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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO – SÃO PAULO Pedro Castilho, brasileiro, solteiro,pedreiro, inscrito no CPF nº_____________ RG nº_____________ SSP/SP, residente e domiciliado na Rua Fontoura Xavier,, nº 20,Bairro Itaquera, na cidade de São Paulo – São Paulo, CEP nº00.120-50, endereço eletrônico __________________, devidamente representado por sua advogada ______________ (procuração anexa), inscrita na OAB ______, com escritório profissional _________, nº __ na cidade de _________ – , CEP _______, endereço eletrônico _____________, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos Arts 840 § 1º e 852-A da CLT e Art 319 do Código de Processo Civil, propor a presente ação de: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Em face da Construtora Viver Bem Ltda, inscrita no CNPJ sob o nº_____________, na Avenida Paulista, nº 500, 14° andar, Bairro Bela Vista, na cidade de São Paulo – São Paulo, CEP nº 00.010-30, endereço eletrônico __________________, identificada como reclamada pelos fatos e fundamentos jurídico a seguir: 1- DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA O autor, não possuidor de condição financeira para arcar com as custas processuais, sem acarretar prejuízo ao seu próprio sustento e de sua família, requer desde já os benefícios da justiça gratuita, com base no Art 790, §3° da CLT. Anexada a declaração de hipossuficiência como prova de veracidade, para deferimento do beneficio a cima citado. 2- DOS FATOS A reclamada firmou contrato de prestação de serviços com o reclamante em 07 de janeiro de 2019, e, sugeriu para o então pedreiro que criasse uma Microempresa Individual para que pudesse haver tal contratação. O Reclamante então criou a “PEDRO CASTILHO MEI”, que como pessoa física, prestava serviços de pedreiro de forma pessoal, não eventual, onerosa e subordinada, requisitos da relação de emprego, conforme dispõe o Art 3° da CLT. Com o contrato firmado ininterruptamente de 07/01/2019 até 20/12/2019, o reclamante fora notificado da rescisão contratual. Onde trabalhava de segunda a sexta-feira, das 09:00h às 18:00h, recebendo um valor fixo de R$3.000,00 mensais pela prestação de serviços, onde não fazia jus a qualquer outro valor de horas extras. Não perecendo de valores à título de vale-transporte, embora, diariamente, precisava se deslocar de ônibus de sua casa para o trabalho e do trabalho para casa, onde, gastava R$ 4,50 em cada uma das passagens. Desta forma, após as inúmeras ilegalidades trabalhistas sofridas, não restou outra alternativa ao reclamante, senão ajuizar a presente ação para resguardar seus direitos. 3- DA TERCEIRIZAÇÃO. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO DE EMPREGO O art. 4º-A da Lei nº 6.019/74, introduzido pela Reforma Trabalhista, passou a definir a possibilidade de terceirização da seguinte forma: Art. 4º-A. Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução. § 1o A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços. § 2º Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante. (BRASIL, 1974, [s.p.]) Embora, contrato anteriormente firmado e válido para outros ramos do Direito, não se sustenta na área trabalhista: art. 9º da CLT “nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação Sendo imposta pela reclamada a fim de locupletas os direitos trabalhistas ao reclamante. Por se tratar de terceirizada, o tomador de serviços não pode fazer gozo se seu poder diretivo no dia a dia. O autor, precisava cumprir horários conforme previsto no contrato, sob pena de advertência pelo então subordinado Sr. Marcelo, encarregado de obras, prestador de serviços e empregado da empresa. Em caso, é a típica hipótese de “pejotização”, onde não se confunde com a terceirização. Ela é justamente a fraude à terceirização. Além dos fatos já expostos anteriormente, essa pratica não fere apenas os direitos patrimoniais do empregado, mas fere ainda a sua dignidade humana e seus direitos fundamentais. Requer-se então, que seja reconhecido o vinculo trabalhista entre o reclamante e a reclamada, cum base no Art 3° da CLT, de modo a declarar nula a terceirização, conforme Art 9° da mesma Lei. 4- DAS VERBAS RESCISÓRIAS E MULTA DO § 8º DO ART. 477 DA CLT 4.1 DO AVISO PRÉVIO Haja vista inexista a justa causa para reisão de contrato de trabalho, o reclamante possui direito ao AVISO PRÉVIO INDENIZADO, uma vez que estabelecido por Lei, conforme dispõe o Art 487, § 1° da CLT, onde estabelece-se que a não concessão do aviso prévio da o direito ao pagamento do salário do respectivo período. Assim, a ser indenizado ao correspondente a mais de 30 dias de serviço para calculo do décimo 13° salário, férias + 40%. Fazendo jus ao aviso prévio indenizado. 4.2 DAS FÉRIAS O reclamante tem direito a receber o período incompleto de férias, acrescido em terço constitucional, conforme dispõe o Art 146, parágrafo único da CLT e Art 7°, XVll da Constituição Federal de 88. O parágrafo único do art. 146 da CLT, prevê o direito do empregado ao período de férias na proporção de 1/12 por mês trabalhado ou fração superior a 14 dias. Sendo assim, o contratante tendo seu contrato iniciado em 07/01/2019 e rescindido em 20/12/2019, faz jus as férias proporcionais acrescido em terço constitucional. 4.3 DO 13º SALÁRIO Conforme consta em anexo, o Autor fora admitido em sua função no dia 07/01/2019, desta forma, possuindo o direito ao 13º salário proporcional ao ano de 2019. Por ter trabalhado em fração superior há 15 dias, sendo então devido 1/12 deste mês. Referente ao período de fevereiro a novembro é devido o 13º salário proporcional de 10/12, e ao mês dezembro por ter uma fração superior há 15 dias, corresponde à 1/12, totalizando 12/12. 4.4 DO FGTS É devido à autora o FGTS correspondente a 8% do salário mensal. 4.5 SEGURO DESEMPREGO O reclamante fora prejudicado quanto ao salário de seguro desemprego, onde a reclamada deverá arcar com a indenização de forma direta. 5- VALE TRANSPORTE Segundo o Art 4° da Lei n° 7.418/1985, dispõe a empresa custear o transporte do empregado no trajeto de trabalho. O reclamante dispunhava de R$4,50 cada passagem que lhe era necessário por dia. Solicitando assim, o recebimento de indenização correspondente ao valor do vale transporte diário de R$9,00/dia. 6- DOS HONORARIOS SUCUMBENCIAIS Conforme estabelecido pelo Art 791-A da CLT, na hipótese de procedência total ou parcial, requer-se que a reclamada ao pagamento dos honorários advocatícios concedidos em razão a 15% do montante da condenação. 7- DOS PEDIDOS Diante de todo o exposto, a reclamante solicita: a- Notificação da reclamada ao comparecimento da audiência designada; b- Concessão do benefício da gratuidade da justiça a reclamante; c- Declaração de nulidade da terceirização e reconhecimento do vinculo empregatício; d- A condenação ao pagamento das verbas rescisórias, a título de aviso prévio indenizado R$___; férias proporcionais + 1/3 (12/12) R$___; 13º salário proporcional (12/12) R$___; multa de 40% do FGTS sobre as parcelas rescisórias R$___ e pagamento de seguro desemprego R$___, totalizando o valor à título de verbas rescisórias R$___; e- A condenação ao apagamento da multa do artigo 477, § 8 da CLT no valor de R$___; f- A condenação ao pagamento do vale-transporte nos termos do art. 4º da Lei nº 7.418/1985 no valor de R$___; g- Condenação da Reclamada no pagamento de honorários de sucumbência na proporção de 15% (quinze por cento) sobre o valor da condenação, a calcular; h- Protesta-se pela produção de todas as provas em direitopermitidas, especialmente depoimento pessoal do representante legal da Reclamada, pena de confissão, oitiva de testemunhas, juntada e solicitação de novos documentos e todas as demais provas que se fizerem necessárias. Dá-se a causa o valor de R$___ (______), para efeito de alçada. Nestes Termos, Pede e Espera Deferimento; Kaloré, 02 de Março de 2021. Advogada ________________. OAB nº________________.
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