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Sucessão Legítima e Disposição de Bens

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SUCESSÕES 
 
8.1. Sucessão em geral e sucessão 
legítima 
 
 A questão trata da rara hipótese 
de sucessão colateral. Lúcia faleceu 
deixando dois primos, que são 
colaterais de quarto grau (o último grau 
de parentesco). Ela deixou ainda um 
sobrinho, que é colateral de terceiro 
grau. Nessa hipótese, o grau mais 
próximo afasta o mais remoto. Assim, 
a única solução possível é atribuir ao 
sobrinho a totalidade da sucessão 
por direito próprio. A alternativa B está 
errada, porque não existe nessa 
hipótese nenhum direito de 
representação. O direito de 
representação 
somente seria utilizado para solucionar 
uma disputa entre um irmão 
do morto e um sobrinho do morto (filho 
de outro irmão). Não é o caso 
da hipótese apresentada (CC, art. 
1.840). 
 
 Primeiramente, é importante 
explicar a razão pela qual os irmãos da 
falecida não herdam. Havendo 
descendentes ou ascendentes do 
falecido, os colaterais já estão desde 
logo afastados da sucessão legítima 
(é evidente que um testamento poderia 
beneficiar os colaterais dentro 
da parte disponível). Em segundo 
lugar, a questão trata de uma regra 
extremamente específica e de raríssima 
utilização na vida prática. A 
hipótese trata da existência de um 
número diferente de ascendentes 
paternos e maternos, como é 
justamente o caso da questão. Havia 
dois avós paternos e uma avó materna. 
Nesse caso, a lei não divide a 
herança por cabeça, mas atribui 50% 
da herança para cada “linha”. É 
nesse sentido a redação do art. 1.836 § 
2º, o qual estabelece: “havendo 
igualdade em grau e diversidade em 
linha, os ascendentes da linha 
paterna herdam a metade, cabendo a 
outra aos da linha materna”. 
 
 A: incorreta, pois não há direito 
de representação (CC, art. 1.851) 
no caso de sucessão testamentária. O 
testador poderia ter previsto a 
hipótese e redigido cláusula de 
substituição testamentária, 
estabelecendo Juliana como 
beneficiária substituta de Carlos. Como 
a questão 
não mencionou a ocorrência de tal 
cláusula, a deixa não subsiste e 
será destinada ao herdeiro legítimo do 
testador; B: incorreta, pois não 
houve tal disposição no testamento, 
nem tampouco há previsão legal 
para tanto; C: incorreta, pois o 
sobrinho do falecido prefere ao tio do 
falecido (CC, art. 1.843); D: correta, 
pois, como a deixa testamentária 
não prevalece, os bens serão 
destinados aos herdeiros legítimos e 
nessa categoria o sobrinho prefere ao 
tio. 
 
 A: incorreta, pois Clara tem 
direito de meação sobre o apartamento 
que 
foi adquirido onerosamente durante o 
casamento, não herdando sobre 
esse bem (CC, art. 1.829); B: correta, 
pois Clara meia no apartamento 
(bem comum) e herda no bem 
particular de seu marido, concorrendo 
com seu filho; C: incorreta, pois Clara 
não é herdeira no apartamento, 
sendo apenas meeira; D: incorreta, pois 
Clara não é meeira do sítio, 
mas apenas herdeira. A ideia principal 
do direito de herdar da viúva 
casada sob comunhão parcial é: “onde 
meia não herda, onde herda 
não meia. 
 
 A: correta, pois a venda de 
herança de pessoa viva (chamada de 
pacta 
corvina) é nula de pleno direito (CC, 
art. 426) e Francisco não poderá 
reivindicar nenhum direito; B: 
incorreta, pois o negócio jurídico nulo 
não pode surtir efeitos; C: incorreta, 
pois Francisco não terá direito a 
receber nenhum valor em decorrência 
do negócio jurídico nulo praticado; D: 
incorreta, pois Francisco não pode 
receber valor decorrente 
desse negócio nulo. 
 
 A: incorreta, pois Ester pode 
dispor de apenas metade de seus bens 
(parte disponível da herança) nas 
hipóteses em que há herdeiros 
necessários (art. 1.846 do CC), como é 
o caso, já que Marina e Carina, 
por serem filhas de Ester, são herdeiras 
necessárias desta; de acordo 
com o art. 1.845 do CC são herdeiros 
necessários os descendentes, 
os ascendentes e o cônjuge; B e C: 
incorretas, pois é possível dispor 
de até metade do patrimônio quando 
há herdeiros necessários (art. 
1.846 do CC); D: correta, nos termos 
do art. 1.846 do CC, que só admite 
disposição de metade dos bens quando 
há herdeiros necessários, sendo 
que, entre as filhas de Ester, que são 
herdeiras necessárias (art. 1.845 
do CC), caberá metade para cada uma. 
 
 Os herdeiros de quem renuncia 
a uma herança não podem representar 
o renunciante, na forma dos artigos 
1.810 e 1.811 do CC; assim, 
somente os dois irmãos não 
renunciantes terão direito à herança, 
que 
será dividida igualmente entre eles, 
estando correta a alternativa “A” e 
incorretas as demais alternativas, 
lembrando que não há regra alguma 
no Código Civil que impeça um 
herdeiro que tenha herdeiros, que 
renuncie a herança a que tenha direito. 
 
 A: correta (art. 1.856 do CC); B: 
incorreta, pois na linha transversal, 
somente se dá o direito de 
representação em favor dos filhos de 
irmãos 
do falecido, quando com irmãos deste 
concorrerem (art. 1.853 do 
CC); C: incorreta, pois o direito de 
representação dá-se na linha reta 
descendente, mas nunca na 
ascendente (art. 1.852 do CC); D: 
incorreta, 
pois o direito de representação apenas 
se dá na sucessão legítima (art. 
1.851 a 1.856 do CC). Na sucessão 
testamentária temos a figura da 
substituição testamentária, que é a que 
mais se assemelha ao direito 
de representação. 
 
 A: correta, pois o art. 1.831 
prevê esse direito, sem estabelecer 
como 
causa de sua extinção a constituição de 
nova família; no Código Civil 
anterior, o dispositivo que tratava do 
assunto (art. 1.611) deixava claro 
que o direito real de habitação duraria 
enquanto o cônjuge sobrevivente 
permanecesse viúvo, ou seja, enquanto 
não constituísse nova família; 
B: incorreta, pois são excluídos por 
indignidade os herdeiros ou legatários 
que “houverem acusado 
caluniosamente em juízo o autor da 
herança”, sendo que essa hipótese pode 
ser configurada por conduta 
dolosa ou culposa, já que se trata de 
um tipo civil que não exige dolo, 
diferentemente de outros tipos 
reclamados pelo art. 1.814 do Código 
Civil, que reclamam a configuração de 
crimes dolosos; C: incorreta, 
pois a deserdação é forma de afastar 
apenas herdeiros legítimos do 
tipo herdeiro necessário (art. 1.961 do 
CC); D: incorreta, pois os efeitos 
da indignidade são ex tunc, já que, uma 
vez reconhecida, o herdeiro 
excluído será considerado como se 
morto fosse ao tempo da abertura 
da sucessão (art. 1.816 do CC). 
 
 Segundo o art. 1.816 do CC, 
“são pessoais os efeitos da exclusão; os 
descendentes do herdeiro excluído 
sucedem, como se ele morto fosse 
antes da abertura da sucessão”. Nesse 
sentido, aplica-se o direito de 
representação, pelo qual a lei chama o 
filho do falecido a suceder em 
todos os seus direitos (art. 1.851 do 
CC), direito esse que se aplica 
na linha reta descendente (art. 1.852 
do CC). Dessa forma, apenas a 
alternativa “B” está correta. 
 
 Pelo Direito de Família, metade 
dos R$ 600.000,00 pertence a Carla, 
que 
receberá, assim, R$ 300.000,00. A 
outra metade (a herança) será divido 
entre os filhos, de modo que teríamos 
R$ 100.000,00 para Ricardo, R$ 
100.000,00 para Roberto e R$ 
100.000,00 para Ronaldo. Porém, como 
Ricardo faleceu, teríamos R$ 50.000,00 
para José e R$ 50.000,00 para 
Jorge, por conta do direito de 
representação (art. 1.852 do CC). 
Porém, 
como José faleceu, temos que dividir 
esse valor e atribuir R$ 25.000,00 
para Marcos e R$ 25.000,00 para 
Mateus, também como direito de 
representação. Assim, a resposta 
correta está na alternativa “C”. 
 
 Com a morte de José, teríamos 
R$ 30.000,00 para Raul, R$ 30.000,00 
para Ralph e R$ 30.000,00 para 
Randolph. Porém, como Raul faleceu, 
a sua parte (R$ 30.000,00) seria 
dividida entre seus dois filhos, Mauro 
e Mário. Mas como Mário faleceu no 
mesmo momento de Raul, não 
chegou a herdar deste, nem a falecerantes de Raul para configurar o 
direito de representação (não há pré-
morte), de maneira que toda a 
parte de Raul será entregue a Mauro, 
por direito de representação de 
seu pai pré-morto, e nada será 
atribuído a Augusto e Alberto, de modo 
que apenas a alternativa “C” está 
correta. 
 
 Segundo o art. 1.810 do Código 
Civil, quando alguém, na sucessão 
legítima, renuncia à herança, a parte 
do renunciante acresce à dos 
outros herdeiros da mesma classe. 
Assim, como Roberto renunciou à 
herança, a sua parte não vai para seu 
filho, nem para a sua mãe, mas 
para o seu irmão, Leonardo, que é o 
herdeiro que está na mesma classe 
de Roberto. Dessa forma, a alternativa 
“D” é a correta. 
 
 Como José e Josefina eram 
casados pelo regime de comunhão 
universal 
de bens, metade do patrimônio (R$ 450 
mil) pertence a Josefina, em 
razão das regras do direito de família, 
independentemente das regras 
de direito das sucessões. Quanto à 
meação de José (os outros R$ 450 
mil), Josefina não terá direito algum, 
vez que o regime de casamento 
entre os dois faz com que os 
descendentes de José sejam herdeiros 
sem a participação de sua esposa (art. 
1.829 do CC). José tinha três 
filhos. Se todos estivessem vivos, cada 
filho ficaria com 1/3 do seu 
patrimônio. No entanto, como somente 
Moacir é vivo, somente ele 
receberá o 1/3 a que cada filho tem 
direito. Os filhos dos outros dois 
irmãos não herdam por cabeça, mas 
por estirpe (art. 1.835 do CC), de 
modo que o 1/3 que pertenceria a 
Mário será dividido entre seus dois 
filhos (R$ 75 mil para cada um, Paulo e 
Pedro) e o 1/3 que pertenceria 
a Mauro será dividido entre seus três 
filhos (R$ 50 mil para cada um, 
Breno, Bruno e Brian). 
 
 A: incorreta (art. 1.944 do CC); 
B: correta (art. 1.812 do CC); C: 
incorreta 
(art. 1.793 do CC); D: incorreta (art. 
1.806 do CC). 
 
 De fato, o direito civil brasileiro 
adotou o princípio de saisine segundo 
o qual a sucessão tem início com a 
morte (art. 1.784 do CC). 
 
 A: correta (art. 35 da Lei 
8.245/1991); B: correta (art. 1.923, 
caput e § 
1.º, do CC); C: correta (art. 982 do 
antigo CPC; art. 610 do Novo CPC); 
D: incorreta, devendo ser assinalada 
(art. 1.819 do CC). 
 
A: correta (art. 2.002 do CC); B: 
incorreta (art. 1.810 do CC); C: 
incorretaA: incorreta, pois na falta de 
descendentes, são chamados à 
sucessão os 
ascendentes, em concorrência com o 
cônjuge sobrevivente (art. 1.836 
caput CC). Logo, apenas herdam Carlos 
e Jane. A avó Irene não herda, 
pois na classe dos ascendentes o grau 
mais próximo exclui o mais 
remoto, sem distinção de linhas (art. 
1.836, §1º CC); B: incorreta. A cada 
um cabe metade da herança, pois só há 
um descendente em primeiro 
grau (art. 1.837 CC); C: incorreta, pois 
na ausência de descendentes, 
o cônjuge herda em concorrência com o 
ascendente (art. 1.836 caput 
CC). Sendo apenas um ascendente a 
Lei define que o quinhão a ser 
herdado é metade para ambos (art. 
1.837 CC). Logo não há que se 
falar que Carlos herda sobre a 
totalidade dos bens e Jane herdaria em 
concorrência com ele apenas sobre os 
bens particulares; D: correta, 
pois a resposta está exatamente de 
acordo com o que prevê os arts. 
1.836 e 1.837 CC. 
(art. 1.829, I, do CC); D: incorreta (art. 
548 do CC) 
 
A: incorreta (art. 1.810 
do CC); B: incorreta (art. 1.829, 
I, do CC); C: 
correta (art. 2.002 do CC); D: 
incorreta (art. 1.833 do CC). 
 
 A hipótese em tela retrata o 
caso de herança jacente, em que os 
bens são considerados vagos. 
Decorridos cinco anos da abertura da 
sucessão, os bens arrecadados 
passarão ao domínio do Município 
ou do Distrito Federal, se localizados 
nas respectivas circunscrições, 
incorporando-se ao domínio da União 
quando situados em território 
federal (art. 1.822 do CC). 
 
 I: verdadeira, pois o atual 
Código Civil considera o cônjuge 
herdeiro 
necessário, o que impede a sua 
exclusão da sucessão por vontade do 
autor da herança, quando for o caso 
desse cônjuge ter direitos sucessórios 
(art. 1.845 do CC); II: verdadeira, nos 
termos do art. 1.829, I, do 
CC; III: verdadeira (art. 1.830 do CC); 
IV: verdadeira, pois, pelo Direito 
de Família, Mévia tem direito à meação, 
ou seja, à metade do patrimônio 
comum com o autor da herança; a 
outra metade, pertencente ao autor 
da herança, será, de acordo com o 
Direito das Sucessões, partilhada 
pelos três filhos, sem a participação de 
sua mãe, nos termos do art. 
1.829, I, do CC; V: falsa, pois, como se 
viu, Mévia não participará da 
herança deixada pelo seu marido, mas 
ficará apenas com a sua meação, 
que decorre do Direito de Família, e 
não do Direito das Sucessões. 
 
8.2. Sucessão testamentária 
 
 A: incorreta, pois o cego pode se 
valer do testamento público (CC, art. 
1.867), o qual demandará formalidades 
adicionais de segurança em 
benefício deste peculiar testador; B: 
correta, pois o art. 1.848 do Código 
Civil permite que se grave a parte 
legítima do patrimônio com cláusulas 
de “inalienabilidade, 
impenhorabilidade, e de 
incomunicabilidade”, 
desde que para tanto apresente justa 
causa declarada no testamento 
6. DIREITO CIVIL 471 
(CC, art. 1.848); C: incorreta, pois – 
dentro da parte disponível – a liberdade 
do testador é absoluta, podendo 
inclusive destiná-la integralmente 
a um de seus filhos. Nesse sentido: “O 
herdeiro necessário, a quem o 
testador deixar a sua parte disponível, 
ou algum legado, não perderá 
o direito à legítima” (CC, art. 1.849); D: 
incorreta, pois o cego pode 
realizar testamento público (CC, art. 
1.867). 
 
 A a D: somente a alternativa “A” 
está correta, correta, pois o irmão 
de Antônio, apesar de herdeiro deste, 
não é herdeiro necessário, de 
modo que não tem a garantia de 
reserva para si de metade dos bens 
da herança em caso de testamento em 
favor de terceiros (arts. 1.845 e 
1.846 do CC), sendo que não há 
impedimento legal algum que Antônio 
deixe sua herança para uma instituição 
de caridade. 
 
 A e D: incorretas, pois o 
testamento particular sem 
testemunhas feito 
em circunstâncias excepcionais pode 
ser confirmado, a critério do juiz 
(art. 1.879 do CC); B: incorreta, pois o 
sobrinho de Raimundo, apesar 
de herdeiro deste, não é herdeiro 
necessário, de modo que não tem a 
garantia de reserva para si de metade 
dos bens da herança em caso 
de testamento em favor de terceiros 
(arts. 1.845 e 1.846 do CC); C: 
correta (art. 1.879 do CC). 
 
 A a D: somente a alternativa “C” 
está correta, pois, de acordo com 
o art. 63 do CC, “Quando insuficientes 
para constituir a fundação, 
os bens a ela destinados serão, se de 
outro modo não dispuser o 
instituidor, incorporados em outra 
fundação que se proponha a fim 
igual ou semelhante”. 
 
 Com a morte de Sérgio 
(nomeado como herdeiro) antes da 
morte do 
testador (Joaquim), o testamento fica 
caduco, perdendo seus efeitos. 
Sobre o tema, vale citar a lição de Sílvio 
de Salvo Venosa (Código Civil 
Interpretado, SP: Ed. Atlas, p. 1.780, 
2010), para quem o testamento 
caduca quando “o bem já não mais 
existe (pouco importando a causa, 
desaparecimento, alienação, perda), ou 
porque não existe o sujeito 
(herdeiro ou legatário) para suceder 
(em todos os casos em que o 
sucessor não mais existe, não quer, ou 
não pode receber)”. Assim, 
a herança caberá a Rubens, 
considerando que, quando da morte de 
Joaquim, ele era seu único parente 
vivo, sendo o parentesco entre eles 
de segundo grau (art. 1.839 do Código 
Civil). 
 
 A: incorreta (art. 1.805 do CC); 
B: incorreta (art. 1.811 do CC); C e 
D: Não existe qualquer disposição legal 
que proíba tais disposições. 
 
 Art. 1.947 do CC. 
 
 Art. 1.964 do CC. 
 
 A: incorreta. O legatário sucede 
a título singular e o herdeiro, a título 
universal; B: incorreta (art. 1.845 do 
CC); C: incorreta(art. 1.860 do 
CC); D: correta (art. 1.881 do CC). 
 
 A: correta (arts. 1.812 c.c. 
1.823, ambos do CC); B: incorreta. O 
herdeiro necessário não precisa constar 
do testamento; C: incorreta (art. 
1.992 do CC); D: incorreta. No caso de 
substituição hereditária ocorre 
a sucessão por estirpe. 
 
 A: incorreta, pois considerando 
que Aldo tinha herdeiros necessários, 
ele apenas poderia dispor de metade da 
herança (art.1.789 CC). Daí dizer 
que o testamento não pode ser 
integralmente cumprido, mas algumas 
partes precisarão ser corrigidas por 
meio da redução de disposição 
testamentária (art. 1.967 CC); B: 
incorreta, pois o testamento é válido. 
Apenas a parte excedente da disposição 
é considerada nula. Neste 
sentido, Aldo poderia dispor de 50% do 
patrimônio, pois os outros 50% 
integram a legítima que é intocável 
direito dos herdeiros necessários 
(art.1.846 CC). Assim, os bens não 
serão divididos igualmente, pois 
da parte disponível Maurílio ficará com 
50% e da parte legítima fica 
com 25%. Mariana, por sua vez, tem 
direito a 25% da legítima. Logo, 
no cálculo final Maurílio ficará com 
75% da herança e Mariana com 
apenas 25%; C: incorreta, pois deverá 
haver redução das disposições 
testamentárias (art. 1.967 CC), porém a 
parcela de direito de Mariana 
é de apenas 25%, conforme explicado 
na alternativa C; D: correta, pois 
deverá haver redução das disposições 
testamentárias (art. 1.967 CC) 
e o quinhão que Mariana receberá é de 
25%, como já explicado. 
 
 A: correta, pois trata-se de caso 
de rompimento de testamento. Neste 
passo, sobrevindo descendente 
sucessível ao testador, que não o tinha 
ou não o conhecia quando testou, 
rompe-se o testamento em todas 
as suas disposições, se esse 
descendente sobreviver ao testador (art. 
1.973 CC). Logo, Carolina herdará 
todos os bens; B: incorreta. Carolina 
herdará todos os bens e Roberta ficará 
excluída da sucessão, pois pela 
ordem de sucessão hereditária, o 
descendente tem prioridade sobre o 
colateral (art. 1829, I CC); C: incorreta. 
Roberta não herdará nenhum 
bem de Juliana, pois trata-se de 
hipótese de rompimento de testamento 
e o descendente tem prioridade ao 
colateral (art. 1.973 e art. 1.829, CC); 
D: incorreta. A herança de Juliana não 
será declarada jacente, pois ela 
tem herdeiros vivos e conhecidos. A 
herança jacente somente ocorre 
quando alguém morre sem deixar 
testamento nem herdeiro legítimo 
notoriamente conhecido (art. 1.819 
CC).

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