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Coleção OAB Nacional - Primeira Fase, Vol 06 (2009) - Veneziano, André Horta Moreno - Direito e Processo do Trabalho

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cole~ao UAH nac10n 
Primeira Fase 
.. , -~> r cccr .···. : 
tDepois de alguns anos ministrando aulas em cursos preparat6rios para o 
e~ame ~e .h.abilit:~s~o.p,.ofissi?nal da.adv0c~cia; a~abamos por adquirir uma 
e~penienda valiosa, o que nos motivou a concebec esta Colesao OAB Nacional. 
l cdrri. a proposta cle.supdr a maior hecessidade do bacharel quando este se 
j - ', -- -.. ,, \ - - - ' - ' 
s~bmete ao .. exame, qual seja, apreender o maier conteudo passive! por melo 
. • ~~ u':'a linguagem 71~ objetlva e concisa, tal empreitada.considerou-a neces-
siaade\ dE!.() ali.mo rei:()rdar urn gran~e volume de informac;oes er11 pouco tempo. 
·'? l A~icolhadosautOr~s foi coifduzidade ;,;~heira extr.,-mamente criteriosa, uma ,·: 
-~~z:qtie se't .· .. :~.; pro~essores que ha mi.Jito ministram aulas em curses prepa-
r.lt6ricis para 6 'exafue d~ habllitac;aQ profissional em ambito nadonal e, portanto, 
cbnhecel1)(prqfundamente as provas de cada banta organlzadora no Pais.. · 
--1_._ .,_ -_ . ' :·-_.-.-~- .. . '. i ;;. ' ' . . ' ·' .' ·,. . . . . . . . '' 
)Jllnteciparnos/ao IE!itor que•_as discuss~es doutrinarias, quando .necessaria:s, · 
! sao bre\les,.sem;.contudo, deixar de !ado. 0 nucleo das disposic;oes, consoante 
!-~,~rquirid6_ p~f~:~, _ban:-=~ 9xami~adoras a-que nos _referimas. 
j ParafacUitar o rhanuselo, dividlmos a Colec;ao por materias e; com o objetivo 
de atencler ao'in~!'resse des bachareis, os ternas sao apresentados de forma; 
l ' -. - ' - . ' ~ 
.. sistematica; Como' nao poderia ser diferente, nao/tivemos a. pretensao de 
'• i ' 
· esgotar nenhu.m dos-temas das materias de cada volume, pols nosso objetivo e 
,of~rece~ aos ~achareis meios de absofc;a6 de conteudo em pouco tempo. 
f · SUCess~:a t9d,oS.o:S ConcursandoS e .. ~studioso~ ' 
' Os Cc;ordenadores · 
~ 
a. 
E 
8 
~ 
.0 
0 
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0 
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~ 
i~ ilr' 
:~: -. 
cole~Cio OAB nacional 
Primeira Fase 
DIREITO e PROCESSO 
DO TRABALH 0 'lfiSSS'!i' 
. 
Andre Horta Moreno Ven~ziano 
) 
Coordenat;ao geral 
Fabio Vieira Figueiredo 
Fernando F. Castellani 
Marcelo Tadeu Cometti 
~ ,. 
f"\- Editorii! v-4• Sara1va 
I 
I 
CoordenaQao Geral 
Fabio Vieira Figueiredo: Advogado, consultor jmidico, parecedsta e arti-
culista em Direito Civil. Mestre em Direito Civil Comparado (PUCSP) 
Pos-graduado em Direito Ernpresarial e Contratual Professor concursado 
e coordenador do Ntideo de Pratica e Pesquisa Juridica da Universidade 
Mwticipal de Sao Caetano do Sui (USCS), professor da gradua~ao, p6s-
gradua~ao e do departamento de cursos de extensao da Universidade Sao 
Judas Tadeu (USJT) e da gradua~ao e p6s-gradua<;ao da Faculdade deDi-
reito Professor Damasio de Jesus (FDDJ). Professor de curses preparato-
rios para concursos e OAB. Membro do Institute de Direito Privado, do 
Institute Brasileiro de Direito Desportivo e do Instituto dos Advogados 
de Sao Paulo- CNA Coordenodor pedagogico de cursos preparat6rios 
par·a concursos do Complexu Juridico Darnasio de Jesus (CJDJ). 
Fernando F. Castellani: Advogado e consultor juridico. Mestre e doutorando em 
Direito Tributario pela PUCSP Professor dos cursos do !BET, do Complexo Juridi-
co Damasio de Jesus, do Via Sarlliva, do Cu!!io Ductor- C:unpinas e da FACA!v!P 
Dirt:!tor acaUemico do Complexo JnriUico Dumisio de Jesus, em Sao Paulo, Autor 
do livro Empresa em crise: falf:ncia e recurera~iio judicial, por esta Editora 
Marcelo Tadeu Cometti: Advogado .. especialista e mestre em Direito Comercial 
(PUCSP), coordenador pedag6gico dos curses para o Exarne da OAB do Complexo 
Juridico Damasio de Jesus c do IDEJUR (Institute de Desenvolvimento de Estudos 
Juridicos) Professor de Direito Empresari.l!,l nos cursos de graduac;ffo e p6s-gradu-
a~5o da FaculdaJe de Direiw Dam<isio Je Jesus e em curses preparat6rios. 
Primeira Fase 
DIREITO e PROCESSO 
DOT BACRD 
Andre Horta Moreno Veneziano 
Coordena<;ao geral 
Fabio Vieira Figueiredo 
Fernando F. Castellani 
Marcelo Tadeu Cometti 
ecli<;ao 2009 f"\- Editor~ 
y4WIISaraava 
Bi =,;;.,.- ~-.-,:~-- ---- -·1 
AV.-_Mnri{ues d~_ sii(} Viceoia,J~97.;.UP O.JI-37104 ~ , -" · -l 
. Bmm ftmdo:-.SiiD raub-Sf_; _- -. _ -::> <:-_::_>~ __ > ":] 
Vm:.(ll) 3613-3344 11~1 I 1111 3611-316HIIuxl . 
SAc 1111 3613-3210 i&andoSrl 1 osoosmas loumn loroliildol • 
_E-mail: soraivtljtr@cdi!~.wm.hr .7 _,4resse: 'www.saroivojur.rom.~i . ' " ' '.- .,_ ' .- .. ' -~- ' - ' :1 
FILIAIS --
N~AZo~S~~OII_D6Nri\IR~~~~AOE . :_ :<_;: _::-- --~--;: ·_::.: ·:.--..• ··.•.:_·: •.. :: .• ····.·.--·-.·· ..• ·.-.-:.-:-:···.··.·.1;! ROO(m1!1AzaVOOii,56..:..(JJIIru._"_" ·_ .. , ..• ,.>·--.•----- _ 
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.·smoo·aatra:_J,oia97-:Scllli!~~t1Iial:· ·:·- · ,_-_<.::· ,. · ·.-. ··! 
_rtiiia!_'t61)2344-mii;J~4+2m_:: · \,.}·· .. :.:_.·:"(/.::·:.:; ·- · -~-;j 
fo.I;!61i33-14·}709":'~- ;:·.·> :·:<-,", .:. 
miLI!imrA!m,~' < .:• ··. · . 
·Jfl.l~~·-s·Jjo:-st!~·~~~-;:-
frnw.; (6_~:. ~125-2882 /.3212-230_& 
fcrd&7l3224·301&~c·eiinllr'<-
MAio GliiiSSO 'Do 5Ui/1MTo -GKosso 
llu014da-Ju!ho'3HO.:..(fNni - ··:.:· 
FOr.~r f6n'3Ja2-_J6B2 -·rax:_tbn _ila2ill't2_..:.·~&~-;·: ·· 
ISBN 978 .. 85-Q2..07318.U obtu comple!a 
ISBN 97B-85-<12.U6984--B volume 6 
Dodos lnlcmocionais de Cata!oga~fio no Publicc~fio (CIP) 
((fimarc Bmsi!eiro do Uvm. SP, Bmsi!l 
Vcneziun~,__An~n~ Horlo Moreno ._ 
O,ircilo _c procCsso do lmbolho, 6'/ Atidie IIOr.lo Moreno 
. Vanezio!lo; coordcnorilO.gero!'FObio Vieira Figueiredo, ... 
fe_rmindo .F._Cos_fellonl, Mmrolo Todcu_ Coma1li. '"":_S_fio _Paulo 
· Somivu,-2009. -:-. ((cle~ilo OAR nocionol. Primelm foso) 
-~: 1-. Oi-r~ii~ ·do "irabol_~o 2_.- oiiana Piocenual didrhba-Jh-o . 
Figuriirado, Flibio Vi_eil_o: _!l.(asfol!oqi,_ Famo!ld~ F. IU • 
Come!li,.Mamtlo Todeti. !V. ntu]o .. Y:- SCria 
08~0330 . 
Indica para coflilogo si5.lemdtico: 
Oircito do lmbolho: 
Dirotor editorial Antrmio luiz de Toledo Pinta 
Dire/or de produpio cdilon"al Wiz Robeii!J [IJJia 
Cdilor JiJnutm Jvnquciro de Mello 
Assislcnle cditoriel Thioga Marcon de Souza 
Produriia Eifilorial Ugia /J;iJS 
Garina BortiJchi A!aria Couro 
&lagidrio Yinidus As"al'!:do \liairo 
34:331 
MIHASGOWS:- _· :·: •. - ·:;, .-· 
Rw!.Jaml\mJOO,Hi-~: :: ... :·--··;; : ., -
fooe; !3113429-BJOO-fox:lm 3429·83!0-0cloH~!lil!C PAi.VAMAPl . . . . . . . 
; Arte e diegramariio m Cor.rposi¢a Editcrial 
·, J RcvisOo de provas Knmr-how Erlilorial 
1 SaiVirtJ$ cditariais Kalla Afmia de Almeida Castv 
rmve~J.pic~e~ 1116 -: Bo!il!o f::unrns. 
fOO~~: (9ll 3222-9034 /_3224-9030 
f1ix: 19_1) 324H!499-:Bilim 
rARAi!WmWJARIHA .. · ... · , " · 
~ {Cil;clf-.eiJo loorindo, 2595 ·-l'tcdQ Vcllm 
foott_/Far. ;41)3332 4894_.:.._Curi~lxr 
PEP.NAMBUCO/PARAIBA/R.G.DO.IfORlf/}.llijlJAS .. ·.·.; ,c :. 
R!mc.mdllldD~. 185-llooifmu . _ ... · < · 
FOOl!: (81) 342H246-fuc (81)3411::-1510 ....:Rerila · 
R!BliRAO PRETO !sAO. PAUlO) . . 
,',t fmiKismJL1/l!jUciro, 1255 -Cen~n 
fooo· (l!il361!HB43;_fudl&l3&11H1204-Ribeitlio l'leto 
R!ci OI.JAHEIRO!Bf!R.ITO SAKJo' . -
RwY"6llllldoda sanm !whcl,.nJ a 119-\'lln!l!lbe! -~ 
rene:,c2ll257H494 -r~ em Z577iia67 /_2577-9565 
Rl~®Jooeiro 
R!OGKAIIDEDOSUL 
A"iCflllli, 1360-SOOGcml&i 
fooe: (ill 3343-1467 /33U·7563 
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A~. 1/.IJIQUCs&! SOD 'lkcnta,.1697-llarro fUlldo 
fona: PAO~ fll) 361HOO~. -500 Pauin 
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!DAlA D! f£CIIAM!H!O OA 1DIC10: !5 6-lOOa I 
lle~huma par!a rl~slo pubtimrCo poic1d :ar mpwduzirla por qu~lquNm~io 
ou fe1mo scm a prlivia au!aJiza)Oo da tdilom Saraivo 
A ~ialarfia ~as dileilos aulo1d> i! oima cstabdecido na lei n 9 610/98 e 
punirla pclo cnigo 184 Jo (llrligo Penni I 
j 
1 
J 
Aos meus queridos alunos 
Muitas pessoas tern inspirado o au tor em sua jomada, mas nin-
guem mais do que os meus pr6prios alunos. Para eles, neste mo-
mento, tenho as seguintes meilsagens de apoio e motivac;ao: 
"A vontade de se preparar precisa ser maior do que a vontade 
de veneer." 
Bob Knight 
"As oportunidades normalmente se apresentam disfan;adas 
de trabalho arduo e e por isso que muitos nao as reconhecem." 
Ann Landers 
"Quanto mais voce sua nos treinamentos, menos sangra no 
campo de batalha." 
Colonel Red 
uos guerreiros vitoriosos vencern antes de ira guerra, ao passo 
que os derrotados vao a guerra e s6 entao procuram a vit6ria." 
Sun Tzu 
"N6s somos aquilo que fazemos repetidas vezes, repetidamente. 
A excelencia, portanto, nao e urn feito, mas urn habito." 
Arist6teles 
"Supera~ao e ter a hurnildade de aprender como passado, nao 
se confonnar como presentee desafiar o futuro." 
Hugo Bethlem 
uQuanto rnais as pessoas acreditam numa coisa, quanto rnais se 
dedicam a ela, mais podem influenciar no seu acontecimento " 
DovEden 
"Disciplina e a ponte que liga nossos sonhos as nossas realiza~6eso" 
Pat Tillman 
"Bern aventurado o homem que encontra sabedoria, eo homem 
que adquire conhecimento, pois ela e mais proveitosa do que a 
prata e da mais lucro do que o ouro." 
Proverbios 3 ~ 13/14 
: .. -
Esta obra pretende colaborar corn a aprova~ao de rnilhares de 
candidates ao Exame da Ordem dos Advogados do Brasil; porern, 
tal projeto provavelrnente nao teria se realizado se nao fosse o apoio 
e a orienta~ao perseverantes dos meus pais e da minha esposa. 
Do meu pai, tenho saudade. Por todo o seu carinho, arnizade e 
dedicat;iio, sera para sernpre o rneu melhor antigo 
A minha mae, agrade~o pela educat;ao e pelos principios cris-
taos que tern sido passados ao Iongo da rninha vida, pelo apoio in-
condicional nas horas mais dificeis, pelo arnor e carinho a qualquer 
hora do dia ou da noite. 
A rninha arnada esposa, agradet;o por me ensinar atraves do 
seu exernplo de vida, por me ensinar a arnar; por construir urn 
Jar para n6s, por me perdoar tantas vezes e pela linda rnenina 
charnada Carolina. 
Agradet;o a Deus pot esta oportunidade, bern como aos coor-
denadores do Complexo Juridico Darnasio de Jesus e a equipe da 
Saraiva. 
E desejo sinceramente que esta pequena obra possa contri-
buir para o sucesso de multas pessoas nos exames de Onlem que 
estao por vir 
Apresentar;ao 
Do Au tor 
1. lntroduc;ao ao Estudo do Direito do Trabalho 
11 Breve hist6rico 
1.2 Hist6rico no BrasiL 
1.3 Natureza juridica 
1..4 Divisao do Direito do Trabalho ................. .. 
1.5 Autonomia 
1 6 Fontes ..... . 
1.7 Principios . 
1 8 Eficacia .. 
1.9 Hierarquia das normas ... . .. ................ ., ....... . 
110 Interpretac;ao .......................................................... .. 
111 Integra<;ao .. . ......................... . 
2. Relac;oes de Trabalho e Relac;oes de Emprego 
2.1 Consolida<;iio das Leis do Trabalho 
2 .. L1 Trabalho em domicilio . . . 
2.2 Irabalho do menor ..... 
22 .. 1 Introdw;ao .. .. . . ...... .. 
2.2 2 Conceituac;ao . . ................. . 
2 2 3 Medidas de prote<;ao ao menor .. 
Sumario 
XVII 
XIX 
. .. 1 
..... 3 
.4 
. .4 
. ..4 
.. .5 
.......... 6 
. ............ 6 
.... 7 
......... .8 
. ..... 8 
9 
.. .10 
. .. 11 
. .12 
. .......... .12 
..... 13 
........... 13 
''""'''"""""""""""""""" ................................................................................................................ . VII 
I 
I 
I 
I 
I 22,4 J?undamento das medidas de prote~ao .. " 
22.5 Jomada de trabalho do menor e seu registro ... 
2.3 Empregado aprendiz ............... . 
2 3 1 Contra to especial de aprendizagem .... 
2 4 Empregada mulher ... ..... ......... . ...................... .. 
2.4.1 Trabalho da mulher . . . .... . .. .......... . 
.14 
,. 14 
.. .. 15 
,.16 
..17 
17 
2.4.2 Da protec;iio a matemidade 
2.4.3 For~a fisica, 19 
.. 19 2.5 Trabalhadores nao empregados 
2.5 1 Trabalhador aut6nomo ... 
25.2 Trabalhador eventual .. 
2.5.3 Trabalhador avulso., 
., '' .. , .......... ".19 
. 20 
2 6 Empregador- grupo de empresas- sucessao .. , ,, , . .. .... 28 
2.6.1 Empregador . ,,.,,, ... ,,.28 
2 6 2 Grupo de empresas .. .30 
2 .. 6 3 Sucessao de empresas ou alterac;ao na estrutura juridica da 
empresa 
2 .. 6.4 Recuperac;ao judicial , 
2 6 5 Identificac;ao profissional 
2.7 Rela~5es especiais de emprego 
2 .. 7.1 Trabulho rural . 
2.7.2 Trabalho domestico , ... ,, ...... , .. 
2. 7.3 Terceiriza~5o e trabalho tempord.rio 
2 7..4 Trabalho temporario , 
2-8 Prestac;ao de servic;os especializados a terceiros .... , "'""'""C·· ""·· '"' ... 
2.8.1 Aspectos gerais ........... . 
2.8 2 Empregador: a empresa prestadora de servi~os 
2.,8 3 Cliente: a empresa tomadora de servic;os . 
,.-..Quest6es. 
..30 
...... , ..... .31 
''' 32 
........ 33 
' .. ..33 
.37 
39 
... 40 
A7 
..47 
..... , ... ,,.48 
,., ., , .... 49 
.50 
'\0 Contrato de Trabalho 54 
54 
,,,.54 
.55 
3.1 Formac;ao do contra to de trabalho 
3.Ll Introdu~ao , 
3 1.2 Elementos essenciais 
3.2 Natureza juridica do contra to de tmbalho 
3 3 Caracterfsticas do contra to de trabalho 
3.4 Sujeitos do contra to de trabalho 
3 5 Forma~ao do contra to de trabalho, 
3. 6 Classifica~ao do contra to de tiabalho 
3 .. 6.1 Classific"<i<;5o quanta a forma . 
3 .6 . .2 Ciassifica<;ao quanta a dura<;ao 
VIII 
.,,.,.,.,58 
, .. ,60 
61 
,. '' ... ,, 61 
... 62 
62 
62 
Direito e Processo do Trabalho 
3.7 Contrato a prazo determinado nos termos da Lei n. 9.601/98 . . . .. 66 
37.1 Contra to de experiencia .. 66 
3 8 Altera~ao do contra to de trabalho .. . .. 67 
3.8.1 Introdu~ao .................... 67 
3.8.2 Modalidades de altera~iio contiatual ......................... 69 
3 9 Suspensao e interrup~ao do contra to de trabalho . . , .. 77 
3.9.1 Conceito e fundamentos legais. . ........ 77 
3.9.2 Suspensiio do contrato de trabalho , ..... .78 
3.9 3 Interrup~ao do contrato de tiabalho 79 
3.9.4 Situa~5es especiais .............. .81 
3.9.5 Suspensao/interrup~ao nos contratos a prazo determinado .. .82 
Quest6es.. .... .82 
4. ExtinGiiD do Contra to de Trabalho 
4.1 Conceito 
4 2 Formas de extin~ao 
43 As verbas rescis6rias 
4..3.1 0 aviso previa 
4 . .3.2 Ferias na rescisao . 
86 
....................... 86 
.............................. 86 
......... 87 
.. 87 
.... 89. 
43.3 13° Salario na extin~ao do contra to de trabalho. . .. 90 
4 3 4 lndeniza~ao de dispensa do empregado . . . .90 
4:3.5 Movimenta~ao da conta vinculada do FGTS .............. 92 
4 3.6 Indeniza~ao adicional do empregado dispensado sem justa 
causa no periodo de 30 dias antes da corre<;ao salarial ... 
4A A forma da extin<;5.o do contra to 
4.4 1 Justa causa do empregado . 
4.4.2 Figuras da justa causa. , ..... .. .. 
44.3 A justa causa do empregador. . ... . , ...... , 
4.4.4 Imediatismo: exce~5es . .. .. . ....... . 
45 Formas de extin<;fio e respectivas parcelas rescis6rias . 
4.5.1 Extim;ao por decisao do empregador 
4.5 2 Extin~ao por decisao do empregado . 
45 3 Extin,ao por iniciativa de ambos ... 
4,5,4 Extin<;5o por desaparecimento dos sujeitos .. 
45.5 Extlnc;ao dos contiatos a prazo determinado .. 
. ... 93 
.. .94 
.94 
.. 95 
.97 
.. .... 98 
. ...... 98 
.98 
.......... 99 
. ... 101 
..... 101-, 
. .... .103 
.104 
.. .105 
. .106 
4 .. 6 Extin<;5.o dos contratos- causas de dissolu<;ao .. . 
4.61 Extin~ao normal do contra to de tiabalho 
4.6.2 Resili~ao do contra to de tiabalho , .. 
4.6.3 Resolu~ao do contiato de trabalho . . ................ 107 
IX 
4.7 Da rescisao contratual .. .107 
4.7.1 Prazos de pagamentos rescis6dos 107 
4.7.2 Inobservancia dos prazos- multas . .. ..................... . .......... 108 
4.7 3 Homologa.;ao das rescis6es contratuais-obrigatoriedade ... 108 
4. 7.4 6rgaos competentes para homologar as rescis6es ... ... ... .. 108 
4.75 Empregado estavel ... ...... .... .... ..... .. .. . .. . .109 
4 . .7.6 Onus das partes .... .. ... ...... ........... . . ....... . ... 110 
4 . .7.7 Rescis6es passiveis de homologa<;ao pelas autoddades 
administrativas ... . ................... 111 
4.7.8 Formas de pagamento ........... ..... .. .. . .. 111 
4 7. 9 Situa<;ao do men or .. ........ .. . . . .......... 111 
4.710 Prescri<;ao . .. ... .. . . . . .... .. .... . ... 111 
Quest6es .. . 112 
5, Jornada de Trabalho 
5.1 Introdw;ao .... 
5.2 Conceito ..... 
5.3 Horas itz itinere 
53.1 Conceito 
. 115 
.... 115 
. ......... 115 
......... 116 
... 116 
5.3.2 Condi~6es para percep~ao das horas in iti11ere . .. _, ... 116 
54 Limita<;iio da jomada . ....... ......... . . .... . .......... 116 
55 Pronoga<;ao da jomada de trabalho .. . . ................... . ... 117 
55 1 Formas de pronoga<;iio ............ 118 
5 5.2 Prorroga<;iio acordada . .. .. . . .. .. .. . . .. . .. .. .. .... . ... . . . . 118 
553 Sistema de compensa<;ao de horas . ..... ........... ... . .119 
5..5A Horas extras nos casas de necessidade imperiosa ...... , ... 121 
5. 5.5 Reposi~ao de paralisa<;6es decorrentes de causas acidentais 
ou for<;a maior 122 
5.6 Prorroga<;iio de jomada e trabalho feminino . . . .. . ..... . . ....... 122 
5. 7 Flexibiliza<;iio da dUia<;ao do trabalho ... .. ..... ... . ... . ............................. 123 
5. 7 . .1 Dispositivos constitucionais .... 123 
5.7..2 A sumula n. 349 do TSI .123 
5 8 Intervalos para descanso .... ,. ..... 
5. 8.1 Repouso intraj0rnada 
5 .8. 2 Repouso interjomada 
5 . .9 Trabalho noturno . 
5.9 .1 Horcirio notuxno 
5.9 2 Hom notuma reduzida .. 
5.9 3 Adicional notumo 
5.9..4 Horcirio misto ... 
X 
...... .123 
. ······ .124 
125 
............ 125 
······ ................. 125 
. .126 
... .. .... . .126 
. .... , ......... .126 
I 
Dire ito e Processo do Trabaltrr,--------
5.10 Empregados excluidos da prote<;iio da jornada 127 
5.10 .1 Empregados que exercem fun~ao externa incompativel 
com a fixa~ao de hmiirio.. . . ....... '"""""'". . ..... 127 
5.10.2 Gerentes, diretores, chefes de departamento e filial ......... 128 
5,11 Repouso semanal remunerado 
5 . .111 Defini<;ao 
5.112 Natureza juridica ... 
5 .. 11.3 Remunera<;ao 
5.12 Ferias 
5121 Periodo aquisitivo 
Aquisi~ao das f€:das e seu period a de durac;ao 
.129 
... 129 
..129 
.. 129 
...... 132 
5.122 
5.12 3 Das faltas e do direito as ferias .:~ ...................................... ;; 
133 
.133 
.. 134 
5.12.4 Perda do direito 
5.125 Concessao de ferias 
5.12 6 Comunlca<;iio das ferias .. 
5.12.7 Pagamento das ferias .................... . 
····· .......... 135 
..................... 136 
5 .. 12.8 Proibic;5.o de prestac;ao de servh;os a outre empregadm 
5.12 9 F€:rias concedidas ap6s periodo concessive 
. . .137 
.. 138 
... 138 
.... 138 
51210 Ferias coletivas . . .............. . 
5 1211 Remunera.;ao das fedas 
5.13 Dos efeitos da cessa<;iio do contrato de trabalho .. 
5, 13.1 F€:rias proporcionais 
5.13.2 Prescri<;iio . 
Quest6es .... 
6. Salario e Remunerat;ao 
6. I Salilrio e remunerac;5o 
611 Form as de pagamento do salario ..... . 
6.2 Formas especiais de sahirios .......... """"'. 
6.2.1 Comissoes ... 
6.2.2 Gratifica<;6es .. 
6.2.3 Abonos 
6 .2..4 Dhi.rias para viagem .. 
6.2.5 A judas de custo . . ......... . 
6.2.6 Adicionais 
6.2.7 Gorjetas ... 
6.2.8 Premios 
6.3 Salado complessivo . 
6.4 13" Salario ou gratifica<;ao natalina 
XI 
..... 139 
141 
.. 143 
... 144 
... .144 
... 144 
148 
........... 149 
. .. 150 
151 
151 
. ......... 151 
......... 151 
. ... 152 
. ..... 152 
..... 152 
.. 155 
155 
.. 156 
.. 156 
,. 
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I 
I 
I 
I 6 5 Princfpios de proteo;ao ao sahlrio .............. . 6.5..1 Considerao;oes gerais.... .. .............. . 
6 5.2 Proteo;oes ao valor do salario .. . .. ... .. ........... . 
6.6 Proteo;oes contra abusos do empregador .......... .. .................... . 
. ...... 158 
"' .. 158 
163 
.. 163 
.164 
6.6.1 Pagamento salarial: periodicidade, local, data 
6 .. 6.2 Momenta e local do pagamento .. . .................. . 
6 6.3 Meios de pagamento ......... .. 
6.6.4 Proteo;oes contra o truck system. 
6.65 Prova de pagamento do salario 
6.6.6 Pagamento em utilidades. . . ............ .. 
6 6.7 lntangii:1ilidade salatial:..controle de descontos .. 
6.6.8 Prote~6es contra credores do empregador .. 
6.6.9 Proteo;ao juridica na falencia do empregador. . 
6. 7 Proteo;ao contra credores do empregado .. 
6. 7.1 lntroduo;ao .................... .. 
67.2 lmpenhorabilidade do salario .. 
6.7.3 Restri~6es a compensa~fio. ,, 
6 7.4 Inviabilidade da cessao do credito salarial 
6 8 Prote~6es contra a discrimina~ao salarial 
6 . .8..1 Simultaneidade no exerdcio fundonal .. 
6 8.2 Outros elementos atuantes na equipara~ao salarial.," 
6.9 Politica de reajustes salariais 
6. 9 1 Antecipao;oes salariais 
Quest6es . . 
7. Olreito Coletivo do Trabalho 
7 1 S!ndicato . 
7.2 Cria~ao do sindlcato." 
7.3 Vinculo entre os associados . 
7.4 Conveno;ao e acordo coletivo de trabalho 
7.4 . .1 Forma das normas coletivas .. 
7A.2 Prazo de validade e incorpora<;iio das clausulas 
7.4.3 Conven<;iio e acordo no setor ptiblico" 
7 5 Estrutura interna do sindicato .. 
7.6 Direitos dos associados -· 
7. 7 Estrutura sindical bmsileira . . 
7.8 Centra is sindicais. 
7 .. 9 Sistema de custeio do sindicato .. , 
''"···············..................................................... XII 
.165 
. ..... 166 
.... 166 
171 
. .......... 172 
.. .173 
. . .173 
. ....... 173 
. .......... 174 
.... 175 
176 
"176 
..178 
179 
.... 181 
........ .182 
.182 
. 186 
.. "187 
. 187 
. . 188 
............. 189 
..190 
.. .190 
......... 191 
. .. 191 
.. 192 
. ... 192 
193 
... .194 
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I 
" 1 
1 
) 
Direito e Processo do Trabalho ........................................................ 
7.10 Proteo;ao do dirigente sindicaL . 
7.11 Substituio;ao processual pelos sindicatos ... 
7.12 Conflitos coletivos- competencia ......... .. . .............. .. 
7.13 Representao;ao dos trabalhadores nas empresas .............. . 
195 
.... 195 
196 
..... 196 
714 Greve .............. . 
7.14.1 Conceito 
714.2 Fundamento 
7.143 Atividades essenciais. 
7.14.4 Agente publico civil 
714 5 Agente publico militar 
Questoes .. 
8. Direito Processual do Trabalho 
......... .197 
················· ............. .197 
.. 197 
.... 197 
198 
....... 198 
199 
204 
8.1 lntroduo;ao .... ....................................... 204 
811 Direito material 
8 1 2 Dissidio 
8.1.3 Ao;ao 
81 A J urisdio;ao 
8.1.5 Conceito 
81 6 Natureza juridica . 
8. 1.7 Fontes ... 
8.1 .8 Principios do Direito Processual do Trabalho 
82 Justio;a do Trabalho 
8 2 1 Varas do Trabalho 
82 . .2 
82.3 
8 .. 2.4 
Tribtmais Regionais do Trabalho 
Tribunal Superior do Trabalho ............................ . 
Ao;ao .. . ........ .. 
............... 204 
.204 
................... 205 
... .205 
..... 205 
...... 206 
. .206 
........ 206 
...... .210 
....... .210 
................. ,.,, .... 211 
8.25 Jurisdio;ao e competencia ........................................ . 
. .211 
. . .212 
.212 
.. 214 
.. 214 
8.2.6 Conflito de competencia ........... . 
8 2.7 Atos, termos e prazos processuais 
8 2.8 Nulidades processuais . 
8.2.9 Comissao de concilia~ao previa. 
8 2.10 Procedlmento -
8.3 Procedimento ordinaria ... 
8 3.1 Fase de conheclmento 
8 3.2 Fase de instruo;ao 
8 3 3 Fase de julgamento 
Questoes 
XIII 
................. 215 
.... .216 
.. . .. .217 
... 218 
..... ,, 218 
. 227 
230 
.... 234 
9. Fase Recursal - lntrodur;ao 
9 .. 1 Recurso 
9. 2 Peculiaridades dos recw-sos 
9 .2.1 lrrecorribilidade das decis5es interlocut6rias 
93 Efeitos des recwsos 
9A Prazo de interposh;ao ..... 
95 Juizo de admissibilidade . 
9,6 Pr~ssupostos objetivos. 
9 .. 7 Pressupostos subjetivos... 
240 
................ 240 
...... ..240 
...... 240 
.............. 241 
..241 
......... 241 
... 242 
.244 
9. 8 Modalidades de recursos . .. ... .. ............................. 244 
9.8.1 Embargos de declarac;iio- art. 897-A da CLL 
9 82 Recurso ordinaria art 895 da CLT 
9..8.3 Recurso de revista- art 896 da CLI' .. 
9 8 4 Agmvo de instrumento- art. 897-B da CLT. 
9 8.5 Recurso adesivo ...... 
9.R.6 Embargos no TST- Lei n 7.701/88 
........ 245 
...... 246 
. .. 247 
. ......... 250 
. ..... 252 
253 
9..8.7 Agravo regimental. .254 
9 .8. 8 Pedido de re\ isilo .. . . ............ 255 
9 8..9 Recurso extraordimirio- art 102 da CF e Lei n 8.038/90 ... 255 
9.8.10 Agravo regimental- regimento interne dos tribunais e 
art. 709 da Cl:I .. .. . .. . ... ..... . . ...... 256 
9 . .8 11 Reclamac;iio correicional 
Quest6es 
10. Procedimento Sumarissimo- Lei n 9 957/2000 
10. l Peculiaridades do procedimento sumarissi.mo ... .................... . 
10.2 Procedimento sumario- Lei n 5 584/70 .... 
10..3 Processo de execUt;ii.o 
10.3. 1 Introduc;iio 
10.3.2 Fontes 
10.3.3 Legitimidade e cornpetencia ................. . 
10 3.4 Execuc;ao provis6ria .... .. .... , ... ,". 
U)35 Execw;ao- cxecw;ao por quantia ceria 
Quest6es .. . 0 ••• , ••• ., • .," •••••• .," ..... 
11. Procedimentos Especiais 
111 Inquerito para apurac;ao de falta grave 
1L2 A<;5o rescis6ria 
XIV 
............. 256 
........ 257 
259 
259 
..262 
....... .262 
.. 262 
..... 263 
. ........ 263 
. .......... 263 
········ ... .265 
. ............. 272 
"" 275 
............ 275 
....... : :.:::275 
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·-----£ ireito-e-Proeesso do Trabalho 
1L3 Mandado de seguran~a . 
1L4 Ac;ao de consignac;ao ern pagamento 
115 Tutela antecipada . 
1L6 Medidas cautelares ......... . 
11.7 Dissidios coletivos 
117.1 Da extensao das decis6es ..... . 
11.7. 2 A~ao de cumprimento 
11.7 3 Da revisao 
Quest5es. 
XV 
276 
.. 276 
.. 277 
............ 277 
... 278 
.... 279 
... 280 
280 
. ........ 281 
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• 
Ill 
Ill 
ill 
E com muita honra que apresentamos a Cole<;ao OAB Na-
cional, coordenada por Fabio Vieira Figueiredo, Fernando E 
Castellani e Marcelo Tadeu Cometti, que, tao oportunamente, e 
editada pela Saraiva, como objetivo de servir de diretriz a bacha-
reis que pretendem submeter-se ao exame de habilita<;ao profis-
sional em ambito nadonaL 
Esta Cole<;ao primorosa diz respeito as duas fases do exame da 
OAB: A} A 1' fase con tern uma parte te6rica e outra destinada a exer-
dcios de mtiltipla escolha, abrangendo doze materias divididas nos 
seguintes volumes: 1 Direito civil, sobre o qual discorrem Fabio Viei-
ra Figueiredo e Brunno Pandori Giancoli; 2. Direito processual civil, 
tendo como co-autores Simone Diogo Carvall1o Figueiredo e Rena to 
Montans de Sa; 3. Direito comercial, aos cuidados de Marcelo Tadeu 
Cometti; 4. Direito penal, escrito por Luiz Antonio de Souza; 5. Direito 
processual penal, redigido por Flavio Cardoso de Oliveira; 6. Direito 
e processo do trabalho, confiado a Andre Horta Moreno Veneziano; 
7. Dil:eito tributdrio, de autoria de Fernando F Castellani; K Direito 
administrativo, da lavra de Alexandre Mazza; 9 Direito constitucio-
nal, a cargo de Luciana Russo; 10 Etica profissional e Estatuto da ad-
vocacia, redigido por Marco Antonio de Macedo Jr. e Celso Coccaro; 
lL Direito internacional, do qual se incumbiu Gustavo Bregalda Ne-
-~ ~es; e 12 Direitos difusos e coletivos, que tern por autores Luiz Antonio 
xvn 
de Souza e Vitor Frederico KiirnpeL B) A 2" fase aborda sete rnate-
rias, contendo llllla parte doutrim\ria e outra destinada a pe~as pro-
cessuais, dividida desta forma: L Direito civil; 2, Direito do trabalho; 
3, Direito tributtirio; 4. Direito penal; 5 .. Direito empresarial; 6, Direito 
constitucional; e 7. Direito administrativo. 
Curnpre dizer que os autores foram criteriosamente seleciona-
dos pela experiencia que tern, por serem professores atuantes ern 
cursos preparat6rios para o exarne de OAB e profundos conhece-
dores nao s6 da materia por eles versada como tarnbern do estilo 
de provas de cada banca exarninadora. Todos eles, cornpro,.m_e_n_·----+-
dos com o ensino juridico, procuraram, de modo didatico e corn 
objetividade e clareza, apresentar sisternaticamente os variados 
institutes, possibilitando urna visao panorfunica de todas as rna-
terias, atendendo assirn a necessidade de o candidate recordar as 
inforrna.;oes recebidas no curse> de gradua~ao, ern breve perfodo 
de tempo, Ievando-o a refletir, pois a forma pratica de exposi~ao 
dos temas abre espa~o ao raciodnio e a abson;ao dos conceitos ju-
rfdicos fundamentais, dando-Ihe urna orienta~ao segura. 
Pela apresenta<;ao de lllil quadro devidamente programado, 
pela qua!idade da analise i:nterpretativa dos institutes pertencen-
tes aos varios ramos juridicos, pela relevancia dada a abordagern 
pnitica, pelo aspecto nitidamente didatico e pela objetividade, esta 
Colec;ao, que, em boa hora, vern a lllllle, sera de grande irnpor-
tancia aos que pretendern obter habilita~ao profissional e a toda a 
comunidade juridico-academica, por tra~ar os I'lllllOS a serem tri:-
Ihados na pratica da profissao. 
Sao Paulo, 18 de abril de 2008. 
Maria Helena Diniz 
XVIII 
Do Autor 
I nicialrnente, irnporta esclarecer que esta obra nao pretende realizar llllla analise cientifica profunda, mas apenas reunir si:nteticamente os ternas relacionados ao Di:reito do Trabalho, 
sobretudo aqueles com rnaior i:ncidencia nos exarnes da Ordem 
dos Advogados, possibilitando urna visao panorarnica da materia 
e facilitando a rnernoriza~ao e a realiza~ao dos sirnulados ao finaL 
.......... , .............................................. ,........................................................ .. ........................... -........................... XIX 
F-
Ill 
II 
• 
lin 
ExtinGao do Contrato de Trabalho 
4.1 Conceito 
Extin~ao do contra to de trabalho e a cessa~ao defini.tiva do vincu-
lo empregati.ci.o. Exi.stem di.versas formas de extin~ao, e a adotada 
sera preponderante para determinar a que parcelas resci.s6rias o 
empregado fara jus .. 
4.2 Formas de extinQao 
....................... ~ ................................... ~ .................... . 
Pordedsiio 
do empregador 
Por decisao 
do empregado 
dispensa do empregado com ou sem motivo 
de missile> 
dispensa indireta 
aposentadoria 
acordu 
Por iniciativa ou culpa reciproca 
culpa de ambos motte do empregado 
Por desaparecimento morte do empregador constituido em firma individual 
dos sujeitos extin~ao da empresa 
Por decurso 
de prazo fixado 
.................................................. * ~ •••••••••••••••••••••••••••• 
contratos a prazo determinado 
86 ,, ..................... ,. ......................... ,.,.,. .... ., ............... ,.,. .......................................................................... . 
Direito e Processo do Trabalho 
4.3 As verbas rescis6rias 
4.3.1 0 aviso previa 
Art 7', inc. XXI, da CF: "aviso previo proporcional ao tempo de ser-
vi~o, sendo no mini.mo de 30 di.as, nos termos da lei", 
4.3.1.1 Conceito 
Aviso previo e a comuni.ca~iio da resci.sao do contrato de trabalho 
pela parte que decide extingui.-lo, com a antecedenci.a a que estiver 
obrigada e como dever de manter o contra to, ap6s essa comuni.ca-
~ao, ate o decurso do prazo nela previsto, sob pena de pagamento 
de uma quantia substitutiva. 
4.3.1.2 Duragao 
A contar da promulga<;ao da CF /88, os trabalhadores urbanos e 
rurais, inclusive domesticos (art 7', XXI e paragrafo Unico), pas-
saram a ter assegurado o direito a aviso previo proporcional ao 
tempo de servi~o, sendo, no minimo, de 30 dias. 
Assim, para os trabalhadores ur banos e rurais, entende-se nao 
mais exi.stente o aviso previ.o deoito dias previsto no texto conso-
li.dado (art 487 da CLT). 
Quando cabivel o aviso previo, este sera, em qualquer hip6te-
se, de no mi.ni.mo 30 dias. 
Contudo, o instituto do aviso previo, como previsto no atual 
texto constitucional, e auto-aplicavel somente no que se refere 
ao periodo minimo devido, dependendo de regulamenta~ao da 
proporcionalidade ao tempo de servi~o. 
4.3.1.3 Cabimento 
A CLT exi.ge aviso previo nos contratos a prazo indeterminado 
(art 487) e na rescisao indireta (art 487, § 4"). 
Nao e exi.givel nos contratos a prazo determinado, inclusive 
no contra to de experiencia, porque nesses contratos se entende que 
as partes conheci.am antecipadamente o termo fina:t-·--, 
87 
I 
I 
I 
I 
i 
i 
I 
I 
I 
Nos contratos a prazo indeterminado, e cabfvel na dispensa 
sem justa causae no pedido de demissao. Trata-se de urn dever re-
dproco, obrigando tanto o empregador que quiser rescindir o con-
trato sem justa causa quanto o empregado que pedir demissao. 
4.3.1.4 Conseqi.lencias da nao-concessao 
Se a nao-concessao for por parte do empregado, o empregador tera 
o direito de reter o saldo de seu saliirio (CLT, art. 487, § 2°) no valor 
correspondente ao mimero de dias do aviso previo nao concedido, 
Se a falta de aviso e do empregador, este ten\ de pagar ao-err!DT~--illt---­
gado os saliirios dos dias referentes ao tempo entre o aviso que deve-
ria ser dado e o fim do contra to, caso esse periodo fosse cumprido. 
4.3.1.5 Principal efeito do aviso previa 
0 principal efeito e a proje<;ao do contra to de trabalho pelo tempo 
correspondente ao seu periodo, ou seja, o tempo de dura<;ao do 
aviso, cumprido ou projetado, integra-se ao contra to para todos os 
efeitos legais. 
Assim, aumentos salariais ocorridos durante o periodo do 
aviso previo beneficiarao o trabalhador. Se o empregado praticar 
falta grave (exceto abandono de emprego), perdera o direito ao 
restante do aviso e a indeniza<;ao por dispensa. Se a falta grave 
for do empregador, o empregado tera direito de deixar de cum-
prir o restante do aviso, sem prejuizo da remunera<;ao correspon-
dente (art. 483). 
4.3.1.6 Redu~ao da jornada 
Quando o aviso previo for dado pelo empregador, a jornada 
de trabalho do emprcgado sera reduzida em duas horas diaria-
mente, sem prejufzo do salario, para que possa procurar outro 
emprego Se, ao contn\rio, for dado pelo empregado, sua jorna-
da nao se alterara, pois ha presun<;ao de que ja tenha em vista 
outra coloca<;ao. -~~-- __ _ 
88 
Na primeira hip6tese, faculta-se ao empregado trabalhar sem 
a redu<;ao das duas horas di<irias, caso em que podera faltar ao ser-
vi<;o, sem prejuizo do salario integral, por sete dias corridos (aviso 
previo de 30 dias). 
4.3.1.7 Reconsidera(_;ao 
E facultativo a parte notificante propor a reconsidera<;ao do aviso 
previo, e, a notificada, aceitar ou nao a reconsidera<;ao. Em caso 
positivo, ou continuando a presta<;ao de servi<;os ap6s o termino 
de prazo do aviso, o contrato continuara a vigorar plenamente 
como se o aviso previo nao tivesse sido dado. 
4.3.1.8 lrrenunciabilidade 
Como objetivo de proteger o empregado contra fraudes, o TST publi-
cou a SU:mula n, 276, dispondo: "0 direito ao aviso previo e irrenun-
ciavel pelo empregado. 0 pedido de dispensa de cumprimento nao 
exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprova~ao 
de haver o prestador dos servi~os obtido novo emprego"-
• 0 aviso previo e irrenunciavel como direito do emprega-
do, ou seja, quando for dispensado imotivadamente pelo 
empregador. Quando direito do empregador (pedido de 
demissao do empregado), se o empregado pedir dispensa 
de seu cumprimento (que seria sua obriga<;ao ), e o empre-
gador concede-la, nao ficara obrigado a remunerar os dias 
do aviso os quais dispensou o empregado da obriga<;ao de 
cumprir. Observe-se que, caso o empregado nao cumprisse 
o aviso, o empregador teria direito a reter os salarios corres-
pondentes ao aviso nao cumprido. 
4.3.2 Ferias na rescisao 
4.3.2.1 Farias vencidas 
Ferias vencidas sao aquelas para as quais o trabalhador ja tenha 
cumprido o respectivo periodo de aquisi<;ao do direito a remu-
89 
nera~ao, Parser direito adquirido, sera sempre devido em qual-
quer tipo de rescisao, nao podendo ser prejudicado nem mesmo 
pela justa cattsa, 
Normalmente, estaremos fora do periodo concessivo, Se den-
tro do periodo concessivo, preferencialmente deverao ser denomi-
nadas integrais 
4.3.2.2 Ferias proporcionais 
Quanta as ferias proporcionais, o empregado tera direito quando 
for dispensado sem justa causa, no h~rmino de contrato a prazo 
determinado e quando pedir demissao, 
Assirn, o empregado perdera o direito as ferias proporcionais 
pela pratica de falta grave,, 
Referenda legal: arts, 146 a 148 da CLT 
4.3.3 13° Salario na extinQao do contrato de trabalho 
4.3.3.1 Cabimento do 13° salado proporcional 
0 13° salario proporcional e cabivel nos seguintes casas: 
a. dispensa sem justa causa; 
b. pedido de demissao; 
c. termino de contrato a prazo determinado; 
d. aposentadoria 
4.3.3.2 0 13° sa:ario e :,1 justa causa 
0 13° salado nao e devido na dispensa com justa causa. E, caso o em-
pregador ll1e tenha adiantado o valor referente a primeira parcela, po-
d era desconta-lo do saldo salarial e das ferias vencidas (se houver), 
4.3.4 lnclenizaQao de dispensa do ernpregado 
4.3.4.1 Hist6rico 
Os arts,, 477 e 478 da CLT asseguravam ao empregado dispensado 
sem justa causa uma indeniza~ao sabre a sua maior remunerac;ao 
90 .............. _. ........ ,,, ................................... . 
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Direito e Processo do Trabalho 
e na razao de urn mes par ana de servic;o ou frac;ao igual ou su-
perior a seis rneses, Par exemplo, o empregado que contasse com 
seis anos e dez meses de servic;o para o mesrno empregador faria 
jus a uma indenizac;ao equivalente a sete salarios, calculados sabre 
a maior remunera~ao percebida, Esta era a chamada itrdenizat;iio 
pelo tempo de servit;o Ademais, ap6s o decirno ana, o empregado 
adquiria a estabilidade (art 492 da CLT), 
Ocorre que, ern 1966, com a cria~ao do FGTS pela Lei n. 5,107, 
o empregado poderia optar pela indenizac;ao celetista ou pelos de-
positos do FGTS, que nao lhe garantia a estabilidade a partir do 
decirno ana. 
Ern sintese, a partir de 1966, o empregado tinha dais sistemas 
de indeniza~ao par tempo de servi~o: o da CLT e o do FGTS, urn 
excluindo o outro, de tal forma que quem optasse pelo FGTS nao 
teria direito a indenizac;ao e a estabilidade. 
Na verdade, a criac;ao do FGTS significou forte desestimulo 
ao sistema celetista, ja que as empresas obdgavarn o empregado a , 
optar pelo FGTS, como que perdiam a indenizac;ao e, conseqiien-
temente, a estabilidade,, 
0 golpe derradeiro foi dado pela CF /88, que, no art 7", ill, 
disp6e que o empregado tern direito ao FGTS. 
Se tern direito ao FGTS e este e urn sistema substitutivo e ex-
cludente da indeniza~ao, a conclusao e que, a partir de 1988, nao 
existe mais a indeniza~ao do art 478 da CLT, ressalvado o direito 
adquirido dos que, ate 1988, nao erarn optantes do FGTS. 
Referenda legal: CF /88, art 7', inc, I; ADCI; art. 10, inc I; CLT, arts .. 477 e 478 
4.3.4.2 A nova indenizaQao 
Por fim, convem ressaltar que a Constituic;ao Federal dis poe em seu 
art. 7", inc. I, que a relac;ao de emprego e protegida contr·a dispensa 
arbitraria ou sem justa causa e que, enquanto nao for criada a lei 
complementar que regulamente essa protec;ao, o constituinte de-
terrninou o pag~ento de urn acrescimo de 40% sabre o valor dos 
91 , ........ ,,.,. ... ,. .... ,.,. .. ,. ................ ,.,. ........••.. ,. .. ,., .. . 
depositos do Fundo de Garantia do Tempo de Servi~o (art 10, I, do 
ADCT), ja acrescido de juros e corre~ao monetaria, exceto no caso de 
rescisao por culpa reciproca ou for~a maior, quando o valor da inde-
niza~ao sera de 20% do saldo atualizado da conta vinculada, 
4.3.4.3 Cabimento 
A indeniza~ao por dispensa e devida nas seguintes hipoteses:1. nos casas de despedida sem justa causa, rescisao indireta do con-
tra to de trabalho (prazo int:leterrninado) ou extin~il;o daempresa; 
2. rescisao antecipada do contrato a prazo certo por iniciativa do 
empregador; 
3. despedida por culpa recfproca ou for~a maior, como tal reconhe-
cida pela Justi~a do Trabalho (valor= 20% do saldo da conta). 
4.3.5 Movimentagao da conta vinculada do FGTS 
4.3.5.1 Hip6teses na cessa9ao do contrato 
Hipoteses em que o trabalhador pode levantar os depositos do FGTS: 
1. dispensa sem justa causa (pelo empregador); 
2. rescisao indireta; 
3. rescisao antecipada do contra to a termo, sem justa causa; 
4. rescisao de contrato de trabalho, inclusive contra to a termo, por 
motivo de culpa reciproca ou for~a maior; 
5. rescisiio do contra to de trabalho por extin~ao total da empresa, 
fechamento de quaisquer estabelecirnentos, filiais, agendas, su-
pressao de parte de suas atividades ou, ainda, falecirnento do 
empregador individual; 
6. extin~ao normal do contrato a termo, inclusive o dos trabalha-
dores temporaries; 
7. aposentadoria, inclusive por invalidez. 
92 ................................................................ 
Direito e Processo do Trabalho 
4.3.6 lndenizagao adicional do empregado dispensado 
sem justa causa no perfodo de 30 dias antes da 
corregao salarial 
• Art. 9° das Leis ns. 6.708/79 e 7.238/84. 
4.3.5.1 Valor 
0 empregador que dispensar empregado "sem justa causa, no pe-
riodo de 30 (trinta) dias que antecede a data de sua corre~ao sala-
rial, dara direito a este a indeniza~ao adicional equivalente a urn 
salario mensa!". 
4.3.6.2 Cabimento 
Com referenda ao aviso previa indenizado, se o ultimo dia do aviso 
previa cair no perfodo de 30 dias que antecede a corre~iio salarial, 
esse fa to gera direito a indeniza~ao, posteriormente a saida fisica 
do empregado, considerando que esse aviso previa fica integrado 
ao periodo de tempo de servi~o, conforme o art. 487, § 1°, da CLT 
Ha controversia na interpreta~iio da Stimula n. 314, levando 
alguns orgaos homologadores a exigir a indeniza~ao adicional 
cumulativamente com a corre~ao salarial, quando o Ultimo dia do 
aviso previa trabalhado recair no mes da data-base, ou no caso de 
o despedirnento, anunciado no trintidio que anteceder a revisao 
salarial, vir a consumar-se posteriormente a ocorrencia da data-
base, o que acontece como aviso previa indenizado. 
0 direito a indeniza~iio adicional e devido no desligamento do 
empregado, sem justa causa, no periodo de 30 dias que antecede a 
data-base, observando a proje~ao do aviso previa indenizado, nao 
irnportando se o empregador paga antecipadamente, por mera li-
beralidade, as verbas rescisorias com o valor ja carrigido, quando 
nao tern essa obriga~ao, 
Se a dispensa anunciada por meio do aviso previa indeniza-
do ou trabalhado no periodo de 30 dias que antecede a corre~ao 
salarial consumar-se dentro do mes da data-base, niio sera devido 
o pagarnento da indeniza~ao adicional, _seDdo apenas legalmente 
9.3 .. , ...................... , ................................. . 
obrigat6rio o pagamento das verbas rescis6rias por meio de uma 
rescisao complementar com o salano corrigido pelo acordo, con-
ven~ilo ou dissidio coletivo da categoria profissional. 
4.4 A forma da extincao do contrato , 
A forma de extin~ao do contra to (dispensa, demissao, morte, extin-
~ao da empresa) sera fundamental para a determina~ao das parce-
las indenizat6rias a que o empregado tera direito 
Alguns aspectos de relevancia sao: 
• o tipo de contra to (prazo indeterminado ou determinado); 
• o tempo de servi<;o do empregado na empresa; 
• a proxirnidade da data-base (podera influir no recebimento da 
indeniza<;ao adicional da Lei n. 7.2.38/84); 
• a ocorrencia de justa causa, que prejudicara o recebimento de todas 
as parcelas de carater indenizat6rio ou de expectativa de direito, 
permanecendo apenas o direito ja adqttirido (saldo de salarios 
e ferias vencidas), para o empregado; no caso de falta grave do 
empregador, paden\ implicar rescisao indireta com a concessao 
de todos os direitos ao empregado. 
4.4.1 Justa causa do empregado 
A justa causae decorrida da pratica da falta grave pelo emprega-
do, que pode ser definida como todo a to grave que fa<;a desapare-
cer a confian~a que deve existir entre empregado e empregador e 
que inviabilize a continttidade da rela~ao de emprego. 
A estrutura da justa causa compreende alguns elementos, cuja 
presen<;a e exigida, concomitamente, para a sua caracteriza~ao, o 
que vale dizer que a ausencia de urn deles afasta motivo ensejador 
da justa causa. 
Os elementos de estrutura sao os seguintes: 
• culpa do empregado; 
• gravidade do comportamento; 
94 
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Direito.e-ilroGeSSG-llo.:l"rabaloo'----........................................................ 
imediatismo da rescisao, isto e, a rescisao deve ser imedia-
ta, sob pena de caracterizar o perdao tacito do empregado; 
causalidade entre a falta eo efeito· , 
singularidade da puni~ao . 
Observa,ao: A falta grave pode ocorrer dentro ou fora do estabelecimento 
4.4.2 Figuras da justa causa 
• Improbidade - e ato lesivo contra o patrim6nio da empresa ou 
de terceiro, relacionado com o trabalho. Ex.: furto, roubo, falsi-
fica<;ao de cart6es de ponto · 
• Incontitti!ncia de conduta - consiste no comportamento irregu-
lar do empregado, incompativel com a moral sexual. 
• Mau procedimento - e o comportamento iiTegular do emprega-
do, incompativel com as normas exigidas pelo senso comwn do 
homem medio. Exemplo: trafico de drogas no local de servi<;o 
ou no horario de servi~o; adultera<;ilo de cartao de ponto. 
• Negociaqiio habitual-eo a to de concorrencia desleal ao empre-
gador ou o inadequado exercicio paralelo do comercio a sua cau-
sa, exigindo a habitualidade. 
• Condettaqiio criminal sem sursis - e a prisao do empregado; 
desnecessario que o fato esteja relacionado com o trabalho; a 
impossibilidade de comparecer ao tr·abalho enseja a dispensa 
(obs .: sursis e a suspensao da pena). 
• Desidia -eo ato de negligencia, displicencia habituaL Ex.: £alta 
de assiduidade e de pontualidade, pregul~a, rna vontade 
• Embl"iaguez - pode ser por alcool ou t6xico. Nesta hip6tese, o 
ato garante a imediata dispensa, se em servi~o, e depende da 
habih1alidade, se fora do servi~o 
• Violaqiio de segredo - consiste na divulga~ao nao autorizada de 
informa~6es que possam causar dano ao empregador. 
• Indisciplina- significa o descumprimento da normageral, re-
cusa, revista.. 
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I • Insnbordina9iio - e o descwnprimento da norma individual, 
sendo necessaria averiguar se quem deu a ordem tinha poderes 
para tanto. 
• Abandono de emprego - requer ausencia continuada e animo de 
nao mais trabalhar para o empregador. 
A jurisprudencia fixou em 30 dias o prazo que caracteriza o 
abandono: 
"Presume-se o abmzdono de emprego se o traballzador niio re-
tornar ao servi9o no prazo de 30 Jtrinta) dias ap6s a c,ess_a9iio 
do beneficia previdenciario nem justificar o motivo de niio o 
fazer" (Stimula n, 32 do TST), 
• agressiio moral -salvo em legitima defesa; 
• agressiio fisica - salvo em legitima defesa; 
• jogos de azar - sao aqueles nao previstos na legisla~ao, 
Ex,: jogo do bicho, rifas nao autorizadas; apostas em corrida 
de cavalos fora do hlpodromo ou em casas nao autorizadas; 
requer habitualidade. 
Referenda legal: art 482 da CLT, 
Alem dessas figuras, a CLT elenca mais algwnas para tipos de em-
pregados especfficos ou descwnprimento de normas de seguran~a. 
• Bancarios 
"Art. 508. Considera·se justa causa, para efeito de rescisao de contra to 
de trabalho do empregado bancario, a falta contumaz de pagamento de 
dividas legalmente exigiveis " 
• Ferroviarios 
"Art 240. Nos casos de urgencia ou de acidente, capazes de afetar a se-
guranc;a ou regularidade do servic;o, podeni a durac;ao do trabalho ser 
excepcionaLmenteelevada a qualquer ntlmero de horas, incumbindo a Es-
trada zelar pela incolumidade dos seus empregados e pela possibilidade 
de revezamento de turrnas, assegurando ao pessoal urn repouso corres-
pon_cl,ef[~ e comunicando a ocorrencia ao JV!inisterio do Traballio dentro 
de 10 (dez) dias da sua verificac;ilo, 
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Direito e Processo do Trabalho 
Parcigrafo tinico. NOs casas previsfos neste artigo, a recusa, sem causa 
justificada, por parte de qualquer empregado, a execuc;ao de servi<;o ex-
traordinario sera considerada falta grave," 
• Descurnprimento de normas de seguran~a 
"Art 158. Cabe aos empregados: (,,) 
Paragrafo Unico, Constitui a to faltoso do empregado a recusa injustificada: 
a) a observiincia das instrU<;oes expedidas pelo empregador na forma do 
item II do artigo anterior; 
b) ao uso dos equipamentos de protec;ao individual fornecidos pela 
empresa." 
4.4.3 A justa causa do empregador 
As hlp6teses de falta grave do empregador estao previstas no art. 483 
daCLT. 
Os elementos da estrutura da justa causa, indicados nos co-
mentarios ao art 482 da CLT, aqui tambem se aplicam (gravidade, 
imediatismo etc} 
a. Quando forem exigidos servi9os: 
• superiores as for~as; 
• defesos p or lei; 
• contrarios aos bons costumes; 
• alheios ao contrato, 
Quando for lrntndo o empregado, pelo empregador ou por seus 
superiores ltierd1·quicos, com rigor excessivo; 
Quando o empregado con·er peri go manifesto de mal consideravel; 
Deixar o empregadM de cumprir as obriga9iies do co11t1;to; 
Quando pmticar o empregador, ou seus prepostos, contra o em-
pregado, ou pessoas de sua familia, ato lesivo da honra e boa 
fama (agressiio mom/); 
..... ,"""""""""""••·""''"'"""'""""'""""""""""""""'''"""""'""' 97 
f. Quando o empregador, ou seus prepostos, ofenderem o empre-
gado fisicamente, salvo em caso de legitima defesa, propria ou 
de outrem (agressiio fisica); 
g. Quando o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por 
pefa ou tmefa, de forma a afetar sensivelmente a importiincia 
dos sa/arios. 
4.4.4 lmediatismo exceQ6es 
0 § 3" do art. 483 da CLT garante ao empregado afaculdade de 
permanecer no emprego nas hip6teses das tetras de g, ou seja, 
quando o empregador nao cumprir as obriga~5es do contrato 
ou quando, sendo o trabalho do empregado pactuado por pe~a 
ou tarefa, o empregador reduzir o seu trabalho de forma a afetar 
sensivelmente a importancia dos sah\rios. 
4.5 Formas de extinQao e respectivas parcelas 
rescis6rias 
4.5.1 ExtinQao par decisao do empregador 
0 empregador pode dispensar o empregado com ou sem justa causa. 
4.5.1.1 Dispensa sem justa causa 
A dispensa sem justa causa suscita direitos ao empregado: 
1!1 aviso previo; 
• ferias proporcionais; 
• 13" salario proporcional; 
• levantamento dos depositos do FGTS; 
• multa de 40% sobre os depositos do FGTS; 
• indeniza~ao adicional (data-base), quando a dispensa se 
consumar no trintidio anterior. 
98 
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4.5.1.2 Dispensa com justa causa 
A dispensa com justa causa faz que o empregado nao tenha direito 
a qualquer das verbas elencadas anteriormente, apenas recebendo 
o saldo de salaries e ferias vencidas, se tiver adquirido o direito. 
4.5.2 ExtinQao par decisao do ernpregado 
A rescisao por a to do empregado pode se dar das seguintes fom1as: 
Demissao 
0 empregado que nao mais pretender dar continuidade ao con-
trato de trabalho podera rescindi-lo; para tanto, devera comunicar 
seu empregador com certa antecedencia (aviso previo). 
Ted. direito a: 
• 13" salario proporcional; 
• ferias proporcionais. 
Aposentadoria espontanea 
Atualmente, a aposentadoria nao irnplica necessariamente a resci-
sao do contra to de trabalho .. Caso o empregado se aposente e deixe 
de tr·abalhar para curtir a vida pescando em uma lagoa "pesque e 
pague" pelo resto de seus dias, a aposentadoria espontanea natu-
ralmente tera significado a ruptuta do pacto !aboral. 
Todavia, irnportante destacar que o empregado pode se apo-
sentar, isto e, passar a receber o beneficia previdenciario (aposen-
tadoria) pago pelo INSS e continuar a trabalhar normalmente na 
empresa. Nesse caso, a aposentadoria nao acarretou a ruptura do 
contra to de trabalho do empregado, ja que nao ha rescisao automa-
tica do contrato de trabalho em decorrencia do requerimento ou 
mesmo da concessao do beneficia previdenciario .. 
Esse entendimento foi adotado pelo Supremo Tribunal Fede-
ral em uma a~ao direta de insconstitucionalidade que suspendeu a 
eficacia dos §§ 2" e 3" do art. 453 da CLT. 
99 
Importante observar que se a aposentadoria espontanea nao 
extingue o pacto !aboral, a indeniza<;ao em caso de dispensa imoti-
vada do obreiro apos a aposentadoria incide sobre o periodo ante-
rior a aposentadoria, ja que nao houve solu<;ao de continuidade do 
contrato, masse !rata de urn contrato Unico .. 
Inicio Aposentadoria DSM 
I 
-----Indeniza<;ao = 40% sobre todo o periodo 
Agora, se o empregado efetivamente parar de trabalhar quan-
do se aposentar, fara jus as seguintes verbas rescisorias: 
• levantamento do FGTS; 
• 13° salado proporcional; 
• ferias proporcionais. 
Evidentemente, nao fan\ jus ao aviso previo, tampouco a mul-
ta rescisoria, uma vez que a rescisao nao foi motivada pelo empre-
gador; ao contrario, a iniciativa partiu do empregado. 
4.5.2.1 Dispensa indireta 
E a rescisao do contrato pelo empregado por for<;a da pratica de 
falta grave pelo empregador Tal qual a dispensa por justa causa, 
OS elementos da estrutura devem estar presentes .. Ela e efetivada 
por a<;ao judicial impetrada pelo empregado 
Tera direito a: 
• levantamento do FGTS; 
• 13° salario proporcional; 
• ferias proporcionais; 
• multa de 40% sobre os depositos do FGTS; 
• aviso previo (art 487, § 4°, da CLT: "E devido o aviso previo na 
despedida indireta"). 
100 
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4.5.3 Extingao por iniciativa de ambos 
4.5.3.1 Acordo 
Esta e a hipotese em que empregado e empregador estao interes-
sados em rescindir o contrato amigavelmente. Nao ha nenhuma 
obriga<;ao legal para que o empregador fa<;a o acordo. 
Tudo pode ser negociado, exceto as verbas salariais e as ferias 
vencidas. NAO e autorizada movimenta<;iio no FGTS. 
4.5.3.2 Culpa recfproca 
A culpa redproca e caracterizada pela ocorrencia de falta grave 
tanto do empregado quanto do empregador. Deve ser reconhecida 
pela Justi<;a do Trabalho. 
Referenda legal: art. 484 da ClT 
• Stimula n. 14 do TST: Reconlzecida a culpa rec{proca na rescisiio do 
contrato de traballzo (art 484 da CLT), o empregado tem direito a 
50% (cinqiienta par cento) do valor do aviso previa, do decimo terceiro 
saldrio e das.ferias proporcionais. 
Quanto aos direitos do empregado, sao: 
• saldo de salado + ferias vencidas; 
• levantamento do FGTS; 
• multa de 20% sobre os depositos do FGTS. 
Aten~iio: 50% do aviso previa, 50% d,o 13° sa!ario proporcional e 50% das 
ferias proporcionais (Stirnula n. 14 do TST) 
4.5.4 Extingao por desaparecimento dos sujeitos 
4.5.4.1 Morte do empregado 
Com a morte do empregado, o contra to de trabalho e extinto, em 
razao do desaparecimento de um dos sujeitos, e alguns, nao todos, 
dos direitos trabalhistas sao transferiveis aos herdeiros. 
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Direitos transferiveis: 
• FGTS; 
• ierias proporcionais; 
• 13° salado proporcionaL 
Nao sao transferiveis os direitos sobre os quais o falecido tinha 
expectativa de direito, por exemplo, o aviso previo e a indeniza~ao 
de 40%, do FGTS, direitos estes condicionados ao motivo da extin-
~ao do contrato. 
4.5.4.2 Marte do empregador 
A morte do empregador nao rescinde o contra to de trabalho, pois 
nao interfere no prosseguirnento da atividade desenvolvida, que 
podera perdurar com outros titulares, configurando-se, entao, a 
sucess.l.o trabalhista 
Apenas a cessa~ao da atividade empresarial e que irnplica a res-
cisao dos contratos de trabalho em curso, cabendo, nessa situa~ao,as 
parcdas rescisorias devidas em caso de clispensa sem justa causa. 
No entanto, a morte do empregador, constituido em firma in-
dividual, faculta ao empregado pleitear a rescisao do contra to de 
trabalho. Essa rescisao dar-se-a sem onus para as partes, o que 
significa que o empregador fica desobrigado de pagar a indeniza-
~ao de 40% do FGTS, eo empregado fica desobrigado de conceder 
aviso previo e ten\ direito a sacar os depositos referentes ao FGTS 
(art 483, § 2°, da CLT e art. 35, II, do Dec. n. 99.684/90). 
• Art. 483, § 2'~ No caso de nzorte do empregador corzstituido em empresa 
individual, e facultado ao empregado rescindir o co11trato de trabal/zo. 
4.5.4.3 Extincao da empresa 
Uma empresa pode extinguir-se por varios mothos: impossibili-
dade de prosseguimento do negocio, for~a maior~ a to do governo, 
tambem chamado de factum principis (exemplo: desapropria~ao), e 
tambem pode ocorrer apenas a extin~ao parcial, como a extin~ao 
de estabelecirnentos ou filiais. 
102 
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a. Extillt;:iio normal da empresa- No caso de extin~ao normal da 
empresa ou extin~ao por factum prillcipis, caberao ao empregado 
todas as parcelas rescisorias, como na dispensa sem justa causa, 
observando-se apenas que, na ocorrencia de factum principis, o 
pagamento das verbas fican\ a cargo do governo responsavel 
pela rescisao contratual 
b. Extint;:iio por fort;:a maior - Nos casos de for~a maior, assirn 
considerado o acontecirnento inevitiivel e irnprevisivel em re-
la~ao a vontade do empregador e para a realiza~ao do qual este 
--nao..concorreu, direta ou incliretamente (art 501 da CLT) - por 
exemplo, um incendio ou uma inunda~ao que inviabilize o 
prosseguimento da atividade empresarial-, serao devidas, pela 
metade, as indeniza~oes a que o empregado liver direito .. 
c. Falencia - A falencia nao sera considerada como forc;a maior, 
pois esta inserida nos riscos do empreenclimento. Como virnos, 
os direitos trabalhistas subsistem nos casos de falencia, concor-
data e dissolu~ao da empresa .. 
4.5.5 ExtinQao dos contratos a prazo determinado 
4.5.5.1 Pelo decurso do prazo 
0 cont.rato de trabalho extingue-se pelo simples decmso do prazo, 
isto e, vencido 0 prazo prefixado, as partes ficam desobrigadas das 
obriga~oes contratuais. Eo termino normal do contrato de t.rabalho. 
Nesta hipotese, o empregado tem os seguintes direitos: 
• levantamento dos depositos do FGTS; 
• 13° salado proporcional; 
• ferias proporcionais. 
4.5.5.2 Rescisao antecipada 
Os arts. 479 e 480 preveem as hipoteses em que uma das partes nao 
pretende que o contra to atinja seu prazo, em razao ou nao da justa 
causa, o que acarreta a sua rescisao antecipada. 
103 
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Se a rescisao e motivada pela falta grave do empregado, ele 
tern direito apenas aos sahirios do perfodo; nao tern direito a inde-
niza~ao, a sacar o FGTS, a 13" salario e a ferias proporcionais, 
Se a rescisao for por dispensa sem justa causa, o empregado 
teni os seguin tes direi tos: 
• indeniza~ao; 
• levantarnento dos depositos do FGTS + 40%; 
• ferias proporcionais; 
• 
0 0 
13" sal<\rio proporcionaL 
A indeniza~ao de que trata o art 479 e devida no valor equi-
valente a metade da remunera~ao a que o empregado faria jus ate 
o termino do contra to. 
Em caso de rescisao por iniciativa do empregado, este ficani 
obrigado a indenizar o empregador por meio de urn valor equiva-
lente aquele devido se a rescisao partisse do empregador. 
Por fim, convem observar que, na hip6tese de constar no con-
trato clausula assecurat6ria do direito reciproco da rescisao e esta 
venha a ser invocada por uma das partes, a rescisao dar-se-a como 
se o contra to tivesse prazo indeterrninado (art 481) 0 
4.6 Extingao dos contratos - causas de 
dissolucao , 
Os contratos, inclusive ode trabalho, extinguern-se em virtude de 
urn fa to que lhes poe fim. 
Sao as seguintes as causas de dissolw;ao dos contratos: 
a. a resilir;iio; 
b. a resolur;iio; 
c. a rescisiio; 
d. a forr;a maior, 
104 
Direito e Processo do Trabalho ...................................................... , .. , 
Da-se a resilir;iio do contrato quando as pr6prias partes des-
fazem o ajuste que haviam conclufdo. Em conseqiiencia da for~a 
obrigat6ria dos contratos, o que caracteriza a resilic;ao, em princf-
pio, e o mutua acordo para extinguir o contra to antes da expirac;ao 
do seu termo ou de obtidos os seus fins normais. Eo distrato, a que 
se refere o art. L093 do C6digo Civil. Excepcionalmente, pode a lei 
autorizar a resili~ao pela vontade unilateral, que sup6e, sempre, 
urn contra to em curso, de presta~6es sucessivaso Verificaremos que, 
no contra to de trabalho, a resilic;ao unilateral assume especial rele-
vo pelas conseqilencias que acarreta. 
A resolur;iio e urn modo de dissoluc;ao dos contratos que 
se produz: 
a. nos contratos sinalagrnaticos, quando ha inexecur;iio faltosa 
por parte de urn dos contratanteso Esta hip6tese tem, par igual, 
grande importilncia em materia de contrato de trabalho, prendendo-se 
a ela a figura da "justa causa"; 
b. quando urn contrato e subordinado a uma condic;ao resolutiva. 
A rescisiio nao depende da natureza do contra to e se verifica 
no caso de nulidadeo 
Finalmente, a forr;a maior provoca a dissoluc;ao do contrato 
pela impossibilidade de sua execuc;aoo 
4.6.1 Extin~ao normal do contrato de trabalho 
Ernbora o contra to de trabalho, por indole, seja concluido, geralmente, 
sem determinac;ao de prazo, as partes podem celebra-lo subordinando 
sua durac;ao a urn termo finaL Ele pode resultar, ainda, da realizac;ao 
de urn trabalho especificado ou da verifica~ao de certo acontecimento 
suscetivel de previsao aproximada (art. 443, § 1", da CLT). 
Como dissemos de infcio, o contrato extingue-se, ttormalmente, 
pela sua execur;iio. Assim, a exlinc;ao normal do contrato de trabalho 
da-se quando ele atinge o seu termo prefixado ou quando alcanc;a o 
seu objetivo, uma vez realizada a obra contratada (trabalho especifica-
do) ou verificado o acontecimento previsto 
105 
0 contra to de trabalho por tempo indeterminado, como tive-
mos ocasiao de acentuar, tern urn sentido nonnal, que !he e proprio, 
de dura<;ao, de permanencia. Sua execu.;ao e continuada. Seus ob-
jetivos nao tem limita<;ao temporal: perduram. 
A extin<;ao, portanto, do contra to de trabalho sem prazo e, sem-
pre, anormal. Na verdade, seria urna contradi<;ao 16gica e um absur-
do juridico falar em extin<;ao de urn contrato cujo objetivo subsiste. 
4.6.2 Resiligao do contrato de trabalho 
Vimos que o mutuo acordo- o distrato- caracteriza, ern principia, 
a resili<;ao dos contratos, por isso que estes obrigam os contratantes. 
Esta regra sofre, porem, exce<;ao, no que tange aos contratos su-
cessivos por tempo indeterminado. Dai a faculdade, reconhecida a 
ambas as partes, de dar por findo o contra to de tr-abalho, mediante 
declara<;ao unilateral de vontade .. 
No contra to de trabalho, salienta Valente Simi, a resili<;ao uni-
lateral encontra, ainda, urna justifica<;iio particular, fundada "na 
natureza fiduciaria da rela<;ao, que exige que empregador e empre-
gado prestem constante e mutua colabora<;ao e, pois, nao possam 
ser obrigados, um a empenhar sua personalidade e energia de tra-
balho, e outro a prosseguir naquela colabora<;ao, se, por qualquer 
motivo, perdeu a confian<;a no prestador de trabalho". 
A resili<;ao unilateral configura urn direito potestativo. A decla-
ra<;ao de vontade, que traduz o exercicio desse direito, tem can\ter 
receptfcio e, de regra, nao esta subordinada a requisito de forma .. Pela 
nahu:eza recepticia da declara<;ao, ela se dirige a um destinatdrio deter-
minado, considerando-se o ato perfeito, independentemente da acei-
ta<;ao deste. Disso decorre a necessidade de um aviso (comunica<;ao) e 
o decurso de urn certo lapso de tempo entre a declara<;ao e a extin<;ii.o 
do contrato. E, ainda, a partir da recep<;ao da declara<;ao, o ato nii.o 
podera ser revogado sem o consentimento do destinatano.Sendo a 
resili<;ii.o unilateral wn direito potestativo, o ato de declara<;ii.o e de 
indole constitutiva, porque extingue urna rela<;ao juridica, mn estado 
juridico. A resili<;ao, podim; nao retroage: produz efeitos ex mmc 
106 
Direito e Processo do Trabalho 
4.6.3 Resolugao do contrato de trabalho 
No Dir-eito do Trabalho, a nii.o ser no caso especial da estabilida-
de, quando a interven<;ao judicial e necessaria, qualquer das partes 
pode considerar desde logo resolvido o contrato pelo simples fato 
do nii.o-cumprimento da obriga<;iio no tempo e na forma devidos 
E clara que tal nao exclui a interven<;iio do juiz, quando a falta e 
contestada. Mas, ai, o juiz limita-se a exarninar se a falta ocorreu e a 
verificar a resolu<;ao: esta preexiste a senten<;a. 
A resolu<;ii.o do contra to de trabalho, como a resili<;iio, produz 
efeitos ex nunc. No contra to de trabalho, a condi<;ii.o nii.o retroage. 
A inexecu<;ii.o faltosa nao conduz, sempre e necessariamente, 
a resolu~ii.o do contrato .. Se a parte, vitima de inexecu.;ao, e o em-
pregado, ele tem dois caminhos a sua frente: ou pede, em juizo, a 
execurilo do contra to (mantendo o vinculo empregaticio) ou o con-
sidera, desde logo, resolvido, com as conseqi.iencias que a lei preve 
(rescisii.o indireta). 
4.7 Da rescisao contratual 
4. 7.1 Prazos de pagamentos rescis6rios 
Havendo extin<;ii.o do contra to de trabalho, o pagarnento das par-
celas rescis6rias, qualquer que seja o tempo de servir;o do emprega-
do na empresa, devera ser efetuado nos seguintes prazos: 
a. ate o primeiro dia titil imediato ao termino do contra to, quando 
do curnprimento do aviso previo; 
b. ate o decimo dia, contado da data da notifica<;ii.o da demissii.o, 
quando da ausencia do aviso previo, sua indenizar;iio ou dis-
pensa de seu cumprimento 
Observa~ao: 0 prazo para pagamento das parcelas rescis6rias independe 
do tempo de servi<;o do empregado na empresa, o qual s6 ini influir na 
obrigatoriedade, au nao, de homologar tal rescisao 
107 
4.7.2 lnobservancia dos prazos- multas 
Estabelece o § 8° do art. 477 da CLT que a inobservancia dos prazos 
citados sujeitara o empregador a multa de 160 UFIR, por traba-
lhador, em favor da Uttiiio (multa administrativa), bern como ao 
pagamento, em favor do empregado, do valor equivalente ao seu 
salario, corrigido pela varia~ao da UFIR~ 
• 56 nao havera obrigatoriedade do pagamento das multas 
quando se comprovar que foi o empregado quem deu razao 
ii mora (atraso). 
4. 7.3 Homologa~ao das rescis6es contratuais - obrigatoriedade 
0 desligamento do empregado com mais de urn ano de servi~o 
na empresa deve ser homologado~ Homologar significa pres tar as-
sistencia gratuita ao empregado (conforme disposto no art. 477 e 
paragrafos da CLT), quando da rescisiio do contrato de trabalho. 
Essa assistencia consiste em orientar e esclarecer as partes sa-
bre o curnprimento da lei, bern como conferir o cruculo das parce-
las rescis6rias, e deve ser prestada sem onus para as partes. 
Observa~ao: Nao se homologa rescisao de empregado com menos de 12 
meses de empresa nem de trabalhadores domesticos (com qualquer tem-
po de servit;o), pois a estes tiltimos nao se aplica a CLT. 
4.7.4 Orgaos competentes para homologar as rescisoes 
A homologa~ao e feita no sindicato representativo da categoria 
profissional a que perten~a o empregado ou no 6rgao local do Mi-
nisterio do Trabalho~ 
Quando nao houver na localidade qualquer desses 6rgaos, a 
assistencia sera dada pelo representante do Ministerio Publico ou, 
onde houver, pelo defensor p11blico e, na falta ou impedimento 
destes, pelo juiz de paz. 
Observe a seguinte hierarquia: 
108 
Direito e Processo do Trabalho ······················································· 
1. sindicato ou autoridade do MTb; 
2. representante do MP ou defensor publico; 
3. juiz de paz. 
4.7.5 Empregado estavel 
Tratando-se de empregado estavel, o pedido de deinissao s6 sera 
valido quando feito com a assistencia do respectivo sindicato. Na 
ausencia deste, o pedido deve ser firmado perante a autoridade 
local competente do Ministerio do Trabalho. 
Inicialmente, e preciso verificar se o empregado namh:l!Petlte"Trrtttnorr ---
de urna garantia de emprego, pais, nesse caso, o contrato niio po-
dera ser rescindido. Garantia de emprego e o direito do trabalhador 
de pennanecer no emprego, mesmo contra a vontade do seu empregador. 
Vamos analisar a seguir as priri.cipais garantias exigidas 
nas provas: 
1. Estabilidade decenal - 0 art. 492 da CLT disp6e que, ap6s dez 
anos na mesma empresa, o empregado nao podeni ser despedi-
do senao por motivo de falta grave, devidamente apurada por 
meio de inquerito judicial, proposto em ate 30 dias da suspen-
sao do empregado (prazo decadencial). 
A estabilidade perdurou, em nosso ordenamento juridico, ate 
5.10.1988, pois a Constitui~ao Federal, no art. 7", inc. I, estabeleceu 
para o empregado urn novo sistema de prote~ao contra a despedi-
da arbitraria ou sem justa causa, garantindo-lhe urna indeniza~ao 
compensat6ria, Assim, pode-se afirmar que a estabilidade prevista 
no art 492 da CLT foi abolida, ressalvando-se o direito adquirido. 
2. Dirigente sindical -Tern garantia de emprego a partir do regis-
tro da candidatura a cargo de dire~ao sindical, e, se eleito, ainda 
como suplente, ate urn ano ap6s o final do mandato, salvo se 
cometer falta grave, tambem devidamente apurada por meio 
de inquerito judicial (art. 8°, VIII, da CF). 
3. Representantes dos empregndos na CJPA- 0 cipeiro tarnbem tern 
estabilidade a p~rtir do registro da candidatura ate urn ano ap6s 
o termino do mandato (art. 10, ll, n, do ADCT), inclusive do su-
109 
plente (Stimula n. 339). 0 art. 165 da CLT disp6e que: "Os titulares 
da representa~ao dos empregados nas CIPAs niio poderiio sofrer 
despedida arbitn\ria, entendendo-se como tal a que nao se fundar 
em motivo disciplinar, tecnico, economico ou financeiro". 
Observa~ao: A jurisprudencia majoritaria entende que a falta grave 
deve ser apurada mediante inquerito judicial, embora nao haja previsao 
legal espedfica 
4. Empregada gestante- Desde a confuma~ao da gravidez ate cinco 
meses ap6s o parto (art 10, II, b, do ADCT). 
Observa~iio: 0 desconhedmento da gravr<:lezpelo empregadm nao afas-
ta o direito da empregada, salvo disposi<;ao em contrario, prevista em 
norma coletiva .. 
5. Empregado acidentado - 0 segurado que sofreu acidente do 
trabalho tern garantida, pelo prazo minimo de 12 meses, a ma-
nuten<;ao de seu contra to ap6s a cessa<;iio do auxilio-doen<;a aci-
dentario, independentemente da percep~ao de auxilio-acidente 
(arL 118 da Lei n. 8.213/91). 
6. Comissao de Conciliac;ao Previa - E vedada a dispensa dos re-
presentantes dos empregados na Comissao de Concilia~ao Pre-
via, titulares e suplentes, desde o registro da candidatura, e, se 
eleitos, ate urn ano ap6s o final do mandato, salvo se cometer 
falta grave de acordo como artigo (art 625-B, § 1°, da CLT). 
7. Outras- Representante dos empregados no Cvnselho Curador 
do Fundo de Garantia e no Conselho CUiador do INSS, bern 
como os empregados eleitos diretores de sociedade cooperativa 
(Lei n. 5.764/71) .. 
Observa~ao: Nos dais Ultimos casos1 a lei tambem exige a propositura do 
inquerito judicial para comprovar a falta grave, pre\ "is to no art. 853 da CLT. 
4.7.5 Onus das partes 
0 ato da assistencia na rescisao contratual sera sem onus para o 
··- · trabalhador e empregador (CLT, art. 477, § 7"). 
110 
'; _q 
Direito e Processo do Trabalho ....................................... , ................ . 
4.7.7 Rescisoes passiveis de homologaQao pelas 
autoridades administrativas 
As rescis6es somente serao homologadas pela autoridade local do 
Ministerio do Trabalho e pelos sindicatos de trabalhadores ou 6r-
gaos que lhes fac;am as vezes, as rescis6es de contratos de trabalho 
resultantes de acordos, dispensas sem justa causa, dispensas com 
justa causa, quando houver reconhecimento expresso de culpa por 
parte do empregado, e pedido dedemissiio de empregado com 
mais de urn ano de servic;o. 
4.7.8 Formas de pagamento 
0 pagamento das verbas salariais e indenizat6rias, constantes do 
termo de rescisao de contra to de trabalho, sera efetuado no ato da 
rescisao assistida, preferencialmente em moeda corrente au cheque 
visado ou mediante comprova<;ao de deposito bancario em conta 
corrente do empregado, ordem bancaria de pagamento ou ordem 
bancaria de credito, desde que o estabelecimento bancario esteja 
situado na mesma cidade do local de trabalho. 
4.7.9 Situagao do menor 
Na homologa<;ao de rescisiio de contrato de empregado menor~ e 
obrigat6ria a presenc;a e a assinatura do pai ou da mae, ou de seu 
representante legal, que comprovara essa qualidade. 
4. 7.1 o PrescriQao 
Havendo extinc;ao do contrato de trabalho, o prazo de prescri<;ao 
para ajuizar a~ao visando a reparac;ao de direito trabalhista referen-
te a esse con/rata camera a fluir da data da sua extinrfia, encerranda-se 
dais an as ap6s (CF /88, art. 7", XXIX). 
Observa~3o: Nao cmre prescri~ao contra menor. 
Referenda legal: art 477 da CLT e INn 2/92 .. 
111 
9. (OABIRJ - 2006) 0 emptegado que furta aparelhos da Em- 1 
presa pode ser dispensado com justa causa, sob a alega9ao: 
(A) ato ·je improbidade; 
(B) desidia no desempenho das respectivas funq6es; 
(C) ato de indisciplina ou de insubordinaqao; 
(D) abandono de emprego 
10. (OAB/SP- 2007) Com respeilo ao trabalho do menor, e cor-
reta a seguinte afirma~ao: 
(A) a homologa<;:ao da rescisao contratual com o pagamento das 
verbas rescis6rias devidas exige a presenqa dos responsaveis e 
acompanhamento de urn membra do Ministerio Publico do Tra-
balho, sob pena de nulidade; 
(B) nao pode firmar quaisquer recibos de pagamentos, sequer dos 
pr6prios salarios, sem a assistencia dos responsaveis legals; 
(C) e licito ao menor fir mar individualmente recibo de pagamento de 
seu salario; 
(D) a homologa<;:ao da rescisao conlratual, com o pagamento das 
verbas rescis6rias devidas, exige a presen9a dos responsaveis 
e, ainda assirn, somente tera validade se efetuada perante a 
Justi9a do Trabalho 
Gabarito 
1. D 6. A 
2. c 7. B 
3. D 8. A 
4. A 9. A 
5. c 10. B 
114 
Jornada de Trabalho 
5.1 lntrodugao 
A limita~ao da jornada de trabalho sempre foi urn dos anseios do 
trabalhador, tanto assim que as primeiras leis trabalhistas trataram 
da jomada de trabalho. 
0 estudo da jornada de trabalho compreende a dura~ao do 
trabalho, os honl.rios, o intervale, alem de outros aspectos. 
5.2 Conceito 
Jomada de trabalho e 0 perlodo em que 0 empregado fica a dis-
posifiiO do empregador, aguardando ou executando ordens (art. 4°, 
caput, da CLI}. 
Em situa<;6es especiais, a jornada podera abranger, ainda, o 
periodo de deslocamento casa/ trabalho. Sao as chamadas horas 
in itinere. 
115 
5.3 Horas in itinere 
5.3.1 Conceito 
Em situa~5es excepcionais, podeni ser incluido na jomada de tra-
balho o tempo gasto pelo empregado para ir de sua casa ao traba-
lho e vice-versa_ 
As horas correspondentes ao tempo gasto nesse deslocamento 
denominam-se horas in itinere. 
5.3.2 Condi~6es para percep~ao das horas in itinere 
Segundo o art 58, § 2°, da CLT, temos: o tempo despendido pelo 
empregado, em condu~ao ate o local do trabalho de dificil acesso 
ou nao servido por trans porte regular publico, e para o seu retorno, 
e computiivel na jornada de trabalho_ 
Os requisitos sao, portanto: 
a. local de dificil acesso; 
b. nao servido por transporte publico regular; 
c. condu~iio fomecida pelo empregador .. 
De acordo com a Stimula n .. 90, a incompatibilidade entre os 
honhios de inicio e termino da jomada do empregado e os do trans-
porte publico regular tambem gera 0 direito as horas in itinere_ 
5.4 Limitagao da jornada 
0 objetivo da lirrtita~ao da jomada e evitar afadiga do trabalhador, 
quando fica mais exposto aos acidentes 
As normas que estabelecem limites para as jomadas sao nor-
mas de natureza higienica ou profiliitica, que objetivam proteger a 
satide do trabalhador 
Nos termos da CF, a jornada normal maxima e de oito horas 
por dia ou 44 horas sernanais. 
116 
i 
Direito e Processo do Trabalho .................................. , ..................... . 
0 trabalho cuja dura~ao extrapola esses dois lirnites e con-
siderado extraordinario e deve ser rernunerado com o adicional 
de SO%. 
Todavia, existern situa~5es especiais de trabalho, considera-
das rnais penosas para o trabalhador, ern que o limite maximo 
sera reduzido - por exemplo, no caso do trabalho realizado ern 
turnos ininterruptos de revezarnento, que tern a jornada limitada 
a seis horas. 
Vale lembrar que os dispositivos da CLT que se cl1ocararn corn 
a CF /88 foram revogados tacitarnente 
Diz-se da jornada que teve sua estrutura, dinfunica e limites 
fixados ern lei. 
Em consequencia, a remincia, pelo trabal/zador, no ambito da 
rela~ao de ernprego, a algun1a vantagern ou estatuto resultante de 
normas referentes a jomada e absolutamente invalida. 
A CF /88, no art 7", inc Xill, fixa o limite maximo para a du-
ra~ao da jornada ao mesrno tempo em que, no inc. XXVI, assegura 
o direito ao "reconlzecimento das convenr;oes e acordos coletivos 
de trabalho". 
Como a imperatividade da norma constitucional conceme 
apenas ao limite maximo estatuido para a dura~ao normal do tra-
balho, ternos que a conven~ao ou acordo coletivo podera estabele-
cer limites inferiores para deterrninadas atividades e fun~6es. 
Nesse caso, tern-se que as co11di~oes mais favoraveis ao tra-
balhador prevalecerii.o sempre, independenternente da hierarquia 
das correspondentes norrnas juridicas" 
5.5 ProrrogaQao da jornada de trabalho 
A propria lei preve as hip6teses de trabalho extraordinario, cujo 
estudo sera mais bern detalhado no item a seguir. 
117 
5.5. 1 Form as de prorrogagao 
Sao as segui.rttes as formas licitas de pronuga<;ao da jornada: 
• horas extras resultantes de acordo de prorrogac;iio; 
• horas extras resultantes de sistema de compensat;iio; 
• horas extras destinadas a conclusiio de servic;os inaditiveis; 
• horas extras prestadas para compensar /zoras de paralisac;iio; 
• horas extras curnpridas nos casos de fcm;a maior. 
5.5.2 Prorrogagao acordada 
a. Defini<;ao 
.1cordo de prorrogac;iio de lzoras e o ajuste de vontades entre 
empregado e empregador, tendo por fun legitimar a prorroga-
<;ao da jomada normal de trabalho, ou seja, a dilata<;ao da jor-
nada, que nern sera cornpensada, tampouco e justificada por 
motivos que constituarn necessidade imperiosa .. 
0 acordo de prorroga<;ao pode ser feito com todo empregado, 
regra geral, exceto como empregado me1zor (art. 413 da CLT; c/ c 
o art. 7", XIII, da CF) .. 
Exige-se que esse acordo seja celebrado por escrito. 
b. Limites 
0 art 59 da CLT permite esse acordo, limitando a dilata.;ao da 
jornada em duas lwras por dia. 
Cabe observar que, em urn mesmo dia, podem ser acumuladas 
as horas de prorroga.;ao com as de compensa.;ao, dentro do li-
mite de duas horas 
c. Adicional 
As horas suplementares. assim prestadas, deverao ser remune-
radas com urn adiCional de, no minimo. 50% sobre o valor da 
horanormal. 
d. Prorroga<;ao acordada - proibi<;oes 
Para os empregados menores, a lei nao admite a validade des-
ses acordos de prorroga<;ao .. Tarnbem veda a prorroga~ao a 
118 
Dire ito e Processo-do-Trabalhcr-----·-
........ ., .................................. o ..................... .. 
certos empregados, pela natureza penosa do trabalho que exe-
cutam Como exemplos, citamos: 
• cabineiros de elevador (Lei n. 3.270/57); 
• banciirios (art. 225 da CLT e Stimula n. 199 do TST).. 
e. Acordo de prorroga<;ao nas atividades insalubres 
Em atividades insalubres, a CU imp6e urn obshkulo adminis-
trative a prorroga.;ao, derivado de considera<;6es de medicina 
do trabalho: a prorroga<;ao somente poderii verificar-se caso au-
torizada pela fisca!iza.;ao administrativa do Ministerio do Tra-
balho (art 60 da CLT) ---· 
Ha orienta<;ao jurisprudencial surnulada no sentido de que, tra-

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