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Inclusão Digital Eja

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INCLUSÃO DIGITAL NA EJA 
 
Acadêmicos 
 
 
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI 
Curso Pedagogia1653 – Prática do Módulo VI 
15/06/2019 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho busca apresentar a pedagogia tradicional com suas vantagens e 
desvantagens para a educação, ela foi introduzida no final do século XIX e deixou 
 
 
 
 
Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos, Inclusão Digital, 
1 INTRODUÇÃO 
 
 No início do século XIX surgem os primeiros sistemas nacionais de ensino 
baseados na concepção de que a educação é direito de todos e dever do estado, desta 
 
 
 
2 INSERÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO, 
NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EJA 
 
 O avanço das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) nos possibilita muitas 
opções metodológicas que nos permitindo mediar as etapas do conhecimento em muitos 
níveis e modalidades da educação, em se tratando da Educação de Jovens e Adultos (EJA), é 
possível constatar seu uso limitado pelos/as educadores/as nos espaços escolares e não-
escolares a sociedade tem passado por constante processos de mudanças em todas as esferas: 
culturais, econômicas, socioambientais e tecnológicas. Em se tratando do mundo produtivo, 
essas mudanças implicam em novas demandas, que por sua vez, vão requerer dos sujeitos 
novas habilidades e novas competências para ocuparem os postos formais de trabalho ou se 
aventurarem no mundo do empreendedorismo. Independente do cenário econômico, cada vez 
mais, as tecnologias estarão imersas na realização das tarefas cotidianas, das mais simples as 
mais complexas. Mas de que tecnologias estamos tratando? Não podemos reduzi-las somente 
aos aparatos físicos, como computadores, calculadoras avançadas etc., além dessas, estamos 
tratando de tecnologias que podem oferecer aos indivíduos o poder de se comunicar e se 
informar com maior rapidez. Isto porque a sociedade da qual fazemos parte, apresenta cada 
vez mais uma cultura audiovisual eletrônica a qual proporciona as pessoas, informações, 
valores, saberes e outros modos de ler e perceber o 1 Pedagoga, Doutora em Educação, 
Professora Adjunta IV, Coordenadora de área do PIBID (Capes), e-mail: rdiana@ufersa.edu.br. 
conhecimento. Mas estariam todas as pessoas (jovens, adultos e idosos) incluídas digitalmente 
e usufruindo dos benefícios dessa cultura? São muitos os teóricos que dão sua contribuição 
conceitual no campo da inclusão digital. O que merece destaque neste trabalho é o fato de que 
na visão que temos de inclusão digital, além de acesso às novas Tecnologias da Informação e 
Comunicação (TICs), ao computador ou à internet, chamaremos atenção para os benefícios 
econômicos e socioculturais que o acesso as TICs e às informações disponibilizadas em meio 
digital podem proporcionar aos indivíduos que a elas têm o acesso democratizado. Nos 
projetos que temos desenvolvido no Campus da Ufersa Angicos2 , desde 2014, por meio do 
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), financiado pela Coordenação 
da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), vimos 
desenvolvendo ações por meio de um subprojeto vinculado ao curso de Licenciatura em 
Computação e Informática, em 3 escolas parceiras na cidade de Angicos/RN, especificamente, 
com o público da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Conforme pode ser depreendido, o 
Campus de Angicos, no qual trabalhos está encravado na cidade que notabilizou-se nacional e 
internacionalmente pela experiência protagonizada por Paulo Freire (Patrono da Educação 
Brasileira desde 2012). Todavia, passados 53 anos das "40 Horas de Angicos", verificamos que 
a situação educacional deste município e dos demais que integram o sertão central norte-rio-
grandense carecem de políticas públicas mais eficazes e efetivas. Por isso, enquanto docente, 
pesquisadora e extensionista temos procurado contribuir com a transformação da realidade 
do município por meio de projetos e programas. Quais motivos nos levou a redirecionarmos 
nossas ações de extensão para o público da EJA, notadamente para o uso das TICs no processo 
de ensino-aprendizagem? Podemos dizer que foram nossas inquietações advindas das 
vivências nas escolas parceiras do Pibid. E elas (as inquietações) tiveram início da forma mais 
simples, como por exemplo: se a escola é um 2 Já realizamos atividades de extensão para o uso 
das TICs como ferramentas de inclusão social na educação, como foi o caso do projeto de 
extensão financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 
(CAPES), pela Diretoria de Educação Básica Presencial e pela Coordenação Geral de 
Desenvolvimento de Conteúdos em cumprimento ao Edital CAPES/DEB n.º 033/2010 - 
Investindo em Novos Talentos da rede de educação pública para inclusão social e 
desenvolvimento da cultura científica, intitulado "Capacitação em Informática dos professores 
e alunos das escolas públicas", em 2011, somente em Angicos/RN e 2012 ampliado ao 
município de Fernando Pedroza/RN. Outro projeto "Formação de professores e professoras 
das escolas rurais dos municípios de Angicos/RN, Afonso Bezerra/RN e Pedro Avelino/RN para 
o uso das tecnologias da informação e comunicação (TIC) na educação" foi financiado pelo 
Edital 01/2011- MC/SIC. Em 2015, integramos à equipe do projeto "Inclusão Digital com 
Robótica Educacional no Sertão do RN", aprovado no edital PROEXT 2015. Todos esses projetosvoltados para o público-alvo de alunos e professores da rede pública de ensino (municipal e 
estadual). Atualmente, sob nossa coordenação, excutamos as ações do PROEXT 2016 para 
inclusão digital de 150 idosos no município de Angicos. lugar por excelência de formação 
sistemática dos indivíduos, como encara o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação 
no processo de ensino-aprendizagem? Estariam os projetos políticos-pedagógicos inserindo as 
TICs na mediação do conhecimento? Que papel ocupa o uso das TICs na Educação de Jovens e 
Adultos? Em se tratando do uso das TICs na EJA, a aprendizagem ocorre de forma eficaz? Que 
currículo as escolas têm para a EJA? Dentre tantas outras inquietações, iniciamos sempre 
nosso trabalho nas escolas respondendo, o que consideramos mais importante antes de iniciar 
quaisquer trabalhos voltados à EJA: “revelar” quem são os sujeitos da EJA! Realizado o 
diagnóstico (educandos, educadores e gestores), partimos para o (re)planejamento das nossas 
ações. Fizemos esse percurso inicial para esclarecer ao leitor, que nosso trabalho por meio do 
Pibid tem uma missão desafiadora: alfabetizar jovens e adultos, utilizando o computador e 
incluir digitalmente centenas de jovens e adultos da EJA. E é sobre esse desafio que 
discorreremos brevemente 
 
3 DIFICULDADES PARA SE TRABALHAR AS NOVAS TECNOLOGIAS 
 
 As grandes dificuldades encontradas hoje para trabalhar com as tecnologias 
tirando a falta de preparo dos professores é a falta de infraestrutura, como o número 
insuficiente de equipamentos, internet muito lenta e com restrições em muitas escolas é 
liberado somente para secretaria e quando tem sala de informática por exemplo falta a 
manutenção nas máquinas. E levando em conta os alunos da Eja ainda mais alguns 
fatores agravantes considerando que esses educandos tem características próprias, ou 
seja já vem de uma classe mais pobre onde o contato com computadores ou outras 
tecnologias é muito precária e informal esta ausência faz com que os alunos da Eja 
encontrem muitas dificuldades de ampliar suas relações profissionais e sociais sendo 
assim o professor deve ter como meta o ensino onde eles possam adquirir 
conhecimentos e obter mais chance no processo de interação. 
 
“Através da educação podemos ajudar a desenvolver o 
potencial que cada aluno tem, dentro das suas possibilidades e 
limitações. Para isso, precisamos praticar a pedagogia da 
compreensão contra a pedagogia da intolerância, da rigidez, a 
do pensamento único, da desvalorização dos menos inteligentes, 
dos fracos, problemáticos ou “perdedores”. Praticar a 
pedagogia da inclusão” (MORAN, 1997). 
 
 O contato com as tecnologias ajudam os jovens e adultos na sua reinserção 
social e laboral no mercado de trabalho, uma das grandes dificuldades para se trabalhar 
com as tecnologias no EJA é a resistência dos alunos adultos, pois muitos acreditam em 
ser um recurso que não será útil, pois já se acham velhos para aprender manusear o 
computador e as tecnologias e que não teriam capacidade de utilizar esta ferramenta. 
Muitos dos adultos da EJA sentem-se inseguros e apresentam dificuldades de 
coordenação motora ao segurar o mouse e ao teclar não conseguem ler as letras de fonte 
pequenas solicitando constantemente a atenção da professora. Pois é um instrumento 
novo que lhes traz medo e ao mesmo tempo proporcionam satisfação pelo menos nos 
primeiros contatos. Ao contrário dos adultos os mais jovens alunos da Eja mesmo sem 
nunca terem tido contato com as tecnologias ficam eufóricos querem usar a internet, 
acessar jogos entrar em salas de bate-papo e etc. 
 
4 FALTA DE PREPARAÇÃO DOS DOCENTES PARA SE TRABALHAR A 
TECNOLOGIA 
 
 Os professores ainda enfrentam muitas dificuldades para incorporar as novas 
tecnologias de informação de forma efetiva em sala de aula, uma vez que elas ainda não 
fazem parte do currículo escolar e é preciso pensar em como adaptar no dia-a-dia da 
educação de maneira definitiva pois elas mudam o modo de enxergar o mundo que vai 
muito além dos muros da escola porém por mais que alguns professores que eu desejo 
de aprender ainda não sabem por onde começar. 
 Os professores da Eja sentem muita dificuldade em trabalhar com informática e 
por esse motivo acabam não utilizando os laboratórios das escolas com os alunos por 
não terem formação ou prática com o uso do computador essa formação é muito 
insuficiente e é um grande desafio para eles trabalharam com as novas tecnologias e 
conseguirem perceber que elas podem tornar o ensino aprendizagem bem melhor e 
passaram a ter uma visão diferente da que tem hoje que é de que a tecnologia pode 
atrapalhar e acabar de focando a atenção dos alunos dos conteúdos para irem navegar 
nas redes sociais por exemplo. 
 Assim como existe uma gama de pluralidade de fatores que interferem no 
aprendizado do aluno a também no aprendizado do professor, o mesmo precisa ter o 
domínio da linguagem utilizada pelas tecnologias que estão ao seu redor e seus 
conhecimentos tecnológicos. 
ARANHA 2007 “A tecnologia não surge como algo de fora, mas 
fruto das relações sociais, que depende da necessidade do uso, e 
os homens/mulheres utilizam as tecnologias conforme as 
necessidades que tiverem para mediar suas relações”. 
 
 Os educadores devem transmitir o conhecimento de modo eficaz e eficiente e 
assim promover a autonomia dos alunos e que integra em suas práticas profissionais o 
aproveitamento das potencialidades das novas tecnologias. 
 Para Canário Matos[6] (2010) ambientes de trabalho mais problemáticos e 
marcados por uma crescente complexidade pedem aos professores que, de modo eficaz 
e eficiente, transmitam conhecimentos, promovam a autonomia dos alunos, construam 
métodos inovadores facilitadores das aprendizagens e ponham em prática modos de 
ensino e de acompanhamento individualizado, no sentido de dar uma resposta positiva à 
crescente heterogeneidade dos públicos escolares. Também se pede aos professores que 
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,as-novas-tecnologias-e-a-educacao-de-jovens-e-adultos,34639.html#_ftn6
integrem nas suas práticas profissionais um aproveitamento pleno das potencialidades 
das novas tecnologias de informação. 
 Não é pertinente, nem fértil, questionar a formação e o exercício profissional dos 
professores sem, simetricamente, questionar quem são os actuais públicos escolares, o 
que mudou, como constroem os alunos a sua experiência escolar, qual a sua relação com 
o saber e que sentido atribuem às suas vivências escolares. (CANÁRIO MATOS, 2010). 
 A falta de preparo do professor faz com que ele não saiba como utilizar as 
novidades tecnológicas e os recursos em benefício da educação para fins pedagógicos, a 
formação dos educadores em relação às tecnologias ainda é muito precária e precisa 
avançar muito com a perspectiva de criação de competências no uso delas na escola. 
 Acho que o uso de computadores no processo de ensino 
aprendizagem, em lugar de reduzir, pode expandir a capacidade 
crítica e criativa (...). “Depende de quem usa a favor de quê e 
de quem e para quê.” (FREIRE, 1995 p. 98). 
 
 
5 A IMPORTÂNCIA DE INCLUIR OS ALUNOS DA EJA NA ERA DIGITAL 
 
“Educar Jovens e Adultos é dar a essas pessoas uma nova 
perspectiva de vida, um novo ponto de partida. ”(Coleções FTD 
para EJA). 
 Reconhecemos que o avanço tecnológico vem influenciando a maneira de viver 
da sociedade permitindo facilidades no cotidiano, com isto a escola vem sendo 
desafiada a se remodelar para ser capaz de atender os desafios deste mundo moderno. 
Vivemos presentemente sob uma nova configuração social que está sendo chamada de 
Era da informação, que se iniciou a partir da representação da informação em forma 
digital e do avanço da internet. A era digital não é só o amplo acesso a tecnologia, mas o 
acerto dela na resolução e problemas. O uso das ferramentas digitais faz todo sentido 
para a aprendizagemde jovens e adultos, mas é assustador no começo, pois a grande 
maioria tem dificuldade ou adaptação, que é claro podem ser superadas com confiança, 
auto-estima, com trabalho de cooperação e de equipe. 
 Álvaro Pinto (2000, p.29) afirma que “o compromisso da 
escola é sobre tudo o de assegurar a seus estudantes os 
instrumentos necessários para a participação ativa e cidadã no 
contexto em que estão inseridos’’. 
 
 Cabe ao professor da EJA orientar os alunos e ajudá-los a vencer o receio diante 
das tecnologias incentivando a se apropriarem desses recursos que estão presentes em 
todos os contextos. O profissional tem que estar ciente da personalidade desses alunos e 
entender que são diferentes as estratégias utilizadas do ensino regular, para muitos é a 
primeira oportunidade de sentar a frente a um computador e receber as primeiras 
coordenadas e aos poucos se apropriarem desses recursos. O professor neste contexto 
tem o papel fundamental, pois é o responsável pela quebra do mito embutido nos alunos 
de que o computador é um bicho de sete cabeças, e com o uso constante os estudantes 
perceberão importância desse recurso, não apenas em ambiente escolar, mas também na 
vida. 
É preciso insistir que tudo quanto fazemos em aula, por menor 
que seja, incide em maior ou menor grau na formação de nossos 
alunos. A maneira de organizar a aula, o tipo de incentivos, as 
expectativas que depositamos, os materiais que utilizamos, cada 
uma destas decisões veicula determinadas experiências 
educativas, e é possível que nem sempre estejam em 
consonância com o pensamento que temos a respeito do sentido 
e do papel que hoje em dia tem a educação (ZABALA, 1998, p. 
29). 
 Nessa concepção enxergamos que as experiências vivenciadas com as 
tecnologias digitais no processo de alfabetização de pessoas jovens e adultas, são como 
uma possibilidade de aprendizagem, de interação, de construção do conhecimento, de 
desenvolvimento de forma significativa que garantirá aos alunos da EJA maiores 
possibilidades de inserção social, desde que o profissional envolvido aborde temas e 
metodologias que facilitem a aprendizagem, se adequando ao perfil dos estudantes com 
práticas diferenciadas e estimuladoras para que os alunos se sintam motivados a 
frequentar as aulas e ao final se obtenha o sucesso na aprendizagem. 
 
6 A INFORMÁTICA NO AMBIENTE ESCOLAR COMO ESTÍMULO PARA 
APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL 
 Embora a informática seja algo complicado, é um grande estímulo para os 
estudantes, pois se pode conseguir um bom emprego, ter um acesso melhor nas práticas 
sociais de predominância, e auxilia muito na sua auto-estima. A informática na EJA 
permitiu o uso da tecnologia não apenas para a leitura e escrita, mas também repercutiu 
nas demais disciplinas, nas práticas de letramento que os alunos já possuíam e na 
contribuição e desenvolvimento intelectual e cultural. 
 Alonso (1998, p.82) aponta que não há melhor dúvida de que os artefatos 
tecnológicos e sua cultura devem ter lugar no desenvolvimento curricular, assim como 
um tratamento específico da parte do método didático. 
 Segundo Mortari (2001, p.114) “uma oportunidade de 
investigar diferentes aspectos do processo de aprendizagem na 
educação de adultos... a motivação encoraja e traz o desejo de 
explorar e de conhecer algo novo, mesmo que não seja fácil 
assumir a responsabilidade de enfrentar e de superar as 
dificuldades”. 
 
 A ideia é aceitar o novo, no desempenho de mudar as formas de aprender, se faz 
presente em nosso cotidiano escolar, a interação com novas tecnologias favorece o 
distanciamento de um ensino tradicional, e favorece e aproxima um ensino alternativo. 
 
7 DESAFIOS DA INCLUSÃO DIGITAL NA EJA 
 Vivemos em um mundo moderno envolvido com as tecnologias, as informações 
são compartilhadas em tempo real através das mídias digitais, e nos são apontadas 
inovações tecnológicas que beneficiam a sociedade, seja na área da informação, 
transporte ou educação. Com essas rápidas mudanças podemos analisar os problemas 
que necessitam ser solucionados para uma utilização eficaz desses recursos para o 
processo de ensino aprendizagem na modalidade de ensino da Eja, Educação para 
Jovens e Adultos, dentre elas a grade curricular, inadequação de livros e metodologias, 
falta de capacitação de alguns professores para atenderem os alunos, falta de demanda 
para Educação de Jovens e Adultos, falta de investimento do governo, dificuldade de 
acesso e principalmente a inexistência do uso das tecnologias no contexto escolar, 
questões estas que necessitam ser analisadas para uma oferta de educação de qualidade 
para a Educação de Jovens e Adultos. 
 O olhar tradicional também dificulta muito, não podemos pensar que só porque 
esta modalidade de ensino envolve alunos adultos ou pessoas da terceira idade não há 
necessidade de utilizar os recursos tecnológicos em sala de aula, pois o foco dessa 
educação é alfabetizar ou ensinar o básico para conseguir o diploma enquanto na 
verdade temos que prepará-los para o mercado de trabalho cada vez mais exigente e 
competitivo. 
Segundo Pretto e Costa Pinto (2006), “essas máquinas não 
estão mais apenas a serviço do homem, mas interagindo com 
ele, formando um conjunto pleno de significado”. 
 
 A partir de 1980 o computador começa a atuar como a extensão das atividades 
cognitivas humanas ativando o pensar, criar e memorizar, não foi implantada nas 
escolas para facilitar o trabalho dos educadores, mas para que o educando aprendesse a 
partir da realidade do mundo para que consiga agir sobre esta realidade transformando a 
si próprio, sendo assim todo conhecimento implica a uma série de ações e todo sujeito 
deve agir sobre o objeto de conhecimento para que se torne possível reconstruí-lo. 
 Desta forma fica visível a necessidade de um trabalho efetivo na formação de 
professores para a Eja, que se analisem as políticas públicas existentes, que se 
promovam movimentos para que todos os envolvidos como professores e alunos tenham 
voz e vez sobre as reais necessidades de melhoria, entendendo que o estudante é o 
principal envolvido e nele estão as respostas para a melhoria da Educação de Jovens e 
Adultos. 
 
 
 
 
 
8 ESTRUTURA ESCOLAR ATUALMENTE 
 
 Há importantes razões para conhecer os conceitos básicos das palavras estrutura e 
funcionamento, pois ambas estão sempre juntas, de ideias e valores que influenciam as 
escolas e seus profissionais nas práticas desenvolvidas. Quando pensamos em estrutura 
escolar será que realmente as escolas estão com uma estrutura adequada para receber os 
alunos da EJA, a estrutura e o funcionamento de uma escola dizem respeito à organização do 
sistema escolar, estrutura se refere aos prédios, instalações físicas, como bibliotecas, 
laboratórios, sala de aula, quadra, banheiro, etc. Em relação ao funcionamento por sua vez, 
depende da sua estrutura, isto é, uma escola em funcionamento tem a presença de 
funcionários, professores, alunos, diretores, coordenadores, etc. 
 Em todos os municípios e cidades é possível que encontremos escolas com boa 
estrutura e mau funcionamento, também o inverso pode acontecer, pois a busca de uma 
estrutura e funcionamento plenos é um desafio permanente para os que trabalham neste 
âmbito da atuação humana. Tanto a estrutura como o funcionamento de uma escola não são 
imutáveis, para que os alunos tenham um bom desenvolvimento no mínimo uma boa 
estrutura. Assim é possível perceber que a estrutura escolar é determinante para um bom 
funcionamento de uma escola, pois sem uma boa estrutura, não se pode esperar um bom 
funcionamento, e mesmo que venha a se ter o bom funcionamento a organização da estrutura 
escolar implicará na qualidade da educação. 
 A infra-estrutura educacional é um dos componentes fundamentais no resultado da 
qualidade da educaçãocomo um todo. E quando esta questão básica não é preenchida, ou 
mesmo ignorada, além de acarretar aos profissionais da educação certo desconforto para a 
realização do trabalho, os mantém de mãos atadas para o efetivo exercício do ensino. Para se 
ter uma educação de qualidade é preciso uma série de fatores, tais como boa estrutura escolar, 
assim como funcionamento, professores qualificados, bem remunerados, que participem das 
decisões que envolvem o ensino, como a escolha do material didático, por exemplo, é preciso 
que todos que integram a escola tenham compromisso com a educação. 
 Podemos perceber que apostilas antigas e livros infantilizados fazem parte do 
cotidiano de estudantes da modalidade que acelera a aprendizagem sendo assim a carência de 
métodos e materiais próprios desestimula alunos, livros antigos nas estantes das bibliotecas, 
nenhum computador disponível para consulta, professores que se dividem entre compreender 
o universo adulto dos estudantes ou achar que os alunos a sua frente nada sabem. 
 Atualmente já se vem apresentando uma mudança na estrutura, entre os alunos, 
professores e gestores ligados a modalidade há consenso de que é preciso provocar ruptura 
com a realidade atual. Alguns passos importantes foram dados, os estudantes da EJA 
ganharam alimentação escolar, agora receberão livros didáticos, isso significa assegurar o 
direito à educação. Temos que garantir o atendimento adequado a todas as faixas etárias, pois 
precisamos tornar a escola o mais agradável possível, atendendo todos muito bem com uma 
educação de qualidade, pois este espaço é de todos e para todos. 
 
 
“NÃO HÁ SABER MAIS OU SABER MENOS: HÁ SABERES DIFERENTES.” 
 Paulo Freire 
 
 
REFERÊNCIAS 
SOARES, Leôncio José Gomes. A educação de jovens e adultos: momentos 
históricos e desafios atuais. Revista Presença Pedagógica, v.2, nº11, Dimensão, 
set/out. 1996. 
TEDESCO, Juan Carlos. Educação e Novas Tecnologias: esperança ou incerteza? - 
São Paulo. Editora: Cortez, 2004. 255 p. 
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Unijuí, 1999. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três 
artigos que se completam. 50 ed. São Paulo: Cortez, 2009. _________. Pedagogia da 
Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 37 ed. São Paulo: Paz e Terra: 
1996. 
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<www.ufpe.br/nehte/…/anais/p…/trabalhando-com-o-computador-na-eja.pdf>. Data de 
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um campo de direitos e de responsabilidade pública. In: SOARES, Leôncio; 
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FONSECA, Maria da Conceição F.R. Educação Matemática de Jovens e Adultos. 2.ed. 
Belo Horizonte: Autêntica, 2005 
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http://www.ufpe.br/nehte/.../anais/p.../trabalhando-com-o-computador-na-eja.pdf
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 http://fundacaotelefonica.org.br/noticias/voce-sabe-como-e-a-estrutura-de-ensino-em-uma-
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http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/modalidades/eja-temagora-objetivos-maiores-alfabetizacao-476424%20Acesso%20em%2004.05.19
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http://fundacaotelefonica.org.br/noticias/voce-sabe-como-e-a-estrutura-de-ensino-em-uma-escola-publica/

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