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ANA LINO SÍNDROME METABÓLICA DIABETES MELLITUS Síndrome Metabólica II · Balança hormonal: insulina x Contra insulínicos (adrenalina, cortisol, glucagon, GH). · Insulina = efeito anabólico (constrói). · Hipoinsulinismo predominância de contra insulínicos franco estado de catabolismo (dx diferencial com síndromes consuptivas) gliconeogênese hiperglicemia (consequência, não é o problema). · Classificação: · Tipo 1: Hipoinsulinismo absoluto. · Paciente com predisposição genética: HLADR3 e HLaDR4. · Componente auto-imune: anti-ICAs (anti células das ilhotas). · <30 anos, magro. · Sintomáticos: sabem dizer com bastante precisão. · Irmãs AI: Hashimoto e celíaca. · Peptídeo C indetectável: peptídeo lançado pelo pâncreas junto com a insulina. · Tipo 2: Resistência à insulina. · Resistência à insulina · Condições ambientais: sedentário, dieta, obesidade central... · Participação genética: mais ainda que DM1. · Concordância em gêmeos monozigóticos para DM tipo 1 é de 50% e em DM tipo 2 é 90%. · >45 anos, obeso. · Quanto mais velho e quanto mais obeso, maior a resistência à insulina. · Pâncreas produz mais insulina para tentar vencer a resistência e o efeito anabólico gera ganho de peso... · Lembrar de crianças obesas... · Assintomáticos · Complicações tardias: · HOMA-IR: avaliação do modelo homeostático da resistência à insulina. Usado em estudos... · DM gestacional: GO. · DM específicos: genéticos e drogas. · Diagnóstico: · Diabetes: · 2 ocasiões: · GJ ≥126. · Glicemia 2h após TOTG ≥ 200. · HbA1c ≥ 6,5%. · GJ ≥ 200 + sintomas. · Pré-DM: · Jejum 100-125. · Glicemia 2h após TOTG 140-199. · HbA1c 5,7-6,4%. · Quando rastrear???. · ≥ 45 anos OU ↑IMC + risco (história familiar, HAs, dislipidemia, SOP) · 3 em 3 anos. · Tratamento: · DM tipo 1: · Insulinoterapia. · Dose 0,5 a 1 U/kg/dia. · Lua de mel: doses menores, é a fase inicial. · Forma mais fisiológica possível. · A secreção de insulina ao longo do dia não é contínua. Após a alimentação há pico de insulina, é a 1ª fase ou pico pós prandial. Esse é o grande conceito por trás das dietas low carb. Aqueles com alto índice glicêmico fazem pico maior e mais alto, o que significa deposição de gordura mais rápido. Esse pico dura alguns minutos e passa a atingir uma secreção basal, 2ª fase. SECREÇÃO BASAL Ação lenta/prolongada NPH (faz pico) 12 horas (2x/dia) Glargina (não faz pico) Detemir Degludeca 24 horas (1x/dia) PICO PÓS PRANDIAL Ação rápida/ imediata Regular 30 min antes Lispro Asparte Glulisina Na hora da refeição · Esquema intensivo clássico: envolve múltiplas aplicações diárias. Dividir a dose diária em metade NPH e metade regular. Peso 80kg, dose inicial 0,5/kg 40 U ( 20 U de regular e 20 de NPH). · Sempre individualizar de acordo com os horários do paciente. · Ao acordar: 2/3 NPH. · Para café, almoço e janta: aplicar regular 30 min antes da refeição, dividindo a dose conforme a abundância da refeição e cobertura de NPH. · Após 12h: 1/3 NPH. · Hiperglicemia matinal Conduta é NPH mais tarde/ reduzir NPH/ lanche a noite. · Fenômeno do alvorecer: a manhã realmente está desprotegida, NPH noturna não chega até a manhã. · Efeito Somogy: hipoglicemia da madrugada rebote (aumenta contrainsulínicos) hiperglicemia matinal. Se aumentar a dose de NPH piora tudo. · Esquema alternativo: 50% Glargina e 50% Lispro, múltiplas aplicações diárias. · 1 dose de glargina que dura 24h · Nas refeições, faz-se Lispro. · Vantagem: MENOR INCIDÊNCIA DE HIPOGLICEMIA. · Glargina não tem pico. · Lispro é aplicada na hora da refeição. · Esquema “posto”: 50% NPH e 50% regular · Manhã 2/3 NPH, 12 horas depois 1/3 NPH. · Regular 10 U pela manhã e 10 U a noite, junto com a NPH. · Pode fazer muita hipoglicemia, esquema péssimo. As vezes é o que dá. · Esquema de 2 aplicações diárias. · Não é um esquema validado. · Esquema infusão contínua: · 50% Lispro basal + 50% lispro em bolus. · Precisa ter condição financeira e cognitiva. · Pramlintida: análogo da amilina que facilita ação insulínica. · Transplante de prâncreas. · DM tipo 2: · Linha do tempo: · Momento 1: tudo normal. · Momento 2: obeso e sedentário com predisposição genética. Aumenta a resistência à insulina, sem aumentar a glicemia porque o pâncreas está dando seu máximo produzindo mais e mais insulina. · Momento 3: resistência à insulina chega ao seu máximo e se mantém elevada até o final da doença. · Momento 4: o pâncreas começa a ter falência e aí a glicemia dispara. · Nosso foco será sempre melhorar esses momentos da evolução da doença. · As medicações que reduzem peso melhora desfecho cardiovascular em pacientes com doença aterosclerótica. · ↓ Resistência à insulina: · Terapia não–farmacológica. · Metformina: · Ação predominantemente hepática. · EC: manifestações GI, risco de acidose lática (não usar nas insuficiências orgânicas), deficiência de B12 e redução do peso!!!. · Muito segura!!! · Glitazonas: · Ação predominantemente muscular. · EC: retenção hidrossalina (evitar em cardiopatas), desmineralização óssea (aumenta risco de fraturas) e aumento de peso. · Caiu em desuso. · ↑ Secreção de insulina · Sulfonilureia (glibenclamida): · Comportam-se como uma insulina NPH, fazendo um aumento da insulina basal. · EC: risco de hipoglicemia e aumento de peso (anabolismo). · Glinidas: · Comportam-se como uma insulina regular, fazendo aumento da insulina pós-prandial. · EC: risco de hipoglicemia e aumento de peso (anabolismo). · ↓ Absorção de Glicose: · Acarbose: · Inibidor da alfaglicosidase: tem ação pós-prandial. · EC: o excesso de carboidrato faz flatulência intensa. · Incretinomiméticos · As incretinas estimulam a secreção de insulina dependente de glicemia Não causa hipoglicemia nunca. · Gliptinas: são inibidores DPP4, ou seja, inibem a enzima que degrada incretinas. · “Tides”: análogos de GLP1 injetável. · Vantagem: redução de peso!!! · Liraglutide, victosa. · EC: pancreative, neoplasias (?). · ↓ Reabsorção Tubular de Glicose · Glifozins: Inibidores da SGLT2 no túbulo proximal. · Vantagem: redução do peso!!! e redução de PA. · EC: candidíase, ITU e poliúria. · Perguntas de prova: · Quais levam à hipoglicemia?? · Sulfonilureia e glinidas (aumenta secreção de insulina). · Não usar mais o termo hipoglicemiante oral, mas sim antidiabéticos. · Quais reduzem o peso e tem benefício para paciente com aterosclerose?? · Metformina, Liraglutide e empaglifozin. · Como atuar para diminuir a glicemia pós-prandial? · Glinidas e acarbose. · Qual o esquema? 1) Metformina Após 3 meses, sem resposta ... 2) Metformina + 2ª droga OU insulina basal (NPH noturna 10 U). Após 3 meses, sem resposta ... 3) Metformina + 3ª droga OU 2ª droga + insulina basal. CONFERIR Após 3 meses, sem resposta... 4) Metformina + insulina basal e prandial. · Alvos: · Insulina desde o início se: · Hiperglicemia franca: · HbA1c ≥10%, glicemia ≥ 300. · Gravidez. · Cirurgia, infecção. · Disfunção de órgão avançada. · HbA1C < 7%: MAIS IMPORTANTE!!! · Glicemia capilar: mostra em que momento, é complementar. · Pré prandial: 80-130. · Pós prandial: <180. o PA < 130x80 · Estatina (moderada a alta intensidade LDL <70). · Complicações Crônicas do DM: · RASTREAMENTO ANUAL! · DM1: 5 anos após o início da doença. · DM2: no diagnóstico. · Macrovasculares: IAM, AVE... · Microvasculares: retinopatia, nefropatia e neuropatia. · Mais relacionadas à hiperglicemia... · Alterações em retina e rim caminham juntas. 1) Retinopatia Diabética: · Rastreamento com fundoscopia · Tipos: · Não proliferativa: · Microaneurismas; · Exsudatos duros; · Hemorragia em chama-de-vela; · Manchas algodonosas; · Veias em rosário. · “Mico duro chama algodão de rosa” · O QUE FAZER? CONTROLAR A GLICEMIA · Proliferativa: · Neovascularização · O QUE FAZER? ANTI VEFG E FOTOCOAGULAÇÃO. 2) Nefropatia Diabética: · Evento inicial... HIPERFLUXO. · Rastreamento: albuminúria + TFG. · 1- Microalbuminúria: relação albumina/creatinina ≥ 30mg/g. · Controle da glicemia/albuminúria (IECA ou BRAII). · 2- Macroalbuminúria: relação albumina/creatinina ≥ 300mg/g. · Controleda PA (IECA ou BRA II + outro anti-hipertensivo). · 3- Azotemia: diálise mais precoce. · Se biópsia for necessária, a lesão renal mais comum da nefropatia diabética é a glomeruloesclerose DIFUSA. A Lesão renal mais específica é a glomeruloesclerose nodular ou lesão de Kimmelstiel-Wilson. 3) Neuropatia Diabética: · Polineuropatia simétrica distal: · MAIS COMUM. · SENSITIVA. · PÉ DIABÉTICO. · Rastreamento: exame neurológico com monofilamentos. · Controlar glicemia + anticonvulsivante/antidepressivos. · Outras formas: · Mononeuropatia (mediano, III e VI par) e disautonomias. · Complicações Agudas do DM: · Cetoacidose Diabética: · Insulina ausente. · Hiperglicemia. · ( Acidose metabólica com AG alto: Glicose > 250 mg/dL Cetonemia/Cetonúria (3+/4+) pH < 7,3 e HCO3 <15 )↑ lipólise · Ácido βhidroxibutílico · Ácido aceto acético · Acetona. · Simula pancreatite: · Dor abdominal + ↑ amilase + ↑ Tg. · ↑ Cr sem lesão renal. · Como tratar? VIP... · VOLUME: é a medida prioritária em cetoacidose. · SF 0,9%1L/hora enquanto houver hiponatremia dilucional (sempre que glicose ↑ 100, espero ↓ de 1,6 de Na+). · Se o sódio normalizar ou aumentar: mudar para NaCl 0,45%, · Insulina: · Insulina 0,1U/kg (bolus) + 0,1U/kg/h. · Objetivo: ↓ glicemia 50-80 mg/dL/h. · Quando a glicemia atingir 200 iniciar SG 5%. · Potássio: 20-30 mEq por L de soro. · K+ > 5,2 adiar K+. · K+ <3,3 ADIAR A INSULINA. · Sempre administrar com Insulina com a correção do Potássio para evitar hipocalemia. O paciente em cetoacidose está com muito H+ no plasma. A célula troca o K+ pelo H+. Esse K+ sérico será lavado pelos rins e pela poliúria, então em geral esses pacientes estão hipocalêmicos. Se aplicar insulina sem correção de potássio, o pouco potássio que estiver no sangue entrará na célula e fará hipocalemia gravíssima. · NÃO FAZER BICARBONATO. · Só se pH <6,9 fazer 100mEq. · Como definir a compensação? · HCO3 > 15 (pH > 7,3) e AG < 12. · Iniciar insulina subcutânea e 2 horas após desligar a bomba infusora. · Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar (EHH): · Pouca insulina. · ( Glicose > 600 Osmolaridade > 320 pH> 7,3 e HCO3> 18 )Hiperglicemia. · Sem cetoacidose (proteção da insulina). · Sem beber água... intoxicada pela glicose. · Osmolaridade ↑↑↑. · Como tratar? · VIP = cetoacidose diabética. · Preferência por NaCl 0,45%. · Com definir a compensação? Osmolaridade < 310.
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