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04/12/2020 Questão Discursiva
https://ava.unisanta.br/mod/quiz/attempt.php?attempt=1129737&cmid=106012 1/3
Página inicial / Questão Discursiva
https://ava.unisanta.br/
https://ava.unisanta.br/mod/quiz/view.php?id=106012
04/12/2020 Questão Discursiva
https://ava.unisanta.br/mod/quiz/attempt.php?attempt=1129737&cmid=106012 2/3
Questão 1
Ainda não
respondida
Vale 1,00
ponto(s).
CONTRIBUIÇÕES DE PAULO FREIRE PARA A EDUCAÇÃO 
 
Pesquisas apontam que os anos 50 foram marcados pelo surgimento diferente de alfabetizar do educador Paulo Freire e dos
círculos populares de cultura, fatos que proporcionaram a sistematização de um ideário e de experiências que conhecemos nos
dias atuais por educação popular. Assim influenciou a década de 60 movimentos populares de todas as ordens que tinham
como relevância a valorização do diálogo e a interação como fundamentos necessários para garantir a libertação do educando
e o direito a educação básica. Freire via a educação em duplo plano instrumental, capaz de preparar técnicas e cientificamente a
população para o mercado de trabalho, e que atendesse as necessidades concretas da sociedade, para isto elaborou uma
proposta conscientizadora de alfabetização de adultos, cujo princípio básico era a leitura do mundo e as experiências do
educando, desta forma sua proposta de alfabetização partiam da realidade de vida do aluno para o aprendizado da técnica de
ler e escrever. O primeiro momento é a Investigação temática , pela qual professor e aluno buscam, no universo
vocabular do educando e da sociedade onde vive as palavras e temas centrais de sua biografia. Esta é a etapa da descoberta
do universo vocabular, em que são levantadas as palavras e temas geradores relacionados com a vida cotidiana dos
alfabetizandos e do grupo social a que eles pertencem. Essas palavras geradoras são selecionadas em função da riqueza
silábica, do valor fonético e principalmente em função do significado social, trazendo a cultura do aluno para dentro da sala de
aula. O segundo momento a tematização , pela qual professor e aluno codificam e descodificam esses temas,
buscando seu significado social, tomando assim consciência do mundo vivido e é nesta fase que são elaboradas as fichas para a
decomposição das famílias fonéticas dando para a leitura e a escrita. O terceiro, a problematização na qual eles buscam superar
uma primeira visão mágica por uma visão crítica partindo para a transformação do contexto vivido,
nesta ida e vinda do concreto para o abstrato e do abstrato para o concreto, volta-se ao concreto problematizando,
descobrindo limites e possibilidades existenciais captadas na primeira etapa. A realidade opressiva é experimentada como um
processo passível de superação, a educação para a libertação deve desembocar na práxis transformadora. (FREIRE, 1979, p.72).
 
Freire elabora uma forma de educação interdisciplinar, com o grande objetivo da libertação dos oprimidos, ou seja, a
humanização do mundo por meio da ação cultural libertadora, evitando a lógica mecanicista que considera a consciência como
criadora da realidade, e o mecanismo objetivista, que considera a consciência como cópia da realidade. 
O educador deve ser o portador da consciência mais avançada de seu meio, necessita possuir antes de tudo a noção crítica de
seu papel, isto é, refletir sobre o significado de sua missão profissional, sobre as circunstâncias que a determinam e a
influenciam, e sobre as finalidades de sua ação (PINTO, 2003, p.48). No entanto entendemos que se torna indispensável o
caráter de encontros de consciências no ato de aprendizagem, visto que a educação é a transmissão de uma consciência à
outra, de algum aprendizado que já possui a outra que ainda não tem. Pinto ressalta que a educação é também fator de ordem
consciente determinada pela consciência social e objetiva do sujeito de si e do mundo. A alienação educacional como
uma característica da atividade pedagógica, alertando para a necessidade imprescindível de que o educador se converta a sua
realidade, sendo antes de tudo o seu próprio povo, passando da consciência ingênua á crítica, compreendendo a educação
como prática social, intransferível de uma sociedade á outra, servindo aos objetivos e interesses das lutas pelo desenvolvimento
e transformação do indivíduo. 
O alfabetizando adulto é visto como detentor de um saber, no sentido do conceito de cultura e sujeito da educação, nunca
objeto dela, já que essa se concretiza em um diálogo amistoso entre os sujeitos educadores – educandos. Assim o
conhecimento é visto como produto da existência real, objetivo, concreto e material, do homem e de seu mundo. 
 
No pensamento de Freire o aluno não é um depósito que deve ser preenchido pelo professor, cada um, juntos pode aprender e
descobrir novas dimensões e possibilidades na realidade da vida, pois o educador é somente o mediador no processo de
ensino-aprendizagem e aprende junto com seu aluno. A educação é vista por Freire como pedagogia libertadora capaz de
torna-la mais humana e transformadora para que homens e mulheres compreendam que são sujeitos da própria história. A
liberdade torna o centro de sua concepção educativa e esta proposta é explícita desde suas primeiras obras. 
Freire questiona o uso das cartilhas, chamando a atenção para a importância de se ensinar os alunos coisas que sejam
desconhecidos por eles, para Freire o educador deve priorizar o conhecimento de mundo trazido pelo aluno, para relacionar o
que ele conhece com a aprendizagem na sala de aula. O aluno se encontra em meio à aprendizagem deixando de lado aquelas
04/12/2020 Questão Discursiva
https://ava.unisanta.br/mod/quiz/attempt.php?attempt=1129737&cmid=106012 3/3
frases sem sentido e sem motivação. Deve ser aflitivo para esses adultos terem sempre a sensação de começar do zero,
portanto é bom escolher um texto diferente, usado na vida social, que seja uma novidade para eles. Portanto, para essa
adequação se tornar viável, não basta somente revermos o material didático , é preciso não só o educador
repense o seu papel enquanto mediador de uma aprendizagem que priorize a bagagem de conhecimento trazido por seus
alunos, mas também a flexibilidade das instituições em permitir a realização de um bom trabalho diferenciado.
 
Governo de Mato Grosso. SILVA, Lucimar Antonia.
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