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Aspectos do Parto Parto Natural x Parto Cesáreo ➝ O nascimento humano é idêntico ao dos mamíferos, exceto pelo fato de, por exemplo, as caninas comerem a placenta e outros detalhes. ➝ Cesárea é mais segura? Pelo contrário, a cesárea pode trazer muitos riscos à mãe e para a criança tam- bém. ➝ É possível ter parto vaginal após uma cesárea ideal- mente após 1 ano, para prevenir uma rotura uterina. Es- tudos afirmam que o parto normal é seguro independente de intervalo interpartal. ➝ Dor? As dores na cesárea serão no pós-parto, com dor no local da incisão, dor de cabeça pós anestesia e outras limitações enquanto que no parto a dor será durante o trabalho de parto (principalmente no período expulsivo), após a mulher não sentirá fortes dores. ➝ E o corte na vagina? A episiotomia não é mais utilizada como procedimento de rotina. Estudos comprovaram que as lacerações ocasionadas naturalmente eram menos agressivas que o corte feito. Ele atinge desde a pele, mu- cosas até o músculo, gerando danos à mulher. Violên- cia Obstétrica ➝ A mulher não ficará “frouxa”. A vagina possui elasti- cidade para voltar as proporções, assim como o útero e o colo do útero. O que acontece é que em mulheres mul- típaras o processo fisiológico de apagamento e afina- mento do colo uterino se torna mais rápido Fatores dependentes para a vivência positiva ou negativa ● Fatores intrínsecos à mulher ↳ questões físicas, psicológicas, apoio familiar ● À gestação ↳ Complicações e apoio ● Ao sistema de saúde ↳ Assistência prestada pelos profissionais Questões éticas: ➘Adequada identificação da equipe; ➘Respeito à intimidade e integridade da gestante, prin- cipalmente o exame de toque vaginal ➘Respeito as opiniões ➘Trata-las pelo nome Tipos de Partos Parto Natural/Parto Humanizado Atendimento centrado na mulher, realizado com respeito e a vinda do bebê acontece de forma natural com pe- quenas intervenções quando estritamente necessário ● A mulher pode desfrutar da presença dos familiares ● Não é necessário a lavagem in- testinal, é normal a mulher fazer as necessidades fisiológicas devido a força exercida no período expul- sivo ● A raspagem de pelos pubianos é desnecessário Questões relevantes ● A roupa é ofertada pelo hospital sendo apenas uma bata ● A mulher deve ter sua liberdade de movimentos ga- rantida ● A mulher pode ingerir alimentos leves (líquidos claros, como água de coco, suco de caju). Caso a mulher vá para uma cesárea os riscos de regurgitação são mínimos. Não deixar a mulher com fome ● A oxitocina exógena só deve ser indicada em caso de perca de força uterina e aplicada em rotina no IV estágio do parto como prevenção de hemorragia uterina ● A analgesia não deve ser feita aleatoriamente, deve- se analisar os critérios e complicações. Por exemplo, se a mulher estiver perto do período expulsivo ela não deve ser medicada ● Inúmeros toques vaginais devem ser evitados, é inco- modo e doloroso para a mulher. ● O rompimento da bolsa (caso não haja antes do parto) deve ser feito após a saída do bebê. Ela pode ocorrer antes do trabalho de parto, chama-se rompimento pre- matura da membrana ovular (RPMO) ou amniorrexe pre- matura Ruptura ou rutura artificial das mem- branas ovulares através de um instru- mento esterilizado que se chama cure- tra, pode ser realizado no início, du- rante ou ao final do trabalho de parto. É um método para indução do trabalho de parto. Em termos de efeitos na dinâmica uterina: ↳ indução na liberação de prostaglandinas; ↳ encurtamento das fibras miometriais; ↳ aumento da duração e intensidade das contrações ute- rinas Efeitos favoráveis: redução do tempo de trabalho de parto; possível redução dos apgar anormais Efeitos desfavoráveis: alto risco de operação cesárea e arritmias no recém-nascido. ● A posição é da escolha da mulher, posições na vertical são bem mais favoráveis ● Episiotomia: não é mais realizada de forma rotineira. Realizado quando a mulher possui períneo anatomica- mente menor que 3 cm. ● Corte precoce do cordão umbilical, priva a criança de receber suprimento de ferro. ● Bebê é entregue a mãe para contato pele a pele, pri- meira amamentação: Golden hour ● O vérnix deve ser deixada na pele do bebê por 24 h. É uma substancia esbranquiçada e gordurosa, com tex- tura parecida coma de queijo ou cera – composto por água, lipídios e proteínas, ele começa a ser produzido du- rante o 3º trimestre. Mitos e Verdades ● Após 40 sem: a gestação dura até 42 sem. Pré termo - <37 – 36s6d A termo – 37 a 42s Pós-termo - >42s Caso passe de 41s, geralmente, o médico induz o parto. ● Não dilatação: ↳A mulher irá dilatar sim durante o TP ● Cordão umbilical enrolado ↳Não é indicativo para cesárea, somente se for no ver- dadeiro e o bebê estiver em sofrimento fetal ●Sentado ou atravessado ↳O sentado é um parto bem complicado, mas possível ↳O transverso não tem possibilidade de parto natural Parto Fórceps Quando durante o parto via vaginal se utiliza um instru- mento cirúrgico seme- lhante a uma colher e intro- duz no canal vaginal, ajus- tando entre os dois lados da cabeça do bebê para retirar do canal de parto. ↳ Utilizado em casos de emergência ou de sofrimento fe- tal. ↳ Utilizado quando o parto já está no final poupando des- gastes da mãe e do bebê. Parto Leboyer Parto humanizado com procedimentos para tornar o parto confortável para o bebê, ob- jetivando reduzir o impacto entre o mundo intrauterino e o extrauterino. Com requisitos como: ↳ Luz fraca; ↳ Música ambiente ou silêncio; ↳ Muita tranquilidade. Parto Cesárea Parto cirúrgico com retirada do bebê por meio de corte no ventre e útero da mulher. Deve ser realizado quando haver motivos clínicos relacionados à mãe ou ao feto. ↳ Utilização de anestesia epidural. Riscos de cefaleia pós-anestésica. ↳ Após 8h da cirurgia deve-se incentivar a mulher a de- ambular devido ao risco de trombose Indicações Absolutas Placenta prévia: O bebê não tem passagem para o parto normal, ser próximo ao orifício (colo uterino). Prolapso do cordão umbilical: quando se projeta ao lado (oculto) ou além da apresentação fetal pelo orifício cer- vical (manifesto). Feto transverso: o feto apresenta-se córmico e não há possibilidade de parto natural. Tocotraumatismo (desproporção cefalopélvica): a pelve inferior da mãe é pequena para a passagem da cabeça do bebê, só descobre na hora do parto. Sofrimento fetal: privação de oxigênio do feto. O bebê tem redução dos batimentos cardíacos, pode ser ocasio- nado por mecônio (importante observar a coloração da bolsa quando rompida, não pdoe ser verde ou marrom. Más formações fetais: anomalias do SNC Gemelares: quando o primeiro bebê não está cefálico ou quando há riscos. Indicações Relativas 2 cesáreas anteriores (<18 anos): porém, o parto vaginal é totalmente possível. Patologias maternas: síndrome hipertensiva, diabetes, trombofilia, analisando cada caso, desnecessária se man- tiver boa estabilidade materna e boa vitalidade fetal. Infecção pelo HIV: depende da contagem de vírus-paci- ente com carga viral maior que 1000 cópias/ml. Herpes: com lesão ativa no final da gestação. Parada de progressão: falha de indução, 6h de contra- ções com uso de métodos. Causas das cesáreas ↳ Fatores Clínicos (os relativos e absolutos). Organização e financiamento dos sistemas de saúde ➝ mais dinheiro. Cultura médica intervencionista. Aspectos socioeconômicos, preocupações ético-legais e características psicológicas, culturais da família ➝ medo e falta de conhecimento da mãe ➝ pensamentos fúteis de querer que, por exemplo, nasça no mesmo dia do ani- versário do pai. Epidemiologia A curto prazo: aumento da morbimortalidade materna e neonatal. Longo prazo: possível impacto no desenvolvimento de do- enças crônicas.↑120x a vulnerabilidade de doenças respiratórias ne- onatais 25% óbitos neonatais ⇋ prematuridade Comparações Normal Cesárea Recuperação + rápida Recuperação + lenta Menos dor no pós-parto Maior dor no pós-parto ↓ risco de complicação ↑ risco de complicação ↓ risco de prematuridade ↑ risco de prematuro TP + longo TP + curto Com ou sem anestesia Com anestesia Amamentação + fácil Amamentação + difícil ↓ risco de doenças resp. ↑risco de doenças resp. ↓ risco de desconexão ↑risco de desconexão psicoló- gica ↑ autonomia ↓ autonomia Ação do enfermeiro O enfermeiro generalista pode conduzir o parto eutócito – feto com estática fetal fisiológica em OEA/cefálico A episiotomia e episiorrafia são exclusi- vas do enfermeiro obstetra, a Locais de assistência de TP Apoiar: as decisões e escolhas da mulher e orientar Promover segurança: para que essa mulher sinta que tem sua integridade assegurada Ficar em silêncio: não fazer intervenções desnecessários Ambiente propício: para um melhor convívio momentâneo e o processo de TP seja acolhedor Hand-off - quanto ↓ intervenção melhor Ambiente domiciliar: Não há evidências fortes a favor do parto domiciliar ou hospitalar AMBIENTE HOSPITALAR (PPP OU C.C./C.O.) A OMS preconiza que o índice de cesariana seja de 15% para privada e pública Atualmente 55% dos partos no Brasil são cesarianas Mortalidade 5-10x maior Morbidade 5-20x maior
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