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Coprocultura: Detecção de Infecções Intestinais

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Coprocultura 
Trata-se de cultura de fezes. A semeadura tem por objetivo detectar bactérias causadoras de infecções intestinais. Habitualmente, é pesquisada a presença de agentes bacterianos mais comuns em nosso meio: 
· Salmonella spp - Enterocolite de 8 a 48 horas após a alimentação.
· Shigella spp - Disenteria bacilar. Diferente da diarreia causada por Salmonella, sendo a principal diferença: disenteria evolui com muco e sangue, devido a toxina produzida pela Shigella, que destrói as células epiteliais do intestino.
· Alguns sorotipos de E.coli - Apenas alguns sorotipos, pois outros fazem parte da microbiota intestinal, mas ao sair do intestino e ir para outros locais, provoca outros tipos de infecções. Mas, alguns tipos de E. coli, causam diarreia, os tipos enteropatogênicos, e acometem principalmente crianças.
Quando há suspeita de infecção por outros agentes, é importante que sejam mencionados na solicitação médica, para direcionarmos o diagnóstico, ou seja, são utilizados meios de cultura não tradicionais. Ex:
· Yersinia spp
· Vibrio cholerae
· Campylobacter 
Coleta: O recipiente para armazenamento não precisa ser estéril, não há importância se estiver contaminado. 
Quantidade: 1 a 2 g (equivale a 1 colher de sobremesa) no início do quadro diarreico.
Coletar antes de antibioticoterapia.
Fezes sem conservantes (meios de transporte) devem ser encaminhadas ao laboratório à temperatura ambiente (20-25°C) e processadas em 1 h após a coleta.
Fezes com conservante podem ser mantidas refrigeradas de 2 a 8° C por 24 a 48 h.	Shigella não resiste à refrigeração. Não resiste muito tempo em meio sem conservante.
Laboratório: Deve ser semeado imediatamente, pois algumas bactérias, como a Shigella, não sobrevivem aos lipídeos fecais. E caso o material seja armazenado na geladeira, pode haver perda bacteriana devido a temperatura. Observação: Fezes com infecção bacteriana são diarreicas. Fezes inteiras dificilmente conterão bactérias. 
A princípio, semeadura em EMB, que seleciona enterobactérias, gram-negativas. O azul de metileno e a eosina do meio não permitem o crescimento de bactérias como Staphylococcus e Streptococcus, por exemplo. O meio SS também é utilizado, que é específico para Salmonella e Shigella. Incubar (35-37ºC) e leitura 18-24 horas depois. As fezes serão colocadas ainda no caldo de enriquecimento Selenito F, para que cresçam as bactérias patogênicas e que as bactérias da microflora sejam inibidas. 
Se não forem encontradas colônias patogênicas no EMB e SS, deve-se semear o caldo SELENITO F em algum desses meios de cultura.
Meios conservantes e de transporte
· GLICERINA TAMPONADA (Salina glicerinada): Recomendada para Salmonella spp e Shigella spp, mas não para Campylobacter ou Vibrio spp, a não ser que seja suplementada com CaCl2
· CARY BLAIR: Meio mais utilizado. É semissólido. Para se utilizar, passar swab nas fezes e colocar no meio. Amplamente utilizado para Shigella e Vibrio cholerae.
Caldo de enriquecimento
Utilizado para inibir ou diminuir a quantidade de microrganismos da microbiota intestinal habitual das fezes e favorecer o desenvolvimento dos patógenos entéricos. 
•São usados na etapa de processamento inicial 
Caldo GN: para Shigella e Salmonella
Selenito F: para Shigella e Salmonella - o preferido da prof
Tetrationato de Kauffman: melhor para Salmonella, exceto Typhi e Parathyphi. 
Vantagem do SS: H2S reage com Ferro, formando pigmento preto, característico de Salmonella.
HE: não é muito utilizado. Shigella cresce sem cor, Salmonella cresce esverdeada. 
 Meios diferenciais
Utilizados para diferenciar bactérias fermentadoras de não fermentadoras. São eles: Ágar EMB (E. coli cresce com brilho metálico, Klebisiella - aspecto de chiclete, Salmonella - transparente) e Ágar MacConkey.
 	Bactérias utilizam lactose do meio como alimento, logo crescem com cor, que são as lactoses positivas. Isso é possível de ser observado nesse meio.
Proteus cresce em SS e produz H2S, o meio fica preto.
 Meios altamente seletivos
· Não são recomendados para utilizar na rotina, já que não apresentam melhor custo/benefício em relação aos outros. 
· São recomendados para uso em investigação de surtos de Salmonella spp, mas não para o isolamento de Shigella spp
· VB (verde brilhante): isolamento de Salmonella, exceto Typhi e Paratyphi. Para Shigella não é tão bom.
· Meio cromogênico - bastante utilizado para identificar MRSA e para surtos diarreicos, para Salmonela, inclusive, Typhi e Paratyphi. 
Meios para isolamento de Campylobacter
· Skirrow: base de agar sangue, soro lisado de cavalo e solução de antibióticos
· AS Campy: base de agar brucella com sangue de carneiro e solução de antibióticos
· Meio de Karmali: meio contendo carvão ativado e solução de antibióticos 
Após semear, colônias crescerem, se fazer a seleção de lactose e já ter ideia de qual bactéria pode ser, necessita-se de provas bioquímicas.
Identificação de bactérias Gram-negativas
Provas bioquímicas de identificação bacteriana: pega a bactéria na placa, coloca no meio de cultura e semeia nos tubos e observa as características após incubação. Compara-se na tabela. 
· Ágar TSI
Se a bactéria utilizou:
Glicose - fundo do tubo amarelo;
Sacarose - parte inicial do tubo amarela;
Lactose - parte superior fica amarela;
Três açúcares - tubo todo amarelo.
Exemplos:
Tubo 1 - Glicose, sacarose e lactose (+); Gás (+); H2S (-)
Tubo 2 - Glicose (+), lac (-), sac (-); Gás (-); H2S (-)
Tubo 3 - Sac (+); H2S (-)
Tubo 4 - Glicose (-), lac (-), sac (-) - não fermentadora; Gás (-); H2S (-)
Mobilidade
Turvo: Mobilidade (+)
Não turvo: Mobilidade (-)
Indol
Produto da degradação do triptofano. A bactéria possui a enzima triptofanase, que degrada o triptofano, quebrando-o em piruvato e NH3. Observa-se se houve a degradação com o indol, que reage no meio.
Dimetilaminobenzoaldeido - reagente.
Ureia
 
	 
Citrato
  
Lisina descarboxilase (LIA)
O meio é roxo. Se a bactéria produzir a enzima descarboxilase, o meio continua roxo, pois retira a carboxila da lisina e o meio permanece básico. Se a bactéria não for produtora, o meio tende a perder a cor roxa, podendo ficar um roxo mais claro ou virar para a cor amarelo.
Se a bactéria for produtora da enzima LISINA DESCARBOXILASE, há liberação de CO2 e descarboxilação da lisina com produção de cadaverina (composto  alcalino que neutraliza os ácidos produzidos na fermentação da glicose). Ocorre viragem do indicador de pH novamente: o meio muda de amarelo e volta a ser púrpura (reação positiva).
Fenilalanina
	
 Só usa se desconfiar que é Proteus (Lac negativa e produtora de H2S no SS). Se ficar verde é Proteus.     
	
	Sorologia
	Caso haja suspeita de Salmonella, Shigella ou E. coli (apenas em crianças). Utilizar sorologia, com anticorpos para cada bactéria, incluindo todos os tipos de E. coli.

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