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Resumo da 2ª aula Relações trabalhistas e Sindicais 3ª período de RH

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Resumo da 2ª aula Relações trabalhistas e Sindicais 3ª período de RH.
ESTRUTURA SINDICAL
Apresentação
Nesta aula, abordaremos como se apresentam os sindicatos a partir de sua formação e o devido registro no Ministério do Trabalho. Analisaremos os empregados representados pelo sindicato laboral e as empresas pelo sindicato patronal, com seus deveres, prerrogativas e objetivos.
Conheceremos o empregado enquadrado automaticamente em determinada categoria de trabalhadores independente de sua vontade. A faculdade de se tornar sócio ou não do sindicato a qual pertence a categoria, e seus direitos caso se torne sócio.
Examinaremos as fontes de receitas dos sindicatos e as mudanças ocorridas com a reforma trabalhista de novembro de 2017, bem como a forma de se pagar as contribuições ao sindicato. Por fim, veremos as associações sindicais de grau superior e o papel das centrais sindicais.
Objetivos
· Reconhecer a formação de um sindicato seus objetivos, direitos e deveres;
· Apontar as fontes de receitas dos sindicatos e as associações sindicais de grau superior.
Organização sindical
Como estudamos na aula anterior, o sindicalismo evoluiu consideravelmente durante a revolução industrial, o que levou ao desenvolvimento das relações sociais. No Brasil, não foi diferente pois, aqui, o sindicalismo também despontava com suas finalidades assistencialistas e reivindicatórias.
Ao mesmo tempo em que a classe operária se organizava por meio de associações de trabalhadores, a classe empresária não ficou para trás e, com a mesma dinâmica do sindicato laboral, que representava a classe operária, passou também a ter sua representatividade, com o surgimento do sindicato patronal no intuito de manter o equilíbrio nas relações entre a classe trabalhadora e o Estado.
O sindicato patronal passou a fornecer aos seus associados, as empresas, a assistência sindical, a consultoria técnica e legal, e a representação de seus interesses nos contatos com órgãos públicos e o Poder Judiciário. Tornou-se um parceiro para geração de emprego e manutenção da renda, bem como para negociações com os empregados e o Estado.
Tanto o sindicato laboral quanto o sindicato patronal são associações de pessoas físicas ou jurídicas que exercem atividades econômicas ou profissionais comuns, visando à defesa dos interesses coletivos e individuais de seus membros ou da catego
O artigo 511 da CLT, que versa sobre associação em sindicato, destaca que é lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos interesses econômicos e profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos, ou profissionais liberais, exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas.
Formação de um sindicato
Para que um sindicato seja formado e reconhecido é necessário cumprir algumas exigências:
a) Reunião de 1/3 (um terço), no mínimo, de empresas legalmente constituídas, sob a forma individual ou de sociedade, se se tratar de associação de empregadores; ou de 1/3 (um terço) dos que integrem a mesma profissão liberal, se se tratar de associação de empregados ou de trabalhadores ou agentes autônomos ou de profissão liberal;
b) Duração de 3 (três) anos para o mandato da diretoria;
c) Exercício do cargo de Presidente e dos demais cargos de administração e representação por brasileiros.
Atenção
O Ministério do Trabalho poderá, excepcionalmente, reconhecer como sindicato a associação cujo número de associados seja inferior ao terço a que se refere acima a letra a. Não será reconhecido mais de um sindicato representativo da mesma categoria econômica ou profissional, ou profissão liberal, em uma dada base territorial. Isso porque, no Brasil, prevalece a unicidade sindical que impõe um sindicato por categoria, empresa ou delimitação territorial. Essa delimitação territorial corresponde a um município.
Delimitação territorial
Os sindicatos poderão ser distritais, municipais, intermunicipais, estaduais e interestaduais. Excepcionalmente, e atendendo às peculiaridades de determinadas categorias ou profissões, o Ministério do Trabalho poderá autorizar o reconhecimento de sindicatos nacionais.
O Ministério do Trabalho outorgará e delimitará a base territorial do sindicato.
Dentro da base territorial que lhe for determinada, é facultado ao sindicato instituir delegacias ou seções para melhor proteção dos associados e da categoria econômica ou profissional ou profissão liberal representada.
Conforme a legislação, não pode haver dois sindicatos representando um mesmo grupo de trabalhadores dentro da mesma base territorial, ou seja, só será possível um sindicato por município que represente uma determinada categoria. É o que chamamos de unicidade sindical.
O registro sindical deverá ser feito no Ministério do Trabalho para publicação no diário oficial que formalizará a abertura da entidade.
No caso do sindicato patronal, será preciso comprovar os membros que representem a mesma atividade econômica como o respectivo Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ).
Uma assembleia geral deverá ser realizada com presença significativa das empresas para aprovação do estatuto social. Será feito um requerimento juntando o estatuto social da entidade para entrega ao Ministério do Trabalho para que se conceda o registro sindical patronal.
Prerrogativas e deveres dos sindicatos
São prerrogativas dos sindicatos:
1
Representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias, os interesses gerais da respectiva categoria ou profissão liberal ou os interesses individuais dos associados relativos à atividade ou profissão exercida;
2
Celebrar convenções coletivas de trabalho;
3
Eleger ou designar os representantes da respectiva categoria ou profissão liberal;
4
Colaborar com o Estado, como órgãos técnicos e consultivos, no estudo e solução dos problemas que se relacionam com a respectiva categoria ou profissão liberal.
5
Impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas.
Os sindicatos de empregados terão, outrossim, a prerrogativa de fundar e manter agências de colocação.
São deveres dos sindicatos:
1
Colaborar com os poderes públicos no desenvolvimento da solidariedade social;
2
Manter serviços de assistência jurídica para os associados;
3
Sempre que possível, e de acordo com as suas possibilidades, manter no seu quadro de pessoal, em convênio com entidades assistenciais ou por conta própria, um assistente social com as atribuições específicas de promover cooperação operacional na empresa e a integração profissional na classe.
Os sindicatos de empregados terão, outrossim, o dever de:
1
Promover a fundação de cooperativas de consumo e de crédito;
2
Fundar e manter escolas de alfabetização e pré-vocacionais.
Principais fontes de receitas dos sindicatos
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL 
Antes da reforma trabalhista implementada em novembro de 2017, tanto o sindicato laboral (empregados) quanto o patronal (empregadores) tinham na contribuição sindical a sua maior fonte de arrecadação.
A contribuição sindical era descontada dos empregados no mês de março e recolhida pelas empresas no mês de abril.
No caso dos empregadores, a importância paga como contribuição sindical era referente ao valor proporcional ao capital social da empresa, registrado nas respectivas juntas comerciais ou órgãos equivalentes, mediante aplicação de alíquotas, conforme tabela progressiva constante da CLT, sendo o recolhimento feito no mês de janeiro de cada ano.
Com a reforma trabalhista a contribuição sindical laboral ou patronal deixaram de ser obrigatórias e tornaram-se facultativas.
No caso dos empregados, o desconto só poderá ser feito desde que autorizado prévia e expressamente pelo empregado.
Da mesma forma, os empregadores não estão mais obrigados a pagar a contribuição sindical, passando a ser também facultativa.
CONTRIBUIÇÃO FEDERATIVA 
Conforme prevista na Constituição Federal, a contribuição confederativa será fixada em assembleia geraldo sindicato da categoria profissional e descontada do empregado para custeio do sistema confederativo da respectiva representação sindical.
Fica claro que essa contribuição é determinada pela assembleia geral do sindicato, portanto não deriva de lei e não é um tributo. Sendo assim, não pode ser contribuição de todos os trabalhadores, apenas dos associados e não se pode descontar do trabalhador que não se associou ao sindicato.
Mesmo sendo desconto do associado, é direito do próprio trabalhador se manifestar se é da sua vontade, ou não, ser descontado.
CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL 
Essa contribuição está capitulada na CLT, que destaca que é prerrogativa do sindicato determinar contribuições a todos aqueles que participam das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas. 
Ela pode ser estabelecida por meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho, com o intuito de sanear gastos do sindicato da categoria representativa.
MENSALIDADE SINDICAL 
É a fonte de receita garantida mensalmente pelos sindicatos e vem de seus associados. O valor mensal é estipulado pelo sindicato e o empregado deve autorizar o desconto.
Tal mensalidade é revertida em serviços oferecidos aos associados pelos sindicatos, como assistência jurídica, médica, cooperativa, creche, biblioteca, colônia de férias, entre outras.
Como fica o desconto no pagamento do trabalhador
A partir da medida provisória 873/2019 publicada em 1 de março de 2019, ficou determinado que nenhum desconto para os sindicatos representantes das categorias de trabalhadores poderá ser efetuado em folha de pagamento, mesmo expressamente autorizado pelos empregados.
Sendo assim, mesmo sendo o empregado sindicalizado ou não, as empresas não poderão mais fazer o desconto em folha de pagamento da contribuição sindical, contribuição confederativa, contribuição assistencial e mensalidade sindical.
Os sindicatos deverão fornecer boleto bancário para aqueles empregados que se manifestarem favoráveis ao pagamento das contribuições mencionadas.
As empresas precisam ficar atentas pois não devem mais fazer descontos mesmo que constem de acordos ou convenção coletiva. Caso os faça terão que arcar com o ônus da devolução dos valores a ainda serão alvos de denúncias à Secretaria Especial de Previdência e Trabalho (SEPT).
Atenção
Como se trata de uma medida provisória é preciso que as empresas fiquem atentas, porque sua validade é de 60 dias, prorrogada por mais 60 dias em um total de 120 dias para que venha se tornar Lei. Caso não seja aprovada, ela perderá seu efeito e as empresas serão obrigadas a fazer o desconto em folha de pagamento, se assim desejarem os trabalhadores que prévia e expressamente decidiram pelo desconto.
Associações sindicais de grau superior
São constituídas pelas federações e confederações.
Federação
É facultado aos sindicatos quando em número não inferior a cinco, desde que representem a maioria absoluta de um grupo de atividades ou profissões idênticas, similares ou conexas, organizarem-se em federação.
Se já existir federação no grupo de atividades ou profissões em que deva ser constituída a nova entidade, sua criação não poderá reduzir a menos de cinco, o número de sindicatos que àquela devam continuar filiados.
As federações serão constituídas por Estados, podendo o Ministro do Trabalho autorizar a constituição de federações interestaduais ou nacionais.
É permitido às federações celebrar, em casos especiais, convenções coletivas, acordos coletivos e instaurar dissídios coletivos, quando as categorias não forem organizadas em sindicato.
Confederação
As confederações são organizadas em âmbito nacional, com sede em Brasília. Elas são organizadas a partir de no mínimo três federações. No geral, as confederações coordenam as atividades de entidades de grau inferior, que são os sindicatos.
Entretanto, também estão autorizadas, em casos especiais, a celebrar convenções coletivas, acordos coletivos e a instaurar dissídios coletivos, quando as categorias não forem organizadas em sindicatos nem em federações.
As confederações mais conhecidas e formadas por federações de sindicatos de empresas são: Confederação Nacional da Indústria, Confederação Nacional do Comércio, Confederação Nacional de Transportes Terrestres e a Confederação Nacional das Empresas de Crédito.
As confederações mais conhecidas e formadas por federações de sindicatos dos trabalhadores são: Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria, Confederação Nacional dos
Centrais sindicais
As centrais sindicais têm natureza de associação de sindicatos, são de pessoa jurídica de direito privado, especificamente, de associação civil.
As centrais sindicais são consideradas as maiores unidades representativas na organização sindical. Constituem-se acima das confederações, federações e sindicatos e são entidades de representação geral dos trabalhadores em âmbito nacional, com a atribuição de coordenar a representação dos trabalhadores, que não substitui a dos sindicatos.
As centrais sindicais representam outras entidades sindicais e não somente trabalhadores isolados, que a ela se filiam espontaneamente. Possuem estrutura diferente das confederações, federações e sindicatos, porque não reúnem apenas trabalhadores de um mesmo setor, e, sim, de categorias.
A organização sindical brasileira tem sua estrutura como pirâmide, e possui quatro segmentos. Na base, estão os sindicatos, que são representantes diretos dos trabalhadores.
As centrais sindicais, que também são denominadas uniões ou confederações de trabalhadores, são consideradas entidades de cúpula, pois se situam no topo da estrutura sindical, acima dos sindicatos, das federações e confederações de trabalhadores.
As centrais mais representativas são a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical e a União Geral de Trabalhadores (UGT).

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