Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MayaraKelly Todas as lesões aos órgãos iniciam com alterações moleculares e estruturais As células sofrem de alterações bioquímicas e morfológicas sequenciais até formar a necrose Etiopatogênese das lesões Agentes agressivos, lesivos Internos ou externos Ação direta Processo de invasão celular imediato Efeito citopático = contato com a célula já causa morte celular Ação indireta Alguma substância entra no corpo, há liberação de toxinas = reação inflamatória Duração da lesão celular A depender do tempo as células podem ter a função restaurada (lesão reversível), adaptada (adaptação) ou pode haver a morte (morte celular) Lesão celular MayaraKelly Lesão celular reversível Nos estágios iniciais ou nas formas leves de lesão Características bioquímicas iniciais Depleção (redução) de ATP Inchaço celular (tumefação) Falha na bomba de íons dependente de ATP Alterações nas organelas celulares Estímulo contínuo = morte celular Causas Hipóxia Privação de oxigênio para células Causa lesão celular por redução da respiração oxidativa aeróbica Deixa de produzir ATP Saturação: quanto de oxigênio está chegando às extremidades Isquemia: redução do suprimento de sanguíneo Diferente de hipóxia Consequências da hipóxia: Insuficiência cardiorrespiratória: oxigenação inadequada do sangue Anemia falciforme, envenenamento por CO: redução do transporte de O2 Após perda sanguínea grave: falha nas enzimas oxidativas Agentes físicos Trauma mecânico Variações extremas de temperatura Choque elétrico Fraturas Agentes químicos Drogas prejudiciais Venenos Substâncias tóxicas Substâncias simples em excesso (glicose ou sal) Agentes biológicos (infecciosos) Microrganismos Bactérias, fungos, parasitos, vírus Distúrbios genéticos Mutações genéticas Síndrome de Down Anemia falciforme Desequilíbrios nutricionais Avitaminoses e hipervitaminoses Deficiência protéico-calórica Obesidade: excesso de colesterol Distúrbios dos mecanismos imunes Hipersensibilidade: reações alérgicas Doenças auto-imunes Inflamação crônica Envelhecimento ou senescência Atrofia celular Alterações morfológicas Durante a lesão Tumefação Destacamento do RE Formação de bolhas na MP Cromatina nuclear Implicações: Respiração aeróbica Membranas celulares Síntese de proteínas Citoesqueleto MayaraKelly Aparato genético da célula Alterações bioquímicas Durante a lesão Ocorre por uma série de eventos Efeito cascata Diminuição de ATP Provocada por venenos, hipóxia 1. Inibição da Fosforilação Oxidativa e das bombas de sódio/potássio Causa edema celular/mitocondrial (tumefação) 2. Acúmulo do sódio dentro da célula (sódio "puxa" água) 3. Inibição da bomba de Ca- Perda da homeostase do cálcio 4. O cálcio se acumula no interior da célula 5. Ativação de enzimas que irão destruir a célula 6. Redução da síntese de proteínas 7. Redução do pH 8. Célula ácida Ativação dos mecanismos de destruição da célula Lesão mitocondrial Mitocôndrias danificadas pelo grande influxo de Ca2+ Redução da produção de ATP Canais de alta contundância Perda do potencial de membrana da mitocôndria Saída de enzimas importantes Citocromo C e proteínas que ativam indiretamente enzimas que induzem apoptose MayaraKelly Acúmulo de radicais livres ERO - Espécies Reativas do Oxigênio Lesão química e por radiação, lesão de isquemia-reperfusão, envelhecimento celular e destruição dos micróbios elos fagócitos Espécies químicas que possuem apenas 1 elétron na órbita externa Defeitos na permeabilidade da membrana Necrose Morte celular ocorrida em organismo vivo e seguida de fenômenos de autólise (digestão da própria célula) Alterações morfológicas que ocorrem após a morte celular em um tecido vivo Relação macroscópica e histológica da morte celular Caso haja alguma agressão suficientemente forte para interromper as funções vitais 1. Os lisossomos perdem a capacidade de conter as hidrolases no seu interior e saem para o citosol 2. Ativadas pelas altas concentrações de Ca2+ e iniciam a autólise Etiologia da Necrose Qualquer agente, desde que a agressão seja intensa, contínua ou não Que ultrapasse os limites da adaptação celular Alterações morfológicas Inflamação Eosinofilia aumentada Propriedade de se corar facilmente com a eosina Lâmina muito mais rosa Perda do RNA citoplasmático e proteínas desnaturadas Citoplasma vacuolizado Organelas digeridas Figuras de mielina Descontinuidade da membrana plasmática e organelas Dilatação das mitocôndrias Alterações nucleares Cariólise Quase desaparecimento do núcleo Digestão da cromatina O núcleo fica quase imperceptível Picnose Núcleo mais escuro MayaraKelly Intensa contração e condensação da cromatina Cariorrexe Fragmentação e dispersão nuclear no citoplasma Legenda: Alterações morfológicas na lesão celular reversível e necrose. A Túbulos renais normais com células epiteliais viáveis. B Lesão isquêmica inicial (reversível), mostrando em células ocasionais, bolhas na superfície, eosinofilia aumentada do citoplasma e tumefação celular. C Necrose (lesão irreversível) de células epiteliais, com perda dos núcleos, fragmentação das células e extravasamento dos conteúdos Legenda: Características ultraestruturais da lesão reversível e irreversível (necrose) em rim de coelho. A Micrografia eletrônica de uma célula epitelial normal de túbulo proximal renal. Note as abundantes microvilosidades (mv) revestindo a superfície luminal (L). B Célula epitelial de túbulo proximal, mostrando lesão celular inicial resultante de reperfusão após isquemia. As microvilosidades estão ausentes e foram incorporadas no citoplasma apical; bolhas foram formadas e estão expulsas no lúmen. As mitocôndrias estavam ficando tumefeitas durante a isquemia; C Célula de túbulo proximal mostrando lesão tardia, irreversível. Note a acentuada tumefação das mitocôndrias, com depósitos eletron-densos, contendo proteínas e cálcio precipitados. Micrografias da célula, em maior aumento, mostrariam a membrana plasmática rompida e tumefação e fragmentação das organelas. MayaraKelly Tipos de necrose Necrose de coagulação Etiologia: hipóxia e isquemia Preservação dos contornos celulares Desnaturação de proteínas Células anucleadas Mudança de coloração no tecido Típico de qualquer tecido, exceto no cérebro No cérebro ocorre o AVE isquêmico Legenda: A, Infarto renal em forma de cunha (amarelo). B, Aspecto microscópico da borda do infarto, com rim normal (N) e células necróticas no infarto (I), mostrando contornos preservados, com ausência de núcleos e um infiltrado inflamatório (difícil de perceber neste aumento). Necrose de liquefação Etiologia: infecções bacterianas e fúngicas Massa viscosa líquida de consistência mole Liberação de grande quantidade de enzimas lisossômicas Digestão de células mortas Não há contorno celular Destruição e perda tecidual Quando há hipóxia de células do SN: necrose de liquefação Necrose caseosa Etiologia: infecção por Micobacterium Comum nos pacientes com tuberculose Destruição completa da arquitetura tecidual Praticamente não são visíveis os contornos celulares O tecido exibe massa esbranquiçada amorfa MayaraKelly Necrose gomosa Etiologia: infecção pro Treponema palidum Comum em pacientes com sífilis Região com necrose de coagulação Tecido com aspecto de goma de mascar (borracha) Necrose gordurosa Etiologia: extravasamento de enzimas pancreáticas Comum em pacientes com pancreatite Adipócitos com depósito de cálcio Aspecto de "pingo de vela" Reação inflamatória Necrose gangrenosa Etiologia: infecção bacteriana numa necrose coagulação Membro: geralmente a perna Perca do suprimento sanguíneo + infecção por bactérias Gangrena gasosa Ferimentos com oxigenação precária Condições de anaerobiosecapazes de permitir a franca multiplicação de germes do gênero Clostridium Gangrena úmida A infecção e as bactérias invadem tecidos mais profundos após traumas, úlceras do pé ou queimaduras Liberação das toxinas das bactérias de invasão = edema Gangrena seca Aspecto de ressecamento, endurecimento e resfriamento do órgão Coloração: amarelo esverdeado à pardo enegrecido Imagem 1: Gangrena gasosa Imagem 2: Gangrena seca Imagem 3: Gangrena umida MayaraKelly Necrose fibrinóide Acumulo de fibrina Ocorre principalmente nos vasos Necrose hemorrágica Presença de hemorragia no tecido nerosado Complica a eliminação do tecido necrótico Evolução Regeneração órgão capaz de regeneração Cicatrização substituição por tecido conjuntivo Encistamento formação de cápsula que recobre o tecido necrosado Eliminação se a zona de necrose se comunica com o meio externo Calcificação íons Ca+2 se ligam a fosfolipídios de membrana Apoptose Programa de suicídio estritamente regulado no qual as células destinadas a morrer ativam enzimas que degradam seu próprio DNA e as proteínas nucleares e citoplasmáticas MayaraKelly Causas Fisiológicas Embriogênese Involução de tecidos hormônios- dependentes sob privação de hormônio Descamação do endométrio Células inflamatórias Linfócitos Patológicas Lesão de DNA Acumulo de proteínas anormalmente dobradas Morte celular em certas infecções- virais Alterações morfológicas Retração celular Diminuição do tamanho das células Formação de corpos apoptóticos Vesículas em que o material genético está aderido Não induz a inflamação Células responsáveis pela fagocitose das partículas Alterações bioquímicas Ativação das enzimas que irão degradar a célula Caspases Quebra do DNA e de proteínas Alterações na membrana e reconhecimento pelos fagócitos Referências: Slides e anotações da aula https://www.sanarmed.com/resumo-sobre- gangrena-completo-sanarflix Robbins e Cotran. Bases Patológicas das Doenças. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010
Compartilhar