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1 2 SOBRE O EBOOK O conhecimento aqui organizado é baseado na seguinte analogia: O fato de um chefe de cozinha famoso te passar a receita mais bem sucedida dele, não garante que o sabor e a textura ficará igual a que ele faz. Você vai entender nesse e-book os detalhes que fazem a total dife- rença quando se trata de procedimentos estéticos e terapêuticos e porque os protocolos vão acabar. Caso você pretenda atuar por mais tempo na área da Estética, eu recomendo que você leia todo o conteúdo desse e-book, e no final você vai entender a diferença de um profissional que segue proto- colos e um profissional que tem a habilidade de personalizar seus tratamentos de acordo com cada cliente, alcançando, assim, resul- tados muito acima da média. 3 Em 2010 as ciências terapêuti- cas e estéticas registraram um marco de uma nova era: Eu Pro- fessor Edjasto Ferreira apresen- tei a Terapia Bioortomolecular Aplicada a saúde, Bem-Estar e Estética Avançada. A partir desse momento ouve avanços relacionados a interpretação e aplicação da eletroterapia, der- moscosméticos, procedimentos invasivos e até nos resultados dos benefícios da pratica de ati- vidades físicas. Através das análises desenvol- vidas é possível identificar um cliente em sua totalidade e pre- ver e desenvolver atendimen- to personalizado para diversas disfunções estéticas e terapêu- ticas como hipercromias, rugas, acne, celulite, gordura localiza- da , flacidez estrias , entre diver- sas outras disfunções e deter- minar qual melhor terapia para impedir seu aparecimento, cro- nificação e restabelecimento. O procedimento é definido de for- ma única personalizada. Com a análise dos resultados obtidos pela realização de ava- liações, é possível indicar com precisão os melhores pro- cedimentos para garantir qua- lidade de vida, bem-estar e manter o organismo em funcio- namento otimizado, atacando INTRODUÇÃO E OBJETIVO 4 cos, Formulações Transdérmi- cas e Física Atômica com o obje- tivo de tornar mais eficiente os procedimentos estéticos e tera- pêuticos, personalizar o atendi- mento através dos Bionutricos- méticos e Íons em géis atômicos com base na avaliação Atômica individual, procedimentos para melhora da saúde da pele, ame- nizar os efeitos do fotoenve- lhecimento, acne e do processo intrínseco de envelhecimento, garantir longevidade saudável com qualidade de vida e evitar queda da capacidade funcional, entre diversos outros benefí- cios. A primeira grande prova de que a maioria dos protocoloes esté- ticos estão fadados ao fracasso é o stress, que é um catalisador do envelhecimento precoce e pode causar ou impulsionar as disfunções acima citadas. 5 O estresse é um sinal que muda nosso estado de forma surpreen- dente. Ele pode ser definido por fenômenos de irritação, medo, desconforto, preocupação, frustração, indignação, nervoso, e ser estimulado por diversas razões. Além disso, muitas vezes, a causa para o estresse é desconhecida. Quando o estresse afeta a sua vida ou a vida das suas clientes, tudo fica mais difícil, passar dias tranquilos é um desafio imenso, e ele pode ser extremamente perigoso tanto para mente quanto para o corpo. Isso acontece porque o estresse também deflagra sinais físi- cos. OS 3 TIPOS DE ESTRESSE QUE POUCOS CONHECEM Segundo estudos, há três tipos de estresse: estresse agudo, estresse agudo episódico ou estresse crônico. Vamos analisar cada um deles. O QUE É ESTRESSE? 6 ESTRESSE AGUDO O estresse agudo é uma reação do corpo a um momento ou fato estressante. Os sinais da reação aguda ao estresse são em grande parte sintomas ansiosos como: • ATIVAÇÃO PSÍQUICA • INSTABILIDADE DE HUMOR • APREENSÃO • INSEGURANÇA • AUMENTO DE PRESSÃO • MÃOS SUANDO Os estudos ainda descrevem sintomas físicos de quem passou por estresse agudo: • DOR DE CABEÇA TENSIONAL • DOR NAS COSTAS • DOR NA MANDÍBULA • DORES MUSCULARES EM GERAL • AZIA • FLATULÊNCIA • DIARREIA • PALPITAÇÕES CARDÍACAS • ·SENSAÇÃO DE FRACASSO • DIFICULDADE DE SENTIR PRAZER • ALTERAÇÃO DO SONO 7 ESTRESSE AGUDO EPISÓDICO A Associação Americana de Psicologia também define o estresse agudo episódico, quando esses impulsos que causam as reações agudas ao estresse se repetem com frequência Neste caso, os sinais são os mais prolongados. Como: • DORES DE CABEÇA TENSIONAIS PERSISTENTES; • ENXAQUECAS; • HIPERTENSÃO; • DOR NO PEITO; • DOENÇAS CARDÍACAS. ESTRESSE CRÔNICO Quando uma pessoa fica continuamente estressada, e isso faz par- te da rotina, o estresse pode estar se tornando crônico. Neste caso, as reações do corpo ao estresse e os sintomas são constantes, afe- tando diversas áreas da vida. O estresse crônico é um fator de risco para ansiedade, fome compulsiva e depressão. De acordo com as pesquisas, o estresse crônico é negativo para o corpo principalmente porque alguns hormônios, em especial o cortisol, começam a entrar em ação. O cortisol muito elevado du- rante dias, semanas, começa a gerar problemas para o organismo, que não foi criado pra ter esse hormônio em sobrecarga. As disfunções estéticas estão diretamente ligadas ao aumento do cortisol. Estrias, flacidez, celulite, gordura localizada, rugas e até obesidade podem ser sinais. 8 MOMENTO REFLEXÃO FIM DOS PROTOCOLOS NA ESTÉTICOS Alguém que tem estresse crônico também pode apresentar sinto- mas físicos e emocionais, como: • FADIGA • DESGASTE • MAL ESTAR • CANSAÇO • ESGOTAMENTO • AUMENTO DA VIGILÂNCIA • DIFICULDADE EM RELAXAR E DESCANSAR • DESÂNIMO • TRISTEZA A partir da compreensão do que é estresse e seus diferentes tipos, podemos perceber que os protocolos estéticos simplistas que atuam somente na queixa estética estão fadados ao fracasso, ou seja, mui- tas vezes as clientes têm melhoras insignificantes ou quando têm, elas não perduram, colocando em risco a reputação do profissio- nal. Para completar o raciocínio do porquê temos que dar um fim aos protocolos estéticos, quero apresentar noções básicas sobre a pele. 9 FISIOLOGIA DA PELE A pele é um órgão muito mais enigmático do que apresenta- -se. A sua função principal é a proteção do organismo das ameaças externas físicas. Mas também tem funções imunitá- rias. É o principal órgão da re- gulação da temperatura, pro- tegendo contra a desidratação. Possui funções nervosas, com- pondo o sentido do tato e me- tabólicas, como a produção da vitamina D. PROTEÇÃO FÍSICA A epiderme secreta proteínas e lipídeos (a principal proteína é a queratina) que resguardam contra a invasão por parasitas e a injúria mecânica e o atrito. Também é essencial o tecido conjuntivo da derme, no qual os fibroblastos são células cons- tituintes do tecido conjuntivo e sua função é formar a substância fundamental amorfa. Há um ci- toplasma ramificado e rodeado de um núcleo elíptico contendo 1-2 nucléolos. Os fibroblastos ativos podem ser reconhecidos pela abundante ocorrência de retículo endoplasmático. A melanina produzida pelos seus melanócitos protege con- tra a radiação, principalmente UV. Sua quantidade aumenta- da produz o bronzeamento da pele. COMO ÓRGÃO IMUNITÁRIO A pele é um órgão fundamen- tal do sistema imunitário. Ela possui diversos tipos de leucó- citos. Há linfócitos que ajustam a resposta imunitária e apre- sentam respostas específicas. TIPOS DE PELE 10 Por exemplo, as células de Lan- gerhans, que recolhem molécu- las estranhas (possíveis invaso- res) e as levam para os gânglios linfáticos onde as apresentam aos linfócitos CD4+; mastócitos envolvidos em reações alérgi- cas e luta contra parasitas. FUNÇÕES METABÓLICAS As atribuições metabólicas da pele são significantes. É lá que é gerada, numa reação depen- dente da luz solar, a vitamina D, umavitamina importante para o metabolismo do cálcio e portanto na formação e manu- tenção saudável dos ossos. COMO ÓRGÃO DOS SENTIDOS A pele também é um órgão sen- sorial, constituindo o sentido do tato. Ela tem numerosas ter- minações nervosas, algumas li- vres, outras com comunicação com órgãos sensoriais especiali- zados, como células de Merckel, folículos pilosos. A pele possui a capacidade de identificar si- nais que criam as percepções da temperatura, movimento, pres- são e dor. É um órgão essencial na função sexual. REGULAÇÃO DA TEMPE- RATURA CORPORAL A pele também é o órgão prin- cipal da regulação térmica do corpo através de diversos me- canismos: – Os vasos sanguíneos subcu- tâneos dilatam-se com o calor e contraem-se com o frio , de modo a minimizar ou maximi- zar as perdas de calor. – Os folículos pilosos têm mús- culos que produzem a sua ere- ção com o frio formando bolhas de ar estático junto à pele que retarda as trocas de calor. – As glândulas sudoríparas li- beram líquido aquoso cuja eva- poração diminui a temperatura superficial do corpo. – A presença de tecido adiposo (gordura) subcutâneo protege contra o frio, uma vez que a gor- dura é má condutora de calor. 11 AGORA VAMOS ENTENDER QUE CADA PESSOA TEM UM TIPO DE PELE, RESULTANTE DA COMBINAÇÃO DE TRÊS FATORES • Quantidade de água e íons – isso pode interferir na densidade e elasticidade. • Quantidade de lipídios – isso pode interferir na nutrição, brilho, oleosidade e acne • Nível de resiliência – isso pode determinar a resistência da pele. Detalhe: os três fatores acima sofrem influência da genética e epigenética. 12 Ciência que estuda a transmissão das características hereditárias, de pais para filhos, no tocante à anatomia, citologia e funcionali- dade. As primeiras leis genéticas foram elaboradas por Mendel (1865). O QUE É EPIGENÉTICA Termo utilizado na biologia para se referir às características de or- ganismos unicelulares e multicelulares (como as modificações de cromatina e DNA) que são estáveis ao longo de diversas divisões celulares, mas que não envolvem mudanças na sequência de DNA do organismo. O QUE É GENÉTICA 13 Infelizmente os profissionais que seguem protocolos prontos não personalizam os atendimentos dos seus clientes a partir da gené- tica e epigenética. Como você leu, a genética é a característica in- dividual, ou seja, nem um cliente é igual ao outro, já a Epigenética é o hábito de vida. Levando em consideração as informações acima sobre genética e epigenética, vamos estudar um pouco sobre tipos de pele. MOMENTO REFLEXÃO FIM DOS PROTOCOLOS NA ESTÉTICA 14TIPOS DE PELE Ainda que todas as peles pareçam semelhantes do ponto de vista ana- tômico, funcional e bioquímico, ocorrem grandes variações entre elas, que necessariamente têm de ser levadas em conta na indicação de produtos cosméticos, aplicação de peeling, eletroterapia ou nos procedimentos estéticos em geral, principalmente naqueles que po- dem causar dano à pele do cliente. Antes de você aprender sobre os tipos de pele, é importante saber que as mudanças de hábitos de vida, ou Epigenética, podem influenciar nos resultados dos procedimentos estético. O ex- cesso de consumo de alimentos industrializados, com muitos conservantes, acidulantes, es- tabilizantes podem aumentar a produção de citocinas inflama- tórias e não só comprometer os resultados, mais aumentar os riscos para efeitos indesejados como hipercromias, cicatrizes hipertróficas ou hiperplasias pós procedimentos estéticos ti- dos como inofensivos. Depois de pesquisar e argumen- tar com muitos profissionais, identifiquei que muitos profis- sionais não sabem como reali- zar um simples teste físico de indício de possível inflamação de base. Qual importância de saber realizar esse teste? Evitar que um simples procedimen- to como uma limpeza de pele ou peeling, possa causar dano à pele da cliente e manchar o nome do profissional, sem falar nos processos e sanções legais. 15 Pele normal ou eudérmica: Tem superfície lisa, flexível, lu- brificada e umedecida, tem po- ros pouco visíveis e aspecto ro- sado. Há um equilíbrio entre o conteúdo hídrico e o conteúdo lipídico, que resulta em uma pele sem imperfeições e com um nível adequado de sensi- bilidade. Nesse tipo de pele, o aparecimento de rugas é variá- vel e estas são mais intensas na região dos olhos. Hoje, por con- ta do nosso clima tropical e ali- mentação inadequada a nossa fisiologia, é raro encontrarmos pele normal até entre os mais jovens. Pele seca ou alípica: Por causa de fatores genéticos, hormonais ou ambientais, como vento ou radiação solar, esse tipo de pele apresenta secreção sebácea e hidratação insuficien- te, tem poros praticamente invi- síveis e nenhuma luminosidade, além de a pele ser áspera e sem flexibilidade. É uma pele sensí- vel e, não raro, apresenta man- chas avermelhadas. Tem maior tendência ao aparecimento de rugas. Uma pele extremamente seca pode descamar, principal- mente nas costas da mão e no lado exterior dos braços, dos antebraços e das pernas. É im- portante o profissional saber diferenciar a falta de hidratação (água) da falta de oleosidade (sebo) para, assim, personalizar o atendimento. 16 Agora que você já entende que fatores determinantes do tipo de pele não são somente a quantida- de de água (que influencia a elas- ticidade), a quantidade de lipí- deos (que influencia a nutrição e a suavidade) e o nível de sensibili- dade (que influencia a resistência da pele), os tipos de pele mais co- muns são: Pele oleosa ou graxa: Em consequência do aumento da secreção sebácea, esse tipo de pele apresenta aspecto lustroso ou en- gordurado, poros dilatados, tex- tura mais espessa e tendência a formar acnes e comedões. A oleo- sidade é variável, sendo causada pela hiperatividade das glândulas sebáceas, que produzem mais sebo do que o necessário em decorrên- cia de fatores hormonais (puber- dade e alterações hormonais) ou externos, como estresse, o uso de determinados medicamentos e exposição ao calor ou à umidade excessiva. Apresenta menor ten- dência ao aparecimento de rugas e de linhas de expressão. É extre- mamente importante o profissio- Em consequência do aumento da secreção sebácea, esse tipo de pele apresenta aspecto lus- troso ou engordurado, poros dilatados, textura mais espes- sa e tendência a formar acnes e comedões. A oleosidade é variável, sendo causada pela hiperatividade das glândulas sebáceas, que produzem mais sebo do que o necessário em decorrência de fatores hor- monais (puberdade e altera- ções hormonais) ou externos, como estresse, o uso de deter- minados medicamentos e ex- posição ao calor ou à umidade excessiva. Apresenta menor tendência ao aparecimento de rugas e de linhas de expressão. É extremamente importante o profissional ir nal ir além. Por exemplo, a falta de micronu- trientes como zinco ou a con- taminação por mercúrio pode levar a uma hiperatividade da glândula sebácea. Você sabe como identificar os problemas acima? Um profissional que possui informações privile- giadas pode tanto identificar possível falta de um elemento 17 nal ir além. Por exemplo, a falta de micronutrientes como zinco ou a contaminação por mercú- rio pode levar a uma hiperativi- dade da glândula sebácea. Você sabe como identificar os pro- blemas acima? Um profissional que possui informações privi- legiadas pode tanto identificar possível falta de um elemento químico como a contaminação por metal pesado, resolvendo o problema. Se olharmos aten- tamente, poucos são os proce- dimentos que realmente resol- vem o problema da acne, tanto que muitas pessoasrecorrem a tratamentos com inúmeros ris- cos a saúde. Pele mista: é uma associação de pele oleosa na zona central do rosto e pele seca nas bochechas. Apresenta normalmente poros dilatados no nariz, na testa e no mento, tendo uma oleosidade mais in- tensa com tendência a formar cravos nessa área (zona T). Na região das bochechas. Esse tipo de pele é o mais encontrado. Você sabe como equilibrar a desidratação e a hiperprodução de sebo? É importante o profis- sional saber que a produção de sebo é inversamente proporcio- nal a desidratação. Por exem- plo, saber combinar as ações de elementos químicos como silí- cio e magnésio pode fazer total diferença. 18 Apesar de que a miscigenação racial torne a definição absolu- ta de etnia ou cor de pele algo relativo e até subjetivo, a pele de cada etnia tem suas particu- laridades e somente com o ob- jetivo de estudá-las é que são normalmente classificadas em branca, amarela e negra. A cor da pele, talvez o que mais facil- mente di- ferencia as pessoas negras e brancas, não é defini- da pela quantidade de melanócitos presentes na pele, mas, sim, pela ativi- dade e tamanho e da mor- fologia, da distribuição e do grau de melanização dos melanossomas. To- dos nós temos a mesma quan- tidade de melanócitos. Nos in- divíduos de pele branca eles são menores, agrupados entre si em conjuntos de três, e pas- sam por degradação enzimáti- ca em sua migração para o es- trato córneo. Na pele negra, os melanossomas são grandes, distribuídos isoladamente nos queratinócitos e continuam dessa forma até o estrato córneo, enquanto na amarela há uma associação, visualizando-se me- lanossomas individualizados e agrupados. Existe distinção, também, na distribuição dos melanossomos nas ca- madas da epiderme: na pele negra, eles estão por toda a epider- me, estando au- mentados na camada basal; na pele branca, estão nas ca- madas basal e de Malpighi, estando ausentes nas ca- madas superiores da epi- derme. Considerando-se o papel fotoprotetor da melanina, a pele amarela e prin- cipalmente a negra estão muito mais protegidas em relação aos danos causados pela radiação solar. Os negros têm menores chances de desenvolver câncer de pele relacionado à exposição solar e estão menos sujeitos ao DIFERENÇAS ÉTNICAS ENTRE AS PELES 19 fotoenvelhecimento. Na pele negra o eritema é mínimo, após a ex- posição solar, é aproximadamente 33 vezes maior que a do branco. A desvantagem da pele pigmentada é que ela pode manchar com mais facilidade. A pele negra tem maior número de camadas no estrato córneo, mas, apesar disso, apresenta igual espessura que os outros tipos de pele, possivelmente por ser mais compacta, devido à maior coesão intercelular. MOMENTO REFLEXÃO FIM DOS PROTOCOLOS NA ESTÉTICA Como o texto cita no início, a miscigenação em nosso pais é enor- me. Fique atenta, pois, muita pele branca ao ser agredida se com- porta como pele negra, com uma hiperprodução de melanina e, mais uma vez, vale a pena salientar que as mudanças nos hábitos de vida como excesso de estresse, exposição a radiações e alimen- tação inflamatória pode causar hipercromias e cicatrizes hiper- tróficas em peles antes consideradas de baixo risco. 20 Os hormônios andrógenos e o estrógeno têm efeitos e ações diferentes na pele. O estrógeno amplia a quantidade de subs- tância intercelular na pele e tor- na menor a secreção das glân- dulas sebáceas, por meio da diminuição de seu tamanho e da produção de sebo. A pro- dução estrogênica maior gera sinais vistos normalmente na gravidez, como: alterações da pigmentação, telangiectasias (dilatações dos capilares su- perficiais), atrofia e perda dos pelos, e enfraquecimento da substância de sustentação (que favorece o aparecimento de es- trias). A ausência de estróge- no, como nas mulheres madu- ras, define uma pele sem brilho, fina, com linhas finas e alguma frouxidão. A ação androgênica aumenta o crescimento de pelos mais grossos, principalmente no rosto, nas axilas e na região púbica, relacionado ao aumen- to do tamanho dos folículos pi- losos. aumentando o apareci- mento da acne. Esses motivos fazem com que a pele mascu- lina se apresente mais oleosa e com excesso de brilho, especial- mente na zona T (na testa, no nariz e no queixo). É na derme que se nota as diferenças mais marcantes entre os sexos, sen- do os fibroblastos os principais alvos dos hormônios sexuais. A testosterona intensifica a pro- dução do colágeno pelos fibro- blastos por meio do estímulo da produção de proteínas específi- cas envolvidas em sua síntese. A pele dos homens possui cerca de 25% mais colágeno do que a pele das mulheres. O estrógeno, por outro lado, diminui a sínte- se de colágeno, o que faz que a pele feminina seja mais macia e DIFERENÇAS DA PELE SEGUNDO O GÊNERO 21 menos firme do que a masculina. Outro efeito do estrógeno é a indução da produção de hialuronidase, enzima envolvida na sín- tese de ácido hialurônico, que, por sua vez, é uma das principais glicosaminoglicanas da substância de sustentação da pele. Logo, o estrógeno torna a pele mais firme e hidratada, conferindo-lhe suavidade e maciez. Os homens dispõem tendência a desenvol- ver rugas mais profundas e linhas menos finas que as mulheres, enquanto estas têm maior propensão a desenvolver rugas finas, principalmente em locais determinados, como ao redor da boca. Agora que já estudamos sobre os tipos de pele e suas diferenças, nas páginas seguintes, vamos a aprofundar um pouco mais na pele humana. 22 A pele é o maior órgão do nos- so corpo. Como já citamos, ela reveste e assegura grande par- te das relações entre o meio in- terno e o externo. Além de tudo atua na defesa e colabora com outros órgãos para o bom fun- cionamento do organismo, bem como no controle da tempera- tura corporal e na elaboração de metabólitos. É formada de derme, epiderme e hipoderme, tecidos intimamen- te unidos, que atuam de forma harmônica e cooperativa. Nota: nesse estudo, para fins di- dáticos, estamos considerando a hipoderme como constituinte da pele. Em alguns livros, ela é classificada a parte. EPIDERME A epiderme é constituída por epitélio de revestimento que é um tecido estratificado, pavi- mentoso e queratinizado, isto é, composta por várias camadas de células com diferentes formas e funções. As células superficiais são achatadas da mesma ma- neira como se fossem escamas e possuem queratina. A epider- me, entretanto, não possui va- sos nem nervos; tem espessura variada, sendo mais grossa nas regiões de atrito como solas dos pés e palmas das mãos e mais fina sobre as pálpebras e próxi- mo dos genitais. As células, chamadas quera- tinócitos ou ceratinócitos, con- cebidas na camada basal vão sendo “empurradas” para cima e modificam sua estrutura. A PELE HUMANA 23 Elas se unem por junções (os desmossomos, que são espe- cializações da superfície) e pro- longamentos, achatam-se e produzem queratina. Os que- ratinócitos perdem o núcleo e morrem, na superfície do corpo são eliminadas por descama- ção. Diferentes tipos de células da epiderme • Camada Basal ou Germinati- va: essa camada está sempre gerando novas células, que se dividem por mitose. Também estão presentes os melanóci- tos, células especializadas em produzir a melanina, que é o pigmento que dá cor à pele e aos pelos. Os prolongamentos dos melanócitos penetram nas células da camada Basal e es- pinhosa, distribuindo melani- na no seu interior. As células de Merkel são mecanorrecep- toras, ou seja, captam estímu- los mecânicos do exterior e os encaminham para as fibras nervosas. • Camada Espinhosa: contém células com desmossomos eprolongamentos que auxiliam a mantê-las bem unidas, o que lhes confere aparência espinhosa. As células de Langerhans se en- contram distribuídas pela cama- da e ajudam a constatar agentes invasores, enviando alerta ao sistema imunológico para de- fender o corpo; 24 • Camada Granulosa: à medida que alçam, os queratinócitos vão sendo achatados. Na camada granulosa possuem forma cúbica e estão cheios de grânulos de queratina, que passa a ocupar os espaços intercelulares; • Camada Córnea: o estrato córneo está na externa da pele. Formado por células mortas, anucleadas, achatadas e queratinizadas. A sua parte mais superficial sofre descamação, sendo constantemente substituída (em períodos de 1 a 3 meses). 25 O preparo ideal da epiderme para receber os procedimentos esté- ticos é imprescindível. Infelizmente muitos profissionais apren- deram a preparar a pele inadequadamente com substancias que ocluem ao invés de higienizar, dificultando a permeação de ativos e dispersão das cargas elétricas. Por exemplo, creme esfoliante, todo creme possui na sua composição óleos que são isolantes tér- micos, elétricos e ainda formam uma película que impede a pas- sagem de ativos. O preparo ideal da pele passa pela higienização, descompactação, hidratação e aumento de íons. DERME Corte transversal da pele: a epiderme é a parte mais escura, sendo a camada córnea mais externa (soltando partes) e a derme é a mais clara. A derme é formada de tecido conjuntivo denso. Sua constituição é essencialmente de colágeno (cerca de 70%) e outras glicoproteínas e fibras do sistema elástico. As fibras elásticas formam arranjo ao redor das fibras de colágeno que conferem flexibilidade à pele. A camada logo abaixo da epiderme é chamada de camada papilar, pois possui inúmeras papilas dérmicas encaixadas nas reentrân- cias da superfície irregular da epiderme. Em seguida, há a camada reticular que possui mais fibras elásticas; além de vasos sanguí- neos e linfáticos e terminações nervosas, também são encontradas glândulas sebáceas e sudoríparas e as raízes dos pelos. MOMENTO REFLEXÃO FIM DOS PROTOCOLOS NA ESTÉTICA 26 HIPODERME Hipoderme ou tecido subcutâ- neo encontrado abaixo da der- me, portanto, é a camada mais profunda da pele. Ela é constituída por tecido con- juntivo e representa entre 15% a 30% do peso corporal. A união entre a derme e a hipo- derme é mantida por fibras de elastina e colágeno. A espessu- ra da hipoderme varia de acor- do com a região do corpo, sexo do indivíduo, metabolismo e hábitos de vida. Contudo, é importante destacar que não há consenso sobre a hi- poderme ser uma das camadas da pele, mesmo mantendo uma estreita relação funcional com a derme e da difícil distinção en- tre os limites das duas estrutu- ras. Camadas da pele e localização da hipoderme Função A hipoderme possui importan- tes funções para o organismo, das quais destacam-se: • Reserva de energia: o tecido adiposo armazena energia que pode ser utilizada pelo corpo em momentos de necessidade. Em casos de jejuns prolongados, por exemplo, o organismo utilizará a energia guardada no tecido adiposo. • Defesa contra choques físicos: serve para proteger os órgãos e ossos, servindo para «acolchoar» essas estruturas e amortecer contra traumas físicos. Ao mesmo tempo, também modela o corpo. • Isolante térmico: a camada de tecido subcutâneo colabora para regular a temperatura corporal. Por exemplo, o tecido adiposo protege o corpo contra o frio. Esse processo é conhecido por termorregulação. • Conexão: a hipoderme une a derme aos músculos e ossos. Portanto, é importante para fixar a pele a estruturas adjacentes. 27 Os principais tecidos que constituem a hipoderme são o adiposo e o conjuntivo frouxo vascularizado. As células mais relevantes da hipoderme são os adipócitos, res- ponsáveis por acumular gordura. Eles são células especializadas em armazenar energia na forma de gordura e aumentam de tama- nho conforme o aumento da disponibilidade de energia não utili- zada; Essa condição está relacionada ao aumento de massa gorda. Na hipoderme, encontramos fibras de elastina e colágeno, veias e capilares sanguíneos. Agora vamos conhecer um pouco mais dos anexos da pele e suas funções. GLÂNDULAS SEBÁCEAS A ação dessas glândulas é moderada principalmente por hormô- nios masculinos, e são mais ativas na época da puberdade. Elas soltam o sebo que produzem no canal do folículo piloso. São dis- tribuídas de forma desigual no corpo, também existem grandes glândulas na pele, principalmente ao redor da boca, nariz, testa e bochechas, o que torna essas áreas mais oleosas. Sua principal fun- ção é formar uma barreira lipídica superficial, evitando a perda de água. HISTOLOGIA 28 Essas glândulas possuem forma de espiral, são formadas por cé- lulas epidérmicas, mas se encontram na derme. Existem dois tipos de glândulas sudoríparas: écrinas e apócrinas As écrinas, que liberam o suor diretamente em aberturas na super- fície da pele, os chamados poros. Mediante a transpiração, essas glândulas regulam a temperatura corporal, pois o suor dissipa o calor ao evaporar. As apócrinas, eliminam sua secreção dentro do canal do folículo. Na fase embrionária, formas rudimentares des- sas glândulas estão espalhadas por todo corpo, mas após o nasci- mento se desenvolvem apenas em regiões como as axilas, o canal do ouvido, os mamilos, ao redor do umbigo e na região em volta dos genitais e do ânus. Isso parece ter uma relação ancestral com a produção de feromônios e a atração sexual. PELOS ANATOMIA DO PELO São formados de células mortas da epiderme compactadas e queratinizadas. Os pelos do corpo e os cabelos são gerados no folículo piloso, que é um tubo epidérmico, rodeado de nervos sensoriais, que concede sensibilidade às pressões exercidas no pelo. A base do folículo, chamada bulbo, se encontra na derme e produz sempre células novas, que à medida que vão subindo, recebem melanina (que dá a cor ao pelo, quanto mais melanina, mais escuro será) e queratina. Outras estruturas associadas ao folí- culo são: o músculo eretor do pelo (músculo liso que movimenta o pelo, deixando a pele arrepiada), as glândulas sebáceas (lubrifi- cam o pelo) e as glândulas sudoríparas. GLÂNDULAS SUDORÍPARAS 29 UNHAS ANATOMIA DA UNHA Possui formação semelhante à dos pelos. No entanto, as unhas nunca param de crescer enquanto que o folículo piloso em alguns momentos entra em repouso, reduzindo o crescimento dos pelos. A unha começa a ser formada na raiz, que fica cravada na pele, onde as células se multiplicam e vão emergindo. As células sinte- tizam queratina na região da cutícula, que é uma dobra de pele, e continuam seu movimento. Quando ficam expostas, as células já estão mortas, bastante achatadas e queratinizadas, constituindo a unha nas pontas dos dedos. As unhas podem oferecer um bom indício sobre a saúde da pes- soa. Elas podem ficar quebradiças, mais finas ou deformadas em situações de grande estresse, períodos de febre prolongados ou por uso de drogas ou medicamentos mais fortes. Auxiliam a proteger as extremidades dos dedos, área extremamente sensível e também auxiliam a agarrar os objetos. MOMENTO REFLEXÃO FIM DOS PROTOCOLOS NA ESTÉTICA 30 Agora vamos estudar a parte sensorial e cada um dos receptores. 31 RECEPTORES SENSORIAIS TIPOS DE RECEPTORES SENSORIAIS Receptores são terminações das fibras nervosas, mielínicas, algu- mas estão livres e associadas às células epiteliais, outras, encap- suladas. Há 7 tipos de receptores que percebem os estímulos do meio, levam ao sistema nervoso e devolvem as respostas senso- riais. São eles: • Discosde Merkel: ramificações das extremidades de fibras nervosas sensoriais, cujas pontas têm forma de disco e estão ligadas às células da epiderme. Captam estímulos contínuos de pressão e tato; • Corpúsculos de Meissner: são receptores encapsulados, de adaptação rápida (respondem ao estímulo no fim), percebem estí- mulos vibratórios, de pressão e de tato, localizados na superfície da derme; • Corpúsculos de Paccini: encapsulado, de adaptação rápida, sen- tem estímulos vibratórios rápidos e pressão, localizados na derme profunda; • Corpúsculo de Ruffini: encapsulado, de adaptação lenta (res- ponde ao estímulo continuamente), sentem a pressão e se locali- zam na derme profunda; • Bulbos de Krause: encapsulados e estão associados aos estímu- los de pressão, se localizam nas bordas da epiderme; 32 • Terminações dos Folículos Pilosos: são fibras sensoriais enroladas ao redor dos folículos, podem ser de adaptação lenta ou rápida; • Terminações Nervosas Livres: são ramificações de fibras mielínicas ou amielínicas não encapsuladas, são de adaptação lenta e transmitem informações de tato, dor, temperatura e propriocepção. Estão localizadas por toda a pele e em quase todos os tecidos do corpo. 33 ATENÇÃO Fizemos uma revisão básica principalmente da pele como um todo. Agora você está pronta para entender o porquê da proposta do fim dos protocolos na estética. A partir do estudo que vou apresentar das células, organelas, moléculas e átomos, você nunca mais vai querer aplicar um protocolo. Os protocolos são formatos obsoletos que simplesmente atuam no efeito, ou seja, não resolvem o problema. ESTRUTURA DA CÉLULA QUANTAS CÉLULAS FORMAM O CORPO HUMANO O corpo humano é constituído por uma quantidade enorme de células. As células são conside- radas a menor parte dos orga- nismos vivos, sendo, portanto, elementos estruturais e funcio- nais da vida. O corpo humano é pluricelu- lar (várias células). É formado por 10 trilhões de células que trabalham de forma integrada, onde cada célula possui uma função específica. Aqui está um dos maiores desafios de quem pretende ir além dos protoco- los estéticos, saber como plane- jar as ações que atuem de for- ma integrada, utilizando todos os recursos celulares em bene- fício do cliente. Afinal, ele tem problemas além dos de pele que também não são apenas ce- lulites ou gorduras localizadas. É importante analisar questões como nutrição, proteção, pro- dução de energia e até de repro- dução para ajudar o cliente. 34 A célula normalmente é com- posta das seguintes partes: NÚCLEO CELULAR: envolvido pela membrana nu- clear, o núcleo contém o mate- rial genético das células (DNA). CITOPLASMA: o citoplasma carrega o conteúdo celular de onde cada organela possui uma função vital. É constituído de hialoplasma, substância fluida e viscosa, região chamada citosol e de uma espécie de esqueleto que dá forma e sustenta as organelas, o citoesqueleto. MEMBRANA PLASMÁTICA: membrana fina e flexível com permeabilidade seletiva (regula a passagem e a troca de substâncias) que envolve as células. ORGANELAS CELULARES: as organelas são como peque- nos órgãos, cada uma possui uma função específica, dentre respiração, nutrição e excreção das células. São elas: mitocôn- drias, retículo endoplasmático, complexo de golgi, lisossomos, peroxissomos, centríolos e vacúolos, retículo endoplasmá- tico, complexo de golgi, lisos- somos, peroxissomos, centrío- los e vacúolos. ESTRUTURA CELULAR 35 Antes de falarmos sobre os tipos de células do corpo humano va- mos estudar um pouco sobre a função de algumas organelas celu- lares principalmente relacionadas ao envelhecimento Vamos iniciar o nosso estudo pelo DNA 36 O DNA (Ácido Desoxirribonucleico) é uma molécula normalmen- te presente no núcledas células de todos os seres vivos e que leva toda a informação genética de um organismo. Você deve estar se perguntando qual é a importância de saber so- bre o DNA em uma proposta que propõe o fim dos protocolos na estética. Qual a importância? As teorias modernas sobre envelhe- cimento versam que o envelhecer começa no DNA, mais precisa- mente nos telômeros. Já, já, você vai ter acesso a informações ex- tremamente importantes sobre envelhecimento. O DNA é constituído por uma dupla fita em forma de espiral (du- pla hélice), composta por nucleotídeos. ESTRUTURA DO DNA A molécula de DNA é constituída por três substâncias químicas: 1. Bases Nitrogenadas – Adenina (A), Timina (T), Citosina (C) e Guanina (G); 2. Pentose – Um açúcar que apresenta moléculas formadas por cinco átomos de carbono; 3. Fosfato – um radical de ácido fosfórico. 37 Os dois filamentos que formam o DNA enrolam-se um sobre o outro e unem-se através de pontes de hidrogênio, que se formam entre as 4 bases nitrogenadas dos nucleotídeos: • A - Adenina; • T - Timina; • C - Citosina; • G - Guanina. As pontes de hidrogênio são constituídas entre os pares de bases: A-T e C-G. Adenina com Timina e Citosina com Guanina. O DNA está tão comprimido no núcleo celular, que se fosse possí- vel esticá-lo, ele possuiria 2 metros de comprimento. Quaisquer formas de vida do planeta, com exceção de alguns ví- rus, têm suas informações genéticas codificadas na sequência das bases nitrogenadas do DNA. Os genes são unidades de carregam informa- ções hereditárias que constituem os cromos- somos, formados por sequências especiais de centenas ou milhares de pares de bases nitro- genadas (A-T ou C-G). São eles que definem tanto as características próprias da espécie humana, quanto as características próprias de cada indivíduo. Os genes determinam as sequências de aminoácidos que servem de base para a síntese de proteínas celulares. GENES ESTRUTURA DA MOLÉCULA DE DNA 38 Essas proteínas, via de regra enzimas, atuam na estrutura e nas funções metabólicas das células e, consequentemente, no funcio- namento de todo o organismo. CROMOSSOMOS As múltiplas sequências de DNA formam os cromossomos. O ser humano possui 46 cromossomos: 23 recebidos da mãe e 23 do pai. Cada par de cromossomos é composto de inúmeros genes. 39 GENOMA O Genoma é o total da informação hereditária codificada no DNA de um organismo ou no RNA, no caso dos vírus. É o conjunto de todos os genes de determinada espécie. A técnica de sequenciamento de DNA ou genoma é utilizada para determinar em que ordem as bases nitrogenadas (Adenina, Timi- na, Citosina, Guanina) se encontram no DNA. Sequenciar um genoma representa determinar a ordem em que as informações, ou seja, os genes, serão alocados no genoma, o que possibilita obter informações sobre a linha evolutiva dos organis- mos, podendo trazer novos métodos para avaliar disfunções ou promover procedimento efetivos. Agora que você entende um pouco mais do DNA, vou apresentar para você os telômeros, considerados por muitos a chave do en- velhecimento. Fique atenta as informações sobre esse tema, pois a Bioortomolecular tem ferramentas para preservar o encurtamento dos telômeros. O que é encurtamento dos telômeros? Você já vai entender. 40 Agora que você entende um pouco mais do DNA, vou apresentar para você os telômeros, considerados por muitos a chave do en- velhecimento. Fique atenta as informações sobre esse tema, pois a Bioortomolecular tem ferramentas para preservar o encurtamento dos telômeros. O que é encurtamento dos telômeros? Você já vai entender. 41 Os telômeros são a porção fi- nal da estrutura dos nossos cro- mossomos. A vencedora do Prêmio Nobel de Medicina em 2009, Elizabe- th Blackburn descreveu os te- lômeros como sendo as pontas de plástico dos cadarços de um tênis: estão ali para segurar e sustentar o resto daquele corpo.Quando se gastam, o cadarço se esgarça e desfia. O mesmo ocor- re com as células. Hoje, sabe-se que os processos inflamatórios podem influenciar no envelheci- mento precoce dos indivíduos. Estudos realizados na Univer- sidade de Bolonha, na Itália. Lá os cientistas da área trabalham com a teoria de que as inflama- ções crônicas que um indivíduo desenvolve ao longo da vida e que não são restauradas po- dem influenciar na sobrevida do mesmo. Ocorre que duran- te uma inflamação há um alto nível de multiplicação celular, e, conforme se replicam, as cé- lulas têm os telômeros desgas- tados a cada nova reprodução. Isso é conhecido como atrito telomérico. Quando ficam cur- tos demais, os telômeros sinali- zam para a célula que ela deve se encaminhar à morte celular. As pesquisas indicam quanto menor for o seu comprimento, mais morte celular haverá. Antes de continuarmos o assun- to sobre os telômeros, é impor- tante saber que a alimentação moderna é inflamatória, pois estimula o organismo a produ- zir citocinas inflamatórias. Você sabe como reduzir a inflamação do organismo das suas clien- tes? Detalhe, alguns protocolos estéticos não levam em conta ou muito menos se preocupam com o tema, estimulando enve- lhecimento tecidual. 42 O tamanho dos telômeros inter- vém exatamente no bom funcio- namento dos cromossomos. As pessoas com telômeros maio- res têm um risco menor de de- senvolver disfunções estéticas ou doenças que surgem com o envelhecimento. O questiona- mento que a Bioortomolecular faz, portanto, é: quais são os aparelhos, protocolos, e subs- tâncias utilizadas nos cosméti- cos que agridem os telômeros e que poderiam causar disfun- ções estéticas e terapêuticas? E quais protegem os telômeros e poderiam aumentar essa sobre- vida e adiar o envelhecimento? Hoje, no mercado da estética e das terapias há uma infinidade de aparelhos e cosméticos sem registros adequados. Sem falar naqueles procedimentos casei- ros que causam danos irrever- síveis. Também é importante frisar que existem aparelhos, cosméticos e suplementos que protegem o envelhecimento ou encurtamento dos telômeros. Ao preservar essas estruturas, seriam reduzidas as possibili- dades de surgirem disfunções, como por exemplo, a celulite que é uma inflamação que faz uma indução da replicação ce- lular – como os telômeros estão envolvidos com a replicação ce- lular, uma vez que se desgas- tam, podem começar a replicar células de forma errada, dando origem a problemas mais sérios. MOMENTO REFLEXÃO FIM DOS PROTOCOLOS NA ESTÉTICA Você ao aplicar os seus protocolos e procedimentos estéticos rea- liza algum teste que possibilita saber se o organismo está infla- mado ou não? 43 O envelhecimento pode ser observado nos níveis molecular, celu- lar e do organismo, do micro ao macro e também percebido a nível atômico. Um tecido com muitas células com telômeros encurtados, esse tecido começa a ter muita morte celular e entra em colapso, comprometendo sua função. Em disfunções estéticas como obesi- dade, foi observado que as células de uma pessoa jovem e saudá- vel, quando incubadas com o plasma de indivíduos com obesidade e perfil crônico pró-inflamatório, tornam-se células senescentes. Agora que já entendemos o que é DNA e principalmente a funções dos telômeros, vamos aprofundar nas células do corpo humano. E por que isso é importante? Lembre-se de que o nosso cliente é um todo e existe uma interação química entre as células dos diversos tipos de tecidos e órgãos. Se as células do sistema endócrino não funcionarem de forma adequada, pode, por exemplo, ocorrer acú- mulo de energia no tecido adiposo. MOMENTO REFLEXÃO FIM DOS PROTOCOLOS NA ESTÉTICA 44 O corpo humano é constituído por diversos tipos de células. São aproximadamente 130 tipos que se distinguem mediante suas for- mas e funções específicas. O agrupamento de células forma os tecidos. As células em maior quantidade no corpo humano são as células epiteliais, aquelas que envolvem o corpo e os órgãos. Saiba mais sobre: Dentre as células que fazem parte do corpo humano temos: Diferentes tipos de células do corpo humano. Agora vamos entender para que serve cada célula ...... CÉLULAS DO CÉREBRO Formado por milhões de células, o cérebro é constituído por diver- sos tipos delas, a saber: • A MICRÓGLIA: defesa do sistema nervoso; • A CÉLULA DENDRÍTICA: células imunes que transportam antígenos; • O NEURÔNIO: transmissão de mensagens; • A CÉLULA DE SCHWANN: produção de mielina que auxiliam na produção dos impulsos nervosos. Os neurônios necessitam de muito oxigênio para funcionarem, portanto são as primeiras células do corpo à morrerem com a falta de oxigênio TIPOS DE CÉLULAS DO CORPO HUMANO 45 O sangue humano é composto por diversos tipos de células, cada qual com a sua função. As mais importantes são: • As hemácias chamadas de glóbulos vermelhos ou eritrócitos (transporte de oxigênio); • Os leucócitos ou glóbulos brancos (atuam no sistema imunológico do corpo na medida em que combate e eliminam micro-organismos); • Os trombócitos ou plaquetas (coagulação sanguínea). CÉLULA DOS OSSOS Os ossos são constituídos por células chamadas de: • Osteócitos (secreção de substâncias); • Osteoclastos (grande célula com vários núcleos responsável pela reabsorção e remodelação do tecido ósseo); • Osteoblastos (síntese de componentes orgânicos). As células que compõem os músculos podem ser chamadas de cé- lulas musculares, fibras musculares ou miócitos (mio = músculo). Juntas, elas formam feixes de células que são envolvidas por teci- do conjuntivo CÉLULAS DO SANGUE CÉLULAS DOS MÚSCULO 46 As células epiteliais estão presentes nos epitélios re- vestindo o corpo externamente na pele, e interna- mente em diversos órgãos. São células que possuem formas diferentes que podem ser achatadas, cúbicas ou colunares. As células epiteliais da córnea são as últimas células do corpo hu- mano a morrerem, visto que necessitam de menos oxigênio para realizar suas funções. CÉLULAS SEXUAIS Compare a diferença de tamanhos. O óvulo é a maior célula humana, gameta sexual feminino. As mulheres nascem prontamente com todos os seus óvulos, que começam a amadurecer na época da puberdade, cujo sinal é a primeira menstruação. A soltura dos óvulos acaba com a menopausa. Em contrapartida, as menores células são os espermatozóides, que nos homens são produzidos a partir da puberdade e continua ao longo da vida, embora diminua em idade mais avançada. CÉLULAS EPITELIAIS 47 Agora vamos entender os 08 SUPER PODERES DAS CÉ- LULAS e como utilizar esses poderes para personalizar o atendimento das nossas clien- tes: As células são a menor parte dos organismos vivos. Em nos- so corpo existem mais de 10 tri- lhões de células! E a título de informação para cada 1 célula existem 10 microrganismos no corpo humano. Além das características consi- deradas pela Citologia, existem alguns “superpoderes” que destacam as células como uma das estruturas mais fascinantes da ciência e que despertam o interesse de muitos estudiosos. Milhares de células como essas formam o nosso organismo 01. FATOR DE CURA As tão célebres células-tronco são capazes de se transformar em qualquer célula do corpo, inclusive neurônios, podendo se replicar várias vezes. Elas também podem ser programa- das para realizar funções espe- cíficas. Esse “superpoder” de transfor- mação e multiplicação simboli- za a possibilidade de cura para várias doenças. Acredita-se que as células-tronco do cordão um- bilical podem auxiliar no trata- mento de mais de 80 doenças. 02. SUPER ORIENTAÇÃO As células entendem para onde devem ir.Pesquisas científicas demonstraram que os leucóci- tos, células de defesa do orga- nismo, tendem a se movimen- tar para a esquerda. O centríolo seria a organela responsável por diferenciar as direções. Isso pode representar que as células sabem para onde devem se des- locar, mesmo na ausência de es- tímulos externos. 03. MORTE PROGRAMADA A morte programada, também identificada como apoptose, serve para eliminar células su- pérfluas ou defeituosas. É um processo de “suicídio progra- mado” que tem relação com o metabolismo celular e doenças. 48 A morte programada das célu- las é um processo rápido que leva até três horas para ser fi- nalizado. Se não fosse esse pro- cesso, nosso organismo estaria acumulando células sem fun- ção. 04. AUTO SACRIFÍCIO EM DEFESA DO ORGANISMO Como um bom super héroi, as células podem se sacrificar para manter o bom funcionamento do organismo, o nome científi- co é autofagia. Os neutrófilos, células de defesa do organismo, podem fagocitar corpos estra- nhos, como bactérias. Entretan- to, eles lançam substâncias que atacam os agentes estranhos e a eles próprios. Esse “superpoder” é um tipo de morte celular programada. Po- rém, nesse caso, a célula mata e morre. 05. INCRÍVEL RENOVAÇÃO DO ORGANISMO A regeneração é o método pelo qual as células que morrem são substituídas por outras do mes- mo tecido. A maioria das célu- las do nosso corpo são renova- das durante a vida. Por exemplo, as células da pele são constantemente substituí- das. Ao machucarmos a pele, com um arranhão ou um corte, as células imediatamente en- tram em ação para fazer a rege- neração. As células do fígado também são constantemente renovadas. Elas vivem aproximadamente três meses e são substituídas. Esse “superpoder” de renova- ção das células garante a inte- gridade do nosso organismo. 06. IMORTALIDADE Algumas células não morrem. Trata-se de uma linhagem de células imortais, denominadas de células HeLa. Saiba como se chegou a elas: Em 1951, Henrietta Lacks foi encaminhada ao hospital com câncer de colo de útero. Porém, as suas células tumorais mul- tiplicavam-se muito mais rapi- damente do que qualquer outro tipo de câncer. 49 Sem o consentimento de Hen- rietta, o médico retirou um pe- daço do tecido e o cultivou em laboratório. Ela acabou falecen- do por conta do câncer. Entre- tanto, suas células continuaram a ser cultivadas e foram distri- buídas em vários laboratórios de todo o mundo. Atualmen- te, não se sabe ao certo quantas células desta linhagem ainda existem, mas são por volta de bilhões. A partir do estudo das células HeLa foi criada a vacina para a poliomielite. Elas também possibilitaram descobertas na área da virologia, AIDS, câncer, doença de Parkinson e tubercu- lose. 07. CONTROLE DO ENVELHECIMENTO A extremidade dos cromosso- mos contêm os telômeros que nós já estudamos, mas vale res- saltar, o telômero contribui para a integridade do material gené- tico. Pesquisadores acreditam que ao nascermos os telômeros tem um tamanho definido que vai diminuindo com as divisões celulares da célula ao longo da vida. Assim, o envelhecimento esta- ria relacionado com o encurta- mento dos telômeros. Isso indi- ca que o nosso tempo de vida vai passando ao longo dos anos e também nas pontas dos cro- mossomos. 08. SUPERDEFESA DO ORGANISMO A defesa do nosso organismo é zelada por um exército de célu- las sempre a postos para entrar em ação. Em nosso corpo, há diversos ti- pos de células de defesa, como se fossem soldados, represen- tando a linha de frente da de- fesa do organismo. Cada célula atua em momentos específicos e com ações definidas. Os leucócitos sabem onde estão as reações inflamatórias no or- ganismo e migram para esse lo- cais. Os macrofágos e neutrófi- los eliminam a maior parte dos invasores, por fagocitose. 50 Agora que já conhece os superpoderes das nossas células, você sa- beria como relacionar e utilizar essas características celulares nos seus procedimentos estéticos? Ao estudarmos a tabela periódica, ou melhor, a física atômica, vamos descobrir uma série de elementos químicos que podem es- timular ou frear vários processos celulares citados acima. Os me- tais pesados como o mercúrio são neurotóxicos e podem acumular no tecido adiposo, pois são lipossolúveis. Por exemplo, algumas das suas clientes podem não perder peso ou reduzir gordura loca- lizada por estarem com excesso de mercúrio. Você tem acesso alguma ferramenta para identificar se a cliente pode estar contaminada por mercúrio? Qual importância de saber avaliar e neutralizar metais pesados como o mercúrio? Muitas clientes não reduzem gordura localizada ou peso por estarem con- taminadas por metais pesados. Lembre-se de que o tecido adiposo faz parte do sistema de proteção do corpo. Na Bioortomolecular, temos uma ferramenta exclusiva para medir as probabilidades de contaminação por metais pesados. Mas isso é assunto para mais adiante. Agora vamos entender um pouco mais sobre moléculas. MOMENTO REFLEXÃO FIM DOS PROTOCOLOS NA ESTÉTICA 51 A molécula é uma associação estável de dois ou mais átomos iguais ou diferentes unidos através de ligações covalentes. Resumidamente, podemos de- fini-la como um agrupamento de átomos. Elas são eletricamente neutras, mas por serem constituídas por átomos apresentam elétrons, prótons e nêutrons. Assim, exis- tem dois tipos de moléculas: • Moléculas Polares: na qual há diferença de eletronegatividade entre os átomos, apresentando um polo positivo e outro polo negativo. Acontece em quase todas as moléculas orgânicas que apresentam átomos diferentes do carbono e hidrogênio. • Moléculas Apolares: não apresenta diferença de eletronegatividade entre os átomos. Ocorre apenas em moléculas c o m carbono e hidrogênio, como os hidrocarbonetos. As moléculas podem ser de- monstradas através de fórmu- las químicas que indicam o nú- mero e a proporção de átomos encontrados. Enquanto a fórmula molecu- lar caracteriza os átomos e suas quantidades, a fórmula estru- tural mostra como os átomos estão arranjados no espaço. MOLÉCULAS 52 Contemple uma gota de água. Ela pode ser separada em muitas, cada uma dessas gotículas pode ser dividida em muitas outras. Se houver a divisão da molécula da água, veremos que é formada de três partes: dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, liga- dos entre si. Aqui vale ressaltar para você, profissional, que 70% do nosso cor- po é formado por água. MOLÉCULA DE ÁGUA 53 Qual água você e suas clientes estão ingerindo? Pois água não é tudo igual. Águas que estão em embalagens plásticas podem estar contaminadas por Bisfenol A. Observe a molécula de Bisfenol A(BPA), ela é considerada um dos agentes mais perigosos para saúde, tanto que existe uma lei dizen- do que chupeta e mamadeira têm que estar livre de BPA. E muitas águas estão contaminadas pelo Bisfenol A . Qual a influência disso para estética? Maioria dos plásticos libera compostos parecidos com hormônios, o que pode enganar o organismo e trazer disfunções estéticas como celulite, gordura localizada e flacidez. Pesquisa revela que mesmo os plásticos classificados como livres de bisfenol BIA (BPA free) podem liberar substâncias danosas Endocrinologistas e pesquisadores vêm analisando a possibilidade de certos compostos químicos interferirem no funcionamento do MOMENTO REFLEXÃO FIM DOS PROTOCOLOS NA ESTÉTICA 54 nosso organismo. Exemplos nes- se sentido são os diversos tipos existentes de bisfenóis. Os bis- fenóis são compostos químicos utilizados na fabricação de plásticos, tintas e resinas muito presentes em embalagens de alimentos, recipientesplásticos usados na cozinha, revestimen- tos interno de latas de alumínio, escovas de dente, na composição de papéis termossensíveis, como extratos e comprovantes bancá- rios e muitos mais. Depois da polêmica causada pela divulgação dos danos à saúde causados pelo bisfenol A e do posicionamento da Socieda- de Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) contra a utilização dessa substância, sua utilização pela indústria foi re- gulamentada e esse tipo de bis- fenol foi banido em mamadeiras e limitado a certos quantidades em outros produtos, de acordo com a resolução RDC n° 41, de setembro de 2011. Contudo, para substituí-lo, o mercado desenvolveu novos ti- pos que podem ser tão ou mais prejudiciais que são emprega- dos sem regulamentação algu- ma. Para saber mais sobre esse assunto confira a matéria “BPS e BPF: alternativas ao BPA são tão ou mais perigosas”. EFEITOS NOCIVOS Estudos apontam que os bisfe- nóis podem imitar o comporta- mento de hormônios no orga- nismo, desregulando o sistema endócrino de pessoas e animais, o que os caracteriza como dis- ruptores endócrinos. Momento reflexão Fim dos pro- tocolos Estéticos. Você realiza o melhor protocolo para reduzir gordura localizada e celulite e a cliente por não saber acaba in- gerindo uma série de disrupto- res endócrinos. Você sabe como amenizar os efeitos acumulati- vos ou neutralizar parte desses males causados por essas subs- tâncias? É importante esclarecer que mesmo em pequenas quantidades de exposição, os bisfenóis podem causar altera- 55 ções do sistema imunológico, aumento dos testículos, diabe- tes, hiperatividade, infertilida- de, obesidade, puberdade pre- coce, câncer da mama, síndrome dos ovários policísticos, abortos, entre outras complicações. Especialistas estimam que uma pessoa ingira, em média, até 10 mg de bisfenol A por dia, que são liberados a partir de copos descartáveis, garrafinhas e ga- lões de água, escovas de dentes e outros produtos plásticos. Essa quantidade contraria a recomen- dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que considera uma dose de 0,6 mg por quilo de alimento dessa substância não prejudicial à saú- de. No entanto, alguns especia- listas afirmam que esse compo- nente pode permanecer no corpo humano por um longo período, podendo provocar, com isso, um efeito acumulativo. COMO FUNCIONAM OS DIS- RUPTORES ENDÓCRINOS Os bifenóis são apontados como moléculas instáveis e com facilidade de transferir dos produtos para os alimentos apenas com mudanças de temperatura ou danos à embalagem. Quando o produto que contém bisfenol é expos- to ao sol, aos raios ultravioleta e infravermelho ou tem conta- to com álcool, o “hormônio” é liberado. Desse modo, quando uma vasilha plástica é colocada no micro-ondas ou contém um alimento quente, ocorre uma in- tensa transferência de bisfenóis com lixiviação química (retira- da de uma substância presen- te em componentes sólidos por meio da sua dissolução num lí- quido) 55 vezes mais rápida do que quando é um alimento frio é armazenado nela. O mesmo ocorre quando essa vasilha é la- vada com agentes de limpeza ou detergentes agressivos ou ainda colocada com frequência na má- quina de lavar. 56 DICAS PARA REDUZIR A EXPOSIÇÃO AOS BISFENÓIS NÃO ESQUENTE NO MICRO-ONDAS Evite utilizar plástico como recipiente para esquentar bebidas e alimentos, pois o bisfenol A é liberado em maiores quantidades quando o plástico é aquecido. Evite refrigerantes e águas minerais engarrafadas em recipientes plásticos EVITE O FREEZER Alimentos e bebidas guardadas em plástico no freezer não é uma boa; a liberação do composto também é mais intensa quando o plástico é resfriado. Evite pratos, copos e outros utensílios de plástico Opte por vidro, porcelana e aço inoxidável na hora de armazenar bebidas e alimentos. UTENSÍLIOS QUEBRADOS Evite utilizar utensílio de plástico que estejam lascados, arranha- dos ou amassados. Tente não lavá-los com detergentes fortes ou colocá-los na máquina de lavar louças. 57 SAÚDE Evite alimentos industrializados e muito processados, priorize os alimentos in natura. Além de serem mais frescos e saudáveis por si, os alimentos frescos ficam menos tempo em contato com plás- tico. Para saber mais sobre esse tema confira nossa matéria “Ali- mentos in natura, processados e ultraprocessados: conheça-os e entenda as diferenças”. Se possível, consuma orgânicos. Você pode encontrá-los no Mapa de Feiras Orgânicas. Vamos continuar o momento reflexão sobre disruptores endócri- nos. Você sabia que muitos cosméticos utilizados podem estar engor- dando você e as suas clientes? 58 OS PERIGOS DOS PETROLATOS E SILICONES NOS PRODUTOS COSMÉTICOS O que são os petrolatos? O Petrolatum ou Petroleum Jelly, famoso no Brasil como vaselina (e atualmente tam- bém chamado de petrolato), é decorrente de petróleo. O Petrolatum é obtido a partir de uma série de purificações do petróleo bruto, da mesma forma que são obtidos outros derivados do petróleo como a parafina sólida ou cera mine- ral (INCI: Paraffin), a parafina líquida ou óleo mineral (Mi- neral Oil), a cera microcrista- lina (Microcrystalline Wax), a ozoquerita (Ozokerite), as iso- parafinas, o isododecano (Iso- dodecane) e outras parafinas (hidrocarbonetos em geral). Podem se apresentar na forma líquida ou semi-sólida. São uti- lizadas na composição de inú- meros produtos da indústria cosmética, denominados nos ró- tulos como óleo mineral, vaseli- na, parafina líquida, petrolatum, petróleo liquefeito, óleo de para- fina, entre outros. Existem também os silicones, derivados da sílica, um produto sintético, que também é bastante utilizado na indústria cosmética com o intuito de aumentar emo- liência. Os perigos do uso dos petro- latos nos cosméticos Ambos podem comprometer a saúde e estética. Os petrola- tos não apresentam nenhum benefício de hidratação. São utilizados na indústria cosmética por serem muito baratos e servirem de emolientes em seus produtos. Eles só enganam por curto período sobre a eficácia de seu uso, dando um falso brilho a pele.Porém, a médio e longo prazo são prejudiciais, acumu- lando-se nos tecidos, gerando flacidez, acúmulo de gordura lo- calizada e celulite. ATENÇÃO 59 • PARAFINUM LIQUIDUN ( Parafina Líquida) • MINERAL OIL (Óleo Mineral) • PETROLATUN (Petrolato) • ISOPARAFIN ( Isoparafina) • VASELIN (Vaselina) • DODECENO (Dodecano) • c13-14 c12-20 ISOPARAFIN • HYDROGENATED POLYSOBUTENO • ALKANE Petrolatos e meio ambiente ATENÇÃO LISTA DE NOMES DO PETROLATO NA COMPOSIÇÃO 60 Derivados de petróleo ( Petrolatum) tem um impacto terrível so- bre o meio ambiente . Se você se preocupa com o meio ambiente e quer manter um planeta saudável para as próximas gerações, talvez seja melhor dar preferência a ingredientes que sejam mais facilmente renováveis, como os géis, óleos e manteigas vegetais. Então, fica a dica: a opção mais saudável sempre é utilizar os pro- dutos que têm géis a base de água, óleos vegetais em sua compo- sição, por possuírem ativos e propriedades muito ricas e não pre- judicarem a saúde e o meio ambiente. E você já percebeu a presença dessa substância nos produtos que você utiliza? Viu? Não basta seguir protocolos proposto por em- presas é preciso conhecer a composição química. Você vai ficar surpresa com a quantidade de produtos com moléculas de petró- leo (petrolatos). 61 Agora o nosso próximo passo é estudar sobre tabela periódica, vou passar para você informações extremamente relevantes a que você nunca teve acesso. O modelo de tabela periódica que conhecemos atualmente, foi pro- posto peloquímico russo Dmitri Mendeleiev (1834-1907), no ano de 1869.O objetivo fundamental de criar uma tabela foi para faci- litar a classificação, a organização e o agrupamento dos elementos químicos conforme suas propriedades. Muitos estudiosos já tentavam organizar estas informações e, por- tanto, muitos modelos anteriores foram apresentados. Vamos aprender a interpretar e aplicar a tabela período a nossa realidade. Observe a flecha, ela está direcionada para a família dos alógenos na tabela periódica. A família dos alógenos é composta 62 63 Vamos aprender a interpretar e aplicar a tabela período a nossa realidade. Observe a flecha, ela está direcionada para a família dos alógenos na tabela periódi- ca. A família dos alógenos é com- posta pelo flúor, cloro, bromo e iodo. E você deve estar se per- guntando: “e eu com isso?” Calma você já vai entender. O iodo exerce muitas funções em nosso organismo, tanto que existe uma lei obriga a adição de iodo ao sal de cozinha. O porquê da lei? O solo do Bra- sil é pobre em iodo, assim, em 1953, passou a ser obrigatório o acréscimo de iodo ao Sal. Antes da adição de iodo tínha- mos quase 20% de casos de Bó- cio no país. O iodo é vital para o bom funcionamento da glându- la tireoide Ela é uma das maio- res glândulas do nosso corpo e seus dois hormônios (T3 e T4 - ) atuam em quase todos os teci- dos do organismo, regulando o crescimento das crianças e adolescentes, ciclos menstruais, peso, funções cerebrais, contro- le emocional, movimentação dos órgãos internos, entre di- versos outros. Vamos olhar novamente para a família dos alógenos. Se você observar na tabela periódica, os elementos flúor, cloro e bromo vêm antes do iodo. Isso quer di- zer que eles têm um peso mo- lecular mais leve que o iodo. E daí? Calma você já vai entender. O problema é que nós consumi- mos águas cloradas, escovamos os dentes com creme dental que tem flúor e comemos pães e massas com bromo. Esses ele- mentos acabam por ocupar o sítio ativo do iodo, podendo causar algo que eu batizei de hipotireoidismo energético, ou seja, a pessoa tem a quantidade ideal de iodo, os níveis de t3 e t4 estão normais, mas ela tem sinais e sintomas de hipotireoi- dismo, como aumento de peso, sonolência e tristeza, sendo es- ses poucos dos muitos exem- plos que posso dar. 64 Quantas das suas clientes podem estar com sobrepeso, obesas ou com acúmulo de tecido adiposo por esse motivo? Sabe aquela cliente que nada a faz emagrecer? Já tentou exercícios, mudou há- bitos alimentares e etc. É importe o profissional saber avaliar e o melhor amenizar os efeitos do consumo do cloro, flúor e bromo. Vamos continuar analisando a tabela periódica. Agora vamos aprender sobre metais pesados Metais pesados são metais quimicamente e altamente reativos e bioacumulativos, ou seja, o organismo não é capaz de eliminá-los. São definidos como um grupo de elementos situados entre o cobre e o chumbo na tabela periódica. Esses metais são provenientes de atividades como a mineração, de indústrias de galvanoplastia, e do despejo de efluentes domés- ticos. Quando metais são lançados como resíduos industriais, na água, no solo ou no ar, esses elementos podem ser absorvidos pe- los vegetais e animais das proximidades, provocando graves into- xicações ao longo da cadeia alimentar. MOMENTO REFLEXÃO FIM DOS PROTOCOLOS NA ESTÉTICA 65 Vamos identificar na tabela periódica o mercúrio para entender- mos melhor o impacto que ele pode causar principalmente na saú- de e beleza. Mercúrio pode se concentrar em diversas partes do corpo, como por exemplo, pele, cabelo e glândulas sudoríparas e salivares, sis- tema digestivo, pulmões, fígado, rins, aparelho reprodutivo e cé- rebro causando inúmeros problemas de saúde O mercúrio é lipossolúvel, ou seja, ele possui afinidade por teci- do adiposo, ou melhor, adipócitos. Se você leu o material desde o início, sabe que uma das funções do tecido adiposo é de proteção. Nesse caso, o tecido adiposo vai reter o mercúrio. Quanto maior a contaminação por mercúrio, maior vai ser o acúmulo de tecido adiposo. E a razão disso é porque o mercúrio é neurotóxico. 66 Você sabe me dizer quantas clientes em quem você já realizou pro- cedimentos para redução de gordura localizada que poderiam es- tar contaminadas com mercúrio? Você já percebeu que não basta aplicar o protocolo de redução de medidas, que precisa saber um pouco mais de elementos químicos, tabela periódica, metais pesados. E para completar esse conheci- mento vou explicar para você sobre os radicais livres. MOMENTO REFLEXÃO FIM DOS PROTOCOLOS NA ESTÉTICA RADICAIS LIVRES Na Bioortomolecular, damos atenção especial ao tema radi- cais livres e antioxidantes, mas você sabe o que eles são? Radicais livres são átomos ou moléculas que, por terem um elétron não pareado em sua es- trutura química, acabam atrain- do elétrons de outras molécu- las para equilibrar a sua última camada de valência. Qual o problema? Problema é que em situações de grande stress oxi- dativo reações em cascata ocor- rem, ou seja, um desequilíbrio enorme que pode causar uma série de disfunções e envelheci- mento precoce. Os radicais livres são substân- cias formadas a partir do oxi- gênio — e por isso também são chamadas de espécies reativas de O2 — que quando em exces- so estão relacionadas a algumas disfunções. 67 Isso porque o oxigênio é essen- cial para a vida, assim como os radicais livres também são. O excesso dessas moléculas em nosso organismo causa o que chamamos de estresse oxida- tivo. Na prática, isso significa que há muito radical livre para pouco antioxidante ou anti-ra- dical livre. Os antioxidantes possuem a função de neutra- lizar os radicais livres. O pro- blema é que hoje existem mais radicais livres do que anti-radi- cais livres. Você já vai entender melhor o assunto. Para neutralizar o excesso de ra- dicais livres, o organismo conta com a ação de enzimas, como o superóxido dismutase que re- duz com o passar dos anos ou com stress da vida moderna, e, então, os ditos “radicais li- vres” aumentam e atuam mais intensamente. Alimentos que contêm propriedades antioxi- dantes como o beta-caroteno e as vitaminas C e E e o selênio, deveriam, contudo, retardar esse processo, neutralizando e varrendo do organismo os tais radicais livres. O mamão, a la- ranja, a cenoura, a cebola, o mo- rango e o espinafre estão entre eles. Antigamente tínhamos uma boa quantidade de antioxidantes nos alimentos. Os estudos apontam que a quantidade de anti-radi- cais livres diminui a cada ano. Esse fenômeno ocorre pelo uso indiscriminado de agrotóxicos, pesticidas nas plantações, sem falar na industrialização da ali- mentação que adiciona aditivos químicos como corantes, acidu- lantes, espessantes e ainda há os alimentos transgênicos e as gorduras trans. 68 Outra informação importante é sobre a energia dos alimentos ou elementos químicos. Vou utilizar o exemplo do ferro. O ferro tem objetivo de carrear oxigênio até as células para que na mitocôndria ocorra a produção de ATP (trifosfato de adenosina), energia Bio-celular. A energia Bio-celular é utilizada pelas células nos processos de manutenção de homeostase celular e na produção dos seus substratos. Nós comemos, por exemplo, o feijão que tem ferro, para que o processo acima ocorra. O problema é que o processo de cozimento do feijão dispersa as cargas elétricas do ferro e nós comemos um feijão que tem ferro, mas não tem a energia ou elétrons do ferro. MOMENTO REFLEXÃO FIM DOS PROTOCOLOS NA ESTÉTICA Se pensarmos, a maioria dos procedimentos estéticos causam um aumento da vascularização. O objetivo de aumentarmosa vas- cularização local é aumentar o aporte de oxigênio e nutrientes na região para que ocorra o efeito desejado. Agora, se a alimentação das nossas clientes está pobre em micronutrientes e antioxidan- tes e tem excesso de radicais livres, conservantes, gordura trans e açúcares, nós vamos atingir o objetivo do protocolo proposto? Na verdade, nós podemos estar estimulando a cronificação das disfunções que tínhamos a proposta de reduzir. Na Bioortomole- cular, temos ferramentas exclusivas que podemos identificar pos- síveis desequilíbrios entre radicais livres e anti-radicais livres. Outra informação importante é sobre a energia dos alimentos ou elementos químicos. Vou utilizar o exemplo do ferro. O ferro tem objetivo de carrear oxigênio até as células para que na mitocôndria ocorra a produção de ATP (trifosfato de adenosina), energia Bio- -celular. A energia Bio-celular é utilizada pelas células nos proces- sos de manutenção de homeostase celular e na produção dos seus substratos. Nós comemos, por exemplo, o feijão que tem ferro, para que o processo acima ocorra. O problema é que o processo de cozimento do feijão dispersa as cargas elétricas do ferro e nós comemos um feijão que tem ferro, mas não tem a energia ou elétrons do ferro. 69 MOMENTO REFLEXÃO FIM DOS PROTOCOLOS NA ESTÉTICA Qual o problema de consumirmos ferro sem energia? O problema é que esse ferro não vai transportar oxigênio, sem transporte de oxigênio não há produção de energia Bio-celular. Sem energia, as células envelhecem, morrem mais cedo e ainda não produzem os seus substratos. Por exemplo, você está realizando um protocolo para combater a flacidez tissular da sua cliente, e essa cliente in- felizmente está no processo acima. O fibroblasto dela não vai ter energia suficiente para produzir colágeno e não ocorre a melhora. Você sabe como identificar e resolver esse problema? Agora, você entende porque muitas clientes não têm resultados satisfatórios com os protocolos apresentados no mercado da estética, pois eles simplesmente atuam no efeito e não na causa do problema. Entenda que disfunções como hipercromias, acne, queda de cabelo, flacidez tissular e muscular, celulite, gordura localizada, estrias, obesidade e outras são efeitos dos desequilíbrios entre elementos químicos, átomos, moléculas, contaminação por metais pesados, falta de energia, excesso de radicais livres e hormônios catabóli- cos como cortisol. As tecnologias acima são maravilhosas e dão resultados. O pro- blema é que muitas profissionais seguem protocolos que não le- vam em consideração, por exemplo, que uma cliente contaminada por mercúrio não terá o resultado desejado ou uma cliente com sítio ativo do iodo ocupado por substâncias como flúor, cloro e bromo não vai reduzir o acúmulo de gordura localizada. 70 NOTAS FINAIS Diante de todo conteúdo que você acabou de estudar, acredito que agora, você vai olhar o sua cliente com outros olhos, não é fácil, mas é extremamente importante fazer a ligação de todos os pon- tos que você aprendeu aqui nesse e-book. Todo o meu conteúdo, formações e cursos, são voltados para trei- nar profissionais da saúde, beleza e bem estar a personalizar os resultados para cada cliente. Isso irá fazer de você uma profissio- nal diferenciada, única, a ponto de não conseguirem te comparar com mais ninguém. Agradeço muito por você ter chegado até aqui, espero que este ma- terial possa ter te proporcionado novos horizontes, e se você ainda não me segue nos canais sociais vou deixar todas elas aqui abai- xo, porque minha missão é ajudar profissionais da saúde, beleza e bem estar, conquistarem resultados acima da média, serem bem sucedidas e realizarem seus sonhos e objetivos profissionais. Um forte abraço e nos vemos em breve! @professoredjasto /professoredjasto professoredjasto
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