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Legislação Destacada - CARTÓRIOS - DIA 16

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Dia 16 / 1
Dia Dia 1616
Constituição Federal: art. 155-156
Código Civil: art. 653-729
Código de Processo Civil: art. 485-501
Código Penal: art. 289-311-A
Código de Processo Penal: art. 406-431
Controle de LeituraControle de Leitura
____________Constituição FederãlConstituição Federãl____________
Seção IV
DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir
impostos sobre:
I - (ITCMD) transmissão causa mortis e doação, de quaisquer
bens ou direitos; 
II - (ICMS) operações relativas à circulação de mercadorias e so-
bre prestações de serviços de transporte interestadual e inter - 
municipal e de comunicação , ainda que as operações e as pres-
tações se iniciem no exterior; 
III - (IPVA) propriedade de veículos automotores.
§ 1º O ITCMD:
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete
ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao
Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou ti-
ver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal;
III - terá competência para sua instituição regulada por LC:
a) se o doador tiver domicílio ou residência no exterior;
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou
teve o seu inventário processado no exterior;
IV - terá suas alíquotas máxim as fixadas pelo Senado Federal; 
ITCMD
BEM IMÓVEL BEM MÓVEL
Estado da situação do bem Estado onde se processa o in-
ventário ou do domicílio do
doador
SÚMULAS SOBRE ITCMD
Súmula 112-STF: O imposto de transmissão "causa mortis" é
devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da su-
cessão. 
Súmula 113-STF: O imposto de transmissão "causa mortis" é
calculado sobre o valor dos bens na data da avaliação. 
Súmula 114-STF: O imposto de transmissão "causa mortis" não
é exigível antes da homologação do cálculo. 
Súmula 115-STF: Sobre os honorários do advogado contratado
pelo inventariante, com a homologação do juiz, não incide o
imposto de transmissão "causa mortis". 
Súmula 331-STF: É legítima a incidência do imposto de trans-
missão "causa mortis" no inventário por morte presumida
Súmula 590-STF: Calcula-se o imposto de transmissão "causa
mortis" sobre o saldo credor da promessa de compra e venda
de imóvel, no momento da abertura da sucessão do promitente
vendedor. 
§ 2º O ICMS atenderá ao seguinte: 
I - SERÁ NÃO-CUMULATIVO, compensando-se o que for devi-
do em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou
prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores
pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;
II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrá-
rio da legislação:
a) NÃO IMPLICARÁ CRÉDITO para compensação com o mon-
tante devido nas operações ou prestações seguintes;
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações an-
teriores;
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das merca-
dorias e dos serviços;
IPI ICMS
 SERÁ seletivo
 Será não-cumulativo
 PODERÁ SER seletivo
 Será não-cumulativo
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da
República ou de 1/3 dos Senadores, aprovada pela maioria abso-
luta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às
operações e prestações, interestaduais e de exportação;
V - é facultado ao Senado Federal:
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, medi-
ante resolução de iniciativa de 1/3 e aprovada pela maioria
absoluta de seus membros;
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver
conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante
resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por
2/3 de seus membros;
ALÍQUOTA MÍNIMA ALÍQUOTA MÁXIMA
Iniciativa: 1/3 Iniciativa: Maioria Absoluta
Aprovação: Maioria Absoluta Aprovação: 2/3
VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Fe-
deral, nos termos do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas in-
ternas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e
nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às pre-
vistas para as operações interestaduais;
VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços
a consumidor final, CONTRIBUINTE OU NÃO do imposto, lo-
calizado em outro Estado, ADOTAR-SE-Á A ALÍQUOTA INTE-
RESTADUAL e caberá ao Estado de localização do destinatário
o imposto correspondente à diferença entre a alíquota inter-
na do Estado destinatário e a alíquota interestadual;
VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto cor-
respondente à diferença entre a alíquota interna e a interesta-
dual será atribuída:
a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto;
b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte
do imposto;
IX - INCIDIRÁ também:
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do ex-
terior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contri-
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buinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade,
assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o
imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o esta-
belecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;
b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem
fornecidas com serviços não compreendidos na competência
tributária dos Municípios;
X - NÃO INCIDIRÁ:
a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior,
nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, as-
segurada a manutenção e o aproveitamento do montante do im-
posto cobrado nas operações e prestações anteriores; 
As operações que destinem mercadorias para o exterior não são
isentas de ICMS e sim IMUNES. 
b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo,
inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele
derivados, e energia elétrica;
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º (quando
for ativo financeiro – só incide IOF);
d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades
de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre
e gratuita; 
XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante
do IPI, quando a operação, realizada entre contribuintes e re-
lativa a produto destinado à industrialização ou à comerciali-
zação, configure fato gerador dos dois impostos;
XII - CABE À LC: 
a) definir seus contribuintes;
b) dispor sobre substituição tributária;
c) disciplinar o regime de compensação do imposto;
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabeleci-
mento responsável, o local das operações relativas à circulação
de mercadorias e das prestações de serviços;
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o
exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no
inciso X, "a";
f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à re-
messa para outro Estado e exportação para o exterior, de ser-
viços e de mercadorias;
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e
do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais
serão concedidos e revogados.
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o im-
posto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalida-
de, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b ; 
i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do impos-
to a integre, também na importação do exterior de bem, mer-
cadoria ou serviço.
§ 3º À exceção do ICMS e o II e IE, nenhum outro imposto po-
derá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, servi-
ços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis
e minerais do País. 
§ 4º Na hipótese do inciso XII, h (combustíveis e lubrificantes), ob-
servar-se-á o seguinte: 
I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis deriva-
dos de petróleo, o imposto caberá ao ESTADO ONDE OCOR-
RER O CONSUMO;
II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás
natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não
incluídos no inciso I deste parágrafo,o imposto será repartido
entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mes-
ma proporcionalidade que ocorre nas operações com as de-
mais mercadorias;
III - nas operações interestaduais com gás natural e seus deri-
vados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I
deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto ca-
berá ao Estado de origem;
IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante delibera-
ção dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g,
observando-se o seguinte:
a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser
diferenciadas por produto; 
b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada,
ou ad valorem, incidindo sobre o valor da operação ou sobre o
preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em
condições de livre concorrência; 
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplican-
do o disposto no art. 150, III, b (princípio da anterioridade).
ICMS-COMBUSTÍVEIS: incide a anterioridade especial (nona-
gesimal) no que se refere à diminuição e restabelecimento
de alíquotas
§ 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusi-
ve as relativas à apuração e à destinação do imposto, serão esta-
belecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal,
nos termos do § 2º, XII, g. 
SÚMULAS SOBRE ICMS
STF
Súmula vinculante 32-STF: O ICMS não incide sobre alienação
de salvados de sinistro pelas seguradoras. 
Súmula vinculante 48-STF: Na entrada de mercadoria importa-
da do exterior, é legítima a cobrança do ICMS por ocasião do
desembaraço aduaneiro. 
Súmula 573-STF: Não constitui fato gerador do ICMS a saída
física de máquinas, utensílios e implementos a título de como-
dato.
Súmula 574-STF: Sem lei estadual que a estabeleça, é ilegítima
a cobrança do imposto de circulação de mercadorias sobre o
fornecimento de alimentação e bebidas em restaurante ou esta-
belecimento similar. 
Súmula 662-STF: É legítima a incidência do ICMS na comerci-
alização de exemplares de obras cinematográficas, gravados em
fitas de videocassete. 
STJ
Súmula 95-STJ: A redução da alíquota do imposto sobre produ-
tos industrializados ou do imposto de importação não implica
redução do ICMS. 
Súmula 129-STJ: O exportador adquire o direito de transferên-
cia de crédito do ICMS quando realiza a exportação do produto
e não ao estocar a matéria-prima. 
Súmula 135-STJ: O ICMS não incide na gravação e distribuição
de filmes e videoteipes. 
Súmula 155-STJ: O ICMS incide na importação de aeronave,
por pessoa física, para uso próprio.
Súmula 163-STJ: O fornecimento de mercadorias com a simul-
tânea prestação de serviços em bares, restaurantes e estabeleci-
mentos similares constitui fato gerador do ICMS a incidir so-
bre o valor total da operação. 
Súmula 166-STJ: Não constitui fato gerador do ICMS o sim-
ples deslocamento de mercadoria de um para outro estabeleci-
mento do mesmo contribuinte. 
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Súmula 198-STJ: Na importação de veículo por pessoa física,
destinado a uso próprio, incide o ICMS. 
Súmula 237-STJ: Nas operações com cartão de crédito, os en-
cargos relativos ao financiamento não são considerados no cál-
culo do ICMS. 
Súmula 334-STJ: O ICMS não incide no serviço dos provedo-
res de acesso à Internet. 
Súmula 350-STJ: O ICMS não incide sobre o serviço de habili-
tação de telefone celular.
Súmula 391-STJ: O ICMS incide sobre o valor da tarifa de ener-
gia elétrica correspondente à demanda de potência efetivamen-
te utilizada.
Súmula 395-STJ: O ICMS incide sobre o valor da venda a prazo
constante da nota fiscal. 
Súmula 431-STJ: É ilegal a cobrança de ICMS com base no va-
lor da mercadoria submetido ao regime de pauta fiscal. 
Súmula 432-STJ: As empresas de construção civil não estão
obrigadas a pagar ICMS sobre mercadorias adquiridas como in-
sumos em operações interestaduais. 
Súmula: 433-STJ: O produto semielaborado, para fins de inci-
dência de ICMS, é aquele que preenche cumulativamente os três
requisitos do art. 1º da Lei Complementar n. 65/1991. 
Súmula 457-STJ: Os descontos incondicionais nas operações
mercantis não se incluem na base de cálculo do ICMS. 
Súmula 509-STJ: É lícito ao comerciante de boa-fé aproveitar
os créditos de ICMS decorrentes de nota fiscal posteriormente
declarada inidônea, quando demonstrada a veracidade da com-
pra e venda. 
JURISPRUDÊNCIA EM TESES DO STJ
EDIÇÃO N. 121: ICMS
1) Não é possível a inclusão de crédito presumido de ICMS
na base de cálculo do imposto de renda da pessoa jurídica -
IRPJ e da contribuição social sobre o lucro líquido - CSLL.
2) O crédito presumido de ICMS não integra a base de cálculo
da contribuição para o programa de integração social - PIS e da
contribuição para o financiamento da seguridade social - CO-
FINS.
3) O ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência do
PIS e da COFINS.
4) É legítima a inclusão da subvenção econômica instituída pela
Lei n. 10.604/2002 na base de cálculo do ICMS sobre a energia
elétrica, uma vez que se enquadra no conceito do termo "valor
da operação", à luz do disposto nos arts. 12, XII, e 13, VII e § 1°,
da Lei Complementar n. 87/1996.
6) Diante do que dispõe a legislação que disciplina as conces-
sões de serviço público e da peculiar relação envolvendo o Es-
tado-concedente, a concessionária e o consumidor, esse último
tem legitimidade para propor ação declaratória c/c repetição de
indébito na qual se busca afastar, no tocante ao fornecimento
de energia elétrica, a incidência do ICMS sobre a demanda con-
tratada e não utilizada. 
7) Nos casos em que a substituta tributária (a montadora/fabri-
cante de veículos) não efetua o transporte nem o engendra por
sua conta e ordem, o valor do frete não deve ser incluído na
base de cálculo do ICMS, ante o disposto no art. 13, § 1º, inciso
II, alínea "b", da Lei Complementar n. 87/1996.
8) Não incide ICMS sobre serviço de transporte interestadual
de mercadorias destinadas ao exterior.
9) As operações de importação de bacalhau (peixe seco e salga-
do, espécie do gênero pescado), provenientes de países signatá-
rios do GATT - General Agreement on Tariffs and Trade, realiza-
das até 30 de abril de 1999, são isentas de recolhimento do
ICMS. 
10) O Estado de Minas Gerais por meio do Decreto n. 27.281, de
27.08.1987, que ratificou o Convênio n. 29, de 18.08.1987, revo-
gou expressamente a isenção do ICMS ao peixe seco e salgado
nacional, assim, em consequência, finda a isenção do produto
nacional, encerra-se, igualmente, no Estado, o benefício conce-
dido ao bacalhau importado de país signatário do GATT, não
sendo aplicável o entendimento firmado pelo REsp 871.760/BA,
julgado sob o regime dos recursos repetitivos.
11) A isenção do ICMS para pescados no âmbito do Estado de
Pernambuco foi extinta em 13.3.1997 pelo Decreto estadual n.
19.631, que efetivou a revogação autorizada pelo Convênio
ICMS 102/1995, de modo que, a partir de então, não há falar em
benefício fiscal em favor do similar importado de país signatário
do GATT para referida unidade da federação.
13) O valor pago pelo consumidor final a título de seguro de ga-
rantia estendida não integra a base de cálculo do ICMS inciden-
te sobre a operação de compra e venda de mercadoria.
§ 6º O IPVA: 
I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; 
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e
utilização.
A notificação do contribuinte para o recolhimento do IPVA per-
fectibiliza a constituição definitiva do crédito tributário, inici-
ando-se o prazo prescricional para a execução fiscal no dia se-
guinte à data estipulada para o vencimento da exação.
SÚMULAS SOBRE IPVA
Súmula 585-STJ: A responsabilidade solidária do ex-proprietá-
rio, prevista no art. 134 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB,
não abrange o IPVA incidente sobre o veículo automotor, no
que se refere ao período posterior à sua alienação 
Seção V
DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I – (IPTU) propriedadepredial e territorial urbana;
II – (ITBI) transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato
oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de
direitos reais sobre imóveis, EXCETO OS DE GARANTIA, bem
como cessão de direitos a sua aquisiçã o ;
III - (ISSQN) serviços de qualquer natureza, não compreendidos
no art. 155, II (ICMS), definidos em lei complementar. 
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refe-
re o art. 182, § 4º, inciso II, o IPTU poderá: 
I – ser PROGRESSIVO em razão do valor do imóvel; e 
II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o
uso do imóvel.
IPTU
CARACTERÍSTICAS REAL: incide sobre uma coisa (proprieda-
de imobiliária urbana)
DIRETO: o próprio contribuinte é quem
suporta o encargo financeiro da tributa-
ção (não há repercussão econômica)
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FISCAL: a função precípua deste imposto
é a arrecadação (imposto fiscal). Vale res-
saltar, no entanto, que, em alguns casos,
ele poderá assumir também um caráter
extrafiscal (forma de estimular o cumpri-
mento da função social da propriedade); 
PROGRESSIVO: pode ser progressivo no
tempo caso a propriedade não esteja
cumprindo sua função social (art. 182, §
4º), além de poder ser progressivo em ra-
zão do valor do imóvel (art. 156, § 1º, I); 
IPTU x ITR 
O IPTU incide sobre imóveis urbanos.
O ITR recai sobre imóveis rurais.
Assim, em regra, o ITR incide apenas sobre
imóveis rurais. Se o imóvel for urbano, o im-
posto devido é o IPTU.
Exceção: Segundo o STJ, incide o ITR (e
não o IPTU) sobre imóveis comprova-
damente utilizados para exploração ex-
trativa, vegetal, agrícola, pecuária ou
agroindustrial, ainda que localizados
em áreas consideradas urbanas pela le-
gislação municipal. STJ. 1ª Seção. REsp
1112646/SP, Rel. Min. Herman Benjamin,
julgado em 26/08/2009. 
*Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br
PROGRESSIVIDADE FISCAL PROGRESSIVIDADE 
EXTRAFISCAL
A EC 29/2000 autorizou, no art.
156, § 1º, I, da CF/88, que as
alíquotas do IPTU sejam pro-
gressivas em razão do valor
do imóvel.
No que concerne à progressivi-
dade de alíquotas com base no
valor do imóvel, devem ser ob-
servados os seguintes requisi-
tos e características:
a) somente é legítima a partir
do advento da E C 29 , de 13
de setembro de 2000 - confor-
me a Súmula 668, STF
b) tem objetivo fiscal, pois, ao
aumentar as alíquotas inciden-
tes sobre os imóveis mais vali-
osos - presumivelmente per-
tencentes a pessoas de maior
capacidade econômica-, visa a
incrementar a arrecadação,
retirando mais de quem mais
pode pagar;
c) deve-se ater aos limites do
razoável, sob pena de incidir
em efeito confiscatório, vedado
pelo art. 150, IV, da CF/1988.
Segundo o art. 182, § 4º, da CF,
é facultado ao Poder Público
municipal, mediante lei espe-
cífica para área incluída no
plano diretor, exigir, nos ter-
mos da lei federal, do proprie-
tário do solo urbano não edifi-
cado, subutilizado ou não utili-
zado, que promova seu ade-
quado aproveitamento.
A previsão desse art. 182, § 4º,
já constava do texto originá-
rio da CF/88 não decorrendo
de emenda.
No caso de o particular não
atender à exigência do Poder
Público, o próprio dispositivo
prevê um conjunto de provi-
dências sucessivas. A segunda
delas, logo após o parcelamen-
to ou edificação compulsórios,
é a adoção de IPTU progressi-
vo no tempo:
a) Tem objetivo extrafiscal,
pois o escopo da regra é esti-
mular o cumprimento da
função social da propriedade
por meio de um agravamento
da carga tributária suportada
pelo proprietário do solo urba-
no que não promove seu ade-
quado aproveitamento. A arre-
cadação advinda de tal situa-
ção é mero efeito colateral do
tributo.
b) O parâmetro para a pro-
gressividade não é o valor do
imóvel, mas, sim, o passar do
tempo sem o adequado apro-
veitamento do solo urbano.
Na PROGRESSIVIDADE FIS-
CAL prevista no art. 156, § 1º, I,
da CF, quanto mais valioso o
imóvel, maior a alíquota inci-
dente. 
Na PROGRESSIVIDADE EX-
TRAFISCAL, prevista no art.
182, § 4º, II, da CF, quanto mais
tempo mantida a situação
agressiva à finalidade social
da propriedade, maior será a
alíquota aplicável no lança-
mento do lPTU. 
*Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br
O IPTU incide sobre:
1) Imóveis localizados na
zona urbana
2) Imóveis localizados na
área urbanizável ou de ex-
pansão urbana
Locais onde possuem, no míni-
mo, 2 dos melhoramentos do §
1º do art. 32 do CTN.
 
Art. 32 (...)
§ 1º Para os efeitos deste im-
posto, entende-se como zona
urbana a definida em lei muni-
cipal; observado o requisito
mínimo da existência de me-
lhoramentos indicados em pelo
menos 2 (dois) dos incisos se-
guintes, construídos ou manti-
dos pelo Poder Público:
I - meio-fio ou calçamento,
com canalização de águas plu-
viais;
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitá-
rios;
IV - rede de iluminação públi-
ca, com ou sem posteamento
para distribuição domiciliar;
V - escola primária ou posto de
saúde a uma distância máxima
de 3 (três) quilômetros do imó-
vel considerado.
 
São loteamentos aprovados
pelos órgãos competentes e
destinados à habitação, à in-
dústria ou ao comércio.
Não possuem os 2 dos melho-
ramentos do § 1º, mas mesmo
assim irão ser objeto de IPTU,
desde que previstas na lei mu-
nicipal. Isso porque são áreas
que o CTN autorizou que a lei
municipal considerasse como
urbanas, apesar de não terem
os melhoramentos.
 
Art. 32 (...)
§ 2º A lei municipal pode con-
siderar urbanas as áreas urba-
nizáveis, ou de expansão urba-
na, constantes de loteamentos
aprovados pelos órgãos com-
petentes, destinados à habita-
ção, à indústria ou ao comér-
cio, mesmo que localizados
fora das zonas definidas nos
termos do parágrafo anterior.
*Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br
SÚMULAS SOBRE IPTU
STF
Súmula vinculante 52-STF: Ainda quando alugado a tercei-
ros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qual-
quer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da CF, desde
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que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as
quais tais entidades foram constituídas. 
Súmula 539-STF: É constitucional a lei do município que reduz
o IPTU sobre imóvel ocupado pela residência do proprietário,
que não possua outro.
Súmula 583-STF: Promitente-comprador de imóvel residencial
transcrito em nome de autarquia é contribuinte do IPTU. • Váli-
da, mas para isso, o promitente-comprador deverá estar previs-
to na lei municipal como contribuinte do imposto (Súmula 399-
STJ).
Súmula 589-STF: É inconstitucional a fixação de adicional
progressivo do IPTU em função do número de imóveis do
contribuinte. 
Súmula 668-STF: É inconstitucional a lei municipal que tenha
estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquo-
tas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o
cumprimento da função social da propriedade urbana
STJ
Súmula 160-STJ: É defeso, ao município, atualizar o IPTU, me-
diante decreto, em percentual superior ao índice oficial de cor-
reção monetária. 
Súmula 397-STJ: O contribuinte do IPTU é notificado do lan-
çamento pelo envio do carnê ao seu endereço. 
Súmula 399-STJ: Cabe à legislação municipal estabelecer o su-
jeito passivo do IPTU. 
Súmula 614-STJ: O locatário não possui legitimidade ativa
para discutir a relação jurídico-tributária de IPTU e de taxas refe-
rentes ao imóvel alugado nem para repetir indébito desses tri-
butos.
Súmula 626-STJ: A incidência do IPTU sobre imóvel situado em
área considerada pela lei local como urbanizável ou de expan-
são urbana não está condicionada à existência dos melhora-
mentos elencados no art. 32, § 1º, do CTN. 
§ 2º O ITBI:
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorpo-
rados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capi-
tal, nem sobre a transmissão de bens oudireitos decorrente
de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica,
salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adqui-
rente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação
de bens imóveis ou arrendamento mercantil;
II - compete ao Município da situação do bem.
SÚMULAS SOBRE ITBI
Súmula 75-STF: Sendo vendedora uma autarquia, a sua imuni-
dade fiscal não compreende o imposto de transmissão "inter
vivos", que é encargo do comprador. 
Súmula 110-STF: O imposto de transmissão "inter vivos" não
incide sobre a construção, ou parte dela, realizada pelo adqui-
rente, mas sobre o que tiver sido construído ao tempo da alie-
nação do terreno. 
Súmula 470-STF: O imposto de transmissão "inter vivos" não
incide sobre a construção, ou parte dela, realizada, inequivoca-
mente, pelo promitente comprador, mas sobre o valor do que
tiver sido construído antes da promessa de venda. 
Súmula 656-STF: É inconstitucional a lei que estabelece
alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vi-
vos de bens imóveis – ITBI com base no valor venal do imóvel
§ 3º Em relação ao ISSQN, cabe à LC: 
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; 
II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o
exterior. 
III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos
e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
DF pode instituir ISS
SÚMULAS SOBRE ISS
STF
Súmula vinculante 31-STF: É inconstitucional a incidência do
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre ope-
rações de locação de bens móveis. 
Súmula 588-STF: O ISS não incide sobre os depósitos, as co-
missões e taxas de desconto, cobrados pelos estabelecimentos
bancários. 
Súmula 663-STF: Os §§ 1º e 3º do art. 9º do DL 406/68 foram
recebidos pela Constituição. 
STJ
Súmula 138-STJ: O ISS incide na operação de arrendamento
mercantil de coisas móveis. 
Há incidência de ISS no caso de leasing?
No caso de leasing financeiro: SIM (há a prestação de um
serviço de financiamento).
No caso de leasing operacional: NÃO (há apenas uma locação).
STF. Plenário. RE 547245, Rel. Min. Eros Grau, julgado em
02/12/2009.
Súmula 156-STJ: A prestação de serviço de composição gráfica,
personalizada e sob encomenda, ainda que envolva forneci-
mento de mercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS. 
Súmula 167-STJ: O fornecimento de concreto, por empreitada,
para construção civil, preparado no trajeto até a obra em beto-
neiras acopladas a caminhões, é prestação de serviço, sujei-
tando-se apenas à incidência do ISS. 
Súmula 274-STJ: O ISS incide sobre o valor dos serviços de as-
sistência médica, incluindo-se neles as refeições, os medicamen-
tos e as diárias hospitalares. 
Súmula 424-STJ: É legítima a incidência de ISS sobre os servi-
ços bancários congêneres da lista anexa ao DL nº 406/1968 e à
LC n. 56/1987.
Súmula 524-STJ: No tocante à base de cálculo, o ISSQN incide
apenas sobre a taxa de agenciamento quando o serviço presta-
do por sociedade empresária de trabalho temporário for de in-
termediação, devendo, entretanto, englobar também os valores
dos salários e encargos sociais dos trabalhadores por ela contra-
tados nas hipóteses de fornecimento de mão de obra. 
______Codigo Civil____________Codigo Civil______
CAPÍTULO X
Do Mandato
Seção I
Disposições Gerais
Art. 653. Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem
poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar inte-
resses. A procuração é o instrumento do mandato.
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Dia 16 / 6
Art. 654. Todas as pessoas capazes são aptas para dar procura-
ção mediante instrumento particular, que valerá desde que tenha
a assinatura do outorgante.
§ 1o O instrumento particular deve conter a indicação do lugar
onde foi passado, a qualificação do outorgante e do outorgado, a
data e o objetivo da outorga com a designação e a extensão dos
poderes conferidos.
§ 2o O terceiro com quem o mandatário tratar poderá exigir que
a procuração traga a firma reconhecida.
Art. 655. Ainda quando se outorgue mandato por instrumento
público, pode substabelecer-se mediante instrumento parti-
cular . 
JDC182 O mandato outorgado por instrumento público previsto
no art. 655 do Código Civil somente admite substabelecimen-
to por instrumento particular quando a forma pública for fa-
cultativa e não integrar a substância do ato.
Art. 656. O mandato pode ser expresso ou tácito, verbal ou es-
crito.
Art. 657. A outorga do mandato está sujeita à forma exigida por
lei para o ato a ser praticado. Não se admite mandato verbal
quando o ato deva ser celebrado por escrito.
Art. 658. O mandato PRESUME-SE GRATUITO quando não hou-
ver sido estipulada retribuição, exceto se o seu objeto correspon-
der ao daqueles que o mandatário trata por ofício ou profissão
lucrativa.
Parágrafo único. Se o mandato for oneroso, caberá ao mandatário
a retribuição prevista em lei ou no contrato. Sendo estes omissos,
será ela determinada pelos usos do lugar, ou, na falta destes, por
arbitramento.
Art. 659. A aceitação do mandato pode ser tácita, e resulta do
começo de execução.
Art. 660. O mandato pode ser especial a um ou mais negócios de-
terminadamente, ou geral a todos os do mandante.
Art. 661. O mandato em termos gerais só confere poderes de
administração.
§ 1o Para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar outros quaisquer
atos que exorbitem da administração ordinária, depende a procu-
ração de poderes especiais e expressos.
§ 2o O poder de transigir não importa o de firmar compromis-
so.
JDC183 Para os casos em que o parágrafo primeiro do art. 661
exige poderes especiais, a procuração deve conter a identifica-
ção do objeto.
Art. 662. Os atos praticados por quem não tenha mandato, ou o
tenha sem poderes suficientes, são INEFICAZES em relação àque-
le em cujo nome foram praticados, salvo se este os ratificar.
Parágrafo único. A ratificação há de ser expressa, ou resultar
de ato inequívoco, e retroagirá à data do ato.
Art. 663. Sempre que o mandatário estipular negócios expressa-
mente em nome do mandante, será este o único responsável; fi-
cará, porém, o mandatário pessoalmente obrigado, se agir no
seu próprio nome, ainda que o negócio seja de conta do man-
dante.
Art. 664. O mandatário tem o direito de reter, do objeto da ope-
ração que lhe foi cometida, quanto baste para pagamento de
tudo que lhe for devido em consequência do mandato.
JDC184 Da interpretação conjunta desses dispositivos, extrai-se
que o mandatário tem o direito de reter, do objeto da operação
que lhe foi cometida, tudo o que lhe for devido em virtude do
mandato, incluindo-se a remuneração ajustada e o reembolso de
despesas.
Art. 665. O mandatário que exceder os poderes do mandato, ou
proceder contra eles, será considerado mero gestor de negó-
cios, enquanto o mandante lhe não ratificar os atos.
Art. 666. O maior de 16 e menor de 18 anos não emancipado
PODE ser mandatário, mas o mandante não tem ação contra ele
senão de conformidade com as regras gerais, aplicáveis às obri-
gações contraídas por menores.
Seção II
Das Obrigações do Mandatário
Art. 667. O mandatário é obrigado a aplicar toda sua diligência
habitual na execução do mandato, e a indenizar qualquer prejuízo
causado por culpa sua ou daquele a quem substabelecer, sem au-
torização, poderes que devia exercer pessoalmente.
§ 1o Se, não obstante proibição do mandante, o mandatário se fi-
zer substituir na execução do mandato, responderá ao seu consti-
tuinte pelos prejuízos ocorridos sob a gerência do substituto, em-
bora provenientes de caso fortuito, salvo provando que o
caso teria sobrevindo, ainda que não tivesse havido substabe-
lecimento.
§ 2o Havendo poderes de substabelecer, só serão imputáveis ao
mandatário os danos causados pelo substabelecido, se tiver
agido com culpa na escolha deste ou nas instruções dadas a ele.
§ 3o Se a proibição de substabelecer constar da procuração, os
atos praticados pelo substabelecido não obrigam o mandante,
salvo ratificação expressa, que retroagiráà data do ato.
§ 4o Sendo omissa a procuração quanto ao substabelecimento, o
procurador será responsável se o substabelecido proceder culpo-
samente.
Art. 668. O mandatário é obrigado a dar contas de sua gerência
ao mandante, transferindo-lhe as vantagens provenientes do
mandato, por qualquer título que seja.
Art. 669. O mandatário NÃO PODE COMPENSAR os prejuízos a
que deu causa com os proveitos que, por outro lado, tenha gran-
jeado ao seu constituinte.
Art. 670. Pelas somas que devia entregar ao mandante ou recebeu
para despesa, mas empregou em proveito seu, pagará o manda-
tário juros, desde o momento em que abusou.
Art. 671. Se o mandatário, tendo fundos ou crédito do mandante,
comprar, em nome próprio, algo que devera comprar para o
mandante, por ter sido expressamente designado no mandato,
terá este ação para obrigá-lo à entrega da coisa comprada.
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Art. 672. Sendo 2 ou mais os mandatários nomeados no mesmo
instrumento, qualquer deles poderá exercer os poderes outor-
gados, se não forem expressamente declarados conjuntos, nem
especificamente designados para atos diferentes, ou subordina-
dos a atos sucessivos. Se os mandatários forem declarados
conjuntos, não terá eficácia o ato praticado sem interferência
de todos, salvo havendo ratificação, que retroagirá à data do
ato.
Art. 673. O terceiro que, depois de conhecer os poderes do man-
datário, com ele celebrar negócio jurídico exorbitante do manda-
to, não tem ação contra o mandatário, salvo se este lhe prometeu
ratificação do mandante ou se responsabilizou pessoalmente.
Art. 674. Embora ciente da morte, interdição ou mudança de es-
tado do mandante, deve o mandatário concluir o negócio já
começado, se houver perigo na demora.
Seção III
Das Obrigações do Mandante
Art. 675. O mandante é obrigado a satisfazer todas as obriga-
ções contraídas pelo mandatário, na conformidade do man-
dato conferido, e adiantar a importância das despesas necessá-
rias à execução dele, quando o mandatário lho pedir.
Art. 676. É obrigado o mandante a pagar ao mandatário a remu-
neração ajustada e as despesas da execução do mandato, ainda
que o negócio não surta o esperado efeito, salvo tendo o
mandatário culpa.
Art. 677. As somas adiantadas pelo mandatário, para a execução
do mandato, vencem juros desde a data do desembolso.
Art. 678. É igualmente obrigado o mandante a ressarcir ao man-
datário as perdas que este sofrer com a execução do mandato,
sempre que não resultem de culpa sua ou de excesso de po-
deres.
Art. 679. Ainda que o mandatário contrarie as instruções do man-
dante, se não exceder os limites do mandato, ficará o mandante
obrigado para com aqueles com quem o seu procurador contra-
tou; mas terá contra este ação pelas perdas e danos resultantes
da inobservância das instruções.
Art. 680. Se o mandato for outorgado por 2 ou mais pessoas, e
para negócio comum, cada uma ficará solidariamente responsá-
vel ao mandatário por todos os compromissos e efeitos do man-
dato, salvo direito regressivo, pelas quantias que pagar, contra
os outros mandantes.
Art. 681. O mandatário tem sobre a coisa de que tenha a posse
em virtude do mandato, direito de retenção, até se reembolsar do
que no desempenho do encargo despendeu.
Seção IV
Da Extinção do Mandato
Art. 682. Cessa o mandato:
I - pela revogação ou pela renúncia;
II - pela morte ou interdição de uma das partes;
III - pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir
os poderes, ou o mandatário para os exercer;
IV - pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio.
Art. 683. Quando o mandato contiver a cláusula de irrevogabilida-
de e o mandante o revogar, pagará perdas e danos.
Art. 684. Quando a cláusula de irrevogabilidade for condição de
um negócio bilateral, ou tiver sido estipulada no exclusivo interes-
se do mandatário, a revogação do mandato será INEFICAZ.
Art. 685. Conferido o mandato com a cláusula "em causa pró-
pria", a sua revogação NÃO TERÁ EFICÁCIA, nem se extingui-
rá pela morte de qualquer das partes, ficando o mandatário
dispensado de prestar contas, e podendo transferir para si os
bens móveis ou imóveis objeto do mandato, obedecidas as for-
malidades legais.
Art. 686. A revogação do mandato, notificada somente ao manda-
tário, não se pode opor aos terceiros que, ignorando-a, de boa-
fé com ele trataram; mas ficam salvas ao constituinte as ações
que no caso lhe possam caber contra o procurador.
Parágrafo único. É IRREVOGÁVEL o mandato que contenha po-
deres de cumprimento ou confirmação de negócios enceta-
dos, aos quais se ache vinculado.
Art. 687. Tanto que for comunicada ao mandatário a nomeação de
outro, para o mesmo negócio, considerar-se-á revogado o man-
dato anterior.
Art. 688. A renúncia do mandato será comunicada ao mandante,
que, se for prejudicado pela sua inoportunidade, ou pela falta de
tempo, a fim de prover à substituição do procurador, será indeni-
zado pelo mandatário, salvo se este provar que não podia conti-
nuar no mandato sem prejuízo considerável, e que não lhe era
dado substabelecer.
Art. 689. São válidos, a respeito dos contratantes de boa-fé, os
atos com estes ajustados em nome do mandante pelo mandatá-
rio, enquanto este ignorar a morte daquele ou a extinção do
mandato, por qualquer outra causa.
Art. 690. Se falecer o mandatário, pendente o negócio a ele co-
metido, os herdeiros, tendo ciência do mandato, avisarão o man-
dante, e providenciarão a bem dele, como as circunstâncias exigi-
rem.
Art. 691. Os herdeiros, no caso do artigo antecedente, devem li-
mitar-se às medidas conservatórias, ou continuar os negócios
pendentes que se não possam demorar sem perigo, regu-
lando-se os seus serviços dentro desse limite, pelas mesmas nor-
mas a que os do mandatário estão sujeitos.
Seção V
Do Mandato Judicial
Art. 692. O mandato judicial fica subordinado às normas que lhe
dizem respeito, constantes da legislação processual, e, supletiva-
mente, às estabelecidas neste Código.
CAPÍTULO XI
Da Comissão
Art. 693. O contrato de comissão tem por objeto a aquisição ou a
venda de bens pelo comissário, em seu próprio nome, à conta
do comitente.
Art. 694. O comissário fica diretamente obrigado para com as
pessoas com quem contratar, sem que estas tenham ação contra
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o comitente, nem este contra elas, salvo se o comissário ceder
seus direitos a qualquer das partes.
Art. 695. O comissário é obrigado a agir de conformidade com as
ordens e instruções do comitente, devendo, na falta destas, não
podendo pedi-las a tempo, proceder segundo os usos em casos
semelhantes.
Parágrafo único. Ter-se-ão por justificados os atos do comissário,
se deles houver resultado vantagem para o comitente, e ainda no
caso em que, não admitindo demora a realização do negócio, o
comissário agiu de acordo com os usos.
Art. 696. No desempenho das suas incumbências o comissário é
obrigado a agir com cuidado e diligência, não só para evitar
qualquer prejuízo ao comitente, mas ainda para lhe proporcio-
nar o lucro que razoavelmente se podia esperar do negócio.
Parágrafo único. Responderá o comissário, salvo motivo de força
maior, por qualquer prejuízo que, por ação ou omissão, ocasionar
ao comitente.
Art. 697. O comissário não responde pela insolvência das pesso-
as com quem tratar, exceto em caso de culpa e no do artigo se-
guinte.
Art. 698. Se do contrato de comissão constar a cláusula del cre-
dere, RESPONDERÁ o comissário SOLIDARIAMENTE com as
pessoas com que houver tratado em nome do comitente, caso
em que, salvo estipulação em contrário, o comissário tem direito
a remuneração mais elevada, para compensar o ônus assumi-
do.
Art. 699. Presume-se o comissário autorizado a conceder dila-
ção do prazo para pagamento, na conformidade dos usos do lu-
gar onde se realizar o negócio, se não houver instruções diversas
do comitente.
Art. 700. Se houver instruções do comitente proibindo prorroga-
ção de prazos para pagamento, ou seesta não for conforme os
usos locais, poderá o comitente exigir que o comissário pague in-
continenti ou responda pelas consequências da dilação concedi-
da, procedendo-se de igual modo se o comissário não der ciência
ao comitente dos prazos concedidos e de quem é seu beneficiá-
rio.
Art. 701. Não estipulada a remuneração devida ao comissário,
será ela arbitrada segundo os usos correntes no lugar.
Art. 702. No caso de morte do comissário, ou, quando, por motivo
de força maior, não puder concluir o negócio, será devida pelo
comitente uma remuneração proporcional aos trabalhos realiza-
dos.
Art. 703. Ainda que tenha dado motivo à dispensa, terá o co-
missário direito a ser remunerado pelos serviços úteis presta-
dos ao comitente, ressalvado a este o direito de exigir daquele os
prejuízos sofridos.
Art. 704. Salvo disposição em contrário, pode o comitente, a qual-
quer tempo, alterar as instruções dadas ao comissário, enten-
dendo-se por elas regidos também os negócios pendentes.
Art. 705. Se o comissário for despedido sem justa causa, terá di-
reito a ser remunerado pelos trabalhos prestados, bem como a
ser ressarcido pelas perdas e danos resultantes de sua dispensa.
Art. 706. O comitente e o comissário são obrigados a pagar ju-
ros um ao outro; o primeiro pelo que o comissário houver adian-
tado para cumprimento de suas ordens; e o segundo pela mora
na entrega dos fundos que pertencerem ao comitente.
Art. 707. O crédito do comissário, relativo a comissões e despe-
sas feitas, goza de privilégio geral, no caso de falência ou in-
solvência do comitente.
Art. 708. Para reembolso das despesas feitas, bem como para re-
cebimento das comissões devidas, tem o comissário direito de
retenção sobre os bens e valores em seu poder em virtude da co-
missão.
Art. 709. São aplicáveis à comissão, no que couber, as regras so-
bre mandato.
CAPÍTULO XII
Da Agência e Distribuição
Art. 710. Pelo CONTRATO DE AGÊNCIA, uma pessoa assume, em
caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a obriga-
ção de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a rea-
lização de certos negócios, em zona determinada, caracteri-
zando-se a DISTRIBUIÇÃO quando o agente tiver à sua dispo-
sição a coisa a ser negociada.
Parágrafo único. O proponente pode conferir poderes ao agente
para que este o represente na conclusão dos contratos.
Art. 711. SALVO AJUSTE, o proponente não pode constituir, ao
mesmo tempo, mais de um agente, na mesma zona, com
idêntica incumbência; nem pode o agente assumir o encargo de
nela tratar de negócios do mesmo gênero, à conta de outros pro-
ponentes.
Art. 712. O agente, no desempenho que lhe foi cometido, deve
agir com toda diligência, atendo-se às instruções recebidas do
proponente.
Art. 713. Salvo estipulação diversa, todas as despesas com a
agência ou distribuição correm a cargo do agente ou distribui-
dor.
Art. 714. Salvo ajuste, o agente ou distribuidor terá direito à re-
muneração correspondente aos negócios concluídos dentro de
sua zona, ainda que sem a sua interferência.
Art. 715. O agente ou distribuidor tem direito à indenização se o
proponente, sem justa causa, cessar o atendimento das propostas
ou reduzi-lo tanto que se torna antieconômica a continuação do
contrato.
Art. 716. A remuneração será devida ao agente também quando o
negócio deixar de ser realizado por fato imputável ao proponen-
te.
Art. 717. Ainda que dispensado por justa causa, terá o agente
direito a ser remunerado pelos serviços úteis prestados ao
proponente, sem embargo de haver este perdas e danos pelos
prejuízos sofridos.
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Art. 718. Se a dispensa se der sem culpa do agente, terá ele direi -
to à remuneração até então devida, inclusive sobre os negócios
pendentes, além das indenizações previstas em lei especial.
Art. 719. Se o agente não puder continuar o trabalho por motivo
de força maior, terá direito à remuneração correspondente aos
serviços realizados, cabendo esse direito aos herdeiros no caso de
morte.
Art. 720. Se o contrato for por tempo indeterminado, qualquer
das partes poderá resolvê-lo, mediante aviso prévio de 90
dias, desde que transcorrido prazo compatível com a natureza
e o vulto do investimento exigido do agente.
Parágrafo único. No caso de divergência entre as partes, o juiz de-
cidirá da razoabilidade do prazo e do valor devido.
Art. 721. Aplicam-se ao contrato de agência e distribuição, no que
couber, as regras concernentes ao mandato e à comissão e as
constantes de lei especial.
CAPÍTULO XIII
Da Corretagem
Art. 722. Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, não ligada a
outra em virtude de mandato, de prestação de serviços ou
por qualquer relação de dependência, obriga-se a obter para
a segunda um ou mais negócios, conforme as instruções recebi-
das.
Art. 723. O corretor é obrigado a executar a mediação com dili-
gência e prudência, e a prestar ao cliente, espontaneamente, to-
das as informações sobre o andamento do negócio. 
Parágrafo único. Sob pena de responder por perdas e danos, o
corretor prestará ao cliente todos os esclarecimentos acerca da
segurança ou do risco do negócio, das alterações de valores e de
outros fatores que possam influir nos resultados da incumbência.
Art. 724. A remuneração do corretor, se não estiver fixada em lei,
nem ajustada entre as partes, será arbitrada segundo a natureza
do negócio e os usos locais.
Art. 725. A remuneração é devida ao corretor uma vez que tenha
conseguido o resultado previsto no contrato de mediação, ou
ainda que este não se efetive em virtude de arrependimento
das partes.
Art. 726. Iniciado e concluído o negócio diretamente entre as
partes, nenhuma remuneração será devida ao corretor ; mas
se, por escrito, for ajustada a corretagem com exclusividade,
terá o corretor direito à remuneração integral, ainda que rea-
lizado o negócio sem a sua mediação, salvo se comprovada
sua inércia ou ociosidade.
Art. 727. Se, por não haver prazo determinado, o dono do negó-
cio dispensar o corretor, e o negócio se realizar posteriormente,
como fruto da sua mediação, a corretagem lhe será devida; igual
solução se adotará se o negócio se realizar após a decorrência do
prazo contratual, mas por efeito dos trabalhos do corretor.
Art. 728. Se o negócio se concluir com a intermediação de mais
de um corretor, a remuneração será paga a todos em partes
iguais, salvo ajuste em contrário.
Art. 729. Os preceitos sobre corretagem constantes deste Código
não excluem a aplicação de outras normas da legislação especial.
__________Codigo de Proçesso CivilCodigo de Proçesso Civil________
CAPÍTULO XIII
DA SENTENÇA E DA COISA JULGADA
Seção I
Disposições Gerais
Art. 485.  O juiz NÃO RESOLVERÁ O MÉRITO quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 ano por negli-
gência das partes; - a parte será intimada pessoalmente para su-
prir a falta no prazo de 5 dias.
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incum-
bir, o autor abandonar a causa por mais de 30 dias; - a parte
será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 dias.
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de
desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou
de coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse proces-
sual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitra-
gem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada in-
transmissível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código.
§ 1o Nas hipóteses descritas nos incisos II (paralisação por mais de
1 ano por negligência) e III (abandono da causa por mais de 30
dias), a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta
no prazo de 5 dias.
§ 2o No caso do § 1o, quanto ao inciso II (paralisação por mais de
1 ano pornegligência), as partes pagarão proporcionalmente as
custas, e, quanto ao inciso III (abandono da causa por mais de 30
dias), o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos
honorários de advogado.
§ 3o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos
IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto
não ocorrer o trânsito em julgado.
§ 4o Oferecida a contestação, o autor NÃO PODERÁ, SEM O
CONSENTIMENTO do réu, DESISTIR da ação.
§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada ATÉ A SENTEN-
ÇA.
§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por
abandono da causa pelo autor DEPENDE DE REQUERIMENTO
DO RÉU.
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam
os incisos deste artigo, o juiz terá 5 dias para retratar-se.
JUIZ CONHECERÁ DE 
OFÍCIO ENQUANTO NÃO
OCORRER O TRÂNSITO
EM JULGADO
Ausência de pressupostos de cons-
tituição e de desenvolvimento váli-
do e regular do processo
Perempção, de litispendência ou de
coisa julgada
Ausência de legitimidade ou de in-
teresse processual
Morte da parte, a ação for conside-
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Dia 16 / 10
rada intransmissível
STF
Súmula 216-STF: Para decretação da absolvição de instância
pela paralisação do processo por mais de 30 dias, é necessário
que o autor, previamente intimado, não promova o anda-
mento da causa
STJ
Súmula 240-STJ: A extinção do processo, por abandono da
causa pelo autor, depende de requerimento do réu.
FPPC47. (art. 485, VII) A competência do juízo estatal deverá
ser analisada previamente à alegação de convenção de arbi-
tragem
FPPC48. (art. 485, VII) A alegação de convenção de arbitragem
deverá ser examinada à luz do princípio da competência-
competência.
FPPC153. (art. 485, VII) A superveniente instauração de proce-
dimento arbitral, se ainda não decidida a alegação de con-
venção de arbitragem, também implicará a suspensão do
processo, à espera da decisão do juízo arbitral sobre a sua pró-
pria competência.
FPPC434. (art. 485, VII) O reconhecimento da competência
pelo juízo arbitral é causa para a extinção do processo judici-
al sem resolução de mérito.
FPPC435. (arts. 485, VII, 1015, III) CABE AGRAVO DE INSTRU-
MENTO contra a decisão do juiz que, diante do reconheci-
mento de competência pelo juízo arbitral, se recusar a extin-
guir o processo judicial sem resolução de mérito.
FPPC520. (art. 485, §7º; Lei 9.099/1995; Lei 12.153/2009) Inter-
posto recurso inominado contra sentença sem resolução de
mérito, o juiz pode se retratar em 5 dias
Art. 486.  O pronunciamento judicial que não resolve o mérito
não obsta a que a parte proponha de novo a ação.
§ 1o No caso de extinção em razão de litispendência e nos casos
dos incisos I, IV, VI e VII do art. 485, a propositura da nova ação
depende da correção do vício que levou à sentença sem resolu-
ção do mérito.
§ 2o A petição inicial, todavia, não será despachada sem a prova
do pagamento ou do depósito das custas e dos honorários de
advogado.
§ 3o Se o autor der causa, por 3 vezes, a sentença fundada em
abandono da causa, não poderá propor nova ação contra o
réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a
possibilidade de alegar em defesa o seu direito (perempção)
A PROPOSITURA DA
NOVA AÇÃO DEPENDE
DA CORREÇÃO DO VÍ-
CIO QUE LEVOU À SEN-
TENÇA SEM RESOLU-
ÇÃO DO MÉRITO
Litispendência
Indeferir a petição inicial
Ausência de pressupostos de consti-
tuição e de desenvolvimento válido e
regular do processo
Ausência de legitimidade ou de inte-
resse processual
Acolher a alegação de existência de
convenção de arbitragem ou quando
o juízo arbitral reconhecer sua com-
petência
Art. 487.  HAVERÁ RESOLUÇÃO DE MÉRITO quando o juiz:
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na recon-
venção;
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de
decadência ou prescrição;
III - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na
ação ou na reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconven-
ção.
Parágrafo único.  Ressalvada a hipótese do § 1o do art. 332 (im-
procedência liminar), a prescrição e a decadência não serão re-
conhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade
de manifestar-se.
FPPC160. (art. 487, I) A sentença que reconhece a extinção da
obrigação pela confusão é de mérito.
FPPC161. (art. 487, II) É de mérito a decisão que rejeita a alega-
ção de prescrição ou de decadência.
FPPC521. (art. 487, parágrafo único; arts. 210 e 211 do Código
Civil) Apenas a decadência fixada em lei pode ser conhecida
de ofício pelo juiz.
Art. 488.  Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre
que a decisão for favorável à parte a quem aproveitaria even-
tual pronunciamento nos termos do art. 485.
Seção II
Dos Elementos e dos Efeitos da Sentença
Art. 489.  São elementos essenciais da sentença:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação
do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das
principais ocorrências havidas no andamento do processo;
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de
fato e de direito;
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais
que as partes lhe submeterem.
§ 1o NÃO SE CONSIDERA FUNDAMENTADA qualquer decisão
judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato
normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão
decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar
o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer
outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no proces-
so capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo jul-
gador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula,
sem identificar seus fundamentos determinantes nem de-
monstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles funda-
mentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou
precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência
de distinção no caso em julgamento ou a superação do enten-
dimento.
§ 2o No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o obje-
to e os critérios gerais da ponderação efetuada, enunciando as ra-
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Dia 16 / 11
zões que autorizam a interferência na norma afastada e as pre-
missas fáticas que fundamentam a conclusão.
§ 3o A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conju-
gação de todos os seus elementos e em conformidade com o
princípio da boa-fé.
FPPC305. (arts. 489, § 1º, IV, 984, §2º, 1.038, § 3º). No julgamento
de casos repetitivos, o tribunal deverá enfrentar todos os argu-
mentos contrários e favoráveis à tese jurídica discutida, inclusive
os suscitados pelos interessados
FPPC306. (art. 489, § 1º, VI). O precedente vinculante não será
seguido quando o juiz ou tribunal distinguir o caso sob jul-
gamento, demonstrando, fundamentadamente, tratar-se de
situação particularizada por hipótese fática distinta, a impor
solução jurídica diversa.
FPPC303. (art. 489, §1º) As hipóteses descritas nos incisos do §1º
do art. 499 são exemplificativas.
FPPC307. (arts. 489, §1º, 1.013, §3º, IV) Reconhecida a insufi-
ciência da sua fundamentação, o tribunal decretará a nulida-
de da sentença e, preenchidos os pressupostos do §3º do art.
1.013, decidirá desde logo o mérito da causa.
FPPC308. (arts. 489, § 1º, 1.046). Aplica-se o art. 489, § 1º, a to-
dos os processos pendentes de decisão ao tempo da entrada
em vigor do CPC, ainda que conclusos os autos antes da sua
vigência.
FPPC309. (art. 489) O disposto no § 1º do art. 489 do CPC é apli-
cável no âmbito dos Juizados Especiais.
FPPC522. (art. 489, inc. I; arts. 931 e 933) O relatório nos julga-
mentos colegiados tem função preparatória e deverá indicar
as questões de fato e de direito relevantes para o julgamen-
to e já submetidas ao contraditório.
FPPC523.(art. 489, §1º, inc. IV) O juiz é obrigado a enfrentar to-
das as alegações deduzidas pelas partes capazes, em tese, de in-
firmar a decisão, não sendo suficiente apresentar apenas os fun-
damentos que a sustentam.
FPPC524. (art. 489, §1º, IV; art. 985, I) O art. 489, §1º, IV, não obri-
ga o órgão julgador a enfrentar os fundamentos jurídicos dedu-
zidos no processo e já enfrentados na formação da decisão pa-
radigma, sendo necessário demonstrar a correlação fática e
jurídica entre o caso concreto e aquele já apreciado
JDPC37 Aplica-se aos juizados especiais o disposto nos pa-
rágrafos do art. 489 do CPC. 
Art. 490.  O juiz resolverá o mérito acolhendo ou rejeitando, no
todo ou em parte, os pedidos formulados pelas partes.
Art. 491.  Na ação relativa à obrigação de pagar quantia, ainda
que formulado pedido genérico, a decisão definirá desde
logo a extensão da obrigação, o índice de correção monetá-
ria, a taxa de juros, o termo inicial de ambos e a periodicidade
da capitalização dos juros, se for o caso, salvo quando:
I - não for possível determinar, de modo definitivo, o montante
devido;
II - a apuração do valor devido depender da produção de prova
de realização demorada ou excessivamente dispendiosa, assim re-
conhecida na sentença.
§ 1o Nos casos previstos neste artigo, seguir-se-á a apuração do
valor devido por liquidação.
§ 2o O disposto no caput também se aplica quando o acórdão al-
terar a sentença.
Art. 492.  É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa
da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superi-
or ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
Parágrafo único.  A decisão deve ser certa, ainda que resolva
relação jurídica condicional.
Decisão Citra petita : não examina em toda a sua amplitude o
pedido formulado na inicial
Decisão Ultra petita : juiz vai além do pedido do autor, dando
mais do que fora pedido.
Decisão Extra petita : quando a providência jurisdicional deferi-
da é diversa da que foi postulada
FPPC525. (art. 492; art. 497; art. 139, inc. IV;) A produção do re-
sultado prático equivalente pode ser determinada por decisão
proferida na fase de conhecimento.
Art. 493.  Se, depois da propositura da ação, algum fato constitu-
tivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento do
mérito, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a
requerimento da parte, no momento de proferir a decisão.
Parágrafo único.  Se constatar de ofício o fato novo, o juiz ouvi-
rá as partes sobre ele antes de decidir.
Art. 494.  Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la:
I - para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, ine-
xatidões materiais ou erros de cálculo;
II - por meio de embargos de declaração.
Art. 495.  A decisão que condenar o réu ao pagamento de pres-
tação consistente em dinheiro e a que determinar a conversão
de prestação de fazer, de não fazer ou de dar coisa em prestação
pecuniária valerão como título constitutivo de hipoteca judi-
ciária.
§ 1o A decisão produz a hipoteca judiciária:
I - embora a condenação seja genérica;
II - ainda que o credor possa promover o cumprimento provi-
sório da sentença ou esteja pendente arresto sobre bem do
devedor;
III - mesmo que impugnada por recurso dotado de efeito sus-
pensivo.
§ 2o A hipoteca judiciária poderá ser realizada mediante apre-
sentação de cópia da sentença perante o cartório de registro imo-
biliário, independentemente de ordem judicial, de declaração
expressa do juiz ou de demonstração de urgência.
§ 3o No prazo de até 15 dias da data de realização da hipoteca, a
parte informá-la-á ao juízo da causa, que determinará a intimação
da outra parte para que tome ciência do ato.
§ 4o A hipoteca judiciária, uma vez constituída, implicará, para o
credor hipotecário, o direito de preferência, quanto ao paga-
mento, em relação a outros credores, observada a prioridade no
registro.
§ 5o Sobrevindo a reforma ou a invalidação da decisão que impôs
o pagamento de quantia, a parte responderá, independentemen-
te de culpa (responsabilidade objetiva), pelos danos que a outra
parte tiver sofrido em razão da constituição da garantia, devendo
o valor da indenização ser liquidado e executado nos próprios au-
tos.
FPPC310. (art. 495) Não é título constitutivo de hipoteca judi-
LUCAS BRUNO - 366.587.629-02
Dia 16 / 12
ciária a decisão judicial que condena à entrega de coisa dis-
tinta de dinheiro.
Súmula 318-STJ: Formulado pedido certo e determinado, so-
mente o autor tem interesse recursal em arguir o vício da sen-
tença ilíquida
Súmula 344-STJ: A liquidação por forma diversa da estabeleci-
da na sentença não ofende a coisa julgada. 
Seção III
Da Remessa Necessária
Art. 496.  Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produ-
zindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a senten-
ça:
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direi-
to público;
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à
execução fiscal.
§ 1o Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação
no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribu-
nal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-
los-á.
§ 2o Em qualquer dos casos referidos no § 1o, o tribunal julgará a
remessa necessária.
§ 3o Não se aplica a remessa necessária quando a condenação
ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e
líquido inferior a:
I - 1.000 salários-mínimos para a União e as respectivas autar-
quias e fundações de direito público;
II - 500 salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as
respectivas autarquias e fundações de direito público e os Muni-
cípios que constituam capitais dos Estados;
III - 100 salários-mínimos para todos os demais Municípios e
respectivas autarquias e fundações de direito público.
§ 4o Também não se aplica a remessa necessária quando a sen-
tença estiver fundada em:
I - súmula de tribunal superior;
II - acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de
recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em IRDR ou de IAC;
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante fir-
mada no âmbito administrativo do próprio ente público, con-
solidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
FPPC164. (art. 496) A sentença arbitral contra a Fazenda Pú-
blica NÃO ESTÁ SUJEITA À REMESSA NECESSÁRIA.
FPPC311. (arts. 496 e 1.046) A regra sobre remessa necessária
é aquela vigente ao tempo da publicação em cartório ou dis-
ponibilização nos autos eletrônicos da sentença ou, ainda,
quando da prolação da sentença em audiência, de modo que
a limitação de seu cabimento no CPC não prejudica as re-
messas determinadas no regime do art. 475 do CPC/1973.
FPPC312. (art. 496) O inciso IV do §4º do art. 496 do CPC aplica-
se ao procedimento do mandado de segurança.
FPPC432. (art. 496, §1º) A interposição de apelação parcial
NÃO IMPEDE a remessa necessária.
FPPC433. (arts. 496, §4º, IV, 6º, 927, §5º) Cabe à Administração
Pública dar publicidade às suas orientações vinculantes, prefe-
rencialmente pela rede mundial de computadores.
SÚMULAS SOBRE REEXAME NECESSÁRIO
STF
Súmula 423-STF: Não transita em julgado a sentença por ha-
ver omitido o recurso "ex-oficio", que se considera interposto
"ex-lege". 
STJ
Súmula 45-STJ: No reexame necessário, é defeso, ao tribunal,
agravar a condenação imposta à Fazenda Pública. 
Súmula 253-STJ: O art. 557 do CPC, que autoriza o relator a de-
cidir o recurso, alcança o reexame necessário. 
Súmula 325-STJ: A remessa oficial devolve ao Tribunal o reexa-
me de todas as parcelas da condenação suportadas pela Fazen-
da Pública, inclusive dos honorários de advogado. 
Súmula 490-STJ: A dispensa de reexame necessário, quando o
valor da condenação ou do direito controvertido for inferior a
60 salários mínimos, não se aplica a sentenças ilíquidas. 
Seção IV
Do Julgamento das Ações Relativas às Prestações de Fazer, de
Não Fazer e de Entregar Coisa
Art. 497.  Na ação que tenhapor objeto a prestação de fazer ou
de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela
específica ou determinará providências que assegurem a ob-
tenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
Parágrafo único.  Para a concessão da tutela específica destinada
a inibir a prática, a reiteração ou a continuação de um ilícito, ou a
sua remoção, é irrelevante a demonstração da ocorrência de
dano ou da existência de culpa ou dolo.
FPPC526. (art. 497, caput; art. 537, caput, §3º) A multa aplicada
por descumprimento de ordem protetiva, baseada no art. 22,
incisos I a V, da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), é passível
de cumprimento provisório, nos termos do art. 537, §3º.
Art. 498.  Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz,
ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumpri-
mento da obrigação.
Parágrafo único.  Tratando-se de entrega de coisa determinada
pelo gênero e pela quantidade, o autor individualizá-la-á na peti-
ção inicial, se lhe couber a escolha, ou, se a escolha couber ao réu,
este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz.
Art. 499.  A obrigação somente será convertida em perdas e da-
nos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica
ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
Art. 500.  A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuí-
zo da multa fixada periodicamente para compelir o réu ao cum-
primento específico da obrigação.
Art. 501.  Na ação que tenha por objeto a emissão de declaração
de vontade, a sentença que julgar procedente o pedido, uma vez
transitada em julgado, produzirá todos os efeitos da declaração
não emitida.
________________Codigo Penãl_Codigo Penãl_______________
TÍTULO X
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
LUCAS BRUNO - 366.587.629-02
Dia 16 / 13
CAPÍTULO I
DA MOEDA FALSA
        Moeda Falsa
        Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda
metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangei-
ro:
        Pena - reclusão, de 3 a 12 anos, e multa.
        § 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria
ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, em-
presta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.
        § 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé , como verdadeira,
moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, depois de co-
nhecer a falsidade, é punido com detenção, de 6 meses a 2 anos,
e multa.
        § 3º - É punido com reclusão, de 3 a 15 anos, e multa, o fun-
cionário público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emis-
são que fabrica, emite ou autoriza a fabricação ou emissão:
        I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em
lei;
        II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada.
        § 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular
moeda, cuja circulação não estava ainda autorizada.
NÃO SE APLICA O INSTITUTO DO ARREPENDIMENTO
POSTERIOR AO CRIME DE MOEDA FALSA. No crime de
moeda falsa — cuja consumação se dá com a falsificação da
moeda, sendo irrelevante eventual dano patrimonial imposto a
terceiros —, a vítima é a coletividade como um todo, e o bem
jurídico tutelado é a fé pública, que não é passível de
reparação. Desse modo, os crimes contra a fé pública,
semelhantes aos demais crimes não patrimoniais em geral,
são incompatíveis com o instituto do arrependimento
posterior, dada a impossibilidade material de haver reparação
do dano causado ou a restituição da coisa subtraída. STJ. 6ª
Turma. REsp 1242294-PR, Rel. originário Min. Sebastião Reis
Júnior, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em
18/11/2014 (Info 554). 
*Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br
        Crimes assimilados ao de moeda falsa
        Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de
moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadei-
ros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de
restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; resti-
tuir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já
recolhidos para o fim de inutilização:
        Pena - reclusão, de 2 a 8 anos, e multa.
        Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a 12 anos
e multa, se o crime é cometido por funcionário que trabalha na
repartição onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fácil
ingresso, em razão do cargo.
        Petrechos para falsificação de moeda
        Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gra-
tuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou
qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda:
        Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e multa.
Se o agente que possui o aparelho destinado à falsificação
da moeda o utiliza e efetivamente cria uma cédula falsa, ele
responderá pelo crime do art. 291 em concurso com o delito
de moeda falsa (art. 289 do CP)?
Conforme explica Cleber Masson (ob. cit., p. 470), existem duas
posições sobre o tema:
1ª corrente: SIM. O agente deve ser responsabilizado pelo
crime de pretrechos para falsificação de moeda (art. 291)
em concurso material com o delito de moeda falsa (art. 289
do CP). É a posição do próprio Masson e do Rogério Greco.
Trata-se da corrente majoritária.
2ª corrente: NÃO. Incide o princípio da consunção, resultando
na absorção do crime-meio (art. 291) pelo crime-fim, que é o de
moeda falsa (art. 289). Foi defendida por Nelson Hungria.
*Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br
        Emissão de título ao portador sem permissão legal
        Art. 292 - Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha,
vale ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro
ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem
deva ser pago:
        Pena - detenção, de 1 a 6 meses, ou multa.
        Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como dinheiro
qualquer dos documentos referidos neste artigo incorre na pena
de detenção, de 15 dias a 3 meses, ou multa.
CAPÍTULO II
DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚBLICOS
        Falsificação de papéis públicos
        Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:
        I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou qual-
quer papel de emissão legal destinado à arrecadação de tributo;
        II - papel de crédito público que não seja moeda de curso le-
gal;
        III - vale postal;
        IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa eco-
nômica ou de outro estabelecimento mantido por entidade de di-
reito público;
        V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento
relativo a arrecadação de rendas públicas ou a depósito ou cau-
ção por que o poder público seja responsável;
        VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de trans-
porte administrada pela União, por Estado ou por Município:
        Pena - reclusão, de 2 a 8 anos, e multa.
        § 1o Incorre na mesma pena quem: 
        I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsifi-
cados a que se refere este artigo; 
        II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta,
guarda, fornece ou restitui à circulação selo falsificado destinado
a controle tributário;
        III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, man-
tém em depósito, guarda, troca, cede, empresta, fornece, porta
ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no
exercício de atividade comercial ou industrial, produto ou merca-
doria:
        a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle
tributário, falsificado;
        b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária
determina a obrigatoriedade de sua aplicação. 
        § 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando legíti-
mos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis, carimbo ou si-
nal indicativo de sua inutilização:
        Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.
        § 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado,
qualquerdos papéis a que se refere o parágrafo anterior.
LUCAS BRUNO - 366.587.629-02
Dia 16 / 14
        § 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de
boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se re-
ferem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a falsidade ou
alteração, incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos,
ou multa.
        § 5o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso
III do § 1o, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino,
inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros públi-
cos e em residências. 
        Petrechos de falsificação
        Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar ob-
jeto especialmente destinado à falsificação de qualquer dos pa-
péis referidos no artigo anterior:
        Pena - reclusão, de 1 a 3 anos, e multa.
        Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete o
crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de 1/6.
CAPÍTULO III
DA FALSIDADE DOCUMENTAL
        Falsificação do selo ou sinal público
        Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:
        I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da União,
de Estado ou de Município;
        II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito públi-
co, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião:
        Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e multa.
        § 1º - Incorre nas mesmas penas:
        I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado;
        II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em
prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio.
        III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, lo-
gotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos utilizados ou identi-
ficadores de órgãos ou entidades da Administração Pública.
        § 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de 1/6.
        Falsificação de documento público
        Art. 297 - FALSIFICAR, no todo ou em parte, documento
público, ou ALTERAR documento público verdadeiro:
        Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e multa.
        § 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime
prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de 1/6.
        § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento
público o emanado de entidade paraestatal, o título ao porta-
dor ou transmissível por endosso, as ações de sociedade co-
mercial, os LIVROS MERCANTIS e o TESTAMENTO PARTICU-
LAR.
        § 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir:
        I – na folha de pagamento ou em documento de informa-
ções que seja destinado a fazer prova perante a previdência
social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obriga-
tório;
        II – na CTPS do empregado ou em documento que deva pro-
duzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou di-
versa da que deveria ter sido escrita; 
        III – em documento contábil ou em qualquer outro docu-
mento relacionado com as obrigações da empresa perante a pre-
vidência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter
constado. 
        § 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documen-
tos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pesso-
ais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de
prestação de serviços.
De quem é a competência para julgar o crime de omissão de
anotação de vínculo empregatício na CTPS (art. 297, § 4º, do
CP)?
* STJ: Justiça FEDERAL. O sujeito passivo primário do crime
omissivo do art. 297, § 4.º, do Diploma Penal, é o Estado, e,
eventualmente, de forma secundária, o particular, terceiro preju-
dicado, com a omissão das informações, referentes ao vínculo
empregatício e a seus consectários da CTPS. Cuida-se, portanto
de delito que ofende de forma direta os interesses da União,
atraindo a competência da Justiça Federal, nos termos do art.
109, IV, da CF/88. Nesse sentido: STJ. 3ª Seção. CC 145567/PR ,
Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 27/04/2016.
* 1ª Turma do STF: Justiça ESTADUAL. Nesse sentido: 1ª Tur-
ma. Ag.Reg. na Pet 5084, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em
24/11/2015 .
*Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br
       Falsificação de documento particular
       Art. 298 - FALSIFICAR, no todo ou em parte, documento
particular ou ALTERAR documento particular verdadeiro:
       Pena - reclusão, de 1 a 5 anos, e multa.
       Falsificação de cartão
       Parágrafo único.  Para fins do disposto no caput, equipara-se
a documento particular o CARTÃO DE CRÉDITO ou DÉBITO. 
        Falsidade ideológica
        Art. 299 - OMITIR, em documento público ou particular, de-
claração que dele devia constar, ou NELE INSERIR ou fazer in-
serir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita , com
o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verda-
de sobre fato juridicamente relevante:
        Pena - reclusão, de 1 a 5 anos, e multa, se o documento é
público, e reclusão de 1 a 3 anos, e multa, se o documento é par-
ticular.
        Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e co-
mete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou
alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a
pena de 1/6.
NÃO É TÍPICA A CONDUTA DE INSERIR, EM CURRÍCULO
LATTES, DADO QUE NÃO CONDIZ COM A REALIDADE.
Isso não configura falsidade ideológica (art. 299 do CP) porque: 
1) currículo Lattes não é considerado documento por ser ele-
trônico e não ter assinatura digital;
2) currículo Lattes é passível de averiguação e, portanto, não é
objeto material de falsidade ideológica. Quando o documento
é passível de averiguação, o STJ entende que não há crime
de falsidade ideológica mesmo que o agente tenha nele inseri-
do informações falsas. STJ. 6ª Turma. RHC 81451-RJ, Rel. Min.
Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 22/8/2017 (Info 610). 
É ATÍPICA a mera declaração falsa de estado de pobreza rea-
lizada com o intuito de obter os benefícios da justiça gratui-
ta. A conduta de firmar ou usar declaração de pobreza falsa em
juízo, com a finalidade de obter os benefícios da gratuidade de
justiça, não é crime, pois aludida manifestação não pode ser
considerada documento para fins penais, já que é passível de
comprovação posterior, seja por provocação da parte contrária
seja por aferição, de ofício, pelo magistrado da causa. STJ. 6ª
Turma. HC 261074-MS, Rel. Min. Marilza Maynard (Desembarga-
LUCAS BRUNO - 366.587.629-02
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dora convocada do TJ-SE), julgado em 5/8/2014 (Info 546). 
*Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br
        Falso reconhecimento de firma ou letra
        Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de fun-
ção pública, firma ou letra que o não seja:
        Pena - reclusão, de 1 a 5 anos, e multa, se o documento é
público; e de 1 a 3 anos, e multa, se o documento é particular.
        Certidão ou atestado ideologicamente falso
        Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de fun-
ção pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter car-
go público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou
qualquer outra vantagem:
        Pena - detenção, de 2 meses a 1 ano.
        Falsidade material de atestado ou certidão
        § 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão,
ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para pro-
va de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo pú-
blico, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qual-
quer outra vantagem:
        Pena - detenção, de 3 meses a 2 anos.
        § 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se,
além da pena privativa de liberdade, a de multa.
        Falsidade de atestado médico
        Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, ates-
tado falso:
        Pena - detenção, de 1 mês a 1 ano.
        Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro,
aplica-se também multa.
        Reprodução ou

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