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Farmacologia Módulo 9 - Parte I - O que é o diabetes

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FARMACOLOGIA BÁSICA – Nível Técnico
Conteúdos voltados para os Cursos Técnicos 
de Farmácia e Enfermagem
MÓDULO 9 - PARTE I
O QUE É O DIABETES
Conceito e Principais Complicações 
Prof.ª Vera Lúcia Pivello
Diabetes e uma palavra de origem grega que quer dizer sifão;
E porque “sifão”?
Porque o doente sente muita sede... e urina muito!
DIABETES - CONCEITO
E o que tem a ver a sede e a urina com o diabetes?
Bem, isso acontece porque havia glicose demais no sangue desse 
indivíduo... e essa glicose precisa ser eliminada, o que acontece pela urina.
... A glicose é um açúcar que extraímos da alimentação, e é absorvida para a 
corrente sanguínea, após a digestão ;
• Uma vez no sangue, essa glicose deve ser enviada para as células do 
corpo, pois glicose e oxigênio (obtido do ar, na respiração) são as fontes 
para que nossas células obtenham energia, para realizarem todas as suas 
funções;
• Recordando, as células são as menores unidades funcionantes do nosso 
organismo – cada célula é uma pequena usina, que executa funções 
especializadas, de acordo com o tipo de tecido onde ela está;
• E tecidos são reuniões de células com a mesma estrutura e mesma 
função.
DIABETES - CONCEITO
 Assim, temos as células epiteliais (na pele) as células sanguíneas, células 
ósseas, células musculares (são 3 tipos de células musculares), células 
nervosas (chamadas neurônios) todas formando tecidos;
Célula óssea Células do sangue (glóbulos 
vermelhos e glóbulos brancos) 
Célula nervosa 
(neurônio)
Células musculares
Células epiteliais
Células do 
nosso corpo
Exemplos de células do corpo, que reunidas, formam os tecidos – os grandes 
grupos de tecidos são o epitelial, o conjuntivo, o muscular e o nervoso.
RECORDANDO: CÉLULAS E TECIDOS
• Se a glicose permanece no sangue acima de um limite aceitável e não é 
transportada para os tecidos, isso prejudica tanto os vasos sanguíneos, 
como as células e tecidos do corpo, que não são alimentados, não podem 
trabalhar direito... 
• E nosso corpo não produz energia!
Glicose
Corrente sanguínea
Tecido do corpo
Veja, o desenho acima mostra que a glicose não está conseguindo 
passar para os tecidos – essa dificuldade ocorre na falta de insulina, 
hormônio que regula a quantidade de açúcar no sangue.
RECORDANDO: CÉLULAS E TECIDOS
• E quando a glicose não consegue ser transportada para os tecidos e fica 
em excesso no sangue, o organismo precisa expulsá-la, fazendo isso pela 
urina, como vimos;
• Agora dá para entender o que dissemos no início do Módulo:
• O organismo tenta eliminar a glicose em excesso – para conseguir, é 
preciso tomar mais líquido para formar mais urina, e expulsar a glicose 
junto.
DIABETES - CONCEITO
Insulina e Glucagon
 Insulina: é um hormônio produzido em ilhotas de células existentes no 
pâncreas, as células beta; já as células alfa, também presentes no 
pâncreas, produzem o glucagon; 
 O glucagon tem ação contrária à da insulina: enquanto a insulina estimula 
a saída da glicose do sangue, o glucagon estimula a entrada da glicose para 
o sangue, retirando-a de reservas que temos no fígado;
Tecido do pâncreas
Ilhotas do pâncreas: 
células alfa (produzem 
glucagon) e células beta 
(produzem insulina) 
MAS... E O QUE É A INSULINA? E O GLUCAGON?
Insulina e Glucagon
• Para as pessoas sem diabetes, basta haver aumento da glicemia (glicose no 
sangue, após a alimentação), que o pâncreas estimula a liberação da insulina 
para a circulação;
• Já o glucagon é produzido pelo pâncreas quando a glicose no sangue está 
baixa, como acontece, por exemplo, num período de jejum – essa glicose é 
conseguida a partir da reserva que temos no fígado, o glicogênio. 
Glucagon
Insulina
 O glicogênio é formado por “pacotinhos” de glicose, 
que ficam armazenados no fígado, e são 
disponibilizados para o sangue (pelo glucagon) quando 
a glicemia está baixa;
 Então, quando um deles decresce, o outro aumenta, 
para manter o equilíbrio da glicose no sangue.
MAS... E O QUE É A INSULINA? E O GLUCAGON?
Insulina e Glucagon
 Com tais explicações, é possível compreender mais dois conceitos: 
 A hiperglicemia, que ocorre quando a glicose no sangue está aumentada: 
ou pela falta da insulina, ou porque se tem a insulina, mas não é possível 
aproveitá-la ( que se chama de resistência à insulina);
 E a hipoglicemia, quando o indivíduo está em jejum por período 
prolongado, ou, quando ele tem diabetes e tomou insulina ou medicação 
oral em dose exagerada;
 Ambas podem ser graves, e daí a necessidade de manter a glicemia 
controlada, dentro dos níveis considerados normais (vamos ver quais são 
esses níveis ao avançarmos mais um pouco).
INSULINA E GLUCAGON...
Insulina e Glucagon
• O indivíduo diabético pode viver as duas situações: se ele não produz, 
ou produz pouca insulina (ou ainda, se ele a produz e a insulina não 
consegue ser aproveitada para retirar a glicose do sangue), ele terá 
níveis aumentados de glicose sanguínea – está vivendo a 
hiperglicemia – é o que acontece quando ele não sabe que é 
diabético, ou sabe mas não faz o controle adequado;
• Ou quando, no tratamento, ele tomou insulina ou medicação oral em 
doses maiores do que precisava, ou tomou a medicação mas não se 
alimentou - ele poderá desenvolver a hipoglicemia – vamos ver os 
sintomas de cada uma logo mais à frente!
Diabetes, 
eu???
INSULINA E GLUCAGON...
Agora, já temos condições de fazer uma definição do Diabetes 
(Diabetes Mellitus)
“Doença caracterizada pela elevação persistente da glicose no sangue. 
Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação da insulina, 
ou por ambos os mecanismos, resultando em acúmulo de glicose 
no sangue (hiperglicemia)”
(Baseado em: Sociedade Brasileira de Diabetes– 2019-2020)
DIABETES - CONCEITO
O diabetes é uma síndrome, pois afeta o organismo como um todo!
Uma Síndrome se refere a um grupo de sinais e sintomas;
No caso do diabetes, todo esse prejuízo ocorre pela destruição das células 
beta do pâncreas (produtoras de insulina), ou por falhas no
aproveitamento da insulina.
E o diabetes caracteriza-se por:
 Hiperglicemia;
 Danos em vários órgãos e estruturas.
DIABETES – CONTINUANDO A EXPLICAR...
Glicemia
• Antes de continuar, vamos explicar que glicemia é a quantidade de 
açúcar (glicose) no sangue;
• Essa quantidade é medida em miligramas de glicose por decilitro 
de sangue (mg glicose/dL de sangue).
• A glicose é disponibilizada no sangue por meio da alimentação, 
especialmente pelos carboidratos , como as massas, pães, doces, 
cereais por ex.;
DIABETES – CONTINUANDO A EXPLICAR...
https://www.diabetes.org.br/publico/conhecendo-nutrientes/763-carboidratos-o-grande-combustivel-do-nosso-organismo
Carboidratos
Glicemia
• Essa quantidade de glicose não pode subir muito (seria a 
hiperglicemia, que indica diabetes)...
• ... E também não pode cair muito - seria a hipoglicemia, que 
também pode ser perigosa – a falta de glicose em estruturas 
importantes, como o cérebro, podem causar um risco grande ao 
paciente!
DIABETES – CONTINUANDO A EXPLICAR...
1º) Diabetes tipo 1 (DM1) 
 Ocorre por destruição das células beta do pâncreas (processo 
autoimune): necessita da administração de insulina.
 Ocorre, com maior frequência, na criança ou jovem;
 Tem início rápido (semanas a poucos meses), com sede e diurese 
intensas, fome, emagrecimento, cansaço.
DIABETES – CLASSIFICAÇÃO
https://www.ufrgs.br/lidia-diabetes/forums/users/imuni/
2º ) Diabetes tipo 2 (DM2)
 A insulina produzida é insuficiente, ou não consegue ser aproveitada 
(= resistência à Insulina);
 Tem instalação mais lenta (até anos);
 Controlada com medicação oral, mas pode necessitar de insulina, na 
evolução da doença;
 Associada ao aumento de peso e aos outros componentes da 
Síndrome Metabólica (SM).
 Síndrome Metabólica? O que é isso? 
DIABETES – CLASSIFICAÇÃO
Conjunto de sinais e sintomas – no caso do diabetes, considera-seque a 
SM está presente se houver 3 das 5 condições (fatores de risco):
1º) Obesidade central;
2º) Hipertensão Arterial;
3º) Glicemia alterada, ou Diabetes 
4º) Triglicerídeos > 150 mg/dL sangue;
5º) HDL colesterol < 40 mg/dL (homens) e <50 (mulheres).
https://www.mdsaude.com/obesidade/obesidade-e-sindrome-metabolica/
A obesidade central (esq.) é mais perigosa que a 
forma periférica, pois atinge órgãos importantes
SÍNDROME METABÓLICA
3º ) Diabetes gestacional
 Diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada na gestação 
(intensidade variável);
 Pode permanecer após o parto, ou retornar anos depois; 
 A mulher que teve diabetes durante a gestação precisa fazer 
acompanhamento cuidadoso em relação a um possível retorno, de 
forma permanente.
DIABETES – CLASSIFICAÇÃO
Categoria Jejum Glicose 2 h após 
sobrecarga c/75 
g de glicose
Glicose ao acaso Hemoglobina 
glicada 
HbA1c (%)
Glicemia normal < 100 < 140 - < 5,7
Pré-diabetes ou 
risco aumentado 
para DM
 100 e < 126*  140 e < 200** - ≥ 5,7 e < 6,5
Diabetes 
estabelecido
 126  200 ≥ 200 com sintomas 
inequívocos de 
hiperglicemia
≥ 6,5
OMS: Organização Mundial da Saúde; 
HbA1c: hemoglobina glicada; 
DM: diabetes mellitus;
*Categoria também conhecida como glicemia de jejum alterada. 
**Categoria também conhecida como intolerância oral à glicose.
Critérios laboratoriais para diagnóstico de glicemia normal (normoglicemia), 
pré-diabetes e DM, adotados pela SBD (em mg glicose/dL sangue).
Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) – Diretrizes 2019-2020
DIABETES – VALORES LABORATORIAIS
Exames Laboratoriais Mais Comuns para
Investigação da Glicemia Alterada / Diabetes
 Glicemia de Jejum – após jejum de 8-12 horas;
 Teste oral de tolerância à Glicose (TTG-75 g) – glicemia medida antes e 
após 2 h da ingestão de 75 g de glicose;
 Hemoglobina Glicada (A1c ou HbA1c) – para verificação da glicemia a 
médio prazo (2 a 3 meses anteriores ao exame): a hemácia fica 
“marcada” pela glicose e pode ser visualizada no exame.
Meta: HbA1c < 6,5%
DIABETES – EXAMES
 Idade > 45 anos; 
 Sobrepeso: IMC>25; cintura abdominal > 88 cm (mulheres) e 102cm 
(homens);
 Antecedente familiar de DM2 (mãe ou pai);
 Diabetes gestacional;
Glicemia de jejum:  100 e <126 mg/dL; 
Tolerância à glicose:  140 e < 200 mg/dL;
 Hipertensão: PA > 140 x 90 mm Hg (“14 x 9”);
 Colesterol elevado (HDL < 35 mg/dL; e/ou TG 150);
 Doença cardiovascular ou AVC (acidente vascular cerebral – “derrame”);
 Síndrome dos ovários policísticos (androgênios e resistência à 
insulina).
Pré-diabetes
DIABETES – FATORES QUE AUMENTAM SEU RISCO
Hipoglicemia
Glicemia abaixo de 60-70 mg/dL;
Deve-se a:
 Não alimentação, ou intervalo muito grande sem se alimentar;
 Exercícios intensos;
 Uso recente de insulina, ou troca de insulina;
 Uso de sulfonilureias (glibenclamida, glimepirida);
 Outros medicamentos (ex. betabloqueadores, AINEs);
 Ingestão de álcool (principalmente sem alimentação).
COMPLICAÇÕES AGUDAS DO DIABETES 
Hipoglicemia – Sintomas
 Fome, tontura, dor de cabeça, perda de consciência.
Respostas contrarregulatórias do organismo
O organismo tenta “reverter” essa falta de glicose, por meio da:
 Ativação do SN Simpático: taquicardia (palpitação), tremor, ansiedade;
 Estímulo da liberação do glucagon (que repõe glicose p/o sangue, a partir 
de reservas existentes no fígado);
 Liberação de cortisol e hormônio do crescimento (GH).
Hipoglicemia 
leve
Hipoglicemia moderada
Hipoglicemia severa
COMPLICAÇÕES AGUDAS DO DIABETES 
Hipoglicemia – Condutas
 Consumo de carboidrato de rápida absorção (balas, bombons, biscoito 
doce, tablete de glicose);
 Treinar a medição da glicemia capilar com aparelho de autoteste;
 Treinar familiares para administração de glucagon subcutâneo, na 
hipoglicemia grave;
 Portar informação nos documentos, avisando tratar-se de pessoa 
diabética.
COMPLICAÇÕES AGUDAS DO DIABETES 
 Medição da glicemia capilar com aparelho de autoteste;
 É chamada de “capilar” porque o sangue é obtido dos 
capilares, pequenos vasos das pontas dos dedos.
Coma
 No Diabetes não-controlado
 Pode ocorrer pelo nível muito baixo de glicemia – coma hipoglicêmico
(< 40 mg/dL)
 Ou pelo nível elevado de glicemia (400-600 mg/dL) – coma
hiperglicêmico.
COMPLICAÇÕES AGUDAS DO DIABETES 
Hiperglicemia - Cetoacidose Diabética
 É uma complicação grave (mais comum no DM1);
 Trata-se de deficiência profunda de insulina e impossibilidade de 
utilizar a glicose  o organismo passa a “quebrar” ácidos graxos 
(gorduras), para usá-los como fonte de energia;
 Essa quebra produz corpos cetônicos (cetonas) e em excesso, 
acidose, ou cetoacidose (aumento do nível de acidez no sangue 
devido a essas cetonas);
 Na cetoacidose, ocorre muita sede, hálito de frutas/acetona, 
náuseas, desidratação, confusão mental, coma.
COMPLICAÇÕES AGUDAS DO DIABETES 
Hiperglicemia - Síndrome Hiperosmolar
 Hiperglicemia grave: 600-800mg/dL (+ comum no DM2);
 Desidratação profunda, pela diurese persistente;
 O organismo tenta “expulsar” a glicose em excesso, usando a água 
corporal;
 A presença de cetonas é menor na síndrome hiperosmolar, do que 
na cetoacidose (pois ainda há insulina) – mesmo assim, pode 
haver desidratação e perda da consciência.
COMPLICAÇÕES AGUDAS DO DIABETES 
 Podem ocorrer tanto no DM1 como no DM2 – no diabetes não 
controlado, a glicose aumenta no sangue e fica “faltando” nos 
músculos e outros tecidos do corpo;
 Essa alimentação deficiente (falta de glicose) se dá devido à falta da 
insulina – que é responsável por transportar a glicose do sangue para 
os tecidos;
 Assim, estruturas como nervos, vasos sanguíneos, olhos, rins, ficam 
com suas funções prejudicadas, causando a neuropatia, retinopatia, e 
nefropatia, que vamos ver a seguir...
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DO DIABETES 
 ... Mas o organismo todo sofre com o mau controle da 
glicemia – vamos ver apenas algumas estruturas onde seus 
efeitos são sentidos, no nosso estudo.
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DO DIABETES 
Estruturas atingidas 
pelo mau controle da 
glicemia / diabetes
Baseado em: https://saude.novartis.com.br/diabetes-
tipo2/infogrdados/edemamaculardiabetico-infogr/galeria3-3.html
https://saude.novartis.com.br/diabetes-tipo2/infogrdados/edemamaculardiabetico-infogr/galeria3-3.html
Angiopatia Diabética (Micro e Macroangiopatia)
Complicações nos vasos sanguíneos (devidas às variações constantes 
do nível de glicose), que causam deficiência de fluxo sanguíneo 
(isquemia)  fragilidade e mau funcionamento dos vasos.
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DO DIABETES 
A alimentação deficiente 
de glicose afeta os vasos 
sanguíneos, que se 
estreitam, prejudicando 
sua função de transportar 
oxigênio e nutrientes para 
todos os órgãos do corpo
Baseado em: 
https://www.bauerfeind.it/it_it/approfondimenti/diagnosi-
e-terapia/il-diabete/angiopatia-diabetica
https://www.bauerfeind.it/it_it/approfondimenti/diagnosi-e-terapia/il-diabete/angiopatia-diabetica
Microangiopatia
 Atinge pequenos vasos e capilares, especialmente da retina e rins; 
 É característica do diabetes; 
 Reduz a capacidade de vasodilatação;
 Aumenta o risco de agregação plaquetária (e entupimentos dos 
vasos). 
Macroangiopatia
 Nos grandes vasos (artérias cerebrais, coronárias e dos membros 
inferiores).
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DO DIABETES 
Neuropatia Diabética
 Os nervos periféricos, que levam informações ao cérebro e trazem as 
respostas, sofrem danos pela falta de glicose causada pelo diabetes –
essa má condição dos nervos prejudica suas funções;
A neuropatia causa:
 Formigamento, parestesia (dormência);
 Dor, queimação, “agulhadas” (piorando ao deitar);
 Disfunção erétil, gastroparesia (perda da motilidade gástrica), bexiga 
neurogênica (excesso ou redução da atividade da bexiga).
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DO DIABETES 
http://www.minutoenfermagem.com.br/posta
gens/2016/05/31/neuropatia-diabetica/Retinopatia Diabética
 No DM1 e DM2 – a retinopatia é assintomática, no início;
 A “falta de alimentação” (falta de glicose) causa danos nos pequenos 
vasos da retina, podendo evoluir para perda da visão;
 Isso pode acontecer com qualquer tipo de diabetes: deve haver 
acompanhamento oftalmológico anual, ou com frequência maior.
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DO DIABETES 
De: https://www.oftalmolaser.med.br/diagnosticos/diabetes-retinopatia-diabetica/
Lesões devidas à retinopatia 
(figura à direita)
https://www.oftalmolaser.med.br/diagnosticos/diabetes-retinopatia-diabetica/
Nefropatia Diabética
 Deterioração lenta e progressiva da função renal:
 O aumento da PA é comum no início;
 Ocorre aumento de infecções urinárias;
 O volume renal não se altera; não há dor;
 Estágio avançado: hemodiálise; transplante renal.
 Avaliação periódica da creatinina (também da ureia)
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DO DIABETES 
Rins
https://www.diabetesevoce.com.br/blog/nefro
patia-diabetica-causas-sintomas-diagnostico/
Pé Diabético
Ulceração / infecção, com destruição dos tecidos moles, pela má 
circulação e disfunções metabólicas do diabetes.
Pé diabético - necrose do 2°
pododáctilo
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci
_arttext&pid=S1677-54492011000600001
Pé diabético - dedos em 
garra
https://www.scielo.br/scielo.php?script
=sci_arttext&pid=S1677-
54492011000600001
Pé diabético – úlcera plantar
https://www.ufrgs.br/lidia-
diabetes/2018/04/28/pe-diabetico/
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DO DIABETES 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-54492011000600001
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-54492011000600001
https://www.ufrgs.br/lidia-diabetes/2018/04/28/pe-diabetico/
Pé Diabético – Cuidados com os pés
 Inspeção diária para ferimentos, rachaduras, frieiras;
 Lavar os pés diariamente com água morna (nunca quente); 
enxugá-los bem;
 Usar hidratantes suaves;
 Trocas as meias diariamente; não usar meias sintéticas e com 
costuras grossas;
 Cortar as unhas em linha reta;
 Usar calçados confortáveis, que não apertem ou provoquem suor 
excessivo (plásticos).
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DO DIABETES 
A hiperglicemia no diabetes mal controlado afeta o sistema 
imunológico, que passa a funcionar com menor eficiência; as 
infecções afetam , mais comumente, as estruturas descritas a 
seguir, como:
 Trato respiratório (pneumonias);
 Trato geniturinário (infecções fúngicas, com prurido vulvar, 
irritação peniana);
 Infecções em parte moles (pé diabético; abcessos, celulites, 
erisipelas);
 Periodontite (infecções odontológicas).
DIABETES X AUMENTO DE INFECÇÕES
Gengiva saudável Periodontite avançada
De: http://www.duereabilitacoesorais.com.br/2018/10/29/voce-sabe-o-que-e-periodontite/
http://www.duereabilitacoesorais.com.br/2018/10/29/voce-sabe-o-que-e-periodontite/
FONTES DE CONSULTA
• AGUIAR, L. G. K.; VILLELA, N. R.;BOUSKELA, E. A microcirculação no diabetes: as implicações nas complicações crônicas e 
tratamento da doença. Arq Bras Endocrinol Metab. v. 51, n.2, São Paulo . 2007. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S000427302007000200009&script=sci_arttext&tlng=pt.
• CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO (CRF-SP); ORGANIZAÇÃO PAN AMERICANA DE SAÚDE (OPAS). 
Manejo do tratamento de pacientes com diabetes. Fascículo VII; Projeto Farmácia Estabelecimento de Saúde, 2011.
• MINNEMAN, K. P.; WECKER, L. W. Brody – Farmacologia humana. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2005. 
• MARQUES, L. A. M. Atenção farmacêutica em distúrbios maiores. 2º ed. São Paulo: Medfarma, 2013.
• PIVELLO, V. L. Farmacologia: como agem os medicamentos. Edição revista. São Paulo: Atheneu; 2017.
• ROCHA, J. L. L. et al. Aspectos relevantes da interface entre diabetes mellitus e infecção. Arq Bras Endocrinol Metab., v. 46, n. 3, 
jun 2002. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S000427302002000300004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt.. 
• SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes SBD 2019-2020. Disponível em: 
https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/DIRETRIZES-COMPLETA-2019-2020.pdf.
• SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA. Projeto Diretrizes - Crises hiperglicêmicas agudas:diagnóstico e 
tratamento. 2011. Disponível em: 
http://www.projetodiretrizes.org.br/diretrizes10/crises_hiperglicemicas_agudas_diagnostico_e_tratamento.pdf.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S000427302007000200009&script=sci_arttext&tlng=pt
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S000427302002000300004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt
https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/DIRETRIZES-COMPLETA-2019-2020.pdf
http://www.projetodiretrizes.org.br/diretrizes10/crises_hiperglicemicas_agudas_diagnostico_e_tratamento.pdf

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