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ESTUDO DE CASO NUMA JAZIDA EM ARAGUAINA TOCANTINS

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ESTUDO DE CASO DA EXTRAÇÃO DE AREIA EM UMA JAZIDA NO MUNICÍPIO DE ARAGUAÍNA/TO
Alex Maciel da Silva Botelho[footnoteRef:1], Duyllas Oliveira dos Santos[footnoteRef:2], João Guilherme Rassi Almeida[footnoteRef:3] [1: Alex Maciel da Silvo Botelho. Graduando em Engenharia Civil. Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos - UNITPAC; Av. Filadélfia, 568; Setor Oeste; CEP: 77.816-540; Araguaína - TO. E-mail: alextell14@hotmail.com.] [2: Duyllas Oliveira dos Santos. Graduando em Engenharia Civil. Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos - UNITPAC; Av. Filadélfia, 568; Setor Oeste; CEP: 77.816-540; Araguaína - TO. E-mail: Duyllas@hotmail.com.] [3: João Guilherme Rassi Almeida. Docente. Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos - UNITPAC; Av. Filadélfia, 568; Setor Oeste; CEP: 77.816-540; Araguaína - TO. E-mail: jgmeioambiente@gmail.com	] 
A atividade de extração de areia é de grande seriedade para o desenvolvimento socioeconômico, porém, é também culpada por inúmeros impactos ambientais negativos, como a depreciação da qualidade das águas, caso de processos erosivos e alterações na geomorfologia fluvial dos cursos d’água. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo central colaborar para a avaliação de impactos ambientais ocorridos da atividade de extração de areia em curso d’água, por meio da proposição de uma matriz de avaliação de impactos. A principal conclusão é a de que este estudo pode ser empregado como referencial para subsidiar o processo de licenciamento ambiental desse tipo de iniciativa, sendo a aumento da demanda abundante principalmente na área da construção civil que demanda recursos naturais, sendo o principal a areia.
Palavras-Chave: Mineração. Jazida. Construção Civil.
An activity of sand extraction is very serious for socioeconomic development, but it is also blamed for countless negative animals, such as water depreciation, a data extraction process, and changes in river geomorphology of water courses. In this sense, the present study had as main objective to contribute to the evaluation of the occurrences of the sand - course extraction activity, in order to propagate an impact assessment matrix. The main presentation is the type of study that can be used as a reference to subsidize the environmental decision-making process, an increase in the demand for civil construction that demands natural resources, the main one being sand. 
Keywords: Mining. Civil Construction Reservoir.
1. INTRODUÇÃO
A mineração no Brasil é uma atividade de grande importância no desenvolvimento econômico da nação, um das atividades de mineração no pais é a extração de areia, sendo um dos produtos amplamente consumidos no mundo, por ser aplicado francamente nas atividades da construção civil, logo elevando consumo pela demanda do insumo, tornando-o como fator formidável para o acréscimo social e econômico do país (IBRAM, 2015).
A extração deste mineral é uma atividade de importância bastante significativa para o desenvolvimento social, no entanto são responsáveis por irreversíveis impactos ambientais (BRANDT, 1998).
O Brasil quando falado em recursos naturais é um dos países mais ricos em matérias-primas e biodiversidade do mundo e, nesta totalidade, os materiais derivados de minerais são economicamente relevantes, comumente a maioria dos casos da extração do mineral de areia ocorre geralmente em várzeas e leitos de rios. Seguindo esse contexto, 70% da manufatura, corresponde a remoção de areia em leitos de rios, onde hoje em dia, têm uma média de 2.000 companhias que se destacam no artifício de extração e beneficiamento da areia, arrendadas em a jurisdição nacional (MME, 2011).
A retirada de materiais aluvionares no entanto vem sendo profundamente condenada por diversos setores da sociedade em função do que essa operação pode causar na região de sondagem, colaborando com a adulteração da qualidade ambiental sejam no solo, ar, subsolo e recursos hídricos, decompondo a paisagem, originando os mais diversos impactos, sendo positivo ou negativo sobre a sociedade e o ecossistema (AZEVEDO; RIBEIRO; SILVA, 2009).
Quanto a isso, na região pertencente ao Município de Araguaína-TO, centrado ao norte tocantinense, a exploração dos agregados voltados para construção civil incrementou de forma bastante considerável, necessitado ao crescimento da zona urbana, caracterizada pelo grande número de construções de drenagem infraestrutura e pavimentação em cumprimento e o surgimento de novos loteamentos civis, resultantes da gerência pública atualizada, que começou por estimular uma série de obras nesta região (SEINFRA, 2018).
Os ajustes demandariam inspeção da restauração de áreas descuidadas, adotando os princípios do incremento sustentável tendendo a situar um ponto de balanceamento entre desenvolvimento econômico, e de uma isonomia social além de proteção ambiental. Essa apreciação de desenvolvimento tem como enfoco básica o ser humano, objetivando prover suas obrigações e anseios, com uma configuração a compatibilizar o desenvolvimento econômico e a defesa ambiental (NASCIMENTO, 2011).
Com esse aspecto objetivou-se, aferir o método de extração e armazenamento de mineração de areia, nos alcances do Município de Araguaína-TO, analisando causas de possíveis impactos ambientais que alterem sua qualidade.
Nesse sentido, o presente estudo se vale de grande importância, porque irá expor os principais impactos diretos originados por esse tipo de obtenção mineral, em particular da areia e seus impactos, e promover uma revisão tendo em vista o aperfeiçoamento da atividade, a fim de torná-la economicamente correta sem prejudicar a sustentabilidade ambiental.
1.1 Objetivos
1.1.1 Geral
Investigar os impactos ambientais causados pela extração de areia em uma jazida localizada na região de Araguaína/TO e apresentar projeto de recuperação de áreas degradadas para à mesma.
1.1.2 Específicos
· Caracterizar os aspectos físicos da área (relevo, solo e subsolo, vegetação e recursos hídricos);
· Descrever a atividade de extração de areia;
· Levantar os aspectos legais relativos ao meio ambiente da atividade de extração de areia;
· Propor ações mitigadoras dos impactos ambientais decorrentes desta atividade.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Caracterização da Atividade de Extração de Areia
Abundante a areia é um recurso natural de muita importância, sendo estimado um dos pilares para a construção civil, a extração desse meio de maneira geral vem originando avarias no ambiente no transcorrer dos tempos, logo é de expressiva seriedade a sua caracterização das atividades.
Os métodos de extração estão apresentados no Quadro 1, podendo alterar de acordo com a contorno e o sítio no qual o mineral está aparelhado na natureza.
Quadro 1. Principais artifícios de extração de areia.
	TIPO
	CARACTERÍSTICAS
	DEPÓSITOS MINERAIS
	SITUAÇÃO DE FORMAÇÃO
	Desmonte Hidráulico
	O método de lavra apoia-se no direcionamento, transversalmente de um monitor, de um jato de água de alta compressão sobre a base do barranca. Dessa forma, o maciça desaba de uma forma atinada, sendo carreado em configuração de polpa, com o ajuda de gravidade.
	-Planícies e terraços aluviais;
-Sedimentos inconsolidados quaternários;
-Rochas sedimentares cenozoicas;
Manto de corrução de rochas pré-cambrianas
	-Areia não é coesa;
-Cava seca.
	Dragagem
	Consiste em um sistema de bombeamento onde realiza sucção da polpa desenvolvida na altura de ataque do leito submerso. O aparelhar de bombeamento pode ser instalado sobre uma barcaça móvel ou uma barcaça com retenção fixa.
	-Sedimentos inconsolidados quaternários.
	-Leito de rio;
-Cava subterrâneas.
	Desmonte Mecânico
	Recomendado para locais secos e com boa ratificação para aparelhamentos pesados. Trata-se de aprofundamento mecânica direta do minério, por aparelhamentos de escavação e carregamento em veiculo basculantes que fazem o transporte deste material.
	-Dunas Litorâneas;
-Platôs com escarpas;
-Rochas ígneas basaltos e diabásicos.
	-Areia não coesa;-Consolidade na forma de arenitos/quartzitos;
-Cascalhos desagregados.
Fonte: MME, 2009.
2.2 Conceito e Normatização
De acordo com a NBR 9935 (ABNT, 2011) define agregado como material granular, de maneira geral inerte, e que possui grandezas e atribuições para a composição de argamassa ou concreto.
Outros requisitos necessários para o material ser um agregado está relacionado com sua dureza.
A NBR 7211 (2009), classifica os agregados de acordo com o seu tamanho, sendo agregado graúdo com dimensões mínimas superiores a 4.8 mm, e agregado miúdo de proporções inferiores a 4.8 mm.
Conforme com a legislação ambiental, a consumo de areia é uma ação que causa impactos ambientais, carecendo estar sujeita ao licenciamento ambiental órgão da Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), Lei n. 6.938:1981, Decreto n. 97.632:1989, art. 1º: “todas as inatividades que se proponham a exploração de recursos minerais na nação deveram oferecer o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), além de comparecer o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório do Impacto Ambiental (RIMA)”.
Na geologia areia é definida de acordo com o tamanho das partículas de quartzo, mas em geral os minerais são definidos conforme sua composição química e mineralógica com origem inorgânica e o seu devido licenciamento para sua extração no campo Federal é regido pela Lei n. 8.982:1995, para uso junto na construção civil, no arranjo de agregados e argamassas, sob qualidade de que não sejam abafados a processo industrial de beneficiamento, nem sequer se proponham como matéria-prima à indústria de alteração (BRASIL, 1995).
2.3 Formas de Ocorrências dos Depósitos de Areias Naturais
Os acervos de areia são sequela do acúmulo de grãos de quartzo pelo seu arrasto e destituição por agentes naturais de intemperismo, originando-se de rochas preexistentes, gerando agrupamentos com maior ou menor abundância de minério e outros, de média e elevada dureza e advindo em distintas dificuldades nos artifícios de extração e reabilitação do ambiente em questão (SANTOS, 2008).
Sanchez (2013) também assegura que a remoção de areia acontece em quatro diferentes reservas minerais:
1) Sedimentos quaternários inconsolados;
2) Campos fluviais
3) Minerais sedimentares cenozóicas;
4) Mantos de adulteração de rochas pré-cambrianas.
2.4 Métodos de Extração de Areia
Para realizar a extração de minerais é preciso que se faça o apontamento de licenciamento, o mineiro solicita uma licença, que pode ter um limite determinado ou não definido. A área máxima não poderá exceder 50 (cinquenta) hectares (SOUZA, 2012).
Para exploração de minerais, se faz condição a autorização precedente para exploração mineral ao órgão competente, que o conhecido como DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral). Onde, o minerador deverá requerer o Registro de Extração ao Diretor Geral do referido órgão (NOGUEIRA, 2016).
A areia é frequentemente comercializada na forma em que é extraída, havendo na maioria das vezes, apenas o peneiramento em grelhas fixas que separam as frações mais grossas (cascalho, pelotas, concreções) e acidentais impurezas (folhas, matéria orgânica e troncos), e por uma lavagem para remoção do material mais fino, como a de argila (SOUZA, 2012).
Apesar dos princípios técnicos de conduta das lavras se mantenham uniformes, existe uma ampla variedade de procedimentos práticos, insumos e equipamentos utilizados, onde a escolha depende, essencialmente, das condições da jazida, da proporção da produção almejada e dos tipos de obras a serem comercializados.
2.5 Aspectos Ambientais da Extração de Areia
Os impactos ambientais são acontecimentos que podem ser de ordem positiva ou negativa em um ambiente. Ambos causam modificações, no entanto, com a utilização dos recursos naturais associados ao lucro econômico, a relevância que é dada às prevenções para a conservação do meio ambiente é medida de acordo com impactos ambientais de ordem negativa (NOGUEIRA, 2016).
No que conduze a Resolução CONAMA nº 01, de 23 de janeiro de 1986, em seu artigo 1º, analisar o impacto ambiental como qualquer alteração das atributos químicas, físicos ou biológicas do meio ambiente, determinada por qualquer configuração de matéria ou energia resultante das atividades realizada por humanos, que direta ou indiretamente dissimulem a saúde, a garantia e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; as qualidades estéticas e sanitárias do meio ambiente e a categoria dos recursos ambientais (BRASIL, 1986).
As atividades impactantes e as circunstâncias ambientais relacionadas à prática de comercialização de areia em cursos d’água, estão listadas e descritas no quadro 2, observando-se as fases de instalação, operação e desativação do empreendimento (NOBRE FILHO, 2011).
Qualquer um dos contornos de extração de areia pode acarretar impactos ambientais. Sendo eles positivos, ocasionando benefícios sociais, ou negativos, propiciando diferentes prejuízos (MELO, 2010).
2.5.1 Fase de Implantação
As atividades impactantes resultantes da implantação de traçados de saída de areia em cursos d’água estão descritas no Quadro 3 a seguir, destacando os básicas aspectos ambientais conexos a cada atividade.
Quadro 2. Principais aspectos ambientais relacionados a atividade de extração de areia.
	IMPACTOS CAUSADOS PELA EXTRAÇÃO DE AREIA
	POSITIVO
	NEGATIVO
	Formação de trabalhos diretos e indiretos;
	Impacto visual, relacionados aos abrigos das estruturas, ao processo de remoção da vegetação e à sua descaracterização paisagem natural.
	Aquecimento da economia local
	Redução espacial do “habitat” silvestre por ocasião da supressão da cobertura vegetal nativa nas áreas destinadas à instalação das estruturas de extração de areia e da rede viária.
	Contribuição para o desenvolvimento regional com a implantação da rede viária
	Incidência de processos erosivos no solo, em virtude da interferência advinda da abertura da rede viária e da remoção da vegetação
	Aumento da receita dos governos estaduais e, principalmente municipais, em virtude da obtenção por partes deles, da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais
	Diminuição da infiltração de água no solo, devido à compactação ocasionada pelo uso de máquinas pesadas e à impermeabilização promovida pela instalação da infraestrutura do empreendimento.
Fonte: Nogueira, 2016.
2.5.2 Registro da Extração de Areia
A extração de areia é controlada através de licenciamento no DNPM, fazer obedecer pela Lei Federal n°6.567, de 24 de setembro de 1978, que apronta sobre o regime especial para exploração e a aplicação de substâncias minerais. Esta licença deve ser articulada pelo comando administrativo local, com validade somente após o seu apontamento no DNPM e publicação no Diário Oficial da União (BRASIL, 1978).
O monopólio mineral é facultado apenas ao proprietário do solo ou a quem dele possuir alvará expressa. Além do regime de regularização pelo meio do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), a mineração também deve apanhar sua licença ambiental, para ajustar o empreendimento (NOGUEIRA, 2016).
Esse processo é essencial na geração de renda local, pois com a regulamentação do empreendimento, é garantido ao poder público, a Compensação Financeira de Recursos Minerais – CFEM. O aspecto ambiental de relevância desta atividade é a formalização do empreendimento (PEREIRA JUNIOR e LIMA, 2018).
Relação de documentos necessários ao licenciamento ambiental para empreendimentos minerários:
 Licenças emitidas: Licença Prévia, Licença de Instalação, Licença de Operação. 
Atividades compreendidas: Pequeno Porte: Pesquisa mineral com emprego de guia de utilização, extração de água mineral, extração de argila para olarias artesanais e extração mineral executadas por Órgãos Públicos Municipais em regime de Registro de extração (neste caso para áreas com até 5 ha e para as substâncias: areia, seixo, cascalho e saibro); Médio Porte: Atividades sob regime de permissão de lavra garimpeira, concessão de lavra e regime de licenciamento. Extraçãodas substâncias: areia, seixo, saibro e argila e extração e beneficiamento das substâncias: calcário, granito e gnaisse; Grande Porte: consideradas como modificadoras do meio ambiente e causadoras de significativos impactos ambientais. Conforme anexo I da Resolução COEMA 07/05. Para fins de licenciamento, cada atividade deverá possuir requerimento próprio, com enquadramento de portes conforme anexo I da Resolução COEMA no 07/2005 – Pequeno, Médio e Grande Porte.
2.5.3 Aquisição de Fatores de Produção
A atividade de aquisição e compra de motores de produção (tubulações, maquinarias etc.) necessárias para a extração de areia. Muitos desses fatores de produção podem ser obtidos na própria região de extração, segundo a sua infraestrutura do comercio local.
Em suma os aspectos ambientais de grande relevância, referem-se à aquisição de fatores de produção comercial no local (MOLETTA, 2005).
2.5.4 Contratação de mão-de-obra
A contratação da mão de obra necessária para execução de todas as atividades conexas à extração de areia.
Idêntica a tecnologia utilizada na lavra, a força de trabalho deverá ser ajustada. As circunstâncias ambientais acentuadas inferem à contratação de mão-de-obra local (PINHEIRO, 2016).
2.5.5 Abertura de Rede Viária
Compreende-se na abertura de vias para o acesso aos pontos de extração de areia nos cursos d’água, conforme a necessidade de uso de diferentes maquinários para as distintas etapas que vão desde a remoção da vegetação, abertura do espaço destinado ao trânsito de veículos e máquinas, compactação do solo e o cascalhamento das vias (NOGUEIRA, 2016).
2.5.6 Remoção de vegetação
Refere-se à remoção da camada vegetal existente e à compressão do solo da área destinada à implantação das estruturas de extração, tratamento e disposição do material extraído.
Em via de regra, são utilizados motosserras para o abatimento das árvores, assim como caminhões e tratores para a retirada do material lenhoso da área.
2.5.7 Instalação de Estruturas para Extração de Areia
Compõe-se no abrigo de balsas, caixotes, paióis e outros tipos de armações, que são substanciais à execução das atividades relacionadas a extração de areia.
2.5.8 Retirada do Material
O artifício mais comumente empregado faz uso de bombas de sucção e recalque acopladas em dragas, abastecidas com óleo diesel e, ou, movidas a energia elétrica, que se instalam sobre plataformas flutuantes ou barcaças (os comumente conhecidos “portos de areia”). As dragas podem ser engastadas (Beaver) ou móveis auto carregáveis e possuem a função de escavar e extrair a areia submersa, deslocando-a, por meio de tubulações juntas ou balsas de armazenamento temporário, para locais previamente definidos, respectivamente.
O segundo método de operação utiliza escavadeira equipada com Clam-shell, que remete a uma concha, constituída de duas partes móveis (“mandíbula”), sendo operada por cabos, outro equipamento é a Drag-line, para alçar a areia do curso d’água. A produção pode ser executada também manualmente, com auxílio de força animal ou não, embora esse método é o menos empregado.
2.5.9 Estocagem
A areia é transportada para os locais de armazenamento – temporários ou não –, denominados paióis, caixotes e, ou, silos. Os lugares de armazenamento são provisórios quando a areia extraída ainda será sujeita por um processo de drenagem ou peneiramento somente depois será conduzida aos locais de acomodação permanente, onde acontecerá o carregamento para o seu devido transporte.
São utilizadas também estruturas de tratamento que têm peneiras e silos de armazenamento temporário, onde já é realizada a isolamento do mineral, por granulometria, e a sua drenagem inicial.
2.5.10 Drenagem
Após a areia ser dispostas nos locais de estocagem, ela passa por drenagem natural, assim como as águas e as partículas finas que ficam dissolvidas vão direto para a direção d’água ou retornam.
Sendo esse retorno realizado por meio de canais coletores, conduzindo para a lago de decantação de finos, para em seguida, entrar em contato com o rio.
2.5.11 Peneiramento
O peneiramento pode ser realizado antes do armazenamento da areia ou depois a seu enxugamento, o que vai variar conforme as técnicas adotadas na extração.
Esse processo melhora os atributos da areia, tendo em vista as desiguais aplicações que se pode destinar esse material, de acordo com a sua granulometria.
2.5.12 Carregamento
Compõe-se no carregamento e transporte nos caminhões, que farão a logística da areia para a devida fonte de consumidora.
São frequentemente utilizados retroescavadeiras e carregadeiras de pneus para realizar a sua carga. Se o local de armazenamento for elevado, esse carregamento pode ser efetuado por esteiras.
2.5.13 Transporte
Consiste na entrega do produto final na distribuidora ou fonte de consumo; o modal rodoviário é o mais utilizado, fazendo uso normalmente de caminhões basculantes de um ou até dois eixos traseiros.
2.5.14 Retirada das Estruturas de Extração de Areia
Apôs o uso da área, as estruturas implantadas para a remoção de areia devem ser desinstaladas, podendo ser reaproveitadas em outro empreendimento. São empregados tratores e caminhões, considerando o peso e as extensões dessas armações.
2.5.15 Recuperação e Reabilitação da Área
Por se tratar de um processo dinâmico, demorado e extremamente complexo, a restauração e a recuperação das áreas afetadas devem ser acompanhadas, desde a fase inicial até o término da mineração. São empregadas técnicas que restabelecem os atributos do solo (textura, fertilidade, estrutura etc.), dominando, quase sempre, celeridades como o reflorestamento e a devida recomposição paisagística, no objetivo de possibilitar a restauração da área ao seu estado inicial, ou oferecer uma nova possibilidade de uso, considerando-se sempre os anseios dos interessados no processo.
3. METODOLOGIA
Na metodologia de investigação foi utilizada a abordagem qualitativa, com objetivo descritivo, de natureza aplicada a um estudo de caso.
A análise foi desenvolvida no município de Araguaína, situada ao norte do estado de Tocantins, com uma área aproximada de 4.000 km² e posicionada a aproximadamente 380 km da capital Palmas/TO e 1.100 km de Brasília/DF, conforme mostra a Figura 3.
	Figura 1. Localização da jazida em estudo com vegetação existente.
	
	Fonte: Google Earth, 2019.
A sede do município situa-se a uma altitude média de 227 m, locada nas coordenadas de 07° 11‟ 27” de latitude Sul e 48° 12‟ 25” de longitude Oeste. Geograficamente limita-se com os municípios de Babaçulândia, Aragominas, Carmolândia, Muricilândia Filadélfia, Nova Olinda, Piraquê, Wanderlândia, Palmeirante, Pau d'Arco, e Santa Fé do Araguaia. Ainda detém o rio Araguaia como fronteira com o estado do Pará, no município de Floresta do Araguaia/PA. (IBGE, 2010).
O principal acesso da cidade é a rodovia BR-153, que atravessa o município no sentido norte-sul, dona de uma curta extensão comparada ao território municipal. Já no sentido leste-oeste, a principal via de acesso ao município é a rodovia estadual TO-222.
Diante os dados apresentados, pode-se perceber que a jazida de areia, em questão, possui um potencial mercado consumidor. 
 Figura 2. Localização e limites municipais e estaduais de Araguaína-TO.
Fonte: IBGE, 2010.
3.1. Caracterização dos aspectos físicos
	 A caracterização dos aspectos físicos foi baseada em Araguaína (2016), mais precisamente no Plano Municipal de Drenagem Urbana – PMDU. Foram consultadas informações acerca da Geologia, Geomorfologia, Pedologia, e Vegetação local, sendo confirmada algumas das informações em campo.
3.2. Descrição da atividade mineradora
	Com base em visita in loco, acompanhada pelo responsável legal pelo empreendimento foi percorrido o processo produtivo, realizando o registro fotográfico e as anotações de cada especificidade das etapas produtivas.
	A revisão da literatura, acerca do processo produtivo foi de grande valia para a concepção prévia do processo produtivo e consequentemente análise dos impactos ambientaisassociados a cada estágio.
3.3. Aspectos legais associados a atividade mineradora
	A compreensão das leis e normas que regem o setor da mineração foi de grande utilidade para elencar os aspectos ambientais associados ao processo de mineração de areia.
	Dentre o material consultado, destaca-se a Lei 6.938/1981, a qual dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente (BRASIL, 1981); Termo de Referência para elaboração de Plano de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD (NATURATINS, 2019)
3.4. Ações Mitigadoras dos Impactos Ambientais 
	Para levantamentos dos principais impactos ambientais associados à atividade de extração de areia, destaca-se o roteiro proposto por Naturatins (2019).
	Com base nas etapas de produção, foram elencados seus respectivos impactos ambientais e consequentemente suas respectivas soluções mitigadoras dos impactos. Para tanto, foi criada uma Tabela com base na metodologia de Avaliação de Impactos Ambientais – AIA.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Caracterização dos Aspectos Físicos	
	Conforme pode-se perceber na Figura 3, a região encontra-se dentro do perímetro urbano do município de Araguaína/TO, área delimitada em preto, inserida em formação geológica do tipo Pimenteiras, pertencente ao Grupo Canindé, a qual está associada à bacia do Parnaíba, que segundo Tocantins (2017) é caracterizado geomorfologicamente por ser uma bacia sedimentar. 
Figura 3. Mapa de Geologia. 
Fonte: Araguaína, 2016.
Conforme a classificação da SEPLAN (2008) a cidade de Araguaína está introduzida na bacia do Rio lontra, que por sua vez possui algumas sub-bacias que estão localizados dentro do território do município, sendo eles Ribeirão Jacuba e o córrego neblina, além disso a cidade é possui diversas nascentes próximas aos limites territoriais.
Figura 4. Mapa de Hidrologia. 
Fonte: Araguaína, 2016.
4.2 – Descrição da Atividade Mineradora
Na Figura 4, a seguir, é apresentado organograma com as principais atividades mineradoras da jazida em estudo, a qual já foram especificadas anteriormente na revisão bibliográfica deste trabalho e agora apresentadas as etapas na ordem de sua ocorrência.
Figura 5. Organograma atividade jazida em estudo.
 Fonte: Autores, 2019.
4.4. Impactos Ambientais
Conforme a tabela abaixo, a avaliação dos impactos provocados pela extração, está relacionado com cada etapa do processo de retirada do material, como no caso do transporte onde ocorre o lançamento de resíduos provocados pelos veículos, além da própria atividade de locação de material com a movimentação de solo e a sua remoção.
Quadro 3. Avaliação dos Impactos ambientais.
Fonte: Autores, 2019.
4.5 Impactos causados pela extração de areia
Se fundamentando nos poucos trabalhos que caracterizam a composição da paisagem do município, e consulta com moradores, podem deduzir-se que o espaço à margem do rio, estaria situado sob a forma de cobertura vegetal, disposta por vastas plantas nativas e arvores da região.
Contudo o cenário que se observa atualmente não possui mais as características da paisagem incomum, pois sofreu com a remoção da vegetação e instalação do empreendimento.
Outros elementos contribuíram para a degradação paisagística da área, como: a criação de pastos, devido ao desenvolvimento pecuário da região. 
 Figura 6. Extração de areia.
 Fonte: Autores, 2019.
4.6 – Processo de extração em dragagem 
A extração de areia por dragagem é caracterizada por um sistema de bombeamento que realiza a sucção da polpa formada na superfície de ataque do leito submerso. A draga pode possuir também um dispositivo mecânico na extremidade da tubulação de fundo, cuja função é desagregar o material da superfície do leito e facilitar o trabalho de formação de polpa. A estrutura de uma draga é composta por um sistema de bombeamento sobre uma barcaça móvel, auto propulsora ou movida com auxílio de barco reboque, e que transporta o minério; ou sistema de bombeamento montado sobre barcaça com ancoragem fixa, onde o minério é transferido para as margens por tubulação sustentada sobre tambores flutuantes (ALMEIDA, 2003).
 A dragagem apresenta uma grande versatilidade, pois a draga pode se movimentar em áreas diferentes, sendo de grande utilidade em locais onde o depósito possui uma ampla distribuição ao longo de um rio ou represa. Na situação de extração de areia em leito de rio, a draga bombeia a areia e outros materiais presentes no fundo do rio, utilizando a água como veículo. A areia bombeada fica depositada na draga ou é enviada através de tubulações diretamente ao silo, enquanto a água retorna 20 ao rio juntamente com sedimentos finos. O volume de água bombeado é praticamente todo devolvido ao rio, com exceção de uma pequena parcela agregada a areia (SANTOS, 2008). Em casos mais simples e frequentes, as minerações de areia realizam apenas um peneiramento grosseiro para separação da fração cascalho e contam com algum dispositivo de decantação, como uma caixa de lavagem, que atua por processo de sedimentação, onde ocorre a separação entre o material mais fino, constituído pela fração argilosa, transportado com o excedente de água, e a areia média ou grossa que se deposita no fundo da caixa, sendo esta transferida para pilhas de estocagem ao ar livre ou silos de armazenamento, e posteriormente, carregada diretamente em caminhões (ALMEIDA, 2003). 
A extração de areia em cava submersa acorre na planície aluvial onde inicia-se pela extração da base e das paredes laterais da cava, por escavação mecânica, até que se atinja o lençol freático, momento em que a água subterrânea aflora. Já com a cava preenchida por água, a extração é realizada através de dragagem (FRAZÃO, 2002).
 Apresenta-se na Figura 3.1 um esquema geral de lavra de areia em leito de rio, com as respectivas operações envolvidas e também o ciclo básico de produção deste método de extração de areia.
Figura 7 – Dragagem 
 
Fonte: PT – Relatório 17.736
As problemáticas ambientais causadas pela mineração são muitas (CPRM, 2012), dentre as quais podemos destacar:
· Poluição sonora;
· Poluição da água;
· Subsidência do terreno;
· Poluição do ar.
 Figura 8. Peneira com separação de areia em tela.
 Fonte: Autores, 2019.
Algumas das transgressões são decorrentes também da logística da areia, das jazidas aos pontos de extração e de utilização, sendo essa, uma das principais reclamações de moradores próximos aos locais de extração.
O tráfego de caminhões basculantes provoca a modificação do sistema viário por se tratar de um veículo pesado, sendo seu peso triplicado como o mesmo está carregado pela matéria prima.
Há ainda situações em que o transporte é feito em caminhões descobertos, soltando agregados nas vias.
Outra problemática citada pelos moradores, é referente ao transporte da areia molhada, atividade efetuada por alguns empresários que cortar o custo da secagem, o que gera insatisfação dos residentes por presenciarem as ruas úmidas e com possas d’água, danificando assim as vias de tráfego da população.
 Figura 9. Estocagem de areia.
 Fonte: Autores, 2019.
Dentre as contribuições para os problemas socioambientais do município, destaca-se a especulação imobiliária, que estimula o aumento do consumo da areia na construção civil.
Os minerais como: areia, cascalho, argila e brita, utilizados de maneira direta na construção civil é considerado bens minerais de cunho social, devido a sua importância e uso nos setores de habitação e saneamento.
Entretanto, a instalação e operação desse tipo de ação no município, apresentando um perfil impactante, ocasionando o empobrecimento do solo, devastação das matas ciliares, o comprometimento da qualidade da água decorrente do uso inadequado de combustíveis fósseis, gera impacto na profundidade do rio, modificando o escoamento das águas, gerando a redução da biodiversidade local pela carência da cobertura verde.
Para os empreendedores a atividade de mineração no município não é uma operação impactante, segundo os mesmos a extração realizada, tem seus locais de atuação afastadodo centro urbano, e, portanto, não gera consequências ambientais.
Figura 10. Transporte de areia.
Fonte: Autores, 2019.
Da perspectiva empresarial, os impactos gerados pela mineração limitam-se sob as formas de degradação que são objeto de licenciamento e autorização pela capacidade pública, como a poluição do ar e das, vibrações, ruídos e águas.
Os proprietários das dragas que informaram no levantamento, quando indagado sobre quais os cuidados que tinham com o meio ambiente, todos afirmaram que não removeram a vegetação do leito do rio e que tem ciência dos limites para a exploração.
No entanto o que se observa no local é a ausência de vegetação nas proximidades da jazida e próximo ao acesso viário, atestando a carência de biodiversidade no local. 
Dessa forma, a quantidade e as espécies replantadas não são satisfatórias, é necessário que seja revisado e intensificado o replantio para atenuar os efeitos do desmatamento executado para a implantação do empreendimento.
A ideia de preservação por parte dos proprietários restringe-se apenas ao local do empreendimento, não inserindo no roteiro de cautelas os moradores próximos, que de maneira indireta também participa do processo.
É preciso que o proprietário da jazida tome conhecimento sobre as expectativas, desejos e preocupações dos residentes locais, do governo – nos três patamares – do corpo técnico e dos colaboradores da empresa, ou seja, das partes comprometidas e não só daquelas dos sócios principais, pois, a concepção sobre colisão ambiental é vista de maneira diferente conforme seja o lado que o ator ocupa.
4.2 Impactos ambientais decorrentes da atividade
A degradação da paisagem natural ocorre por meio da ação de remoção da vegetação para implantação dos equipamentos, armazenamento da areia, logística da matéria prima e transito de diversos veículos, sucedendo também a depreciação da qualidade do solo pela poluição causada pelos resíduos (graxas, óleos, lubrificantes, carcaças de pneus, etc.) originado de máquinas pesadas, equipamentos e caminhões empregados no processo de mineração; redução da aeração gerada pela compactação provocada pelo transito de maquinas pesadas e caminhões, além dos resíduos gerados por moradores e comércios locais que se instalaram próximos às jazidas.
Com as circunstâncias causadas pela extração, as alterações na estrutura do solo findam se formando devido a compactação gerada pelo uso de caminhões, máquinas pesadas e da impermeabilização ocasionada pelo o trânsito de veículos. 
Com a redução da infiltração de água no solo, os processos erosivos no solo são resultados da eliminação da cobertura vegetal e da compressão do solo, ocasionando também a redução do habitat silvestre - gerada pela extinção vegetal nativa na montagem do empreendimento.
A poluição do curso d’água é ocasionada pelo lançamento de resíduos (óleos, graxas, lubrificantes, peças inutilizáveis de equipamentos e dejetos humanos) no leito do rio originário de dragas, caminhões e carregadeiras utilizadas nas operações de carregamento com a areia e implantação de escritórios e habitações próximas ao empreendimento.
Conforme as imagens de satélite e notório destacar a modificação da área ao longo dos anos, em 2005 a mina apresenta a lagoa que surge durante as atividades de extração, além da modificação na vegetação ao redor da cava.
Figura 11. Localização da jazida em 2005.
Fonte: Google Earth, 2005.
Já em 2011 nota-se a ampliação da área de retirada do material, provocados por um aumento na demanda de recurso e que consequentemente ocorreu o aumento do reservatório da mina.
Figura 12. Localização da jazida em 2011.
Fonte: Google Earth, 2011.
Mais recentemente em 2018 destaca-se o aumento bastante significativo na área de material retirado bem como na retirada da vegetação e o surgimento de estradas ligando uma mina a outra 
Figura 13. Localização da jazida em 2018.
Fonte: Google Earth, 2018.
Apesar da atividade de mineração de areia seja responsável por consequências ambientais negativas, alguns até mesmo irreversíveis, tem se notado a grande importância para o desenvolvimento social.
Para a realização dos trabalhos de mineração são ofertadas oportunidades de trabalhos, que são indispensáveis para o prosseguimento da atividade de mineração da areia. Nesse sentido não podemos refutar os aspectos positivos consequentes do empreendimento como a criação de empregos diretos que são os imediatamente gerados pela atividade em si, e os indiretos gerados pela cadeia produtiva que se manifesta e envolve esta mesma atividade.
Dos empregos indiretos e diretos, nascem os empregos induzidos, que surgem dos reflexos do salário pago aos trabalhadores indiretos e diretos, que pagam por bens e serviços e consomem em outras esferas de produção os quais beneficiam o crescimento da economia no município, consecutivamente ampliando os espaços e promovendo o desenvolvimento sociocultural da vizinhança. 
Outras circunstâncias positivas da mineração ocorrem pelo incremento da oferta de areia para o mercado da construção, reduzindo o preço do produto e gerando receitas de impostos municipal.
Como forma de minimizar o problema do impacto causado em áreas certificadas, onde foram realizadas a extração de areia, como é o caso da área em curso, se faz necessário a reestruturação de todo o terreno explorado, realizando o desmonte dos taludes aperfeiçoados devido à atividade, regularização do solo e o plantio de mudas, hidro-semeadura e até mesmo reflorestamento de toda área (fauna e flora).
Figura 14 . Plantio de mudas para reflorestamento da área.
Fonte: Prefeitura de Araguaína, 2018.
	
O presente Plano de Recuperação de Área Degradada – PRAD tem como meta principal recompor a vegetação nativa de forma que garanta a biodiversidade da região e auxilie para a estabilidade do solo, as etapas desse processo são divididas em; limpeza da área, combate a formigas, quantificação de mudas e o plantio de mudas, além do processo de manutenção do local.
A limpeza do terreno é realizada com auxílio de roçadeiras costais motorizadas ou manual com o emprego de ferramentas tipo foice, deixando o material proveniente da roçagem partilhado sobre o terreno, de modo a ser decomposto e incorporado gradualmente ao solo, promovendo proteção e servindo como matéria orgânica.
o combate às formigas é restrito no monitoramento visual da área a ser reflorestada em busca de formigueiros e a utilização de iscas granuladas com o objetivo de aumentar o aproveitamento das mudas plantadas.
 
Para a escolha das arvores a serem utilizadas, são segundos alguns requisitos levando em conta alguns aspectos como as características de adaptação de cada espécie ao solo, realizar o plantio em forma de ilha das espécies atrativas a fauna, garantido assim a biodiversidade florística na região.
Segundo Reis (1999) plantio deve ser configurado de forma que surgem ilhas, sendo estas são qualificados como sendo pequenos centros onde ficarão contidas as formas de vida das espécies vegetais e suas adequações as condições climáticas, arbustos, ervas arvoretas entre outros.
 Conforme Azevedo, Pereira e Pinto (2011) são demostrado 3 modelos de ilhas que podem ser utilizados no processo de reflorestamento destaca-se que as ilhas devem ser delineadas para cobrirem de 15 a 30% da área total a ser recuperada. 
 
Figura 15 . Modelo de distribuição das espécies primaria, secundárias em forma de ilhas. 
 Pioneiras Secundárias Clímax
Fonte: AZEVEDO, PEREIRA e PINTO, 2011.
Além disso, outra medida que vem sendo abraçada recentemente pelas mineradoras, é a reutilização da área de extração para a piscicultura, que além de poder ser praticada no início da extração, tem baixo custo para a implementação, ao mesmo passo, é gerado adições a sociedade não somente com a oferta de peixe no mercado, como a geração de ofícios diretos e indiretos. Podendo ser ressaltado como um avanço em conciliar a atividade mineralógica em lagoas e rios com o meio ambiente.
Figura16. Produto da psicultura.
Fonte: Cerâmica Santa Terezinha, 2019.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A atividade de mineração de areia, em que é estimada de interesse social conforme Resolução 369/2006 do CONAMA e apesar de gerar impactos sócio-econômicos positivos, ocasiona também numerosos impactos socioambientais e socioculturais contrários, porque além de alterar substancialmente os atributos ambientais do lugar minerado, decompondo as características naturais do sítio, acaba arredando as pessoas do convívio que antes traziam com a natureza e com o rio, não se identificando mais com o ambiente por não os considerarem mais um local agradável, aprazível ou familiar.
Não é exclusivamente o impacto ambiental que deve ser mitigado, mas também o social e socioambiental, para não desviar a população de sua assimilação com o local.
Desta forma evidencia-se que apenas a inquietação com o bem ambiental não é suficiente, fazendo-se imprescindível a proteção do bem socioambiental.
A partir dos práticos do presente trabalho de realizar uma classificação dos danos ambientais determinados pela atividade de extração de areia em curso d’água como um todo, e alcançar uma estimativa dos impactos, pode-se aprontar que a atividade em tese causa alguns impactos ambientais negativos diretos, e de grande, grande valor ao meio ambiente.
Ao acabamento deste trabalho, pôde-se adaptar-se que as alterações ambientais de maior valor, aquelas com maior destaque da importância, estão conexas as atividades impactantes de supressão da vegetação, amputação do material, drenagem e transporte.
E os impactos de maior valor foram: caso de processos erosivos, agravos a flora terrestres e fauna, diminuição da propriedade da água, adulterações na geomorfologia fluvial e o acréscimo da oferta do produto, a areia. 
As implicações alcançadas e a aplicação dos estudos de caso, demonstram que o atual estudo pode ser empregado como referencial para nortear o procedimento de licenciamento ambiental da atividade em tese, bem como auxiliar novas pesquisas referentes a atividade.
6. REFERÊNCIAS
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________. Resolução CONAMA nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. Brasília, 1986.
________. Lei n. 97.632, de 10 de abril de 1989. Dispõe sobre a regulamentação do Artigo 2°, inciso VIII, da Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D97632.htm>. Acesso em: 30 set. 2018.
________. Lei n. 8.982, de 24 de janeiro de 1995. Dá nova redação ao art. 1º da Lei nº 6.567, de 24 de setembro de 1978, alterado pela Lei nº 7.312, de 16 de maio de 1985. Diário Oficial da União. Brasília, DF. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8982.htm>. Acesso em: 01 de out. 2016.
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