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UNIDADE IV

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- -1
QUÍMICA MEDICINAL AVANÇADA
QUÍMICA MEDICINAL DE CLASSES 
FARMACÊUTICAS
Bruno César de Albuquerque Ugoline
- -2
Olá!
Você está na unidade . Conheça aqui os princípios básicos daQuímica Medicinal de Classes Farmacêuticas
ação de fármacos e os fatores físico-químicos mais relevantes nesse contexto. Será possível conhecer alguns
grupos químicos básicos e suas ações farmacológicas.
Conheça também as principais classes farmacêuticas e compreenda seus mecanismos químicos relacionados à
sua ação. Você vai conhecer os fármacos que agem no sistema nervoso autônomo e central, anti-inflamatórios,
anti-hipertensivos e anti-infecciosos.
E ainda, aprenda como acontecem os registros de patente de medicamentos e conheça como se apresenta a
realidade de patentes no Brasil quando o assunto é medicamentos inovadores.
Bons estudos!
- -3
1 Bases Teóricas Sobre a Ação de Fármacos
A fase farmacodinâmica compreende a ação do fármaco com seu local de ação onde são estabelecidas interações
dos tipos hidrofóbicas, eletrostáticas ou estéricas (BARREIRO; FRAGA, 2008). Acompanharemos a seguir, que os
fármacos terão formas diferentes de interagir com seu receptor ou, até mesmo, com “seus receptores”.
- -4
1.1 Especificidades de Fármacos
Os fármacos estabelecem interações com receptores, necessários para que a resposta biológica aconteça. Dentre
as formas de interação, os fármacos podem ser classificados em inespecíficos e específicos, do ponto de vista
estrutural.
Fármacos
estruturalmente
inespecíficos
são fármacos que agem em diferentes receptores, ou seja, eles não conseguem
realizar uma distinção dos locais de ação. O efeito destes fármacos está
condicionado apenas às suas características físico-químicas, como o coeficiente de
partição e a constante de ionização (pKa). É o caso dos anestésicos gerais (gases
halotano e isoflurano).
Fármacos
estruturalmente
específicos
são fármacos que atuam pela interação seletiva e apropriada para aquele receptor.
É o que demonstra o modelo “chave-fechadura” proposto por Fischer (Figura 1).
Nesse modelo, teríamos três situações conforme o fármaco: o agonista se liga de
forma perfeita no receptor, estabelecendo todas as interações possíveis e levado
ao seu efeito; o segundo seria um agonista modificado que se liga no receptor por
ser muito semelhante ao agonista original, levando a uma resposta também
semelhante; e a terceira seria o caso de uma chave falsa, um antagonista que,
quando ligado na fechadura, a inutilizasse.
- -5
Figura 1 - Figura 1 – Representação do modelo chave-fechadura de reconhecimento do fármaco pelo receptor.
Fonte: Adaptado de Barreiro; Braga, 2008.
 #PraCegoVer: Na imagem, temos um esquema demonstrando três situações: a primeira de uma chave se
ligando em uma fechadura e comparada ao agonista que realizaria todas as interações com o receptor; na
segunda, um grampo se ligando na fechadura, comparado ao agonista modificado se ligando no receptor; e a
terceira um galho sendo inserido na fechadura e obstruindo-a, comparado ao modelo de antagonista do receptor.
Tanto para fármacos específicos ou não específicos, a influência de fatores físico-químicos sobre suas
propriedades de interação com os receptores deve ser considerada.
- -6
1.2 Parâmetros Físico-Químicos e ação Farmacológica
As propriedades físico-químicas dos fármacos interferem diretamente na sua atividade farmacológica, sendo que
alguns parâmetros físico e químicos do fármaco são empregados em fórmulas matemáticas que levam ao
equacionamento de sua relação estrutura atividade. Veremos, agora, quais são esses fatores físico-químicos.
• Solubilidade
A solubilidade mede o grau de atração do fármaco por lipídeos, que são solventes apolares, ou pela água,
solvente polar, e influencia a ação do fármaco desde sua desintegração do medicamento até a chegada ao
receptor. Fármacos solúveis em lipídeos são lipossolúveis, enquanto os fármacos solúveis em água são
hidrossolúveis.
• Coeficiente de partição (P)
Este parâmetro é definido como a razão entre a solubilidade do fármaco em uma fase lipídica (orgânica) e um
fase aquosa. É a medida que expressa a lipossolubilidade da molécula, que sua derivação origina o . EsteLog P
parâmetro é essencial para a atividade do fármaco, pois influencia diretamente na sua passagem por membranas
biológicas, que são lipídicas. Quanto maior for Log P do fármaco, maior será sua afinidade pela fase lipídica, o
que acarreta na sua melhor passagem por membranas biológicas e maior biodisponibilidade.
• Ionização
A capacidade dos fármacos de perderem ou de ganharem prótons, ou seja, de serem ácidos ou bases fracas
dependem de uma constante conhecida como ou .pKa constante de ionização
Esta constante fornece, com base na estrutura do fármaco e no pH do meio onde ele se encontra, a concentração
de moléculas que estarão na e na . De forma geral, os fármacos atravessamforma ionizada forma não ionizada
as membranas celulares na sua forma não ionizada, ou seja, íntegros; porém ao serem absorvidos atuam em seus
respectivos receptores na forma ionizada. Um exemplo é o fármaco anti-inflamatório piroxicam.
• Parâmetros estéricos
São parâmetros que representam o formato e tamanho de um grupo quando inserido no fármaco protótipo, ou
seja, o quanto que a inserção de um novo grupo pode interferir no volume da molécula. O impedimento estérico
é um dos mecanismos mais comuns de modificação de fármacos.
A inserção de um grupo pode impedir a ação de um fármaco comprometendo seu encaixe no receptor; ou
também pode agir como um bloqueador do mesmo, quando se busca esse objetivo; como já vimos no modelo
“chave-fechadura”.
• Estereoquímica
A estereoquímica considera a propriedade da molécula do fármaco em apresentar centros quirais, gerando
isômeros que são um o reflexo do outro, os . (SOLOMONS; FRYHLE, 2001). Os enantiômeros nãoenantiômeros
se convertem um no outro de forma espontânea, fazendo isso só por meio de reações químicas
•
•
•
•
•
- -7
Segundo Korolkovas (1982), a existência de enantiômeros de fármacos e seus efeitos farmacológicos comprovou
a especificidade de receptores para cada um deles. Um exemplo relevante sobre os efeitos de enântiômeros, é o
da talidomida, que apresentava dois enantiômeros, sendo um responsável pelo efeito sedativo e outro pelos
efeitos teratogênicos que levavam à má formação de fetos na gravidez.
- -8
2 Classes Terapêuticas relevantes> Fármacos Atuantes no 
Sistema Nervoso
O sistema nervoso humano controla as funções corporais e se divide em , cujossistema nervoso central (SNC)
centros de controle estão no encéfalo e medula espinhal; e , que se subdivide em sistema nervoso periférico 
 (voluntário) e (involuntário) esistema nervoso periférico somático sistema nervoso periférico autônomo
está distribuído entre os gânglios e nervos pelo corpo. A seguir, veremos as classes de fármacos que agem nessas
subdivisões do sistema nervoso.
- -9
2.1 Fármacos Atuantes no Sistema Nervoso Autônomo
Os fármacos atuam no sistema nervoso periférico, especificamente nos órgãos e nervos, estimulando bloqueando
as terminações nas sinapses, que são as comunicações celulares entre neurônios; ou nas junções neuroefetoras
que são comunicações entre nervos e placas musculares (GOODMAN;GILMAN, 2006).
• Simpatomiméticos ou Adrenérgicos
São fármacos estimulantes do sistema nervoso autônomo simpático. Dentre as aplicações clínicas mais comuns,
estão os agentes vasopressores, broncodilatadores, descongestionantes nasais e oftálmicos, midriáticos,
antiarrítmicos e estimulantes do SNC (GOODMAN;GILMAN, 2006).
Os agentes adrenérgicos podem ser subdivididos quanto à sua forma de ação em diretos, indiretos ou de ação
mista. Os diretos agem sobre receptores adrenérgicos (alfa ou beta) devido à sua semelhança estrutural com a
epinefrina (adrenalina). O neurotransmissor possui grupos importantes para sua ação nos receptores que são
um núcleo catecólico, uma hidroxila fenólica naposição meta, uma hidroxila alcoólica no carbono adjacente ao
anel e uma amina na cadeia lateral (Figura 2).
São exemplos de fármacos adrenérgicos diretos a própria adrenalina, a anfepramona empregada no tratamento
da obesidade.
Figura 2 - Figura 2: Estrutura química da adrenalina com seus grupos químicos (1) hidroxila fenólica em meta; 
(2) grupo catecol; (3) hidroxila no carbono adjacente beta e (4) amina da cadeia lateral.
Fonte: StudioMolekuul, 2020.
•
- -10
 #PraCegoVer: Na imagem, temos a estrutura química da adrenalina com círculos vermelhos indicando seus
grupos químicos: (1) hidroxila fenólica em meta; (2) grupo catecol; (3) hidroxila no carbono adjacente beta e (4)
amina da cadeia lateral.
Os agentes adenérgicos de ação indireta agem estimulando a liberação de noradrenalina e adrenalina. O
principal representante desta classe é a tiramina; porém algumas anfetaminas e metanfetaminas já foram
descritas.
A estereoquímica da molécula é um fator essencial para a ação de agentes adrenérgicos, sendo que aqueles que
apresentam a configuração R (-) no carbono adjacente (beta) são mais ativos.
• Simpatolíticos ou Bloqueadores adrenérgicos
São agentes que agem de forma contrária aos adrenérgicos, inibindo seletivamente ou bloqueando os receptores
simpáticos. Podem agir de diferentes formas, como interagindo com receptores adrenérgicos e bloquenado-os;
impedindo a liberação de intermediários da adrenalina na fenda sináptica; interferindo no armazenamento das
catecolaminas (noradrenalina e adrenalina); ou inibindo enzimas responsáveis pela síntese de catecolaminas.
O emprego terapêutico dos agentes bloqueadores adrenérgicos é comum na terapia anti-hipertensiva,
circulatória, antiarrítmica e em tumores de glândulas adrenais. Dentre os bloqueadores de receptores alfa, estão
a ergotamina, diidroergotamina e fentolamina. Já os bloqueadores beta comuns são o sotalol, atenolol,
propranolol e timolol.
• Parassimpatomiméticos ou Colinérgicos
São fármacos que simulam o efeito do neurotransmissor , atuando em receptores colinérgicosacetilcolina
encontrados em órgãos e na musculatura esquelética. Estes fármacos mimetizam a própria acetilcolina
estruturalmente (colinérgicos diretos) ou inibem a enzima acetilcolineterase (anticolinesterásicos) responsável
pela degradação do neurotransmissor na sinapse (GOODMAN;GILMAN, 2006).
Os colinérgicos diretos podem ter ações em receptores do tipo muscarínicos em vasos periféricos, no coração,
em glândulas, pupilas e musculatura lisa da bexiga e intestino. Também podem agir em receptores nicotínicos,
mas que possuem pouca aplicação clínica. Dos agentes colinérginérgicos diretos, temos exemplos o carbacol e
metacolina.
Estudos sobre a relação estrutura-atividade dos colinérgicos diretos demonstraram pontos importantes sobre
modificações em sua estrutura:
A atividade do fármaco aumenta quando são inseridos carbonos na porção catiônica da molécula (até o limite de
5 carbonos);
A porção catiônica da molécula é essencial para seu efeito;
•
•
- -11
A presença de grupo carbônico (acila) grande inserido na extremidade após o grupo éster induz mais aos efeitos
muscarínicos e menos aos nicotínicos;
O grupo éster não é essencial para a atividade do fármaco.
Os colinérgicos indiretos ou anticolinesterásicos podem ser exercer uma inibição reversível ou irreversível
(KOROLKOVAS, 1982). Dos representantes destas classes, temos a neostigmina e fisostigmina; e o isofluropato e
inseticidas organofosforados; respectivamente.
• Parassimpalíticos ou Anticolinérgicos
Esta classe reúne fármacos que bloqueadores de receptores colinérgicos (muscarínicos e nicotínicos). Os
anticolinérgicos atuam nas terminações muscarínicas em órgãos, nas sinapses ganglionares do sistema nervoso
autônomo e nas junções neuroefetoras (GOODMAN; GILMAN, 2006).
Os agentes antimuscarínicos em apresentam uma estrutura geral (Figura 3) na qual, temos: R é um grupo
aniônico ligado a um nitrogênio básico por meio de uma ponte; éster; e uma cadeia carbônica intermediária que
pode ter de 2 a 3 grupo metilênicos. O tamanho da cadeia é importante para fornecer uma distância ótima entre
a ponte éster e a amida terciária da extremidade, e permitir o encaixe ideal no receptor.
Os principais antimuscarínicos são derivados da atropina (Figura 4) dos quais destacam a escopolamina
(antiespasmótico).
Os agentes antinicotínicos ou chamados bloqueadores ganglionares atuam em sinapses ganglionares cessando a
transmissão de impulsos nervosos pelos gânglios. Poucos são empregados na clínica, principalmente, como anti-
hipertensivos.
Figura 3 - Figura 3: Estrutura química da atropina.
Fonte: StudioMolekuul, 2020.
 #PraCegoVer: Na imagem, temos a estrutura química da atropina.
•
- -12
- -13
2.2 Fármacos Atuantes No Sistema Nervoso Central
Os fármacos atuantes no sistema nervoso central devem reunir propriedades específicas, considerando sua ação
no cérebro e medula espinhal. Acompanharemos, a seguir, as principais classes de medicamentos neste contexto.
• Anestésicos locais
Os anestésicos locais agem bloqueando reversivelmente a formação e condução dos impulsos nervosos pelas
fibras nervosas. Seu emprego frequente é visto em procedimentos cirúrgicos, odontológicos e oftalmológicos
(ROCHA et al, 2002). De forma geral, os anestésicos locais são moléculas semelhantes estruturalmente à cocaína;
apresentando grupos necessários para a interação com os receptores: um centro lipofílico (anel aromático), uma
cadeia intermediária (contendo o grupo éster, ou amida) e um centro hidrofílico (amina terciária).
Figura 4 - Figura 4: Estrutura química básica dos anestésicos locais.
Fonte: Adaptado de Korolkovas, 1982.
 #PraCegoVer: Na imagem, temos a estrutura química básica de um anestésico local indicando a parte lipófila, a
cadeia intermediária e a parte hidrófila.
Cada um desses grupos contribui para o efeito do fármaco. O grupo lipofílico aromático permite a passagem do
anestésico por membranas de forma a atingir o interior dos neurônios, e a amina na outra extremidade torna a
molécula hidrossolúvel, facilitando sua diluição em água nos medicamentos injetáveis.
• Anestésicos gerais
São fármacos que produzem diversos efeitos depressores do sistema nervoso central dentre eles a analgesia,
perda de consciência, relaxamento muscular e perda de reflexos (GOODMAN; GILMAN, 2006).
•
•
- -14
Quanto ao seu mecanismo de ação, os fármacos anestésicos gerais são totalmente inespecíficos, razão pela qual
não se chegou à definição de um mecanismo específico para a classe. No entanto, é sabido que a polaridade e a
lipossolubilidade da molécula são fatores essenciais para sua ação (KOROLKOVAS, 1982).
• Hipnóticos e sedativos
Esta classe de fármacos atua no SNC levando a uma sedação para terapias como na tensão crônica, tensão
emocional e como adjuvantes anestésicos. Os hipnóticos atuam em casos de insônia. Para ambos, a ação inicial é
sedativa e conforme o aumento da dose, passa a ser hipnótica. O mecanismo de ação dos sedativos e hipnóticos
está relacionado com sua ação no tálamo e da formação reticular ascendente, interferindo na transmissão de
impulsos ao córtex cerebral.
Esta classe possui uma variedade estrutural, cujos principais exemplos são o hidrato de cloral e o fenobarbital
que veremos no item a seguir.
• Anticonvulsivantes
Os anticonvulsivantes são fármacos depressores seletivos do SNC, cuja aplicação clínica está na supressão de
crises convulsivas comuns na epilepsia. Dentre as classes de anticonvulsivantes, temos a dos brometos, dos
barbitúricos, das hidantoínas, das oxazolidinodionas, das succimidas, das acilureídas, e das benzodiazepinas.
Destacamos destas classes, a dos barbitúricos que é a primeira escolha na maioria dos tipos de epilepsia.
Representados pelos fármacos fenobarbital, tiopental, metarbital, vinilbital. Em geral, a estrutura química de
barbitúricos apresenta um carbono quaternário e grupos que justificam sua relação estrutura-atividade,como
exemplo, na molécula do fenobarbital (Figura 6): (1) as cadeias carbônicas inseridas no carbono 5 conferem a
lipossolubilidade e levam ao efeito hipnótico ou anticonvulsivante conforme seu tamanho; (2) a inserção de
grupos ligados aos nitrogênios colaboram para os efeitos colaterais do fármaco (efeitos estimulantes); (3) a
lipossolubilidade e duração do efeito do anticonvulsivante diminuem caso o substituinte nesta posição seja o
enxofre.
•
•
- -15
Figura 5 - Figura 5: Estrutura química do fenobarbital com destaque para seus grupos químicos.
Fonte: StudioMolekuul, 2020.
#PraCegoVer: Na imagem, temos a estrutura química do fenobarbital indicando seus grupos substituintes.
Assista aí
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/9ff46112c82cca6d637708af0ad348f3
• Antipsicóticos
Esta classe de fármacos compreende aqueles voltados para tratamento de distúrbios psiquiátricos, em especial, a
esquizofrenia, cujas causas ainda são desconhecidas (ROWLEY et al., 2003). Os distúrbios mais comuns são Os
antipsicóticos podem se subdividir em derivados fenotiazídicos, tioxantênicos, butirofenonas e
difenilbutilaminas, e agentes diversos. Estudos sobre estrutura-atividade destes fármacos demonstraram que
dois critérios estruturais são importantes para a atividade antipsicótica. Segundo Korolkovas (1982):
•
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- -16
(1) Uma cadeia carbônica com três carbonos que liga um nitrogênio básico inserido em um anel a um
substituinte (carbono, nitrogênio, oxigênio, grupos benzila ou benzoíla, sistemas tricíclicos ou
cadeias carbônicas laterais);
(2) Um anel heterocíclico básico de seis membros com substituintes nas posições 1 e 4.
Apesar de seguirem esses critérios, os antipsicóticos podem apresentar estruturas químicas muito variadas, mas
todas agem pelo mesmo mecanismo. Os antipsicóticos clorpromazina, haloperidol, sulpirida, risperidona e
clozapina são mais os mais empregados. Dentre eles, os três primeiros possuem mais afinidade com o receptor
dopaminérgico D2; enquanto os dois últimos têm mais afinidade com receptores D4; no que tange à constante de
inibição desses receptores (K ) (MENEGATTI et al., 2004). Quanto menor a constante maior é a afinidade do
i
fármaco pelo receptor.
Figura 6 - Figura 6: Estruturas químicas dos principais fármacos antipsicóticos.
Fonte: Adaptado de MENEGATTI et al., 2004.
 #PraCegoVer: Na imagem, temos a estrutura química e constantes de inibição de receptores D2 e D4 dos
fármacos: clorpromazina, haloperidol, sulpirida, risperidona e clozapina.
• Hipnoanalgésicos•
- -17
Os hipnoanalgésicos agem no alívio da dor pelo mecanismo da depressão seletiva do SNC, elevando o limiar de
dor. Os primeiros hipnoanalgésicos foram descobertos da papoula, planta que deu origem ao ópio. O primeiro
fármaco deste grupo foi a morfina, isolada em 1803 e cuja estrutura foi elucidada em 1925. Dos hipnoanalgésicos
mais comuns, temos a própria morfina e derivados, a codeína e hidrocodona (KOROLKOVAS, 1982).
Estudos sobre a relação estrutura-atividade da morfina permitiram definir que a hidroxila fenólica (1) está
relacionada com a ação depressora no SNC e que se a mesma for transformada em um grupo éster, esta atividade
diminui aumentando as atividades antitussígena e anticonvulsivante; efeito contrário acontece na hidroxila
alcoólica (2), que em casos de substituição por um grupo éster ou cloro, aumenta-se o efeito depressor e sua
toxicidade; a troca de posição da mesma hidroxila diminui seu efeito analgésico; a abertura do anel piperidínico
(3) reduz sua atividade analgésica.
Figura 7 - Figura 7: Estrutura química da morfina com destaque para seus grupos químicos.
Fonte: StudioMolekuul, 2020.
 #PraCegoVer: Na imagem, temos a estrutura química da morfina com destaques em círculos coloridos para os
grupos hidroxila fenólica, hidroxila alcoólica e anel piperidínico.
- -18
O mecanismo de ação dos hipnoanalgésicos relaciona-se com sua ação em receptores localizados na região
central da massa cinzenta da medula, reduzindo a condução de impulsos dolorosos ao tálamo (GOODMAN;
GILMAN, 2006).
• Ansiolíticos e antidepressivos
Os agentes ansiolíticos são fármacos utilizados no tratamento das neuroses e tensões. Atribui-se os efeitos da
ansiedade à ação de aminas cerebrais, em especial a serotonina (GOODMAN; GILMAN, 2006).
As três classes conhecidas de fármacos ansiolíticos compreendem os carbamatos de propanodiol, os
benzodiazepínicos e compostos diversos. Os carbamatos mais comuns são o meprobamato e tibamato. Os
benzodiazepínicos são os mais empregados na clínica cujos representantes são alprazolam, coxazolam,
lorazepam, clordiazepóxido; sendo alguns deles utilizados também como hipnóticos.
Nesses fármacos, a presença de um grupo metil ligado ao nitrogênio, um grupo retirador de elétrons (Cl, NO ) no
2
anel benzênico e outro grupo benzênico contendo um grupo cloro ou flúor na posição orto são importantes para
o efeito ansiolítico.
Figura 8 - Figura 8: Estruturas químicas dos ansiolíticos e hinóticos benzodiazepínicos diazepam, lorazepam e 
clonazepam.
Fonte: StudioMolekuul, 2020.
 #PraCegoVer: Na imagem, temos as estruturas químicas dos benzodiazepínicos diazepam, lorazepam e
clonazepam.
Os antidepressivos são empregados em quadros de depressão, reduzindo sintomas, como a tendência ao
autoextermínio e melhorando a sensação de bem-estar mental.
A depressão consiste em uma deficiência de serotonina receptores cerebrais, sendo este neurotransmissor
responsável pela sensação de satisfação e bem-estar.
•
- -19
As principais classes de fármacos antidepressivos são os compostos tricíclicos, inibidores da enzima monoamino
oxidase (iMAO), os sais de lítio e estrôncio e agentes depressivos diversos (KOROLKOVAS, 1982).
Antidepressivos tricíclicos – são quimicamente semelhantes aos antipsicóticos fenotiazídicos, cuja relação
estrutura-atividade confirmou a necessidade da estrutura tricíclica (com anel central composto por 7 ou 8
átomos), além de uma cadeia lateral de cerca de 3 carbonos e do grupo amino básico em sua extremidade.
São exemplos desta classe a imipramina, amitriptilina e nortriptilina.
Figura 9 - Figura 9: Estrutura química da imipramina.
Fonte: StudioMolekuul, 2020.
 PraCegoVer: Na imagem, temos a estrutura química da imipramina.
Inibidores da monoamino oxidade (iMAO) – são agentes que impedem a atividade da enzima responsável por
inativas as catecolaminas, permitindo sua maior permanência na fenda sináptica. Os inibidores da MAO mais
comuns são os derivados hidrazínicos e hidrazídicos. São exemplos, a hidrazina e fenelzina.
Sais de lítio – são mais comuns em casos de pacientes com psicose maníaco-depressiva. O carbonato de lítio é o
principal representante da classe.
Assista aí
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/4417065f85ce580c8cf03d567335147f
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- -20
- -21
3 Classes Terapêuticas Relevantes: Agentes 
Cardiovasculares
As doenças cardiovasculares são as que mais causam mortes em todo o mundo, tendo como sua origem defeitos
congênitos ou hábitos não saudáveis de saúde. Diversos fármacos são empregados nas mais variadas doenças
cardiovasculares e conheceremos um pouco sobre eles.
3.1 Fármacos Cardiotônicos
São fármacos que estimulam a força de contração do coração pelo mecanismo excitatório e de aumento da
velocidade de condução dos impulsos elétricos cardíacos e são mais empregados na insuficiência cardíaca. Os
fármacos principais desta classe terapêuticasão os digitálicos (digoxina e digitoxina.
Figura 10 - Figura 10: Estrutura química da digitoxina.
Fonte: StudioMolekuul, 2020.
 #PraCegoVer: Na imagem, temos a estrutura química da digoxina.
- -22
3.2 Fármacos anti-hipertensivos
São fármacos que controlam a hipertensão arterial, cujos limites aceitáveis atualmente são de 140 e 90 mm Hg
considerando as pressões sistólica e diastólica, respectivamente. Alguns mecanismos podem justificar o
surgimento da hipertensão como o renal, neurogênico, endócrino e cardiovascular.Os agentes anti-hipertensivos
reúnem uma diversidade estrutural de moléculas, que são agrupadas conforme seu mecanismo de ação, dentre
elas:
Fármacos de
ação central
ou reflexa
são exemplos da clonidina e mebutamato, que reduzem o rendimento cardíaco e a
resistência vascular periférica.
Fármacos de
a ç ã o n o
s i s t e m a
n e r v o s o
autônomo
são exemplos os bloqueadores beta-adrenérgicos propranolol, atenolol, pindolol e
derivados. O efeito destes fármacos impede o estímulo adrenérgico responsável pelo
aumento do rendimento cardíaco e da pressão arterial.
Fármacos de
s ã o
vasodilatadora
coronariana
são exemplos a nifedipina e aminofilina e isossorbida. Estes fármacos são mais
empregados em casos de obstruções coronarianas.
Fármacos
diuréticos
possuem o mecanismo de estimular a diurese, ou seja, a excreção de água, evitando-se a
eliminação de eletrólitos. Os derivados tiazídicos são comuns na clínica como a
hidroclorotiazida, clortalidona e furosemina. Existem também diuréticos variados, a
exemplo a espironolactona e amilorida.
Fármacos
inibidores da
e n z i m a
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conversora de
angiotensina
(ECA)
são fármacos em quadros cuja causa da hipertensão está relacionada com efeitos renais.
A inibição da enzima ECA impede a formação da angiotensina II responsável pela
vasoconstrição e elevação da pressão arterial. Os principais inibidores da ECA são o
captopril, lisinopril e ramipril.
Fármacos
antagonistas
d e
angiotensina II
São bloqueadores de receptores AT1 do peptídeo angiotensina II, responsável por
diversas ações como vasoconstrição, aumento da contratilidade do coração e retenção
hídrica. Desta classe, destacam-se os fármacos losartana, candersatana, telmisartana e
valsartana.
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4 Classes terapêuticas Relevantes : anti-infecciosos
Neste tópico, conheceremos os principais agentes anti-infecciosos, que são fármacos que atuam matando ou
impedindo o crescimento de microrganismos. Destacaremos, aqui, os antifúngicos e antimicrobianos.
4.1 Fármacos Antifúngicos
São fármacos empregados em infecções fúngicas, seja por ação fungicida seja fungiostática.
O principal grupo de antifúngicos reúne fármacos com estrutura poliênica, ou seja, com cadeias carbônicas
contendo duplas ligações conjugadas (KOROLKOVAS, 1982). Temos exemplos muito utilizados a nistatina,
anfoterecina B, cetoconazol, clotrimazol e miconazol.
O mecanismo de ação destes fármacos pode ser inespecífico cujos agentes podem atacar grupos químicos de
biomoléculas essenciais para a célula fúngica; ou específico como exemplos de ação a inativação de enzimas
fúngicas, interferência na respiração mitocondrial, alterações na membrana celular fúngica ou inibição da síntese
de proteínas e DNA.
Figura 11 - Figura 11: estrutura química da nistanina.
Fonte: StudioMolekuul, 2020.
#PraCegoVer: Na imagem, temos a estrutura química da nistatina.
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4.2 Fármacos Antibacterianos
Estes fármacos atuam especificamente sobre bactérias em infecções provocadas por estes microrganismos. De
forma semelhantes aos antifúngicos, os antibacterianos podem ser bactericidas ou bacteriostáticos. Os
antibacterianos podem ser empregados na clínica para uso local ou sistêmico.
Diversos mecanismos de ação são atribuídos aos antimicrobianos, dos quais destacam-se:
Inibição de ácidos nucleicos
estes antimicrobianos inibem a síntese de DNA bacteriano sem atacar células do organismo humano;
funcionando como análogo de nucleosídeos purínicos. São exemplos os ácidos nalidíxico e oxolínico.
Inibição de enzimas
são antimicrobianos que impedem o funcionamento de enzimas da síntese de coenzima A, um importante
transportador da cadeia respiratória. Os nitrofuranos possuem este mecanismos, como a nitrofurantoína.
Antimetabólitos
estes antimicrobianos são análogos de metabólitos que impedem o funcionamento de uma determinada via de
produção de substâncias. É o que acontece com as sulfonamidas que competem com o ácido p-aminobenzoico
(PABA) e param a via de produção do ácido fólico, uma vitamina essencial para a bactéria.
Fique de olho
Muitos fármacos dentre as principais classes farmacêuticas estudadas na unidade foram
obtidos a partir de plantas. Muitos deles são extraídos de espécies e utilizados sem alterações
químicas; enquanto outros fornecem moléculas modelo para originar novos análogos.
Aprofunde seus conhecimentos sobre os produtos naturais e a origem de novos fármacos em
diferentes classes farmacêuticas.
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5 Patentes Sobre Medicamentos
As patentes são concessões públicas conferidas pelo estado a um indivíduo ou empresa garantindo a
exclusividade a fim de explorar sua invenção. A propriedade intelectual sobre medicamentos surgiram desde a
Roma antiga, onde o direito à propriedade advinha da apropriação de bens. Nos tempos atuais, a propriedade é
um direito de todo cidadão e é dever do Estado garantir os mecanismos de regulação, seja esta propriedade física
como um imóvel, corpórea ou intelectual (BENETTI, 2007).
A propriedade intelectual tem sido tema de diversos debates devido às recentes disputas políticas
internacionais, principalmente quando o assunto é medicamentos. A seguir, veremos como a certificação de
patentes evolui no Brasil no mercado farmacêutico e as principais formas de registro.
5.1 Concessão de Patentes Farmacêuticas no Brasil
A história das patentes no Brasil foi regimentada por meio do Código de propriedade Intelectual (CPI) descrito
na Lei n. 5772/71. Nesta primeira legislação, produtos químicos e farmacêuticos não eram patenteáveis.
Somente em 1996, com a Lei n. 9272, esta decisão inicial foi revogada, incluindo qualquer invenção em todos os
setores tecnológicos.
A partir disso, o número de patentes se elevou progressivamente, associado ao aumento do período de vigência
para 20 anos, fato que colaborou muito para o maior interesse das indústrias farmacêuticas em investir em
pesquisa de novos produtos. No entanto, somente a partir de 1997, foram incluídos artigos que consideravam
patenteáveis os processos industriais.
A regulação das patentes passou a ter a anuência prévia da ANVISA, que não só avalia os critérios da patente em
si mas questões relacionadas à saúde pública. O principal órgão de controle e registro de patentes no Brasil
atualmente é o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPE).
Fique de olho
No Brasil, o registro de patentes é regulamentado pelo Instituto Nacional de Propriedade
Intelectual (INPE), órgão que tem o objetivo de legislar, nortear e assessorar os processos de
obtenção de patentes. O instituto possui uma página com diversos materiais instrucionais para
pesquisadores e outras pessoas que desejam registrar uma patente de produto, processo ou
marca.
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5.2 Tipos de Patentes
Segundo Januzzi, Vasconcelos e Souza (2008), as patentes podem ser classificadas quanto ao criterio de
patenteabilidade, ou seja, se são invenções patenteáveis ou não-patenteáveis.
Invenções não-patenteáveis
São aquelas que não compreendidas, como invenções, sendo a definição deste grupo dependente da regra de
cada país, que, de forma geral, definem exceções como métodos diagnósticos de doenças, terapêuticos, cirúrgicos
empregados em humanos ou animais; seres vivos em geral; materiais originados de seres vivos como DNA,
proteínas e partes de plantas.
Invenções patenteáveis
São aquelas invenções que podem ser patenteadas e se subdividem em aqueles de origem química, como novas
moléculasdescobertas em estágios iniciais de pesquisa com fármacos; novos medicamentos cuja descrição deste
tipo de invenção deve englobar tanto o fármaco quanto os demais ingredientes não-ativos; invenções
biotecnológicas que são as que envolvem seres vivos e não-vivos para originar vacinas, vetores virais, terapias
gênicas; produtos de origem natural, desde que sejam substâncias isoladas ou extratos purificados.
No setor farmacêutico, em especial, algumas estratégias vêm sendo buscadas para manter a proteção por
patentes de seus produtos e processos, de forma que, quando não se pode patentear um medicamento, pode ser
visada uma nova propriedade de uma invenção desde que sejam provados os seus benefícios diferenciais. É o
que se chama .patente de seleção
São exemplos no contexto farmacêutico:
as patentes de fármacos com polimorfismo que é a propriedade de cristalização do fármaco em formas diferentes;
isômeros de um fármaco existente;
combinações de fármacos em uma mesma forma farmacêutica, desde que haja evidência de melhora na eficácia
ou redução da toxicidade;
pró-fármaco originando de um fármaco modelo;
novo de uso de um fármaco com nova proposta terapêutica.
Como vimos, diante de tantas opções e da corrida desenfreada da indústria, as agências reguladoras devem atuar
com solidez tanto na criação de uma maior regulação quanto no apoio às instituições de pesquisa como
universidades que podem ser mais atuantes neste contexto.
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Assista aí
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/031916064887bae42fde81d2e2126939
é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• compreender os fundamentos relacionados à seletividade de fármacos;
• conhecer os principais parâmetros físico-químicos interferentes na atividade biológica de fármacos;
• conhecer as classes farmacoterapêuticas relevantes e seus fármacos
• reconhecer e compreender as mudanças estruturais em fármacos e a sua relação estrutura atividade;
• conhecer o panorama sobre as patentes de medicamentos no Brasil e os diferentes tipos de patente no 
âmbito farmacêutico.
Referências
BENETTI, Daniela Vanila Nakalski. Proteção às patentes de medicamentos e comércio internacional. In: BARRAL,
Welber; PIMENTEL, Luiz Otávio, (Org.). . Florianópolis: (FundaçãoPropriedade intelectual e desenvolvimento
Boiteux), p. 346, 2007.
GOODMAN, A. . 11. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2006.As Bases Farmacológicas da Terapêutica
KOROLKOVAS, A.; BURCKHALTER, J. H. . 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Dois S.Química Farmacêutica
A., 1982.
MENEGATTI, RICARDO, FRAGA, CARLOS ALBERTO MANSSOUR, BARREIRO, ELIEZER J., LIMA, VERA LUCIA
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, (2), 326-337.Química Nova 29
https://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/jm0002432
	Olá!
	1 Bases Teóricas Sobre a Ação de Fármacos
	1.1 Especificidades de Fármacos
	1.2 Parâmetros Físico-Químicos e ação Farmacológica
	2 Classes Terapêuticas relevantes> Fármacos Atuantes no Sistema Nervoso
	2.1 Fármacos Atuantes no Sistema Nervoso Autônomo
	2.2 Fármacos Atuantes No Sistema Nervoso Central
	Assista aí
	Assista aí
	3 Classes Terapêuticas Relevantes: Agentes Cardiovasculares
	3.1 Fármacos Cardiotônicos
	3.2 Fármacos anti-hipertensivos
	4 Classes terapêuticas Relevantes : anti-infecciosos
	4.1 Fármacos Antifúngicos
	4.2 Fármacos Antibacterianos
	5 Patentes Sobre Medicamentos
	5.1 Concessão de Patentes Farmacêuticas no Brasil
	5.2 Tipos de Patentes
	Assista aí
	é isso Aí!
	Referências

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