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Neoplasias malignas do estômago


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Fisiopatologia 
Neoplasias do estômago 
Adenocarcinoma 
- Neoplasia mais frequente e importante do 
estômago
- Possui etiologia multifatorial (resulta da 
interação de fatores ambientais e do 
indivíduo)
- É a doença na qual células malignas (câncer) 
se formam no revestimento do estômago
- É mais comum em homens 
- Pode ocorrer em decorrência da infecção 
por cepas virulentas de H.pilory
Fatores que influenciam 
Patogênese 
1- H.pylori 
2- Gastrite crônica 
3- Atrofia com redução de HCL
4- Metaplasia intestinal 
5- Displasia 
6- Adenocarcinoma 
 OU
1- Dieta com aumento de compostos 
mutagênicos 
2- Mutações 
3- Metaplasia ou displasia intestinal 
4- Adenocarcinoma 
Características clínicas 
- Dispepsia (desconforto em sensação de 
queimação e inchaço na área superior do 
abdômen)
- Disfagia (dificuldade de deglutição) 
- Náuseas 
- Perda de peso 
- Anorexia 
- Hábitos intestinais alterados 
- Anemia 
- Hemorragia 
Microscopia 
- Os adenocarcinomas gástricos são 
classificados de acordo com a classificação 
de Laurén em :
A) Carcinoma intestinal 
. Características = formação de estruturas 
glandulares irregulares, com células aderidas 
umas as outras 
. Decorre de múltiplos fatores (infecção por 
H.pylori + predisposição genética + fatores 
ambientais) 
. Marcadores = mutação do gene da wnt/β-
catenina e alterações em outros genes (BAX, 
TGFβRII, p16/INK4a)
Fisiopatologia 
B) Carcinoma difuso 
. Características = presença de células 
isoladas/individuais/pouco diferenciadas que 
produzem mucina e de anel de siscete (núcleo 
na periferia. Não há formação de estruturas 
glandulares 
. Marcadores = mutações no gene da E-
caderina (CDH1)
* Tipo intestinal X Tipo difuso 
Macroscopia 
- Os adenocarcinomas gástricos são 
classificados de acordo com a classificação 
de Borrman em :
A) Tipo I = tumor vegetante, se localiza em 
direção á luz, é frequente no carcinoma 
intestinal 
B) Tipo II = tumor ulcero-vegetante, possui 
bordas proeminentes, é frequente no 
carcinoma intestinal 
C) Tipo III = tumor ulcero-infiltrativo, se 
dissemina, é frequente no carcinoma difuso 
D) Tipo IV = tumor infiltrativo difuso, possui 
parede com textura alterada, é frequente 
no carcinoma difuso 
Fisiopatologia 
Linfoma MALT 
- Embora os linfomas extranodais possam 
surgir em praticamente todos os tecidos, 
eles ocorrem mais comumente no estômago
- Ocorre em decorrência da infeção pelo 
H.pylori, o qual gera um estado inflamatório 
crônico 
- Resulta de translocações cromossômicas
- Mudanças genéticas adicionais, como a 
inativação dos genes supressores de tumor 
que codificam p53 e p16, podem levar à 
transformação do linfoma MALT gástrico em 
grandes linfomas difusos de células B 
agressivo
- Marcadores = CD20 e CD19
Patogênese 
1- Translocação C (11,18) (q21, q21) 
2- Fusão de dois genes (AP1-2/MLT) 
3- Expressão constitutiva da proteína MALT1
4- Aumento da sinalização pelo NF-KB (o qual 
tem relação com o aumento da sobrevida e 
proliferação de linfócitos) 
Microscopia 
- Linfócitos difusos e ninhos epiteliais 
- Lesão linfoepitelial 
- Proliferação de células da zona marginal 
(semelhantes a linfócitos pequenos) e 
centrócitos ou células monocitoides
- Pode haver diferenciação celular para 
plasmócitos
Fisiopatologia 
Macroscopia 
- Nódulos difusos na parede da mucosa 
Tumor carcinóide 
- É um tumor de células neuroendócrinas 
- Pode estar associado á hiperplasia de 
células endócrinas, gastrite atrófica crônica 
autoimune, neoplasia endócrina múltipla tipo 
I e síndrome de Zollinger-Ellison
- Surge de componentes difusos do sistema 
endócrino 
- Marcadores = sinaptosfisina e cromogramina 
A 
Patogênese 
1- Gastrite autoimune 
2- Hipocloridria 
3- Estimulação excessiva das células G
4- Hiperplasia neuroendócrina
Microscopia 
- Presença de ilhas/trabéculas/ninhos de 
células uniformes com citoplasma granular 
rosado e envoltas por tecido conjuntivo 
(reação desmoplásica) 
Macroscopia 
- Presença de massa intramurais que criam 
pequenas lesões polipoides, amarelas ou 
castanhas e firmes 
Características clínicas 
- Estão associadas aos hormônios produzidos 
e á localização do tumor carcinoide 
(intestino médio ou intestino anterior) 
* Tumores carcinoides do intestino anterior = 
encontrados no estômago, duodeno (próximo 
ao ligamento de Treitze) ou no esôfago, 
raramente dão metástases e são geralmente 
curados pela amputação
* Tumores carcinoides do intestino médio = 
surgem no jejuno ou no íleo, são 
frequentemente múltiplos e tendem a ser 
agressivos
Fisiopatologia 
Tumor estromal gastrointestinal 
- É caracterizado pela proliferação de células 
intersticiais de cajal e mutações KIT ou no 
receptor X do fator de crescimento derivado 
de plaquetas 
- Marcador = c-KIT 
Microscopia 
- Presença de células fusiformes ou 
epitelióides (ou ambos) 
Macroscopia 
- Massa carnosa, bem cinzenta, circunscrita e 
solitária coberta com mucosa intacta (ou 
ulcerada) 
- As metástases podem tomar forma de 
múltiplos nódulos serosos por toda a 
cavidade peritoneal
Características clínicas 
- Perda sanguínea 
- Anemia e sintomas relacionados
* O prognóstico se correlaciona com o tamanho 
tumoral, o índice mitótico e a localização
Referências 
- Patologia – Bases Patológicas das Doenças; 
Robbins & Cotran; 9ª ed.; 2016; Capítulo 
17.
- Patologia; Bogliolo; 7ª ed.; 2006; Capítulo 
21.

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