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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD Avaliação a distância (AD1) – 2020.2 Disciplina: GEOGRAFIA I Coordenador (a): EDUARDO PIMENTEL MENEZES Aluno (a): Ana Paula Aparecida Cunha Araújo Matr.:18212080279 Polo: Rocinha 1 – De acordo com seus estudos sobre a Geografia, aborde: a) O significado da Geografia. 2,5 Abordar o conceito de Geografia é fazer um convite para mergulhar no conhecimento a respeito do ambiente ao qual estamos inseridos. Segundo Sodré (1987), a Geografia é talvez o conhecimento mais antigo da História. Foram os gregos os primeiros a sistematizar esses conhecimentos e a batizá-los como Geografia, que, ETIMOLOGICAMENTE, significa: GEO → Terra e GRAFIA → descrição. A própria etimologia da palavra nos permite refletir sobre o que pensavam aqueles que tentavam fazer tal descrição. Seria meramente trabalhar sobre o espaço físico? Quais seriam as influencias deste sobre os homens? Ou sobre como os seres humanos alterariam o espaço em que vivem? A Geografia, tal qual como a conhecemos hoje é bem diferente da chamada Geografia Tradicional, surgida na Grécia e que era resultado dos relatos de viajantes ou dos estudos de matemáticos e astrônomos. Atualmente, a descrição não atende mais aos interesses do homem, que já tem conhecimentos mais amplos e sabe que a organização dos espaços implica o conhecimento das relações sociais, políticas e ideológicas. Esta se faz presente em todos os momentos de nossas vidas, pois compreende uma relação direta homem-natureza. Ao vermos uma paisagem ou as mudanças feitas pelo homem no ambiente ao qual estamos inseridos, desenvolvemos seu conceito em nossas mentes, mesmo que não tenhamos consciência de tal acontecimento. Entretanto, Geografia não significa apenas olhar para uma criação ou para um ambiente sem saber analisá-lo e interpretá-lo; mas seu significado e importância estão em sabermos ler o espaço que se quer compreender, fazê-lo e refazê-la a cada dia, e para isso a escola precisa se readaptar à nova visão da Geografia de modo a desenvolver a consciência dos alunos sobre sua real significação. b) As mudanças e os elementos responsáveis por tais mudanças. 2,5 As mudanças no modo de ver a Geografia foram resultado da evolução dos conhecimentos do homem onde o contexto histórico, o desenvolvimento técnico e o posicionamento político são os elementos que definem a Geografia e que foram responsáveis para tais mudanças e que, reunidos, fazem a Leitura Geográfica do Mundo. Os meios de comunicação e transporte auxiliaram na ampliação do reconhecimento do espaço. Assim como a invenção da bússola, dos instrumentos de navegação e das caravelas que marcou o período das navegações e descobertas de outras partes do mundo. Atualmente, através dos avanços tecnológicos, o espaço terrestre é quase todo conhecido devido à utilização de radares, satélites e sensoriamento remoto. E a divulgação das informações através de rádio, a televisão e a internet é feita de forma mais rápida e eficiente, atingindo uma maior parcela da população no mundo. 2 – Desenvolva a relação entre a Geografia, no período anterior a sua sistematização e os motivos e razões que a levaram galgar o posto de ciência sistematizada. (5,0) Capítulo 2. Por muito tempo predominou uma abordagem da geografia tradicional clássica que privilegiava as relações homem-natureza, uma abordagem a-histórica (onde o homem seria uma espécie de coadjuvante do meio, sendo determinado ou enquadrado pelas condições deste meio) e descritiva. A sistematização do pensamento geográfico só ocorreu no século XIX, em função de um conjunto de condições históricas associadas ao processo de avanço do capitalismo e da própria evolução do pensamento. Essas condições históricas estão intimamente ligadas e correspondem, à conformação de uma nova ordem social, econômica, cultural e política, associadas à expansão do capitalismo e sua fase imperialista. Alguns pressupostos que favoreceram a formação da Geografia como um saber sistematizado. São eles: • A ampliação do conhecimento do mundo propiciada pela expansão marítima europeia; • A produção de inventários sobre os lugares realizados em expedições exploratórias e científicas; • A melhoria das técnicas de navegação e, por conseguinte, uma melhora gradual das técnicas cartográficas; • As correntes filosóficas do século XVIII valorizaram a explicação racional do mundo, e com isso, valorizaram temas geográficos, especialmente ligados à natureza e fenômenos; • A formação dos estados nacionais e a necessidade de racionalizar a gestão do território, população e recursos naturais; • As teorias evolucionistas, que colocaram em discussão a relação entre natureza e sociedade, buscando identificar os efeitos da natureza sobre a sociedade. Com a expansão marítima europeia e a ampliação do conhecimento do mundo, bem como com o desenvolvimento de novas técnicas de navegação, foi possível alcançar lugares desconhecidos aos quais só se chegava por terra. Ao mesmo tempo, o repertório de informações sobre variados lugares da Terra, que começavam a ser mais conhecidos, possibilitou a formação de uma base empírica a partir da qual se pôde regionalizar o mundo pelas diferentes características dos lugares. Esse processo se deu no âmbito da própria expansão marítima europeia, mas ligou-se, mais especificamente, à conquista de novos territórios e à necessidade de se levantar tudo o que neles havia.
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