de 12 a 24 meses.
energia requerida :
● 6 a 8 meses : 200 kcal
● 9 a 11 meses : 300 kcL
● 12 a 23 meses: 550 kcal
Conservação dos alimentos
Alimentos preparados :
armazenados sob refrigeração
(5oC) têm o
prazo máximo de consumo de 5
(cinco) dias (BRASIL, 2004).
Se a criança não estiver em
aleitamento materno exclusivo, a
suplementação profilática de
ferro (1 mg de ferro elementar por
kg de peso/dia) poderá ser
realizada a partir dos quatro
meses de idade, juntamente com
a introdução dos alimentos
complementares, até a criança
completar 24 meses.
Diluição do leite de vaca integral
para crianças menores de
quatro meses (caso a criança nao
consuma leite materno devido
alguma eventualidade)
O leite deve ser diluído em 2/3 ou
10%, até os quatro meses de idade
da criança, devido ao
excesso de proteína e eletrólitos
que fazem sobrecarga renal.
Com a diluição, há diminuição de
energia e ácido linoléico, sendo
necessário o acréscimo de 3% de
óleo

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