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( CADERNO – 8º ano 1 ) Linguagens Material do 1º Período ESCOLA:____________________________________________________ DATA:______________________ PROFº:__________________________________________________ TURMA:________________________ NOME:___________________________________________________________________________________ AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA 4ª ETAPA OBJETO DE CONHECIMENTO: História da Música: da Pré-história à Idade Média. ( 2 CADERNO – 8º ano )Os sons produzem uma sensação física em nós. Escutar é ser capaz de ir além do simples ouvir, é captar o sentido dos sons, perceber e compreender sua estrutura, sua forma, seu sentido, é prestar atenção e estar interessado naquilo que está ouvindo. E quanto maior o conhecimento de sons e de música, maior será nossa compreensão. 1. A MÚSICA NA PRÉ-HISTÓRIA A palavra música, do grego mousikê, que quer dizer "arte das musas", é uma referência à mitologia grega e sua origem não é clara. Muitos acreditam que a música já existia na pré-história e se apresentava com um caráter religioso, ritualístico em agradecimento aos deuses ou como forma de pedidos pela proteção, boa caça, entre outros. Se pensarmos que a dança aparece em pinturas rudimentares da pré-história não é difícil acreditar que a música também fazia parte dessas organizações. Nessa época muitos sons produzidos provinham, principalmente dos movimentos corporais e sons da natureza e, assim como nas artes visuais e na dança, a música começou a ser aprimorada, utilizando-se de objetos dos mais diversos. Sobre a música na pré-história faz-se importante relacionar às tribos indígenas que mantêm total isolamento das sociedades organizadas e vivem ainda de forma rudimentar e que possuem rituais envolvendo a música, utilizando a percussão corporal, a voz e objetos primários básicos, desenvolvidos para esse fim. 1.1 Instrumentos Musicais da Pré-História Flauta de osso Tambor feito de pele de animal e madeira A MÚSICA NA ANTIGUIDADE Muitos estudiosos apontam a música na antiguidade impregnada de sentido ritualístico e como instrumento mais utilizado a voz, pois por meio dela se dava a comunicação e nessa época o sentido da música era esse, comunicar-se com os deuses e com o povo. Observamos que, na Grécia, a música funcionava como uma forma de estarem mais próximos das divindades, um caminho para a perfeição. Nessa época, a música era incorporada à dança e ao teatro, formando uma totalidade, e ao som da lira eram recitados poemas. As tragédias gregas encenadas eram inteiramente cantadas acompanhadas da lira, da cítara e de instrumentos de sopro denominados aulos. Um destaque importante na antiguidade foi Pitágoras, um grande filósofo grego que descobriu as notas e os intervalos musicais. Já em Roma, a música foi influenciada pela música grega, pelos etruscos e pela música ocidental. Os romanos utilizavam a música na guerra para sinalizar ações dos soldados e tropas e também para cantar hinos as vitórias conquistadas, também possuía um papel fundamental na religião e em rituais sagrados, assim como no Egito, onde os egípcios acreditavam na "origem divina" da música, que estava relacionada a culto aos deuses. Geralmente os instrumentos eram tocados por mulheres (chamadas sacerdotisas). Os chineses, além de usarem a música em eventos religiosos e civis tiveram uma percepção mais apurada da música e de como esse refletia sobre o povo chegando a usar a música como "identidade" ou forma de "personalizar" momentos históricos e seus imperadores. Música na Índia e China Música na Grécia e Roma Música na Mesopotâmia Música no Egito ( CADERNO – 8º ano 3 )A MÚSICA NA IDADE MÉDIA ou MEDIEVAL Na Idade das Trevas ou Idade Média a Igreja tinha forte influência sobre os costumes e culturas dos povos em toda a Europa. Muitas restrições eram impostas e, por essa razão, observamos o predomínio do canto gregoriano ou cantochão, porém houve um grande desenvolvimento da música mesmo com o direcionamento da igreja nas produções culturais e nessa fase a música popular também merece destaque com o surgimento dos trovadores e menestreis. É importante citar, que foi na Idade Média que, Guido d'Arezzo, um monge católico que "criou a pauta de cinco linhas, na qual definiu as alturas das notas e o nome de cada uma (...). Nasciam, assim, os nomes das notas musicais que conhecemos: dó, ré, mi, fá, sol, lá e si." (LDP, p.264). Canto Chão ou Canto Gregoriano: O canto gregoriano, também chamado de cantochão, é um gênero de música vocal (através da voz), monofônica (só uma melodia), não acompanhada de instrumentos musicais, ou acompanhada apenas pela repetição da voz principal com o órganon (órgão, instrumento musical utilizado dentro das igrejas), com o ritmo livre e não medido, utilizado no ritual da liturgia católica romana. Notas Musicais: As Notas Musicais são sete: DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI. Representadas por monossílabos, elas são utilizadas nas composições de músicas. 3.3 Danças e canções Medievais: Em sua maioria, as danças e canções medievais são monofônicas (só uma melodia). Durante os séculos XII e XIII, houve intensa produção de obras na forma de canção, compostas pelos troubadours ou trouvèrs, os aristocráticos poetas-músicos também conhecidos como “trovadores”, aqueles que descobriam poemas e melodias. Instrumentos Medievais: Os instrumentos que deveriam acompanhar essas danças e canções incluíam: Galubé e tamboril: Flauta e tambor de duas faces, tocadas por uma só pessoa. Charamela: instrumento de sopro de grande sonoridade, um dos antepassados do oboé. Corneto: feito de marfim ou madeira e acolchoado de couro; possuía bocal e com orifícios iguais aos da flauta. Orgão: além do órgão da igreja, havia o órgão portátil – peça pequena, de poucas notas, que podia ser carregado com facilidade. Carrilhão: conjunto de sinos graduados de acordo com o tamanho e a altura dos sons, para ser tocado com martelos de metal. Cítola ou cistre: instrumento com quatro cordas de arame que eram erguidas com os dedos. Harpa: menor em tamanho que a harpa moderna e com menos cordas. Viela: ligeiramente maior que as violas modernas, possuía um cavalete um tanto achatado no qual permitia que uma corda fosse tocada ao mesmo tempo que a outra. Rebec: instrumento em forma de pêra, geralmente de três cordas friccionadas com arco. Viela de roda; instrumento no qual movida a manivela fazia as cordas vibrarem, e um teclado em conexão com as cordas melódicas respondia pela diferenciação dos sons. Saltério: dotados de cordas que eram tocadas com bicos-de-pena, um em cada m Também são instrumentos musicais medievais: flautas doces de vários tamanhos; a aveludada flauta medieval; alaúde; gaita de fole; instrumentos de percussão; triangulo e tambores diversos. ( 4 CADERNO – 8º ano ) Após leitura do material, marque com um X a definição correta de cada uma das alternativas. 1. Como os homens vivenciavam a música no período da Pré-história. A) ( ) Em rituais de agradecimento aos deuses ou como forma de pedidos pela proteção, boa caça, entre outros. B) ( ) Nas festas populares. C) ( ) Somente nas guerras; D) ( ) Vivenciavam nos momentos de caça e pesca. 2. Como acontecia a música durante a Antiguidade? A) ( ) A música acontecia através dos instrumentos das bandas; B) ( ) Acontecia através da voz, nos rituais religiosos, para comunicar-se com os deuses e com o povo. C) ( ) Acontecia através das danças folclóricas; D) ( ) Acontecia dentro das igrejas; 3. Qual era a função da música para os Romanos? A) ( ) A função da música era agradar aos deuses. B) ( ) Os romanos utilizavam a música na guerra para sinalizar ações dos soldados e tropas e também para cantar hinos as vitórias conquistadas; C) ( ) Somente nas guerras e rituais religiosos; D) ( ) Os romanos utilizavam a músicas somente nas festas. 4. Marque a sequência correta das notas musicais na escala. A) ( ) Dó – Ré – Mi – Sol. B) ( ) Dó – Mi – Si - Lá; C) ( ) Dó –Ré – Mi – Fá- Lá – Si - Sol;D) ( ) Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si. 5. Qual a principal característica do Cantochão ou Canto Gregoriano? Justifique. A) ( ) A principal característica é a utilização da voz acompanhada por um instrumento musical chamado órgão. B) ( ) A principal característica é a utilização do violão. C) ( ) A principal característica é a utilização de instrumentos de bandas marciais; D) ( ) A principal característica é a utilização de instrumentos de sopro; Objeto de Conhecimento: Elementos da Linguagem Musical. O QUE É MÚSICA? A música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a arte das musas) constitui-se basicamente de uma sucessão de sons e silêncios organizados dentro de um período de tempo. É essencialmente uma prática cultural e humana. Não se conhece nenhum grupo humano que não se expresse através de sons organizados, mesmo que não chame a isso de música, como nós ocidentais. Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser considerada uma arte*. A música estava presente na vida dos povos da Antiguidade, como os Egípcios e Gregos. A música desenvolveu-se ao longo da história humana expressando-se como arte, como uma forma de educar, como terapia, como ritual ou como entretenimento. Tem presença central em diversas atividades coletivas e sociais, como os rituais religiosos, as festas e funerais. A música pode ser considerada uma linguagem, a “linguagem dos sons”, pois constrói significados que são compartilhados social e historicamente. O Som e seus Parâmetros Os sons têm, basicamente, quatro qualidades: altura, duração, intensidade e timbre. ALTURA é a capacidade que o som tem de ser mais grave ou agudo. Depende da frequência da onda sonora, medida em hertz. É o movimento de subida e descida dos sons que cria as melodias musicais. As chamadas ESCALAS possuem estreita relação com o parâmetro da altura. A escala de Dó (Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si) é uma organização 2 CADERNO – 9º ano de frequências de onda, criada dentro de nossa cultura ocidental. A nota lá, por exemplo, possui uma frequência de 440 hertz, ou seja, uma frequência de onda sonora de 440 ciclos por segundo. Existem diferentes organizações escalares. No Japão e China, a tradição é utilizar uma escala de 5 sons, chamada de ESCALA PENTATÔNICA: Dó – Ré – Mi – Sol – Lá. ALTURA é a capacidade que o som tem de ser mais grave ou agudo. Depende da freqüência da onda sonora, medida em hertz. É o movimento de subida e descida dos sons que cria as melodias musicais. Na China e oriente em geral, usa-se a escala pentatônica. Na índia, onde o sitar*, instrumento de corda dedilhada é tradicional, existem escalas de até 24 sons! 13 CURIOSIDADES Os elefantes emitem sons abaixo de 20 hertz, infra-sons, inaudíveis para o homem. Já os morcegos, gatos e cachorros ouvem sons acima de 20.000 hertz, os chamados ultra-sons. DURAÇÃO é a capacidade que o som tem de ser mais longo ou curto; é a seqüência de sons com durações diferentes que cria os diferentes ritmos musicais. O parâmetro da duração se relaciona intimamente com o TEMPO. A duração de um som depende do tempo de vibração da fonte sonora, o que nos leva ao conceito de ressonância. Alguns sons possuem ressonância curta, outros, possuem ressonância longa. A música ocidental desenvolveu maneiras de grafar as durações, as chamadas figuras de duração (semibreve, mínima, semínima...): INTENSIDADE é a capacidade que o som tem de ser mais forte ou fraco. Os sons de qualquer natureza podem-se tornar insuportáveis quando emitidos em grande "volume", neste caso, o mais correto é dizer-se que esse determinado som possui nível elevado de pressão sonora, ou elevada intensidade. A medida utilizada para a intensidade dos sons, ou o volume dos sons é o DECIBEL. O decibel é muito usado na medida da intensidade de sons. Cuidados com os níveis sonoros Exemplo de alguns sons considerados como ruídos simples do nosso dia-a-dia e seu nível sonoro em decibéis (dB). A partir do nível de pressão sonora de 85 dB são potencialmente danosos aos ouvidos, principalmente se o contato com tais sons durarem mais de 8 horas: Cuidados com os níveis sonoros Exemplo de alguns sons considerados como ruídos simples do nosso dia- a-dia e seu nível sonoro em decibéis (dB). A partir do nível de pressão sonora de 85 dB são potencialmente danosos aos ouvidos, principalmente se o contato com tais sons durarem mais de 8 horas: · O ruído de uma sala de estar chega a 40dB; · Um grupo de amigos conversando em tom normal ( CADERNO – 9º ano 3 )chega a 55dB; · O ruído de um escritório chega a quase 64dB; · Um caminhão pesado em circulação chega a 74dB; · Em algumas creches foram encontrados níveis de ruído superiores a 75dB; · O tráfego de uma avenida de grande movimento pode chegar aos 85dB; · O som dos trios elétricos tem em média de 110 dB; · O tráfego de uma avenida com grande movimento em obras com britadeiras até 120dB; · A turbina de avião chega a 120 dB. · As bombas recreativas podem proporcionar até 140 dB; A poluição sonora atrapalha diferentes atividades humanas, independentemente dos níveis sonoros serem potencialmente agressores aos ouvidos, a poluição sonora pode, em alguns indivíduos, causar estresse, e com isto, interferir na comunicação falada, base da convivência humana, perturbar o sono, o descanso e a relaxamento, impedir a concentração e aprendizagem, 16 e o que é considerado mais grave, criar estado de cansaço e tensão que podem afetar significativamente o sistema nervoso e cardiovascular. TIMBRE é a qualidade de diferenciar instrumentos e vozes uns dos outros. Em música, chama-se timbre à característica sonora que nos permite distinguir se sons de mesma frequência foram produzidos por fontes sonoras conhecidas e que nos permite diferenciá-las. Quando ouvimos, por exemplo, uma nota tocada por um piano e a mesma nota (uma nota com a mesma altura – entenda-se frequência) produzida por um violino, podemos imediatamente identificar os dois sons como tendo a mesma frequência, mas com características sonoras muito distintas. O que nos permite diferenciar os dois sons é o timbre. De forma simplificada podemos considerar que o timbre é como a impressão digital sonora de um instrumento ou a qualidade de vibração vocal. Combinando de diferentes formas a altura, a duração, a intensidade e o timbre dos sons, os seres humanos criaram as mais variadas espécies de músicas, com diferentes formas, estilos e propósitos, dependendo de seus significados culturais. ( 4 CADERNO – 9º ano ) Após leitura do material, marque com um X a definição de cada um desses parâmetros. 1. Altura é o parâmetro do som que: A) ( ) Define se um som é forte ou fraco B) ( ) Define se um som é agudo, médio ou grave C) ( ) Define se um som é longo ou curto D) ( ) Define o material de que é feita a fonte sonora; 2. Duração: É o parâmetro do som que: A) ( ) Define se um som é forte ou fraco B) ( ) Define se um som é agudo, médio ou grave C) ( ) Define se um som é longo ou curto D) ( ) Define o material de que é feita a fonte sonora 3. Intensidade: É o parâmetro do som que: A) ( ) Define se um som é forte ou fraco B) ( ) Define se um som é agudo, médio ou grave C) ( ) Define se um som é longo ou curto 32 D) ( ) Define o material de que é feita a fonte sonora. 4. Timbre é o parâmetro do som que: A) ( ) Define se um som é forte ou fraco B) ( ) Define se um som é agudo, médio ou grave C) ( ) Define se um som é longo ou curto D) ( ) Define o material de que é feita a fonte sonora 5. Assinale V para as alternativas verdadeiras e F para as alternativas falsas: A) ( ) O parâmetro da altura se relaciona as escalas musicais. B) ( ) A altura é medida em Decibéis. C) ( ) Todas as culturas organizam o parâmetro da altura da mesma forma. D) ( ) As escalas pentatônicas são muito utilizadas nas culturas orientais. E) ( ) Na Índia as alturas são organizadas em escala maior, como por exemplo a sequência Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si.
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