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2 Aula - Apresentação Teorias da Administração


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APRESENTAÇÃO TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
AULA 2 – AS BASES HISTÓRICAS DA ADMINISTRAÇÃO
A Administração existe desde o início dos tempos, quando era praticada pelas civilizações mais primitivas, que utilizavam técnicas e ferramentas administrativas para alcançar seus objetivos. Com o surgimento dos agrupamentos humanos, o homem começou a administrar sua família, sua casa, seu clã, sua tribo e aldeias e, quando passou a viver em sociedade, viu-se diante da necessidade de administrar vilas, cidades, estados e países. 
O fenômeno da globalização influenciou e continua influenciando a vida das sociedades e o mundo organizacional, bem como as formas de administrar. Sendo assim, as organizações necessitam de uma administração de qualidade para crescerem e se manterem com sucesso no mercado. 
Vídeo história do gerenciamento de projetos
Fases históricas da administração
São muitos os conceitos de administração criados pelos primeiros administradores e que foram evoluindo ao longo do tempo, ajustando-se às situações da cada momento histórico. Apesar da semelhança dos problemas, mesmo em cada período histórico, as soluções sempre foram diferentes, uma vez que o contexto muda constantemente. 
Muito do que se estuda hoje sobre administração é resultado de ideias e técnicas de inúmeros precursores que surgiam com a intenção de resolver problemas enfrentados pelas empresas. Apesar da semelhança entre os problemas, em cada período histórico, as soluções sempre foram diferentes, uma vez que o contexto era distinto.
Considerando uma organização que lida com pessoas, materiais, equipamentos, tecnologia, instalações, conhecimentos e informações, pode-se observar que sem a administração, seria impossível fazer tudo isso funcionar. Ou seja, uma organização só consegue atingir seus objetivos se for bem administrada.
Uma organização é uma unidade social, constituída por duas ou mais pessoas, cuja finalidade é atender às necessidades da sociedade, gerar resultados (financeiros ou não) e atingir objetivos estabelecidos por meio da divisão do trabalho e da coordenação dos recursos e esforços (MAXIMIANO, 2012).
Referências históricas demonstram que conceitos administrativos de cerca de 1200 a.C. ainda são utilizados hoje. Os homens, em suas expedições de caça e pesca, além de construírem suas próprias ferramentas, também tomavam decisões, planejavam e dividiam o trabalho.
Eles precisavam definir a rota de caça, o local onde ficariam acampados, as armadilhas, etc. Assim, pode-se considerar que as expedições já tinham características de organizações, e seus líderes, características de gerentes (MAXIMIANO, 2012).
Por volta de 3000 a.C., a arte de administrar já era exercida pelos sumerianos, quando buscavam soluções para seus problemas práticos. A administração foi utilizada, por exemplo, na formação de uma sociedade de irrigação idealizada pelos primeiros colonizadores da Mesopotâmia. Como a água era abundante, seu uso foi organizado por pequenas comunidades autossuficientes e interligadas.
Os coordenadores dessas comunidades eram os sacerdotes, que transformaram os templos em centros administrativos, com funcionários que registravam as atividades de recebimento, armazenagem e pagamento de produtos escassos, como madeira e metais, que eram comercializados. Os funcionários e esses produtos eram pagos com o que sobrava da agricultura irrigada. 
Além da escrita e da aritmética, os sumérios criaram a administração pública com funcionários e práticas burocráticas. Assim, nessa época era realizada a escrituração de operações comerciais e surgiram os primeiros funcionários e dirigentes administrativos profissionais.
Em 3100 a.C., o Egito já praticava o planejamento em longo prazo quando se preparava para o ciclo de inundação, cultivo e seca. Além disso, mantinha uma rede de fortes com soldados assalariados e com suprimentos suficientes para 12 meses.
Outro exemplo de prática administrativa foi a construção de suas pirâmides, que exigiram dos egípcios habilidades técnicas e administrativas para resolver grandes problemas relacionados à mão de obra, aos arquitetos e à logística. Foi uma época de práticas de planejamento, organização e controle sofisticadas.
Em 2000 a.C., a decadência dos sumérios abre espaço para o domínio dos babilônios, cujo registro de transações comerciais era feito cuidadosamente em placas de argila, mostrando sua preocupação com o controle. As cores eram utilizadas para o controle da produção, dos estoques de tecidos e dos celeiros. O código do rei Hamurabi, com 282 regras, é outro exemplo do uso da administração pelos babilônios. Tal documento é um dos primeiros e talvez o mais famoso conjunto de leis da história.
Vídeo código de Hamurabi
Os assírios contribuíram para o avanço na área da organização militar, servindo de modelo para exércitos posteriores, em relação a depósitos de suprimentos, colunas de transporte e companhias para a construção de pontes, etc. Entre os anos 2350 e 2256 a.C., na China, houve o emprego do princípio de assessoria aplicada a administração pública, onde havia aconselhamento com os assessores, delegando a eles autoridade para a resolução de problemas.
Podemos considerar também Sun Tzu, que escreveu sobre estratégia militar e que, no tratado A Arte da Guerra, apresenta teorias para evitar batalhas e intimidar psicologicamente os inimigos utilizando o tempo, em vez da força, para desgastá-los e atacá-los quando estivessem desprevenidos.
A Arte da Guerra é um manual de recomendações que trata dos princípios fundamentais de planejamento, comando, doutrina e outros. Esse manual atravessou os séculos e é muito utilizado na administração de todos os tipos de organização (MAXIMIANO, 2012).
A Grécia marcou significativamente a administração de organizações de todos os tipos, por meio da produção de ideias e solução de problemas com debates e proposições sobre temas como democracia, estratégia, igualdade de todos diante da lei, ética na administração pública, planejamento urbano, entre outros.
Roma que graças a princípios e técnicas de administração construíram e mantiveram o Império Romano por muitos anos. Contribuíram com o planejamento e o controle das finanças públicas; a autoridade formal e as regras de convivência definidas legalmente; os diversos tipos de executivos, como senadores, magistrados e imperadores; a criação de empresas privadas; a divisão dos povos para governar, entre outros (MAXIMIANO, 2012).
Contribuição de filósofos para administração
Vários filósofos antigos como Sócrates, Platão, Aristóteles, Confúcio, Mêncio e modernos como Francis Bacon, René Descartes, Jean-Jacques Rousseau, Karl Marx e Maquiavel contribuíram significativamente para a ciência administrativa, bem como a Igreja Católica Romana. Assim, grande parte da história da administração é a história de cidades, governos, exércitos, países e organizações religiosas.
Contribuição de filósofos para administração
Foi somente a partir do final do século XIX e início do século XX que a administração começou a ser tratada como ciência, tornando-se um corpo organizado de conhecimentos e teorias (MAXIMIANO, 2012).
Teoria é uma palavra ampla. Além de compreender proposições que explicam a realidade prática, compreende também princípios, doutrinas e técnicas que orientam os administradores na solução de problemas práticos. As teorias da administração estão organizadas em escolas ou enfoques, que significam uma linha de pensamento sobre as organizações e a sua administração (MAXIMIANO, 2011).
Evolução da administração: do capitalismo
mercantil à Revolução Industrial
A administração passou por várias fases e vem evoluindo ao longo dos tempos, influenciando o mundo todo. Como prática inerente ao homem, ela sempre existiu. No entanto, conforme foram surgindo e se complexificando as organizações, ela precisou ser estudada, estruturada e se tornou ciência. Cada momento da história da administração se caracterizou por acrescentar diferentesexperiências ao processo de gerir as organizações.
Evolução da administração: do capitalismo
mercantil à Revolução Industrial
A base da evolução do estudo da administração inicia com a Revolução Industrial, fenômeno que revolucionou a produção e a aplicação de conhecimentos administrativos. Ocorre que antes da dita Revolução houve um momento que a antecedeu, chamado de capitalismo mercantil ou mercantilismo. Ele teve sua expansão a partir do século XV e influenciou profundamente as práticas administrativas dos negócios.
MERCANTILISMO
O mercantilismo é um conjunto de práticas econômicas que surgiu na Europa a partir do século XV, após o período feudal. Foi um momento de transição entre o feudalismo e o capitalismo que abriu o caminho para a Revolução Industrial. Ele se caracteriza principalmente pelo fato de a riqueza de uma nação ser obtida por meio da comercialização de ouro e prata extraídos de suas colônias. Nesse processo, se destacaram Inglaterra, França, Portugal e Espanha (MAXIMIANO, 2011).
Ocorria que os barões feudais perdiam seu poder, fazendo com que muitas terras europeias ficassem livres de seu domínio e se transformassem em cidades, chamadas burgos — seus habitantes eram chamados burgueses. Os burgueses começaram a se organizar livremente, definindo seus papéis sociais na comunidade, o que fez surgir uma atividade econômica e profissionais autônomos, que buscavam atender às necessidades das cidades.
A liberdade dos burgueses fez o comércio se expandir e ultrapassar as fronteiras europeias, dando início às grandes navegações, em busca de novos mercados e fornecedores de matéria-prima. Isso estimulou a exploração de novas terras; o descobrimento de novos povos e produtos; o aparecimento de vendedores e agenciadores de matéria-prima e mão de obra; e o acúmulo de metais oriundos de suas colônias, concedendo o status de potência mercantilista à metrópole (MAXIMIANO, 2012; BRESSER PEREIRA et al., 2016).
Nessa fase, as cidades-estado eram a base do comércio de longa distância, ou seja, da compra e da venda de metais preciosos, especiarias e outros bens de luxo, realizadas por meio de camelos, mulas e navios à vela. Esse comércio possibilitava o acúmulo de capital e grande lucro, mas esses fatores eram instáveis.
Por isso começaram a investir em manufatura. No entanto, o modo de produção era bastante rudimentar e os produtos eram feitos de forma artesanal, ou seja, com a utilização de ferramentas básicas, pois não havia máquinas complexas. Isso fazia com que a produção fosse lenta e cara (BRESSER-PEREIRA et al., 2016).
Desde a Antiguidade até cerca de 1780 (início da Revolução Industrial), os produtos eram fabricados em pequenas oficinas, de forma artesanal e sem padronização. Era a chamada fase artesanal, marcada pelo artesanato rudimentar e pela mão de obra intensiva e não qualificada na agricultura, com predomínio de oficinas, granjas e agricultura e sistema comercial baseados em trocas nos mercados locais (SILVA, 2013).
Esse movimento proporcionou o aumento da demanda, fazendo com que houvesse ampliação da produção, necessitando mais máquinas. Assim, muitas tarefas realizadas de forma manual passaram a ser mecanizadas e parte da mão de obra foi substituída por máquinas, gerando a divisão no trabalho e a criação de novas categorias de trabalhadores.
Os capitalistas passam então a dominar a produção e a comercialização de bens, bem como a tomar decisões sem a participação dos trabalhadores, como era feito no período medieval. Dessa forma, além das mudanças nos meios de produção e comercialização de bens, houve também uma mudança de valores (MAXIMIANO, 2012).
Neste período, as práticas de administração estavam no controle contábil-financeiro da movimentação de mercadorias entre regiões; na organização da demanda da produção artesanal e dos ganhos e garantias resultantes da comercialização dos produtos; e na divisão e na especialização do trabalho. Pode-se dizer, então, que o mercantilismo foi marcado pela supremacia naval, pela fartura de recursos naturais e pelo acúmulo de capital.
Com o surgimento das primeiras fábricas, com a divisão do trabalho e a invenção das máquinas a vapor, surge a Revolução Industrial no século XVIII. A partir daí, o desenvolvimento da administração passa a ser influenciado pelo surgimento de empresas industriais, com maquinários que possibilitavam aumento acelerado do processo produtivo, com padronização e maior qualidade. Surgem também a hierarquia, a disciplina, a vigilância e o controle de tarefas e dos trabalhadores.
Vídeo A grande revolução industrial
Nesse período, muita riqueza foi gerada, novos empregos surgiram, houve crescimento de cidades e regiões, tiveram início novas relações de poder e foram criados novos interesses comerciais. Houve também o surgimento do comércio exterior próximo ao que conhecemos hoje, da pesquisa e do desenvolvimento de novos produtos. A Revolução Industrial teve duas fases (MAXIMIANO, 2012), como você pode ver a seguir.
Primeira Revolução Industrial (1780 a 1860)
Período de adaptação das oficinas à nova tecnologia da máquina a vapor, mecanizando oficinas e agricultura. O carvão como fonte de energia e o ferro como material básico da indústria passam a ser os principais recursos para o desenvolvimento dos países. As oficinas se transformam em fábricas e usinas; as máquinas substituem o trabalho humano e há o desenvolvimento do sistema fabril, o crescimento nos setores de transporte e comunicação. Surgem as locomotivas a vapor e o crescimento da navegação.
Segunda Revolução Industrial (1860 a 1914)
Marcada pelo desenvolvimento da indústria. O aço e a eletricidade passam a ser os principais recursos para o desenvolvimento do país, substituindo o carvão e o ferro. Há grande e crescente influência da ciência e da tecnologia na indústria. Nessa época, surgem o automóvel, o avião, o telefone e o telégrafo sem fio. Surgem também os grandes bancos e instituições financeiras, substituindo o capitalismo industrial pelo capitalismo financeiro, provocando grande ampliação do mercado. Houve também a invenção do motor a combustão, a substituição do vapor pela eletricidade, o surgimento de máquinas automáticas, etc.
A Revolução Industrial substituiu o artesão pelo operário; contribuiu para a criação das fábricas e a evolução dos maquinários; fez surgir as organizações sindicais; e contribuiu para o crescimento das cidades. Ou seja, proporcionou mudanças econômicas, políticas, sociais, ambientais e culturais que se refletem até hoje.
A Revolução Industrial trouxe também alguns transtornos, como o êxodo rural. As pessoas que moravam no campo deixavam suas famílias e iam para as cidades, seduzidas pela possibilidade de trabalhar nas indústrias. No entanto, isso nem sempre dava certo, especialmente pela falta de qualificação da mão de obra e pela substituição desta pelas máquinas (MOTTA; VASCONCELOS, 2008)
Administração nos tempos atuais
Após a fase da segunda Revolução Industrial, veio a fase do gigantismo industrial, de 1914 e 1945, época entre as duas grandes guerras mundiais. Nesse período, a organização e a tecnologia eram utilizadas na indústria bélica. As empresas encontravam-se em franca expansão, passando a atuar também no mercado internacional. Houve uma significativa aplicação tecno científica nas indústrias, principalmente com ênfase em materiais petroquímicos, o que contribuiu para o aperfeiçoamento dos setores de transporte e comunicação (SILVA, 2013).
Em seguida, começou a fase moderna, entre 1945 e 1980, com o aparecimento de produtos e processos mais sofisticados decorrentes dos avanços tecnológicos. Surgiram também as primeiras empresas de grande porte no Brasil, bem como problemas econômicos, gerando incerteza e imprevisibilidade no mercado. Após 1980, se inicia a fase da globalização ou incerteza, marcada por grandes e novos desafios, dificuldades, oportunidades e ameaças, gerando um ambiente complexo e dinâmico.
Foi uma época caracterizada por escassez de recursos, concorrênciacada vez mais acirrada, dificuldade de compreensão do mercado e de informações, mudança brusca no modelo de gestão das organizações e revolução dos computadores, que passam a substituir o ser humano em termos físicos e intelectuais (SILVA, 2013).
Globalização
A globalização influenciou e continua influenciando a vida das sociedades e o mundo organizacional, bem como as formas de administrar. Com as mudanças cada vez mais rápidas, novas necessidades são geradas, fazendo com que as organizações se tornem mais complexas e sem fronteiras, dependendo de uma administração de qualidade que garanta seu crescimento e seu sucesso no mercado.
Globalização
Tornou o mercado altamente competitivo e alvo de rápidas transformações políticas, sociais, ambientais e tecnológicas, originando novos perfis de atores sociais, novos concorrentes, novos padrões de consumo, etc. (SOBRAL; PECI, 2013).
Dessa forma, as organizações precisam estar preparadas para todo tipo de mudanças. Elas devem adotar novas estratégias e novas formas de administrar que as ajudem a enfrentar o mercado cada vez mais competitivo, encontrando respostas para as exigências que se impõem e garantindo sua sobrevivência. Ou seja, o mercado é dinâmico e está em constante transformação, fazendo com que as organizações convivam permanentemente com a necessidade de adaptação.
Isso exige delas a capacidade de realizar mudanças em seus processos, relacionamentos, modelos de gestão, estruturas, cultura, etc. (SOBRAL; PECI, 2013). O conhecimento e a informação são outros aspectos fundamentais na administração atual. São considerados uma das principais vantagens competitivas da organização. Saber administrá-los é fator crítico de sucesso para as empresas.
Os fatores críticos de sucesso (FCS) são aspectos fundamentais para a organização, que precisam ser bem executados para garantir seu desenvolvimento, seu crescimento e o alcance dos objetivos. São aspectos que, se mal executados, podem levar a organização ao fracasso (MAXIMIANO, 2012).
Vídeos fatores críticos de sucesso 1 e 2
Na sociedade contemporânea, o acesso às informações é cada vez mais amplo, e a comunicação independe do tempo e da distância. É importante compreender os fluxos de informação como processos que agregam valor à informação e que podem ser explorados para promover melhorias. Uma das funções do administrador é tomar decisões. Para tal, ele precisa estar bem informado e conhecer o ambiente em que a organização está inserida, não só o ambiente interno, mas os fatores externos que influenciam sua gestão. Nesse contexto, a informação é essencial (SIQUEIRA, 2005).
O conhecimento, por sua vez, é o conjunto de informações valiosas da mente humana (argumentos, reflexão e síntese), que precisa ser bem gerenciado. A informação e o conhecimento são essenciais nas organizações, pois são a base de todas as atividades desenvolvidas, desde o planejamento até a execução das ações planejadas, assim como o processo de decisão. Por isso, devem ser geridos para a busca de novas fontes de vantagem competitiva, melhorando o funcionamento da organização e tornando-a mais eficiente (SIQUEIRA, 2005).
A gestão do conhecimento é um conjunto de atividades cuja finalidade é promover o conhecimento dentro da organização, possibilitando que ela e seus colaboradores utilizem as melhores informações e os melhores conhecimentos disponíveis. Nesse sentido, são fundamentais uma visão estratégica e a promoção da aquisição, da criação, da codificação e da transferência de conhecimentos para o alcance dos objetivos organizacionais e a maximização da competitividade (ALVARENGA NETO, 2002).
Vídeo Gestão do conhecimento
Outros aspectos importantes para a administração nos dias atuais é a mudança de estratégias de gestão e a adoção de práticas de descentralização, que incentivem a criatividade e a inovação. É nesse contexto que surge a necessidade de aprimoramento da gestão. Ou seja, além de possuir conhecimentos técnicos e teóricos sobre a arte e a ciência da administração, os administradores precisam estar atualizados, acompanhando as mudanças que ocorrem não somente no ambiente que envolve as organizações, mas nos conhecimentos produzidos no campo da administração.
É necessário ainda compreender o universo que envolve as relações interpessoais e as motivações das pessoas. Logo, o administrador precisa estar em constante processo de aprendizagem, uma vez que o mundo da administração é altamente complexo. A seguir, alguns dos desafios que se colocam à administração e aos administradores (LACOMBE; HEILBORN, 2008).
 Desafios tecnológicos: necessidade e capacidade de introduzir novas tecnologias para agilizar, flexibilizar e modernizar os processos administrativos.
 Desafios sociais e humanos: dirigir pessoas e grupos com competências, experiências e culturas diferentes e particulares. Capacidade de lidar com a diversidade.
 Desafios de mercado: conhecer os clientes, a concorrência, os clientes potenciais, o ambiente interno e externo da organização. Satisfazer as necessidades e desejos dos clientes, agregando valor ao produto ou serviço.
 Desafios de negócio: gerar lucros e dividendos para os stakeholders.
 Desafios comunitários: manter um bom relacionamento com a comunidade em que está inserida e contribuir para o seu desenvolvimento.
 Desafios ambientais: adotar produção consciente, ou seja, respeitar as leis e normas ambientais, não causando danos ao meio ambiente e buscando a sustentabilidade do negócio.
 Desafios globais: administrar global e localmente ao mesmo tempo.
 Desafios de inovação: criar produtos, processos e sistemas inovadores, agregando valor aos clientes e desenvolvendo produtos personalizados.
 Desafios da concorrência: buscar continuamente meios de alcançar vantagem competitiva e superar a concorrência.
 Desafios éticos e sociais: dirigir o negócio com ética e transparência e ser uma empresa socialmente responsável com seu público interno e externo.
A administração é uma combinação de arte e ciência. Ciência porque tem por base princípios, técnicas e conhecimentos; e arte porque exige do administrador a capacidade de lidar com o inesperado, usando sua intuição e sua sensibilidade. Dessa forma, o administrador deve estudá-la cientificamente, mas também estar atento a aspectos aos quais teorias não podem ser aplicadas, como é o caso do relacionamento interpessoal.
O maior desafio do administrador é estimular a motivação nas pessoas para um desempenho de excelência, criando um clima organizacional adequado para o trabalho em equipe, incentivando comportamentos de cooperação, criando propósitos comuns e transformando-os em ação (LACOMBE; HEILBORN, 2008).