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INCLUSÃO DIGITAL NA EJA Acadêmicos Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI Curso Pedagogia1653 – Prática do Módulo VI 15/06/2019 RESUMO O presente trabalho busca apresentar a pedagogia tradicional com suas vantagens e desvantagens para a educação, ela foi introduzida no final do século XIX e deixou Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos, Inclusão Digital, 1 INTRODUÇÃO No início do século XIX surgem os primeiros sistemas nacionais de ensino baseados na concepção de que a educação é direito de todos e dever do estado, desta 2 INSERÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO, NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EJA O avanço das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) nos possibilita muitas opções metodológicas que nos permitindo mediar as etapas do conhecimento em muitos níveis e modalidades da educação, em se tratando da Educação de Jovens e Adultos (EJA), é possível constatar seu uso limitado pelos/as educadores/as nos espaços escolares e não- escolares a sociedade tem passado por constante processos de mudanças em todas as esferas: culturais, econômicas, socioambientais e tecnológicas. Em se tratando do mundo produtivo, essas mudanças implicam em novas demandas, que por sua vez, vão requerer dos sujeitos novas habilidades e novas competências para ocuparem os postos formais de trabalho ou se aventurarem no mundo do empreendedorismo. Independente do cenário econômico, cada vez mais, as tecnologias estarão imersas na realização das tarefas cotidianas, das mais simples as mais complexas. Mas de que tecnologias estamos tratando? Não podemos reduzi-las somente aos aparatos físicos, como computadores, calculadoras avançadas etc., além dessas, estamos tratando de tecnologias que podem oferecer aos indivíduos o poder de se comunicar e se informar com maior rapidez. Isto porque a sociedade da qual fazemos parte, apresenta cada vez mais uma cultura audiovisual eletrônica a qual proporciona as pessoas, informações, valores, saberes e outros modos de ler e perceber o 1 Pedagoga, Doutora em Educação, Professora Adjunta IV, Coordenadora de área do PIBID (Capes), e-mail: rdiana@ufersa.edu.br. conhecimento. Mas estariam todas as pessoas (jovens, adultos e idosos) incluídas digitalmente e usufruindo dos benefícios dessa cultura? São muitos os teóricos que dão sua contribuição conceitual no campo da inclusão digital. O que merece destaque neste trabalho é o fato de que na visão que temos de inclusão digital, além de acesso às novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), ao computador ou à internet, chamaremos atenção para os benefícios econômicos e socioculturais que o acesso as TICs e às informações disponibilizadas em meio digital podem proporcionar aos indivíduos que a elas têm o acesso democratizado. Nos projetos que temos desenvolvido no Campus da Ufersa Angicos2 , desde 2014, por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), financiado pela Coordenação da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), vimos desenvolvendo ações por meio de um subprojeto vinculado ao curso de Licenciatura em Computação e Informática, em 3 escolas parceiras na cidade de Angicos/RN, especificamente, com o público da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Conforme pode ser depreendido, o Campus de Angicos, no qual trabalhos está encravado na cidade que notabilizou-se nacional e internacionalmente pela experiência protagonizada por Paulo Freire (Patrono da Educação Brasileira desde 2012). Todavia, passados 53 anos das "40 Horas de Angicos", verificamos que a situação educacional deste município e dos demais que integram o sertão central norte-rio- grandense carecem de políticas públicas mais eficazes e efetivas. Por isso, enquanto docente, pesquisadora e extensionista temos procurado contribuir com a transformação da realidade do município por meio de projetos e programas. Quais motivos nos levou a redirecionarmos nossas ações de extensão para o público da EJA, notadamente para o uso das TICs no processo de ensino-aprendizagem? Podemos dizer que foram nossas inquietações advindas das vivências nas escolas parceiras do Pibid. E elas (as inquietações) tiveram início da forma mais simples, como por exemplo: se a escola é um 2 Já realizamos atividades de extensão para o uso das TICs como ferramentas de inclusão social na educação, como foi o caso do projeto de extensão financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela Diretoria de Educação Básica Presencial e pela Coordenação Geral de Desenvolvimento de Conteúdos em cumprimento ao Edital CAPES/DEB n.º 033/2010 - Investindo em Novos Talentos da rede de educação pública para inclusão social e desenvolvimento da cultura científica, intitulado "Capacitação em Informática dos professores e alunos das escolas públicas", em 2011, somente em Angicos/RN e 2012 ampliado ao município de Fernando Pedroza/RN. Outro projeto "Formação de professores e professoras das escolas rurais dos municípios de Angicos/RN, Afonso Bezerra/RN e Pedro Avelino/RN para o uso das tecnologias da informação e comunicação (TIC) na educação" foi financiado pelo Edital 01/2011- MC/SIC. Em 2015, integramos à equipe do projeto "Inclusão Digital com Robótica Educacional no Sertão do RN", aprovado no edital PROEXT 2015. Todos esses projetosvoltados para o público-alvo de alunos e professores da rede pública de ensino (municipal e estadual). Atualmente, sob nossa coordenação, excutamos as ações do PROEXT 2016 para inclusão digital de 150 idosos no município de Angicos. lugar por excelência de formação sistemática dos indivíduos, como encara o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação no processo de ensino-aprendizagem? Estariam os projetos políticos-pedagógicos inserindo as TICs na mediação do conhecimento? Que papel ocupa o uso das TICs na Educação de Jovens e Adultos? Em se tratando do uso das TICs na EJA, a aprendizagem ocorre de forma eficaz? Que currículo as escolas têm para a EJA? Dentre tantas outras inquietações, iniciamos sempre nosso trabalho nas escolas respondendo, o que consideramos mais importante antes de iniciar quaisquer trabalhos voltados à EJA: “revelar” quem são os sujeitos da EJA! Realizado o diagnóstico (educandos, educadores e gestores), partimos para o (re)planejamento das nossas ações. Fizemos esse percurso inicial para esclarecer ao leitor, que nosso trabalho por meio do Pibid tem uma missão desafiadora: alfabetizar jovens e adultos, utilizando o computador e incluir digitalmente centenas de jovens e adultos da EJA. E é sobre esse desafio que discorreremos brevemente 3 DIFICULDADES PARA SE TRABALHAR AS NOVAS TECNOLOGIAS As grandes dificuldades encontradas hoje para trabalhar com as tecnologias tirando a falta de preparo dos professores é a falta de infraestrutura, como o número insuficiente de equipamentos, internet muito lenta e com restrições em muitas escolas é liberado somente para secretaria e quando tem sala de informática por exemplo falta a manutenção nas máquinas. E levando em conta os alunos da Eja ainda mais alguns fatores agravantes considerando que esses educandos tem características próprias, ou seja já vem de uma classe mais pobre onde o contato com computadores ou outras tecnologias é muito precária e informal esta ausência faz com que os alunos da Eja encontrem muitas dificuldades de ampliar suas relações profissionais e sociais sendo assim o professor deve ter como meta o ensino onde eles possam adquirir conhecimentos e obter mais chance no processo de interação. “Através da educação podemos ajudar a desenvolver o potencial que cada aluno tem, dentro das suas possibilidades e limitações. Para isso, precisamos praticar a pedagogia da compreensão contra a pedagogia da intolerância, da rigidez, a do pensamento único, da desvalorização dos menos inteligentes, dos fracos, problemáticos ou “perdedores”. Praticar a pedagogia da inclusão” (MORAN, 1997). O contato com as tecnologias ajudam os jovens e adultos na sua reinserção social e laboral no mercado de trabalho, uma das grandes dificuldades para se trabalhar com as tecnologias no EJA é a resistência dos alunos adultos, pois muitos acreditam em ser um recurso que não será útil, pois já se acham velhos para aprender manusear o computador e as tecnologias e que não teriam capacidade de utilizar esta ferramenta. Muitos dos adultos da EJA sentem-se inseguros e apresentam dificuldades de coordenação motora ao segurar o mouse e ao teclar não conseguem ler as letras de fonte pequenas solicitando constantemente a atenção da professora. Pois é um instrumento novo que lhes traz medo e ao mesmo tempo proporcionam satisfação pelo menos nos primeiros contatos. Ao contrário dos adultos os mais jovens alunos da Eja mesmo sem nunca terem tido contato com as tecnologias ficam eufóricos querem usar a internet, acessar jogos entrar em salas de bate-papo e etc. 4 FALTA DE PREPARAÇÃO DOS DOCENTES PARA SE TRABALHAR A TECNOLOGIA Os professores ainda enfrentam muitas dificuldades para incorporar as novas tecnologias de informação de forma efetiva em sala de aula, uma vez que elas ainda não fazem parte do currículo escolar e é preciso pensar em como adaptar no dia-a-dia da educação de maneira definitiva pois elas mudam o modo de enxergar o mundo que vai muito além dos muros da escola porém por mais que alguns professores que eu desejo de aprender ainda não sabem por onde começar. Os professores da Eja sentem muita dificuldade em trabalhar com informática e por esse motivo acabam não utilizando os laboratórios das escolas com os alunos por não terem formação ou prática com o uso do computador essa formação é muito insuficiente e é um grande desafio para eles trabalharam com as novas tecnologias e conseguirem perceber que elas podem tornar o ensino aprendizagem bem melhor e passaram a ter uma visão diferente da que tem hoje que é de que a tecnologia pode atrapalhar e acabar de focando a atenção dos alunos dos conteúdos para irem navegar nas redes sociais por exemplo. Assim como existe uma gama de pluralidade de fatores que interferem no aprendizado do aluno a também no aprendizado do professor, o mesmo precisa ter o domínio da linguagem utilizada pelas tecnologias que estão ao seu redor e seus conhecimentos tecnológicos. ARANHA 2007 “A tecnologia não surge como algo de fora, mas fruto das relações sociais, que depende da necessidade do uso, e os homens/mulheres utilizam as tecnologias conforme as necessidades que tiverem para mediar suas relações”. Os educadores devem transmitir o conhecimento de modo eficaz e eficiente e assim promover a autonomia dos alunos e que integra em suas práticas profissionais o aproveitamento das potencialidades das novas tecnologias. Para Canário Matos[6] (2010) ambientes de trabalho mais problemáticos e marcados por uma crescente complexidade pedem aos professores que, de modo eficaz e eficiente, transmitam conhecimentos, promovam a autonomia dos alunos, construam métodos inovadores facilitadores das aprendizagens e ponham em prática modos de ensino e de acompanhamento individualizado, no sentido de dar uma resposta positiva à crescente heterogeneidade dos públicos escolares. Também se pede aos professores que http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,as-novas-tecnologias-e-a-educacao-de-jovens-e-adultos,34639.html#_ftn6 integrem nas suas práticas profissionais um aproveitamento pleno das potencialidades das novas tecnologias de informação. Não é pertinente, nem fértil, questionar a formação e o exercício profissional dos professores sem, simetricamente, questionar quem são os actuais públicos escolares, o que mudou, como constroem os alunos a sua experiência escolar, qual a sua relação com o saber e que sentido atribuem às suas vivências escolares. (CANÁRIO MATOS, 2010). A falta de preparo do professor faz com que ele não saiba como utilizar as novidades tecnológicas e os recursos em benefício da educação para fins pedagógicos, a formação dos educadores em relação às tecnologias ainda é muito precária e precisa avançar muito com a perspectiva de criação de competências no uso delas na escola. Acho que o uso de computadores no processo de ensino aprendizagem, em lugar de reduzir, pode expandir a capacidade crítica e criativa (...). “Depende de quem usa a favor de quê e de quem e para quê.” (FREIRE, 1995 p. 98). 5 A IMPORTÂNCIA DE INCLUIR OS ALUNOS DA EJA NA ERA DIGITAL “Educar Jovens e Adultos é dar a essas pessoas uma nova perspectiva de vida, um novo ponto de partida. ”(Coleções FTD para EJA). Reconhecemos que o avanço tecnológico vem influenciando a maneira de viver da sociedade permitindo facilidades no cotidiano, com isto a escola vem sendo desafiada a se remodelar para ser capaz de atender os desafios deste mundo moderno. Vivemos presentemente sob uma nova configuração social que está sendo chamada de Era da informação, que se iniciou a partir da representação da informação em forma digital e do avanço da internet. A era digital não é só o amplo acesso a tecnologia, mas o acerto dela na resolução e problemas. O uso das ferramentas digitais faz todo sentido para a aprendizagemde jovens e adultos, mas é assustador no começo, pois a grande maioria tem dificuldade ou adaptação, que é claro podem ser superadas com confiança, auto-estima, com trabalho de cooperação e de equipe. Álvaro Pinto (2000, p.29) afirma que “o compromisso da escola é sobre tudo o de assegurar a seus estudantes os instrumentos necessários para a participação ativa e cidadã no contexto em que estão inseridos’’. Cabe ao professor da EJA orientar os alunos e ajudá-los a vencer o receio diante das tecnologias incentivando a se apropriarem desses recursos que estão presentes em todos os contextos. O profissional tem que estar ciente da personalidade desses alunos e entender que são diferentes as estratégias utilizadas do ensino regular, para muitos é a primeira oportunidade de sentar a frente a um computador e receber as primeiras coordenadas e aos poucos se apropriarem desses recursos. O professor neste contexto tem o papel fundamental, pois é o responsável pela quebra do mito embutido nos alunos de que o computador é um bicho de sete cabeças, e com o uso constante os estudantes perceberão importância desse recurso, não apenas em ambiente escolar, mas também na vida. É preciso insistir que tudo quanto fazemos em aula, por menor que seja, incide em maior ou menor grau na formação de nossos alunos. A maneira de organizar a aula, o tipo de incentivos, as expectativas que depositamos, os materiais que utilizamos, cada uma destas decisões veicula determinadas experiências educativas, e é possível que nem sempre estejam em consonância com o pensamento que temos a respeito do sentido e do papel que hoje em dia tem a educação (ZABALA, 1998, p. 29). Nessa concepção enxergamos que as experiências vivenciadas com as tecnologias digitais no processo de alfabetização de pessoas jovens e adultas, são como uma possibilidade de aprendizagem, de interação, de construção do conhecimento, de desenvolvimento de forma significativa que garantirá aos alunos da EJA maiores possibilidades de inserção social, desde que o profissional envolvido aborde temas e metodologias que facilitem a aprendizagem, se adequando ao perfil dos estudantes com práticas diferenciadas e estimuladoras para que os alunos se sintam motivados a frequentar as aulas e ao final se obtenha o sucesso na aprendizagem. 6 A INFORMÁTICA NO AMBIENTE ESCOLAR COMO ESTÍMULO PARA APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL Embora a informática seja algo complicado, é um grande estímulo para os estudantes, pois se pode conseguir um bom emprego, ter um acesso melhor nas práticas sociais de predominância, e auxilia muito na sua auto-estima. A informática na EJA permitiu o uso da tecnologia não apenas para a leitura e escrita, mas também repercutiu nas demais disciplinas, nas práticas de letramento que os alunos já possuíam e na contribuição e desenvolvimento intelectual e cultural. Alonso (1998, p.82) aponta que não há melhor dúvida de que os artefatos tecnológicos e sua cultura devem ter lugar no desenvolvimento curricular, assim como um tratamento específico da parte do método didático. Segundo Mortari (2001, p.114) “uma oportunidade de investigar diferentes aspectos do processo de aprendizagem na educação de adultos... a motivação encoraja e traz o desejo de explorar e de conhecer algo novo, mesmo que não seja fácil assumir a responsabilidade de enfrentar e de superar as dificuldades”. A ideia é aceitar o novo, no desempenho de mudar as formas de aprender, se faz presente em nosso cotidiano escolar, a interação com novas tecnologias favorece o distanciamento de um ensino tradicional, e favorece e aproxima um ensino alternativo. 7 DESAFIOS DA INCLUSÃO DIGITAL NA EJA Vivemos em um mundo moderno envolvido com as tecnologias, as informações são compartilhadas em tempo real através das mídias digitais, e nos são apontadas inovações tecnológicas que beneficiam a sociedade, seja na área da informação, transporte ou educação. Com essas rápidas mudanças podemos analisar os problemas que necessitam ser solucionados para uma utilização eficaz desses recursos para o processo de ensino aprendizagem na modalidade de ensino da Eja, Educação para Jovens e Adultos, dentre elas a grade curricular, inadequação de livros e metodologias, falta de capacitação de alguns professores para atenderem os alunos, falta de demanda para Educação de Jovens e Adultos, falta de investimento do governo, dificuldade de acesso e principalmente a inexistência do uso das tecnologias no contexto escolar, questões estas que necessitam ser analisadas para uma oferta de educação de qualidade para a Educação de Jovens e Adultos. O olhar tradicional também dificulta muito, não podemos pensar que só porque esta modalidade de ensino envolve alunos adultos ou pessoas da terceira idade não há necessidade de utilizar os recursos tecnológicos em sala de aula, pois o foco dessa educação é alfabetizar ou ensinar o básico para conseguir o diploma enquanto na verdade temos que prepará-los para o mercado de trabalho cada vez mais exigente e competitivo. Segundo Pretto e Costa Pinto (2006), “essas máquinas não estão mais apenas a serviço do homem, mas interagindo com ele, formando um conjunto pleno de significado”. A partir de 1980 o computador começa a atuar como a extensão das atividades cognitivas humanas ativando o pensar, criar e memorizar, não foi implantada nas escolas para facilitar o trabalho dos educadores, mas para que o educando aprendesse a partir da realidade do mundo para que consiga agir sobre esta realidade transformando a si próprio, sendo assim todo conhecimento implica a uma série de ações e todo sujeito deve agir sobre o objeto de conhecimento para que se torne possível reconstruí-lo. Desta forma fica visível a necessidade de um trabalho efetivo na formação de professores para a Eja, que se analisem as políticas públicas existentes, que se promovam movimentos para que todos os envolvidos como professores e alunos tenham voz e vez sobre as reais necessidades de melhoria, entendendo que o estudante é o principal envolvido e nele estão as respostas para a melhoria da Educação de Jovens e Adultos. 8 ESTRUTURA ESCOLAR ATUALMENTE Há importantes razões para conhecer os conceitos básicos das palavras estrutura e funcionamento, pois ambas estão sempre juntas, de ideias e valores que influenciam as escolas e seus profissionais nas práticas desenvolvidas. Quando pensamos em estrutura escolar será que realmente as escolas estão com uma estrutura adequada para receber os alunos da EJA, a estrutura e o funcionamento de uma escola dizem respeito à organização do sistema escolar, estrutura se refere aos prédios, instalações físicas, como bibliotecas, laboratórios, sala de aula, quadra, banheiro, etc. Em relação ao funcionamento por sua vez, depende da sua estrutura, isto é, uma escola em funcionamento tem a presença de funcionários, professores, alunos, diretores, coordenadores, etc. Em todos os municípios e cidades é possível que encontremos escolas com boa estrutura e mau funcionamento, também o inverso pode acontecer, pois a busca de uma estrutura e funcionamento plenos é um desafio permanente para os que trabalham neste âmbito da atuação humana. Tanto a estrutura como o funcionamento de uma escola não são imutáveis, para que os alunos tenham um bom desenvolvimento no mínimo uma boa estrutura. Assim é possível perceber que a estrutura escolar é determinante para um bom funcionamento de uma escola, pois sem uma boa estrutura, não se pode esperar um bom funcionamento, e mesmo que venha a se ter o bom funcionamento a organização da estrutura escolar implicará na qualidade da educação. A infra-estrutura educacional é um dos componentes fundamentais no resultado da qualidade da educaçãocomo um todo. E quando esta questão básica não é preenchida, ou mesmo ignorada, além de acarretar aos profissionais da educação certo desconforto para a realização do trabalho, os mantém de mãos atadas para o efetivo exercício do ensino. Para se ter uma educação de qualidade é preciso uma série de fatores, tais como boa estrutura escolar, assim como funcionamento, professores qualificados, bem remunerados, que participem das decisões que envolvem o ensino, como a escolha do material didático, por exemplo, é preciso que todos que integram a escola tenham compromisso com a educação. Podemos perceber que apostilas antigas e livros infantilizados fazem parte do cotidiano de estudantes da modalidade que acelera a aprendizagem sendo assim a carência de métodos e materiais próprios desestimula alunos, livros antigos nas estantes das bibliotecas, nenhum computador disponível para consulta, professores que se dividem entre compreender o universo adulto dos estudantes ou achar que os alunos a sua frente nada sabem. Atualmente já se vem apresentando uma mudança na estrutura, entre os alunos, professores e gestores ligados a modalidade há consenso de que é preciso provocar ruptura com a realidade atual. Alguns passos importantes foram dados, os estudantes da EJA ganharam alimentação escolar, agora receberão livros didáticos, isso significa assegurar o direito à educação. Temos que garantir o atendimento adequado a todas as faixas etárias, pois precisamos tornar a escola o mais agradável possível, atendendo todos muito bem com uma educação de qualidade, pois este espaço é de todos e para todos. “NÃO HÁ SABER MAIS OU SABER MENOS: HÁ SABERES DIFERENTES.” Paulo Freire REFERÊNCIAS SOARES, Leôncio José Gomes. A educação de jovens e adultos: momentos históricos e desafios atuais. Revista Presença Pedagógica, v.2, nº11, Dimensão, set/out. 1996. TEDESCO, Juan Carlos. Educação e Novas Tecnologias: esperança ou incerteza? - São Paulo. Editora: Cortez, 2004. 255 p. PRETTO, Nelson de Luca (org.). Globalização & Organização: mercado de trabalho, tecnologias de comunicação, educação a distancia e sociedade planetária. Ijuí: Ed. Unijuí, 1999. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 50 ed. São Paulo: Cortez, 2009. _________. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 37 ed. São Paulo: Paz e Terra: 1996. CURTO, Viviane. Trabalhando com o computador na EJA: uma análise dos relatos das práticas pedagógicas em meio digital com jovens e adultos. Disponível em: <www.ufpe.br/nehte/…/anais/p…/trabalhando-com-o-computador-na-eja.pdf>. Data de acesso: 19/04/2019 Referências bibliográficas ARROYO, Miguel González. Educação de jovens e adultos: um campo de direitos e de responsabilidade pública. In: SOARES, Leôncio; GIOVANETTI, Maria Amélia G. C.; GOMES, Nilma Lino (orgs.). Diálogos na educação de jovens e adultos. 2 ed. Belo Horizonte: Autência, 2007. p. 19- 52. FONSECA, Maria da Conceição F.R. Educação Matemática de Jovens e Adultos. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2005 ARROYO, Miguel. Uma escola para jovens e adultos. Conferência – Reflexão sobre a Educação de Jovens e Adultos na perspectiva da proposta de Reorganização e Reorientação curricular, São Paulo: Ed. Vozes Ltda, 2003,7. BRASIL.CONGRESSO NACIONAL. LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: http://portal.mec.gov.br Acesso em: 19.04.2019 http://www.ufpe.br/nehte/.../anais/p.../trabalhando-com-o-computador-na-eja.pdf http://portal.mec.gov.br/ BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. PDE – Plano Nacional de Educação. Disponível em: http://portal.mec.gov.br Acesso em 19.04.2019. FREIRE, Paulo & PAPERT, Symour. Diálogos impertinentes: O futuro da escola. São Paulo: TV PUC, 1996. FUCK, Irene Terezinha. Alfabetização de Adultos. Relato de uma experiência construtivista. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1994. MAGALHÃES e BRANDOLT, Assis Odilon Araújo e Josiane Fontoura dos Anjos. Do Giz ao computador... (IFF – Campos Alegreste). Disponível em: <https://sites.google.com/site/ticseaeja/artigo> acesso em 04.05.2019 REVISTA NOVA ESCOLA, Timothy Ireland: "A EJA tem agora objetivos maiores que alfabetização, In: Revista Nova Escola, (virtual). Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/modalidades/eja-temagora-objetivos- maiores-alfabetizacao-476424 Acesso em 04.05.19. VEEN, W; VRAKKING, B. Homo Zappiens: educando na era digital. Trad. De Vinícius Figueira. Porto Alegre: Artmed, 2009. 141p. http://fundacaotelefonica.org.br/noticias/voce-sabe-como-e-a-estrutura-de-ensino-em-uma- escola-publica/ http://portal.mec.gov.br/ https://sites.google.com/site/ticseaeja/artigo http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/modalidades/eja-temagora-objetivos-maiores-alfabetizacao-476424%20Acesso%20em%2004.05.19 http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/modalidades/eja-temagora-objetivos-maiores-alfabetizacao-476424%20Acesso%20em%2004.05.19 http://fundacaotelefonica.org.br/noticias/voce-sabe-como-e-a-estrutura-de-ensino-em-uma-escola-publica/ http://fundacaotelefonica.org.br/noticias/voce-sabe-como-e-a-estrutura-de-ensino-em-uma-escola-publica/
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