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AÇÃO DA B-AMILASE SOBRE O AMIDO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA 
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E SAÚDE – FACES 
CURSO DE BIOMEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENZIMAS 
(AÇÃO DA B-AMILASE SOBRE O AMIDO) 
 
ANA LUIZA ALVES 
BRUNA BIRBEIRE 
REBECA BOAVENTURA 
THAIS MAMEDE 
 
 
 
 
 BRASÍLIA 
2019 
INTRODUÇÃO 
Uma enzima é uma proteína sintetizada em uma célula viva, e é responsável por 
acelerar uma reação sem alterar sua constante de equilíbrio. Por serem proteínas, 
elas perdem a propriedade catalítica ao serem submetidas a agentes como ácidos 
ou bases fortes, calor, solventes orgânicos ou outros componentes e situações 
capazes de desnaturar proteínas (CONN, STUMPF; 2017). 
A concentração molar da enzima e a concentração do substrato podem influenciar 
na velocidade da reação enzimática, sendo a concentração do substrato 
responsável por ditar a velocidade, e a da enzima diretamente proporcional a essa 
velocidade. Outros fatores como o pH e temperatura também possuem importantes 
papéis na relação do tempo das reação enzimática (GALANTE, ARAUJO; 2018). 
Foram realizados dois experimentos com o intuito de observar o comportamento 
de uma enzima em algumas condições diferentes, para compará-los e compreender 
porque sua atividade é mais forte ou mais fraca em determinadas situações. 
MATERIAIS E MÉTODOS 
Primeiramente, com a ajuda da pipeta de Pasteur, os alunos adicionaram 1mL de 
solução tampão, com pH igual a 6,0, em cada tubo de ensaio. Posteriormente 
adicionaram a B-amilase somente no tubo 1. Após esses procedimentos, 
transferiram, sucessivamente, 1mL do tubo 1 até o 8, de onde retiraram 1,0mL para 
descarte. Por último, foi colocado 1mL de amido nos nove tubos e foram levados ao 
banho maria por 20 minutos. Logo após essa etapa, adicionaram lugol nos 9 tubos. 
Em um segundo momento, os alunos pegaram 3 tubos de ensaio menores e 
adicionaram 1mL de solução tampão com a pipeta de Pasteur. Logo em seguida foi 
colocado, primeiramente, 1mL da enzima no tubo 1 e 2 e, posteriormente, o amido. 
Logo em seguida, colocaram 1mL HCl somente no tubo 2 e no tubo 4, 3mL de 
B-amilase para ser aquecida. Após aquecida, colocaram 1mL da mesma no tubo 3 e 
por fim foi colocado amido. 
RESULTADOS 
A imagem 1 mostra a mudança na coloração dos tubos com solução tampão e 
b-amilase após a adição do Lugol. A concentração enzimática é menor no tubo 9. 
A imagem 2 apresenta os tubos com a atividade enzimática afetada. No primeiro 
tubo, a coloração permaneceu a mesma, pois o pH ótimo da enzima foi mantida. No 
segundo, mudou pois o pH ótimo da enzima foi alterado com a adição de HCl. Por 
fim, o tubo 3 também teve sua coloração afetada devido ao aquecimento da 
b-amilase, modificando sua temperatura ótima. O tubo 4 apresenta a enzima após o 
aquecimento. 
Imagem 1 Imagem 2 
Fonte: Boaventura, 2019 Fonte: Boaventura, 2019 
DISCUSSÃO 
Em primeiro lugar, a hidrólise enzimática do amido foi acompanhada pelo teste 
de iodo, no qual observamos que cada coloração apresentada nos tubos de ensaio 
fazia referência a uma etapa da hidrólise, variando desde a observação da 
amilodextrina (coloração roxa) até a identificação da acrodextrina (coloração 
incolor). A partir da mudança na coloração, percebemos que a quantidade de 
b-amilase diminuía, diminuía também a hidrólise promovida pela amilase salivar, 
ficando cada vez mais azul. (REMIÃO, J.O.R; SIQUEIRA, A.J.S; AZEVEDO, 2003). 
A hidrólise do amido é realizada principalmente pelo uso de enzimas ou produtos 
químicos, como ácidos ou substâncias alcalinas (Niba, 2005). No caso do 
experimento realizado, foi utilizada a enzima B- amilase para a quebra de moléculas 
resultando em dextrinas, maltose ou monômeros de glicose, além do banho-maria, 
que influenciou no poder catalítico da enzima. (Awazuhara et al., 2000). Além disso, 
de acordo com estudos da Faculdade de Farmácia da UNESP moléculas como a 
amilose podem sofrer reações de complexação, como a que ocorre entre a amilose 
e o iodo, resultando na cor azul, assim como ocorreu neste experimento. Sendo 
assim, foi observado que em cada tubo a cor azul perde sua intensidade devido a 
concentração enzimática em cada um deles, quanto menor a concentração, mais 
clara a cor, já que terá uma menor quantidade de amilose para formar o complexo 
com o iodo. 
Ao observar o segundo experimento, encontram-se alguns fatores que podem 
afetar diretamente a atividade enzimática. No primeiro tubo, a enzima não sofreu 
nenhuma condição adversa no meio em que se encontrava, não ocorrendo 
alteração. No entanto, o segundo tubo e o terceiro sofreram alterações no pH e na 
temperatura, respectivamente. Alterações de pH, como houve no tubo 2, após a 
adição de HCI, deixando-o mais ácido, pode desnaturar a enzima e comprometer 
sua estrutura e função. Apesar de algumas enzimas tolerarem grandes mudanças 
no pH, a maioria dela são ativas em intervalos muito estreitos. Por essa razão, os 
organismos vivos empregam tampões que regulam o pH. (MOTTA, VALTER. 2003). 
No que diz respeito à temperatura, ao elevá-la, a proteína pode sofrer alteração, 
pois há uma quebra nas ligações proteicas, fazendo com que a enzima perca suas 
estruturas. 
CONCLUSÃO 
Conclui-se que a mudança de concentração, temperatura e de pH são fatores que 
modificam a ação da enzima, podendo enfraquecê-la e até desnatura-la. 
BIBLIOGRAFIA 
CONN, E; STUMPF, P. ​Introdução à bioquímica. ​4a Ed. São Paulo, 2017. 
GALANTE, F; ARAUJO, M. ​Princípios da bioquímica para universitários, 
técnicos e profissionais da área da saúde. ​São Paulo: Rideel, 2018 
MOTTA, Valter. ​Autolab. Análises Clínicas: Bioquímica básica.​ São Paulo, 2003. 
REMIÃO, J.O.R; SIQUEIRA, A.J.S; AZEVEDO, A.M.P. 2003. Bioquímica; guia de 
aula p/ráticas. Porto Alegre: Editora EDIPUCRS. 
SOUZA, Karina Ap Freitas Dias de. ​Pesquisa de polissacarídeos: reação com o 
iodo. ​Disponível em: 
<http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_ch/teste_amido.htm>. 
Acesso em: 25 set. 2019. 
Scipioni,Gustavo; Niba. ​Otimização do Processo de Sacrificação do Amido de 
Batata (Solanum Tuberosaum L.) Utilizando Enzimas Amilolíticas. ​2011. 95 f. 
Disponível em: 
<https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/7954/SCIPIONI%2C%20GUSTAVO%
20CALLEGARI.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 2019

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