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Câncer de Mama - Câncer que mais mata mulheres; - Baixa probabilidade de cura; - Crescimento acelerado, a cada 8 semanas; - A mama não é considerada um órgão vital, a letalidade desse tipo de câncer acontece quando este entra em contato com os órgãos vitais e as cadeias de linfonodos (CA invasivo – produção de metástase). EPIDEMIOLOGIA - Mais incidente em mulheres com mais de 35 anos, principalmente após os 50 anos; - Taxa de mortalidade é maior nos países menos desenvolvidos -> acesso mais fácil a um diagnóstico precoce; - A maioria dos pré-diagnósticos é realizado pela equipe de enfermagem. - Nos EUA, 1 a cada 9 mulheres que viverão até 85 anos desenvolverão a doença. CONCEITOS - A mamografia possibilitou o diagnóstico precoce, aumentando de 78% (1940) para 93% (1993) a taxa de sobrevida; - A mama de uma mulher mais velha passa de tecido glandular, a mais macia e com tecido gorduroso (liposubstituída) com o decorrer do tempo (menopausa e etc); - O câncer de mama é mais incidente na mulher branca do que nas mulheres negras. Entretanto, o número de mortes das mulheres negras também é alta -> questões econômicas e sociais (desigualdade). FATORES DE RISCO: Comportamentais ou ambientais: - Relacionado com a exposição a substâncias carcinogênicas; - Radiação ionizante: radioterapia no tórax em idade jovem e a frequentes exames de mamografia. Genéticos/hereditários: - Mutações genéticas transmitidas na família, principalmente o BRCA 1 e 2; - Mulheres com histórico de CA de mama ou ovário em familiares, principalmente jovens: ● Mãe ou irmã com CA de mama na pré-menopausa ou na pós-menopausa (RR 1,5 a 3). Antecedentes de HDT (hiperplasia ductal típica) ou macrocistos apócrinos -> cistos formados da transição de tecido glandular para tecido gorduroso, geralmente os cistos possuem formato irregular e são bem duros. Quando são maiores e de forma mais arredondada e regular, a chance de ser benigno é muito alta(RR 1,5 a 3); ● Antecedentes de HDA (hiperplasia ductal atípica – proliferação das células dos ductos) ou neoplasia lobular in situ (restrito ao local do aparecimento – mais fácil de tratar). ● Microcistos: maior chance de mutação -> maior risco de CA de mama. ENDÓCRINO OU RELATIVOS À HISTÓRIA REPRODUTIVA: - Relacionado ao estímulo do estrogênio produzido pelo próprio corpo (endógeno) ou consumido em substâncias (exógeno) -> desregulação das taxas de estrogênio do organismo, aumentando mais que o suportável ou reduzindo drasticamente. - Nuliparidade: mulher que nunca teve um parto; (RR 1,5 a 3) - Menarca precoce < 11-12 anos; menopausa tardia > 55 anos RISCO MUITO ELEVADO (RR>3): - Mãe ou irmã com CA de mama na pré-menopausa; - Histórico familiar de CA de mama em parente de primeiro grau antes dos 50 anos, de câncer bilateral ou de ovário em qualquer idade; - Antecedente de HDA ou diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia, e/ou de neoplasia lobular in situ. FATORES PROTETORES: - Atividade física regular; - Hábitos alimentares saudáveis; - Peso corporal adequado: IMC <25m2 e circunferência da cintura normal (< ou igual a 88cm). BISFENOL A (BPA): - Utilizado na fabricação da resina de policarbonato: usada na produção e revestimento interno de latas (3 e 7). - Similar ao estrogênio e aos hormônios da tireoide. - Afeta o sistema endócrino, aumentando o diminuindo a ação de hormônios naturais. - Causa infertilidade e câncer. - Para fetos e crianças os efeitos são piores. LEITE DE VACA - Possui somatomedina C ou IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina), produzida no fígado pelas células ósseas e musculares, para favorecer o crescimento em crianças e recém-nascidos. - O IGF-1 num indivíduo adulto, que não necessita mais do crescimento celular em grande velocidade, serve de “combustível” para o crescimento de tumores, principalmente na proliferação dos CA endócrinos que dependem de hiperplasia. CA DE MAMA: CONCEITO – PONTO DE VISTA MORFOLÓGICO - Doença com comportamentos diferenciados e diferentes manifestações morfológicas/assinaturas genéticas; - Anormalidades proliferativas nos lóbulos ou nos ductos; - Diferentes respostas terapêuticas; - Manifestação principal: tumor em forma de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular; - Cirurgias menos multilantes e tratamento individualizado: depende do estadiamento, das características biológicas e condições da paciente (idade, status menopausal, comorbidades e preferências). -Manifestações morfológicas/histológicas diferenciadas: ● Hiperplasia típica; ● Hiperplasia atípica; ● In situ; ● Carcinoma invasivo. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA NODULARIDADE OU NÓDULO - Indolor; - Limites imprecisos; - Superfície irregular; - Fixo: adesão ao tecido adjacente; - Possui microcalcificações pleomórficas (formas variadas); - Pode haver nódulo de consistência macia, globoso e com dimensões bem definidas. OUTROS SINAIS E SINTOMAS: - Dor - Retenção cutânea ou mamária - Edema cutâneo semelhante à casca de laranja - Inversão do mamilo PREVENÇÃO PRIMÁRIA - Controle dos fatores de risco; - Promoção de comportamentos protetores; - Alimentação saudável, atividade física, redução da gordura corporal e do abuso do álcool, pode-se reduzir o risco em 28%; - Amamentação é altamente protetora. DETECÇÃO PRECOCE: ESTRATÉGIAS - Autoexame das mamas, preferencialmente do 7o ao 10o dia a partir do 1o dia da menstruação (D.U.M: dia da última mestruação); - Prioridade dos exames em mulheres sintomáticas, com alguma alteração suspeita na mama; - Conscientização das pacientes e dos profissionais de saúde para o reconhecimento dos sinais e sintomas do CAM, bem como do acesso rápido e facilitado aos serviços de saúde; - Rastreamento pela mamografia: ● Exame para mulheres assintomáticas (>50 anos ou fatores de risco na família); ● Identificação de lesões sugestivas; ● Encaminhamento das mulheres com resultados alterados para investigação diagnóstica e tratamento; ● Melhor prognostico da doença: tratamento mais efetivo. ● Deficiências: 1. Resultados falso-positivos (benignos) ou falso-negativos 2. Risco da exposição à radiação ionizante. ● Tipos: 1. Oportunístico: mulheres que oportunamente chegam às UBS. 2. Organizado: faixa etária alvo, exames periódicos. ESTADIAMENTO - Estágio em que o câncer está e foi detectado, quanto mais precoce o diagnóstico, mais fácil de tratar e mais chances de sobrevida do paciente. DIAGNÓSTICO Clínico: - Autoexame (AEM) - Exame clínico das mamas (ECM) - Técnica correta Complementar: - COMPOSIÇÃO MAMÁRIA E EFICÁCIA DA MAMOGRAFIA: - Tipo I: predominantemente adiposa: 25% de tecido glandular - Tipo II: tecido fibroglandular esparso: 25 a 50% - Tipo III: heterogênea e densa: 50 a 75% - Tipo IV: alta densidade: mais de 75% * Quanto maior a densidade da mama, menor é a sensibilidade do exame PROGNÓSTICO: - Depende da extensão da doença (estadiamento) e das características do tumor; - Diagnóstico precoce; TRATAMENTO: - Local: cirurgia e radioterapia, com reconstrução mamária; - Sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica anti-HER-2. - Depende do risco de recorrência: ● Comprometimento de linfonodos ● Idade da paciente ● Tamanho do tumor ● Grau de diferenciação e outras características tumorais ● Mensuração dos receptores hormonais CARCINOMA DE PAGET - Prurido papilar - Erosão papilar - Sangramento papilar - Sempre unilateral - Restrito ao mamilo e aréola CARCINOMA INFLAMATÓRIO - Mais agressivo; letalidade mais rápida - Endurecimento da mama - Sinais flogísticos: hiperemia na superfície mamária e edema (mama inchada e vermelha) - Linfoadenomagalias CAM: OUTRAS CARACTERÍSTICAS - Carcinoma pode ser de forma oculta: ausência de tumor à palpação e em exames de imagem -> linfonodo axilar aderido, hipertrofiado e de consistência dura - HDA: lesão benigna considerada fator de risco para CAM - 10 anos após o diagnóstico de HDA 5,6% das mulheres tem diagnóstico de CAM: 2,6 vezes mais chances de ter CAM Indicaçãode filme: Uma chance para viver – Harry Connick
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