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RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS:2 NOME: Marcia Maria Issa Portinho MATRÍCULA: 01373766 CURSO: Biomedicina POLO: Mercês - Salvador, Ba DISCIPLINA: Bacteriologia Clínica Data: 12/04/2022 PROFESSOR ORIENTADOR: Rosilma Oliveira MICOBACTÉRIAS, UROCULTURA E COPROCULTURA As micobactérias pertencem ao gênero de actinobactérias bacilares, bactérias constituídas por micélios, com organização filamentosa, muitas vezes ramificada e são denominadas também de bacilos álcool-ácido-resistentes (BAAR). A característica álcool-ácido-resistente é conferida a essas bactérias devido ao alto teor de lipídeos estruturais na parede celular, que causa uma grande hidrofobicidade, dificultamdo a ação de corantes aquosos. As micobactérias possuem peptideoglicano com ácido N-glicolilmurâmico em vez de ácido N-acetilmurâmico. Essa caracteristica da parede permite que o microorganismo sobreviva dentro de macrófagos - que normalmente aniquilam patógenos fagocitados - facilitando a agregação bacteriana e tornando- as mais resistentes a muitos desinfetantes químicos, o que dificulta sua prevenção. A parede celular é constituída de cerca de 60% de ácidos micólicos (ácidos graxos de cadeia longa incomum), covalentemente ligados ao polissacarídeo que compõe a parede. Com isso confere às micobactérias resistências a antibióticos exigindo tratamentos em períodos longos. Normalmente é administrado para o tratamento mais de um antibiótico, já que algumas cepas já apresentam resistência antimicrobiana considerável. Devido a estas características as micobactérias são muito resistentes à coloração de Gram o que exige uma técnica mais agressiva como a técnica de Ziehl-Neelsen. COLORAÇÃO DE ZIEHL-NEELSEN Princípio Aplicabilidade Inicialmente o material clínico é fixado em uma lâmina nova (limpa e desengordurada) e depois é submetido à ação da fucsina fenicada de Ziehl à quente. Nesta etapa todas as estruturas absorvem o corante. Em uma segunda etapa, a lâmina é submetida à ação do álcool- ácido, que descora todas as estruturas celulares, exceto os BAAR. Para facilitar a microscopia, faz-se uma coloração de fundo com azul de metileno Loeffler. A metodologia de coloração de Ziehl-Neelsen pode ser aplicada a uma infinidade de materiais clínicos, tais como escarro, urina, fezes, LCR etc. Usualmente a principal amostra utilizada é o escarro. Sendo importante ressaltar que o escarro é um material infectante que pode transmitir uma série de doenças infectocontagiosas incluindo SIDA (Doenças Infecciosas de Interesse para a Saúde Pública), devendo ser manipulado com extrema cautela. UROCULTURA Técnica quantitativa e qualitativa realizada como complementação do diagnóstico de infecção urinária, normalmente causada por bactérias das espécies: Escherichia coli; Enterococcus spp.; Klebsiella-Enterobacter spp.; Proteus spp.; Staphylococcus saprophyticus e Pseudomonas spp. A técnica utilizada para o semeio da urocultura é denominado semeio em rede, pois permite o crescimento da bactéria para posterior contagem. Para o semeio em rede é utilizada uma alça https://pt.wikipedia.org/wiki/Infec%C3%A7%C3%A3o_urin%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Infec%C3%A7%C3%A3o_urin%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Escherichia_coli https://pt.wikipedia.org/wiki/Enterococcus https://pt.wikipedia.org/wiki/Klebsiella https://pt.wikipedia.org/wiki/Enterobacter https://pt.wikipedia.org/wiki/Proteus_(bact%C3%A9ria) https://pt.wikipedia.org/wiki/Staphylococcus_saprophyticus https://pt.wikipedia.org/wiki/Pseudomonas calibrada em 10 µl e um meio denominado CLED, meio que possui poucos íons o que permite o crescimento de todos os microrganismos (meio não seletivo, tanto cresce bactérias Gram-negativas quanto Gram- negativas). A diferenciação desse meio pela cor se dá por conta dos microrganismos fermentadores (apresentam colônias amarelas) ou não fermentadores de lactose (colônias azuis). Após o semeio leva-se à estufa em torno de 18 a 24 horas para o crescimento da bactéria e posterior identificação. Culturas Identificação dos principais agentes CLED (1) (2) (3) (4) O meio CLED é ligeiramente esverdeado e com o cultivo da bactéria tornou-se amarelo, denotando que a bactéria é fermentadora de lactose (1 e 2). Contagem: Inicialmente é feita a contagem em que se faz a divisão da placa em quadrantes (3); Depois escolhe-se aleatoriamente 10 quadrantes (4); Soma-se a quantidade de bactérias de cada quadrante e se multiplica pela quantidade total de quadrantes divididos na placa (quantidade de bactérias de cada quadrante escolhido X 24 quadrantes marcados); Como foi utilizada a aça de 10 µl é necessário converter o resultado em ml, multiplicando o resultado por mil para se obter um valor médio de quantidades de colônia. A partir de 100 mil unidades formadoras de colônia é feita a identificação do microrganismo a partir das técnicas bioquímicas. Em seguida é feita a coloração de Gram para verificar se é bactéria Gram positiva ou se é Gram-negativa e se finaliza com o antibiograma para o devido tratamento do paciente acometido por infecção urinária. COPROCULTURA É um exame bacteriológico (bateria bioquímica) das fezes, muito utilizado em casos de gastroenterite adulta. O material do paciente é adicionado ao caldo tetrationato e levado a crescimento. A bateria bioquímica serve para identificar a produção de diversas enzimas produzidas pelas bactérias em diferentes meios de cultura com o intuito de classificá-las por espécie e até por gênero. No semeio de identificação primária é utilizada a técnica de semeio por esgotamento utilizando os meios de cultura seletivos e diferenciais. Seletivos porque inibem bactéria Gram-positivas, bactérias estas que não são o foco da pesquisa em coprocultura; e diferenciais porque identificam as bactérias fermentadoras e não fermentadoras de lactose. São os seguintes meios de cultura utilizados: meio SS-Salmonella Shigella; meio Ágar Equitam; meio EMB e meios TSI e Citrato. Sendo que os meios TSI e Citrato fazem parte da avaliação final. Após o semeio por esgotamento as placas são levadas à estufa por aproximadamente por de 18 a 24 horas, na temperatura em torno de 36 a 37° para que haja crescimento das bactérias. Fonte: semeio em estrias em rede - Pesquisa Google https://www.google.com/search?q=semeio+em+estrias+em+rede&sxsrf=APq-WBvhDUjEIBKrRhbjreWhYL3AyIc2bQ:1649732154048&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwi-tpCYw433AhXer5UCHa4NCeYQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1366&bih=617&dpr=1#imgrc=TgSj9tLQhkq4aM https://www.google.com/search?q=semeio+em+estrias+em+rede&sxsrf=APq-WBvhDUjEIBKrRhbjreWhYL3AyIc2bQ:1649732154048&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwi-tpCYw433AhXer5UCHa4NCeYQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1366&bih=617&dpr=1#imgrc=TgSj9tLQhkq4aM https://www.google.com/search?q=semeio+em+estrias+em+rede&sxsrf=APq-WBvhDUjEIBKrRhbjreWhYL3AyIc2bQ:1649732154048&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwi-tpCYw433AhXer5UCHa4NCeYQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1366&bih=617&dpr=1#imgrc=TgSj9tLQhkq4aM A identificação é feita a partir de uma tabela onde se vai identificando cada resultado dessa bateria bioquímica e finalizando para cada paciente com um laudo especificando a bactéria detectada e finalizando com antibiograma para o devido tratamento. Meios de cultura Identificação dos principais agentes Meio SS Salmonella Shigella Escherichia coli Klebsiella Meio seletivo e diferencial para identificação das bactérias Salmonella - Shigella através da mudança de coloração e pela produção do sulfeto ferroso. É um meio que contém lactose e indicadores de PH como o vermelho neutro. A Salmonella é identificada com pontos enegrecidos, diferentemente da Shigella que são opacas e nãotem produção de sulfeto, totalmente claras sem pontilhados enegrecidos. Já a E. coli apresenta uma modificação de cor muito intensa que vai do rosa a creme, sem muito brilho com colônias mais secas. A Klebsiella apresenta-se com cores de rosa a creme bem menos intensa que a E. coli uma vez que a Klebsiella é um fermentador fraco de lactose. Meio Ágar E Salmonella Shigella Escherichia coli O meio Ágar Equitam é utilizado para bactérias que causam gastroenterite. Esse meio também possibilitam a visualização de bactérias que produzem sulfeto, como a Salmonella com a produção de pontilhados enegrecidos. Já a Shigella são colônias esverdeadas sem pontos enegrecidos por não produzir o sulfeto. A E colli no meio ágar E apresenta uma cor totalmente diferente do meio BEM. Apresenta uma cor alaranjada ou salmão. Klebsiella A Klebsiella também apresenta uma cor alaranjada salmão com um brilho muito mais intenso por possuir uma consistência mais gelatinosa do que a E colli Meio EMB Salmonela Shigella E. Colli Klebsiella Nesse meio EMB a Salmonella e a Shigella por não serem fermentadoras de lactose, apresentam-se com cores opacas, sem brilho e sem cores intensas. Já E colli, bactéria também comumente associada a casos de gastroenterite principalmente em crianças e em idosos, apresentam colônias escuras, com brilho. A Klebsiella presenta-se mais mucoide e intensamente brilhosa, geralmente de centro escuro e bordas claras Meios TSI e Citrato Citrato Escherichia coli Inoculação das bactérias nos meios de identificação que são chamados de bateria bioquímica. É semeado o material de cada paciente em dois tubos, um é o citrato e o outro é o TSI. A inoculação das bactérias é feita por meio de semeio em estria em vai-e-vem nos tubos bico de flauta sendo que no TSI é preciso fazer a perfuração no meio antes de se fazer as estrias. Depois leva-se à estufa em temperatura de 36 a 37°. Após 18 a 24h os tubos serão analisados de acordo com as mudanças de pH e dos indicadores de pH contidos no meio que facilitam essa identificação pela produção de enzimas e outros compostos pelas bactérias. No citrato se verifica a utilização desse carboidrato como a única fonte de carbono para o microrganismo. Nesse meio existe um indicador chamado de azul de bromotimol que em pH alcalino ele se torna azul, que é sinal de positividade do citrato. A E. coli não consegue utilizar o citrato como fonte de carbono, por isso o meio não sofre mudança de coloração Klebsiella Salmonella Shigella TSI Escherichia coli Klebsiella Com a Klebsiella observa-se a viragem do meio para a cor azul, indicando que a bactéria fermentou, utilizou o citrato como fonte de carbono e na utilização do citrato produziu um produto alcalino, viragem do azul de bromotimol para azul, indicando citrato positivo. Também é citrato positivo, obtendo uma viragem bem intensa do meio A Shigella não utiliza o citrato, por isso não consegue crescer e nem fazer a viragem do meio para azul. O Ágar Triplo Açúcar de Ferro (TSI Agar) é utilizado para a diferenciação de bacilos entéricos gram-negativos baseados na fermentação dos carboidratos (lactose, glicose e sacarose) e acidificação (produção de sulfeto de hidrogênio) tendo como indicador o vermelho de fenol. Pode-se perceber as bactérias com um enegrecimento devido ao sulfeto após a inoculação e posteriormente à estufa. O TSI com a E. coli sofre mudança de coloração de avermelhado para amarelado com produção de algumas bolhas denominadas de gás de glicose, uma vez que a E. coli são bactérias fermentadoras de lactose e da sacarose. Essa leitura do TSI é denominada de alcalino-ácido. Primeiramente será lido o bico de flauta e posteriormente a parte do fundo do tubo resultando em ácido-ácido porque a bactéria produziu tanto ácido que conseguiu inverter todo o meio para amarela, indicando que ela fermenta dois ou mais carboidratos presentes nesse meio. No TSI, a Klebsiella tanto consegue fermentar tanto a glicose como a lactose e por isso consegue fazer uma viragem completa do meio, sendo ácido-ácido com produção de gás de glicose. Como ela não é fermentadora de sacarose, o TSI tem uma modificação a partir do terceiro dia, começa inverter e a ficar novamente vermelha na parte inicial do tubo. Por isso todas as baterias devem ser lidas depois de 24 horas de encubação para que não haja modificação dessas baterias e não confunda as bactérias. No TSI é denominado alcalino-ácido, com uma certa Salmonella Shigella dificuldade de perceber amarela no final do tubo devido à produção de sulfeto pela Salmonella. A parte vermelha do tubo representa a não viragem porque a bactéria não fermenta a lactose e nem a sacarose, só fermenta a glicose. Por fermentar apenas um carboidrato, ela só consegue a viragem o fundo do tubo. A Shigella o TSI é alcalino-ácido, apresentando parte inicial na cor vermelha e no final do tubo a amarela. A Shigelle só fermenta apenas um carboidrato que é a glicose, por isso não consegue fazer a viragem completa e como não apresenta nenhum ponto enegrecido não produz sulfeto e sem produção de gás. Referências: file:///C:/Users/mport/OneDrive/%C3%81rea%20de%20Trabalho/1%C2%BA%20trimestre% 202022/Bacteriologia%20Cl%C3%ADnica/Material%20das%20Webs/BACTERIOLOGIA% 20CL%C3%8DNICA%20UNIDADE%20III.pdf https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/5 8f97768ef1549a14c77dc0b408bbd1a https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/8 6c168e2c8cf8f88fcebd9f069a8c1e7 https://www.laborclin.com.br/wp- content/uploads/2019/05/COLARACAO_ZIEHL_NEELSEN_19122018.pdf https://www.google.com/search?q=semeio+em+estrias+em+rede+- +Pesquisa+Google&sxsrf=APq-WBtLJ7wDtCi1R0012VjdxJY- 3HJHJw:1649735095807&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiFoO- Szo33AhX4sJUCHajPBlkQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1366&bih=617&dpr=1 https://www.laborclin.com.br/wp- content/uploads/2019/06/TSI_Triple_Sugar_Iron_510111.pdf
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