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Escola Técnica Matos Reis Antialérgicos: Histamínicos e corticoides Profesora: Kenia Aguiar Alunas: Amanda Nathaly; Nathalia Eulina; Sinara da Paz Tec. Enfermagem B1 - Noturno Antialérgicos (Anti-histamínicos) Os antialérgicos ou anti-histamínicos são medicações farmacológicas que podem ser compradas na rede de farmácias sem necessidade de prescrição médica. Eles servem aliviar os sintomas de reações alérgicas ou prevenir problemas maiores. De praxe eles têm como efeito colateral a sonolência, apesar de nem todos ter poder sedativo. Este tipo de medicação só deve ser utilizado quando ocorrer algum sintoma de alergia, o que costuma ser bastante comuns em crianças. Nas farmácias poderá ser encontrado uma grande variedade de formas de antialérgicos como comprimidos, sprays nasais, gotas oculares e xaropes. Tudo depende do tipo de reação que a pessoa tem. Quando houver sintomas de alegria você deve procurar um profissional da área de imunologia. Os anti-histamínicos devem ser usado para evitar o choque anafilático, uma reação do organismo causada quando o sistema imunológico se torna incapaz de deter um corpo estranho, provocando lesões permanentes e até a morte. Em casos mais leves eles aliviam os sintomas que podem ser incômodos. Cada alergia tem um sintoma diferente. Ela acontece quando o corpo entra em contato com substâncias que o sistema imunológico trata equivocadamente como algo estranho e a ser combatido, geralmente as reações são exageradas podendo gerar inflamações. O tempo de exposição ao efeito alógeno também varia de acordo com o grau de intensidade de alergia da pessoa. Os principais elementos que desencadeiam uma alergia são: ❖ Alergia a alimentos (glúten, lactose, amendoim, camarão…) ❖ Alergia com reações na pele (pólen, poeira, pêlo, insetos) ❖ Alergias respiratórias (plantas, pó, ácaros, mofo, pêlos de animais) ❖ Medicamentos (anestésicos, antiinflamatórios e outros) ❏Como os antialérgicos funciona no organismo A principal função dos antialérgicos é inibir a ação da histamina no corpo, a substância que provoca a reação no sistema imunológico. Assim o remédio bloqueia a ação anti inflamatória do corpo, mas em compensação, evita por um longo período que o corpo seja danado com os sintomas de uma reação alérgica a uma substância que foi considerada indevidamente como fator estranho. ➢Antialérgicos Clássicos – os que dão sono Existem duas classes de anti-histamínicos vendidos no mercado. Os clássicos, que são aquele eficazes na diminuição dos sintomas em si por conta do seu papel de sedação, por tanto terão como efeito colateral a sonolência, alteração da coordenação motora e diminuição da concentração. Geralmente, os remédios deste grupo não são recomendados para alguns tipos de reações alérgicas como é o caso da asma ou problemas crônicos como a sinusite ou rinite alérgica. Confira os principais que se enquadram nesta categoria: ● Hidroxizina ● Dexclorfeniramina ● Prometazina ● Ciproheptadina ➢Antialérgicos não clássicos – não dão sono Como muitos dos problemas alérgicos são recorrentes na vida do pessoa (como quem tem rinite ou asma, por exemplo) é muito desconfortável se expor a efeitos colaterais que dificultem que mantenha sua rotina de vida normal. Por isso as fórmulas mais atuais são isentas do efeito de sedação e sonolência. A maioria deles pode também ser aplicado em crianças a partir de seis meses de idade. Confira os nomes de anti-histamínicos mais comuns desta categoria: ● Desloratadina ● Loratadina ● Cetirizina ● Fexofenadina ● Levocetirizina ❏Quanto tempo leva para fazer efeito? Um comprimido anti alérgico demora em média 30 minutos para fazer efeito, sendo que o pico de efeito é de 1 a 2 horas após a tomada da medicação. Eles são mais eficazes quando tomados diariamente como um tratamento do que somente utilizados durante crises. ❏Antialérgicos mais indicados para crianças Crianças, por terem um sistema imunológico mais debilitado e que ainda não adquiriu anticorpos suficientes acabam por ter reações alérgicas mais comuns, principalmente as de nível da pele e respiratórias. Para evitar os sintomas mais comuns existe uma série de medicamentos, a maioria deles já vem com o efeito antitérmico para aliviar a febre que é comum nos casos de inflamações e pequenos desconfortos causados pela reação alérgica. Os antialérgicos para coceira também são os mais comuns e também comumente indicado para crianças a partir de 2 anos de idade. O xarope é a forma mais vendida por conta da facilidade de ingestão em comparação aos comprimidos. Veja quais são recomendados para crianças: ● Dexclorfeniramina; ● Hidroxizina; ● Prometazina; ● Ciproeptadina; ● Loratadina; ● Desloratadina; ● Cetirizina; ● Levocetirizina; ● Desalex ● Diprospan ❏Efeitos colaterais – Os principais Apesar de ser comum a automedicação com antialérgicos quando as reações acontece com recorrência é sempre bom procurar uma prescrição médica para evitar que o seu corpo tenha uma fadiga desnecessária no tratamento contra a alergia. ● Sonolência ● Dor de cabeça ● Tontura ● Visão Turva ● Retenção Urinária ● Intestino preso ● Acidez no estômago e refluxo Corticoides Corticoide é o nome utilizado para designar um determinado grupo de hormônios esteróides. Esses hormônios são produzidos pelas glândulas suprarrenais ou por derivados sintéticos, ou seja, uma combinação de substâncias produzidas por meio de um processo químico. Esses hormônios, também conhecidos pelos nomes de corticosteróides, cortisona e cortisol, desempenham diversas ações dentro do nosso organismo, como proporcionar um balanço eletrolítico em nosso corpo (equilíbrio de íons e água) e regulação do metabolismo. Apesar desses hormônios serem produzidos naturalmente por nosso corpo, eles também estão presentes em alguns medicamentos. Devido a sua ação anti-inflamatória, é bastante recomendado em casos de doenças crônicas, como alergia, asma, artrite reumatoide, lúpus e por pessoas que passaram por uma cirurgia para transplante de rim. Contudo, é preciso ter um controle sobre a produção desses hormônios pelo nosso organismo. Essa produção acontece e é regulada pelo hipotálamo. Ocorre devido a diversos estímulos. Até mesmo os batimentos cardíacos e estímulos de dor e estresse podem influenciar nesse processo. Sendo assim, quando alterada, essa produção de corticoides pode desencadear patologias como a Síndrome de Cushing e a doença de Addison. Os corticoides, apesar de contribuir no tratamento de muitas doenças, até mesmo em alguns tipos de câncer, apresentam riscos para a saúde e possibilitam sérias complicações quando o uso é equivocado. Para este ou para qualquer medicamento, é necessário consultar-se com um médico para compreender todos os possíveis efeitos colaterais do uso e quando ele é necessário ou não. ❏Tipos de corticoides É possível encontrar os corticoides em vários medicamentos e em diferentes tipos, pois ele é utilizado de acordo com a patologia a ser tratada. Algumas opções são: ● Corticoides orais: comprimidos, geralmente, utilizados para o tratamento de doenças crônicas inflamatórias, como hepatite, doença deCrohn, artrite e bronquite; ● Corticóides injetáveis: devem ser prescritos e administrado por um médico. Usado para tratar doenças como lúpus, queloides e artrite reumatoide; ● Corticoides nasais: sprays recomendado para pacientes no tratamento de asma, rinite alérgica e outras doenças respiratórias; ● Corticoides em colírios: em casos de doenças oftalmológicas, é possível que se encontre os corticoides em colírios. Recomendado no tratamento de doenças como conjuntivite e uveíte. Ajuda a reduzir sintomas como irritação e vermelhidão; ● Corticoides em cremes: indicado em casos de reações alérgicas ou doenças de pele, como eczema e urticária. Existe, ainda, em relação aos tipos de corticoides, uma divisão de acordo com os níveis de cortisol presente no medicamento. Por exemplo, os glicocorticóides utilizados e receitados pelos médicos são versões sintéticas dos corticóides que nosso corpo produz, nas glândulas suprarrenais. Existem várias dessas versões do cortisol, produzidas laboratorialmente. As mais utilizadas são: ● Prednisona; ● Prednisolona; ● Hidrocortisona; ● Dexametasona; ● Deflazacorte; ● Beclometasona (via nasal); ● Metilprednisolona. A grande maioria dessas versões sintéticas são mais fortes do que o hormônio naturalmente produzido pelo nosso organismo. Confira qual a potência desses medicamentos sintéticos em relação ao cortisol natural: Esse nível elevado de cortisol nos medicamentos de corticoides sintéticos contribuem para que seja possível o tratamento de algumas doenças que necessitam de uma potência maior desses hormônios. Hidrocortisona Potência semelhante Deflazacorte 3 vezes mais potente Prednisolona 4 – 5 vezes mais potente Prednisona 4 – 5 vezes mais potente Triancinolona 5 vezes mais potente Metilprednisolona 5 – 7.5 vezes mais potente Betametasona 25 – 30 vezes mais potente Dexametasona 25 – 30 vezes mais potente Como os corticoides agem em nosso organismo É interessante compreender que a ação anti-inflamatória do uso de remédios corticoides está relacionada a forma como o hormônio cortisol se comporta no organismo. Quando o paciente está com alguma inflamação, seu corpo responde a essa agressão liberando substâncias para ajudar na recuperação do local. Contudo, esse processo natural do sistema imunológico acaba provocando sintomas bem desconfortáveis, como dores e inchaço. Os corticoides, nesses casos, ajudam a frear a liberação dessas substâncias, impedindo que efeitos como estes aconteçam. É também por este motivo que o corpo se torna mais suscetível a infecções, uma vez que o sistema imunológico tem sua ação reprimida com o uso desses medicamentos. Os pacientes que estão sob o uso de algum medicamento a base de corticoides devem também seguir rigorosamente as orientações médicas e, principalmente, os horários de medicação. Isso porque esses hormônios apresentam certos comportamentos em nosso organismo. Deve-se considerar que a liberação do cortisol age de formas diferentes ao longo do dia, sofrendo alterações, de acordo com o período. Por exemplo, de manhã, a liberação é mais elevada. Enquanto à noite, ela é muito reduzida. O que a maioria dos médicos recomendam é que o paciente tome os medicamentos corticoides logo pela manhã, dependendo do caso, pois isso seria uma forma de se igualar a liberação natural do hormônio pelo organismo. Essa recomendação é uma tentativa de tentar evitar os efeitos colaterais que os medicamentos podem provocar. A absorção dos corticoides por nosso organismo também apresenta variações de acordo com sua forma. Por exemplo, a grande maioria dos efeitos colaterais relacionados ao tempo estendido de uso está associado aos corticoides utilizados por via oral ou intravenosa (injeções). Todavia, os medicamentos administrados por via nasal ou em pomadas, ainda que demonstram menor absorção pelo organismo, também são capazes de O uso de corticoides na pele (pomadas) e a sua absorção também leva em consideração fatores como a região do corpo em que foi utilizado. Áreas com dobras cutâneas, testa e couro cabelo demonstram maior absorção desses hormônios. Em crianças, deve-se tomar cuidado com áreas em que se tenha alguma inflamação ou descamação da pele (feridas), pois a absorção é maior. Se o uso for prolongado, os riscos de efeitos colaterais também serão maiores. ❏Indicações: Doenças que utilizam corticóides no tratamento Muitas doenças se beneficiam das ações anti-inflamatórias e imunológicas dos corticoides. Entre as doenças que utilizam os corticoides no tratamento estão: ● Esclerose múltipla; ● Asma; ● Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC); ● Alergias como anaphylaxis; ● Hepatite autoimune; ● Herpes Zoster; ● Lúpus; ● Leucemia; ● Artrite reumatóide; ● Linfoma; ● Mieloma múltiplo; ● Edema cerebral; ● Rinite alérgica; ● Vitiligo; ● Psoríase; ● Granulomatose de Wegener; ● Vasculitis; ● Doença de Addison (insuficiência adrenal); ● Urticária; ● Doenças de pele inflamatórias e autoimunes. ❏Efeitos colaterais dos corticoides Os corticoides podem apresentar alguns efeitos colaterais para os pacientes que estão em uso deste medicamento. Ainda que não relacionados ao uso indiscriminado, existe o risco de alguns sintomas surgirem. Os mais comuns envolvem: ● Náuseas; ● Vômitos; ● Acne; ● Aumento da transpiração (suor); ● Vermelhidões na pele; ● Pele fina; ● Dores de cabeça; ● Inquietação; ● Excitação; ● Confusão; ● Insônia; ● Aumento de peso. Se o seu tratamento inclui o uso de corticoides e esses efeitos colaterais se manifestaram, procure um médico. Não se deve interromper o uso do medicamento de forma abrupta.
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