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ENIVALDA NEVES DA SILVA IMOBILIZAÇÃO, CONDUÇÃO DE VÍTIMAS COM MANOBRAS DE ROLAMENTO, TRANSPORTE DA URGÊNCIA, EMERGÊNCIA E ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) SÃO PAULO 2019 UNIEDUCACIONAL ZR ENIVALDA NEVES DA SILVA ESTUDO DE CASO CLÍNICO: CENÁRIO PRÁTICO AVALIAÇÃO DE CENA E ATENDIMENTO A VÍTIMA TRAUMATIZADA Trabalho mensal da disciplina Imobilização; Condução de vítima em manobras de rolamento; Transporte da urgência, emergência e Atendimento Pré-Hospitalar (APH), prof. ª Vanessa Rossato Gomes como exigência para o curso de Pós-Graduação em U.T.I. e Urgência e Emergência, pela UNIEDUCACIONAL ZR. SÃO PAULO 2019 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 4 2. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................................. 5 2.1 Avaliação de Cena ................................................................................................................ 6 2.2 Avaliação Primária ................................................................................................................ 8 2.3 Avaliação Secundária ......................................................................................................... 12 2.4 Manobras de rolamento ..................................................................................................... 13 2.4.1 Técnicas de rolamento de 90º ........................................................................................ 13 2.4.2 Técnicas de rolamento de 180º ...................................................................................... 16 2.4.3 Elevação a cavaleiro ...................................................................................................... 18 2.4.4 Retirada de capacete ..................................................................................................... 19 2.5 Transporte ........................................................................................................................... 20 2.6 Remoção Emergencial (Chave de Rauteck) ..................................................................... 20 3. CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 22 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................... 23 4 1. INTRODUÇÃO Segundo o Comitê de Trauma do Colégio Americano de Cirurgiões (American College of Surgeons – Commitee on Trauma – ACS-COT) o trauma são alterações decorrentes de várias formas de energia (térmica, mecânica e elétrica) o âmbito estrutural e fisiológico do organismo. A Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao Traumatizado (SBAIT) define a palavra trauma como um evento que acarreta alguma forma de lesão ou dano. Possui etiologias, isto é, causas intencionais (guerras, suicídios, homicídios e violências), não intencionais (quedas, afogamentos, acidentes por veículos automotores, queimaduras, envenenamentos) e acidentais (raios, terremotos, tsunamis, vendavais) que, segundo sua biomecânica gera sequelas relacionadas a diferentes fatores intrínsecos ou extrínsecos ao organismo acometido. Fisiopatologia, manifestações clínicas, possibilidades de prevenção, controle cura e reabilitação bem definidas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) trata o trauma como um problema mundial e estima que até o final de 2020 este será a segunda maior causa externa de mortalidade, causando impactos sociais, financeiros, subtraindo significativos recursos que poderiam ter outras finalidades na área da saúde. O que torna de fundamental importância a atuação dos profissionais de saúde no Atendimento Pré-Hospitalar (APH). O APH é um atendimento fora do ambiente hospitalar, com o objetivo de proporcionar atendimento precoce, rápido, com transporte adequado a um serviço emergencial definitivo e diminuir riscos, complicações, sequelas e aumentar a sobrevida de vítimas. Compreende ações iniciais realizadas em curto espaço de tempo pela equipe de resgate no local onde ocorre o agravo à saúde (traumático, clínico ou psíquico) e a sua remoção com segurança. O objetivo deste trabalho é analisar a literatura disponível e realizar uma revisão bibliográfica sobre o atendimento prático de uma cena pré-hospitalar, desde o momento que chegar na cena, a descrição voltada para a segurança dos socorristas e da vítima; bem como aprimorar conhecimentos sobre avaliação primária, secundária, manobras de rolamento e condução da vítima até a unidade de atendimento mais adequada para sua situação. Concluindo a importância de seguir protocolos e procedimentos para um atendimento eficaz e assertivo. 5 2. DESENVOLVIMENTO O socorrista tem que saber o que fazer e a forma mais eficiente para que o APH ocorra da melhor forma possível, ou seja, que o atendimento não cause à vítima de trauma mais danos, que consiga reverter as lesões potencialmente fatais e que consiga transportar o paciente da forma mais segura para uma unidade que será realizado o tratamento definitivo. Desta forma, exige-se de todos os profissionais envolvidos, inclusive do enfermeiro, competências e habilidades para executar as etapas necessárias para um atendimento integrado no ambiente pré-hospitalar. O AHP, na verdade, começa antes do atendimento à vítima de trauma e cada elemento é importante. Também faz parte do trabalho do profissional de saúde promover medidas educativas e condutas de prevenção para contribuir e para diminuir a incidências de ocorrências de traumas; seja promovendo palestras educativas em escolas e instituições semelhantes, a fim de promover práticas seguras na rotina das pessoas. A maioria dos traumas acontecem por falta de educação, por falta de prevenção, por medidas irresponsáveis que são tomadas por falta de conhecimento ou excesso de confiança, isto sem contar com as mortes violentas que acontecem em nosso dia a dia. Existem outros fatores que antecedem o atendimento que também são primordiais, tais como: - Capacitação continuada: é uma forma de manter o profissional de saúde preparado para o momento do atendimento e executá-lo com excelência. - Entrosamento: atuar numa equipe interdisciplinar, que tem habilidades complementares e que, muitas vezes, vão precisar atuar juntos e ao mesmo tempo em sincronia de resoluções e atitudes pode ser o divisor de águas na saúde da vítima. - Comunicação: dependendo da situação que resultou no trauma, pode envolver vários profissionais e a comunicação entre eles é fundamental para a eficiência de um atendimento que tem que ser rápido. - Materiais: é fundamental a realização constante de um checklist para confirmar sua disponibilidade, se estão no prazo de validade, de esterilização e o que precisa repor. Também é fundamental ter conhecimento da finalidade e usabilidade de cada material. 6 Antes do atendimento à vítima, é necessário entender a cinemática, isto é, como ocorreu. Isto vai explicar muito sobre as possíveis lesões que a vítima poderá apresentar e facilitar o entendimento e a situação do atendimento, compreender o que causou a situação do trauma (acidente, mal súbito, etc.). Compreender a energia que causou as lesões ou potenciais lesões para que se possa ter um entendimento sobre a ameaça à vida naquele momento ou para saber onde a vítima deverá ser encaminhada, ou mesmo sobre que tipo de recursos serão necessários (cirurgias, exames, especialistas específicos, etc.). O deslocamento também é fundamental para a eficiênciado APH, isto porque o tempo de resposta é muito importante, dependendo da situação da vítima. Se ela estiver com algum tipo de sangramento ou com obstrução nas vias aéreas, por exemplo, é questão de minutos para ela entrar em estado de choque, num estado de acidose, de hipóxia, ou hipovolemia. É durante o deslocamento que há a possibilidade de se inteirar sobre os elementos da cinemática da situação (quantas vítimas tem no local, o que aconteceu, etc.), isto é, coletar o máximo de informações para ir processando e ajustando a interação com a equipe. Otimizar o atendimento não quer dizer se colocar em risco, ou mesmo colocar a integridade da equipe em risco, onde o APH deve ser realizado dentro de medidas de segurança, exigindo a análise da cena antes de abordar a vítima. 2.1 Avaliação de Cena Avaliar a cena, fazer uma análise de tudo que envolve o ambiente do trauma, é garantir a segurança de todos antes de abordar a vítima, isto é, saber qual a situação atual, para onde ela pode evoluir e como controla-la. Verificar se o local é seguro, ou se pode se tornar seguro. Se a vítima pode ser atendida no local ou se terá que ser transportada para um lugar mais seguro, confirmar a quantidade de vítimas e fazer uma prévia sobre a prioridade de sequência de atendimento. A presença de agentes de risco pode comprometer o atendimento (animais, fogo, produto químico, instabilidade da estrutura, fio elétricos, acesso difícil, tráfego intenso, armamento, aglomeração de pessoas, risco de pânico em massa, fluídos corporais, múltiplos acidentes, etc.). Envolve questionamentos que deverão ser realizados de forma dinâmica e rápida, para confirmar a necessidade ou não de medidas adicionais e o respaldo de outros profissionais (bombeiros, policiamento, etc.). 7 - Segurança: Tem combustível espalhado? Vazamento de algum produto químico? Incêndio? É área de violência urbana? Tem tumulto? É necessário dividir a equipe para garantir a segurança da equipe? - Comunicação: É ambiente confinado? Tem linhas elétricas energizadas? Há necessidade de acionar outras equipes (policiamento, corpo de bombeiros, departamento de trânsito, companhia de água ou de energia elétrica, serviço aeromédico, concessionária de rodovias, etc.)? - Sinalização: A área foi isolada? Qual o perímetro a ser isolado? - Controle de trânsito: é mais seguro um fluxo de carros transitando no entorno do que parado; o que pode causar outros acidentes. - Posicionamento da viatura: posicioná-la na posição e ângulo correto para garantir a segurança da equipe contra possíveis atropelamentos. Ao comprovar que o local não é seguro, a Central de Regulação deverá ser imediatamente acionada para iniciar as ações básicas de segurança e controle da cena, aguardar orientação e apoio necessário. Há algumas ações que podem ser tomadas para que a cena se torne mais segura: rede elétrica afetada (posicionar-se próximo aos postes que estiverem intactos), presença ou suspeita de produtos químicos inaláveis ou fumaça (se posicionar a favor do vento), fogo ou fumaça (além da direção do vento, ficar a pelo menos 50 metros de distância do local), escoamento de combustível (posicionar-se na posição contrária ao escoamento), risco de inundação: posicionar-se num local alto e distante), risco de colapso de estruturas (considerar a possibilidade da propagação do dano e se posicionar em local seguro), cenário hostil, com possibilidade de violência (manter-se em local seguro até a chegada de apoio ou saída estratégica se evoluir para violência), a presença de outras equipes socorristas (considerar as sinalizações e ações já tomadas, apresentar-se ao comando e disponibilizar recursos e orientações de segurança). Ao comprovar a segurança da cena e de todos os envolvidos, a atenção se dá para a vítima, iniciando a avaliação primária e secundária. 8 2.2 Avaliação Primária O atendimento inicial do trauma consiste em definir as prioridades na abordagem à vítima, para que seja realizado de forma eficiente, foram instaurados protocolos de atendimento como o XABCDE do trauma. Em 1976, ao sofrer um acidente com sua família, o cirurgião ortopédico Jim Styner percebeu a fragilidade dos cuidados em primeiros socorros às vítimas de traumas e desenvolveu o ABCDE do trauma (1978). Estes procedimentos visam garantir cuidados para estabilizar o paciente, deixando-o mais seguros para o transporte e quaisquer outras intervenções necessárias. Em 2018 houve o acréscimo do X (hemorragia exsanguinante ou hemorragia grave) antes do controle cervical ou da abertura das vias aéreas. (X) – Exsanguinação: contenção da hemorragia externa grave, a abordagem a esta deve ser antes mesmo do manejo das vias aéreas uma vez que, epidemiologicamente, apesar da obstrução de vias aéreas ser responsável pelos óbitos em um curto período de tempo, o que mais mata o trauma são as hemorragias graves. Conter a hemorragia que ocorre, muitas vezes, numa artéria, podendo evoluir para uma parada cardiorrespiratória. (A) – Vias aéreas e proteção da coluna vertebral: no APH, 66-85% das mortes evitáveis ocorrem por obstrução de vias aéreas. Para sua manutenção é indicado utilizar as técnicas: “Chin lift” – elevação do queixo, uso de respirador de ponta rígida Fonte: https://s2treinamentos.com.br/xabcde-do-trauma-o-melhor-resumo/ (acesso em 09/12/2020) https://s2treinamentos.com.br/xabcde-do-trauma-o-melhor-resumo/ 9 “Jaw thrust” – anteriorização da mandíbula, cânula orofaríngea (Guedel) Fonte: https://s2treinamentos.com.br/xabcde-do-trauma-o-melhor-resumo/ (acesso em 09/12/2020) Uma observação muito importante é nunca realizar a manobra de Chin Lift em vítima com suspeita de trauma Nesta etapa também é realizada a proteção da coluna cervical. Em vítimas conscientes, a equipe de socorro deve se aproximar da vítima pela frente, para evitar que mova a cabeça para os lados durante o olhar, podendo causar lesões medulares. A imobilização dever ser de toda a coluna, não se limitando a coluna cervical (devendo utilizar a prancha rígida). Considere uma lesão da coluna cervical em todo doente com traumatismos multissistêmicos. (B) – Boa Ventilação e Respiração: o socorrista deve analisar se a respiração está adequada. A frequência respiratória, inspeção dos movimentos torácicos, cianose, desvio de traqueia e observação da musculatura acessória são parâmetros analisados nessa fase. Para tal, é necessário expor o tórax do paciente, realizar inspeção, palpação, ausculta e percussão. Verificar se a respiração é eficaz e se o paciente está bem oxigenado. (C) – Circulação com Controle de Hemorragias: a circulação e a pesquisa por hemorragias são os principais parâmetros de análise. A maioria das hemorragias é estancada pela compressão direta do foco. A hemorragia é a principal causa de morte no trauma. https://s2treinamentos.com.br/xabcde-do-trauma-o-melhor-resumo/ 10 Mas esta etapa se refere a hemorragias internas, onde deve-se investigar perdas de volume sanguíneo não visível, analisando os principais pontos de hemorragia interna no trauma (pelve, abdome e membros inferiores), avaliando sinais clínicos de hemorragia como tempo de enchimento capilar lentificado, pele fria e pegajosa e comprometimento do nível de qualidade de consciência. A diminuição no volume intravascular pode causar choque hipovolêmico. Este é o tipo de choque mais comum e acontece quando existe uma redução no volume intravascular em torno de 15 a 25%, o que representa uma perda de 750 a 1.300ml de sague em uma pessoa de 70 kg. Pode ser causado por perdas de líquidos externas, como a perda sanguínea traumática, ou por deslocamento de líquidos internos, como na desidratação grave ou edema grave. Para classificar o choque hipovolêmico, é preciso analisar a tabelaabaixo: Classificando o Choque Hipovolêmico CLASSE I CLASSE II CLASSE III CLASSE IV Perda (ml) Até 750 750-1500 1500-2000 >2000 Perda (%) Até 15 15-30 30-40 >40 PA Normal Normal Diminuída Diminuída Pr. Pulso Normal ou aumentada Diminuída Diminuída Diminuída FR 14-20 20-30 30-40 >35 Diurese (ml/h) >30 20-30 5-15 Desprezível Fonte: https://s2treinamentos.com.br/xabcde-do-trauma-o-melhor-resumo/ (acesso em 09/12/2020) O Soro Ringer com Lactato é a solução isotônica de escolha, contudo, soluções cristaloides não repõem hemácias, portanto, não recupera a capacidade de carregar O2 ou as plaquetas necessárias no processo de coagulação e controle de hemorragias. (D) – Disfunção Neurológica: a análise do nível de consciência, tamanho e reatividade das pupilas, presença de hérnia cerebral, sinais de lateralização e o nível de lesão medular são medidas realizadas. Nesta fase, o objetivo é minimizar as chances de lesão secundária pela manutenção da perfusão adequada do tecido cerebral. Importante aplicar a escala de coma de Glasgow, esta escala serve como parâmetro para auxiliar na decisão de realizar ou não procedimentos médicos específicos, como https://s2treinamentos.com.br/xabcde-do-trauma-o-melhor-resumo/ 11 a intubação, por exemplo. Trata-se de uma avaliação por escala e soma de pontos, levando em conta a resposta de abertura ocular, de fala ou movimentação, somando pontos de acordo com a resposta. Depois faz-se a avaliação da reatividade pupilar com estímulo luminoso: se ambas as pupilas estiverem fotorreagentes, não se altera o somatório da escala já feito pelos primeiros passos; se somente uma das pupilas não estiver reagente, subtrai-se 1 ponto da escala; e se nenhuma das 2 pupilas estiverem reagentes, subtrai-se 2 pontos da escala. Assim, a não reação da pupila indica uma maior gravidade e pior prognóstico (Esquematizando: ECG-P = ECG – (número de pupilas não reagentes)). Escala de Coma de Glasgow Parâmetro Resposta obtida Pontuação Abertura ocular Espontânea 4 Ao estímulo sonoro 3 Ao estímulo de pressão 2 Nenhuma 1 Resposta verbal Orientada 5 Confusa 4 Verbaliza palavras soltas 3 Verbaliza sons 2 Nenhuma 1 Resposta motora Obedece comandos 6 Localiza estímulo 5 Flexão normal 4 Flexão anormal 3 Extensão anormal 2 Nenhuma 1 Trauma leve Trauma moderado Trauma grave 13-15 9-12 3-8 Reatividade pupilar Inexistente Unilateral Bilateral -2 -1 0 Fonte: https://www2.ufjf.br/neurologia/2018/12/11/escala-de-coma-de-glasgow-importancia-e- atualizacao-de-2018/ (acesso em 09/12/2020) (E) – Exposição Total do Paciente: a análise da extensão das lesões e o controle do ambiente como prevenção da hipotermia são as principais medidas realizadas. O socorrista deve analisar sinais de trauma, sangramento, manchas na pele, etc. a parte do corpo que não está exposta pode esconder a lesão mais grave que acomete o paciente; mas, deve-se tomar cuidado para não o expor em demasia. https://www2.ufjf.br/neurologia/2018/12/11/escala-de-coma-de-glasgow-importancia-e-atualizacao-de-2018/ https://www2.ufjf.br/neurologia/2018/12/11/escala-de-coma-de-glasgow-importancia-e-atualizacao-de-2018/ 12 2.3 Avaliação Secundária A avaliação secundária consiste num processo ordenado e sistemático com o objetivo de identificar lesões ou problemas que, se não tratados, poderão agravar e ameaçar as condições de vida da vítima, após a realização da avaliação primária. Para uma sequência de análise eficiente, há alguns procedimentos a serem realizados: - Sequência de análise: entrevista (nome, idade, queixa principal). Nesta etapa é utilizada a mnemônica SAMPLE: - Sinais e sintomas: refere-se a dificuldade respiratória aguda; - Alergias: verifica-se se o paciente tem alergia a algum medicamento ou seus componentes; - Medicações: é checado se o paciente faz uso de medicações; - Passado médico: verifica-se se o paciente tem alguma comorbidade; - Líquidos e alimentos: verifica-se qual foi a sua última ingestão de alimentos ou líquidos; - Eventos: verifica-se qual evento precipitante do quadro. - Sinais vitais: - Pulso: frequência, ritmo e volume; - Respiração: frequência, ritmo, amplitude; - Pressão arterial; - Temperatura relativa, cor e umidade da pele. - Exame padronizado céfalo podálico - Sinais e diagnósticos: - Tamanho das pupilas; - Enchimento capilar (perfusão sanguínea das extremidades); - Cor da pele. 13 Ressalta-se a necessidade de realizar a reavaliação e monitoração durante o transporte da vítima até a chegada a unidade hospitalar de referência. Executando procedimentos como: - Refazer o XABCDE. - Se for preciso, aspirar secreções das vias aéreas. - Monitorar a perfusão capilar e a frequência cardíaca com oxímetro de pulso. - Aplicar oxigenoterapia nas vítimas de trauma por proporção de 15 l/min. - Controlar a temperatura corporal empregando cobertor aluminizado. - Aspiração das secreções que não cessaram. 2.4 Manobras de rolamento São técnicas que servem para colocar as vítimas sobre a tábua de transporte. O princípio básico dos rolamentos é a mobilização da vítima como um todo, em monobloco. Deve-se tomar cuidado especial com o alinhamento da coluna da vítima, em todos os seus segmentos. 2.4.1 Técnicas de rolamento de 90º Fonte: https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/06/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-de- 90o-vitimas-em-decubito-dorsal/#:~:text=Dec%C3%BAbito%20Ventral)%3A- ,A%20t%C3%A9cnica%20consiste%20em%20movimentar%20a%20v%C3%ADtima%20em%20bloco %2C%20que,sempre%20estabilizando%20a%20coluna%20cervical. (Acesso em 09/12/2020). https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/06/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-de-90o-vitimas-em-decubito-dorsal/#:~:text=Dec%C3%BAbito%20Ventral)%3A-,A%20t%C3%A9cnica%20consiste%20em%20movimentar%20a%20v%C3%ADtima%20em%20bloco%2C%20que,sempre%20estabilizando%20a%20coluna%20cervical https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/06/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-de-90o-vitimas-em-decubito-dorsal/#:~:text=Dec%C3%BAbito%20Ventral)%3A-,A%20t%C3%A9cnica%20consiste%20em%20movimentar%20a%20v%C3%ADtima%20em%20bloco%2C%20que,sempre%20estabilizando%20a%20coluna%20cervical https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/06/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-de-90o-vitimas-em-decubito-dorsal/#:~:text=Dec%C3%BAbito%20Ventral)%3A-,A%20t%C3%A9cnica%20consiste%20em%20movimentar%20a%20v%C3%ADtima%20em%20bloco%2C%20que,sempre%20estabilizando%20a%20coluna%20cervical https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/06/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-de-90o-vitimas-em-decubito-dorsal/#:~:text=Dec%C3%BAbito%20Ventral)%3A-,A%20t%C3%A9cnica%20consiste%20em%20movimentar%20a%20v%C3%ADtima%20em%20bloco%2C%20que,sempre%20estabilizando%20a%20coluna%20cervical 14 Consiste em movimentar a vítima em bloco, que se encontra em decúbito dorsal, para a prancha longa; seguindo os passos: 1. Priorizar a segurança; 2. Realizar o XABCDE observando a cinemática do trauma; 3. Os socorristas devem utilizar três ou quatro pontos de apoio; 4. Socorrista 1: Estabilizar a cervical. 5. Socorrista 2: Colocar o colar cervical. Abrir o colar com os dedos médio e as duas partes do colar se encaixa de forma única. Se preferir, coloque a parte posterior primeiro em vítimas deitadas ou sentadas. 6. Socorrista 3: Posicionar a prancha na lateral oposta da vítima a ser rolada. O lado de rolamento será decidido pelo de menor comprometimento as lesões da vítima. Fonte: https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/06/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-de- 90o-vitimas-em-decubito-dorsal/#:~:text=Dec%C3%BAbito%20Ventral)%3A- ,A%20t%C3%A9cnica%20consiste%20em%20movimentar%20a%20v%C3%ADtima%20em%20bloco %2C%20que,sempre%20estabilizando%20a%20coluna%20cervical. (Acesso em 09/12/2020). 7. Os socorristas2 e 3: Posicionam na lateral da vítima ajoelhados. O socorrista 2 segura nas cinturas pélvica e escapular. O socorrista 3 segura na cintura pélvica e nos membros inferiores. https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/06/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-de-90o-vitimas-em-decubito-dorsal/#:~:text=Dec%C3%BAbito%20Ventral)%3A-,A%20t%C3%A9cnica%20consiste%20em%20movimentar%20a%20v%C3%ADtima%20em%20bloco%2C%20que,sempre%20estabilizando%20a%20coluna%20cervical https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/06/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-de-90o-vitimas-em-decubito-dorsal/#:~:text=Dec%C3%BAbito%20Ventral)%3A-,A%20t%C3%A9cnica%20consiste%20em%20movimentar%20a%20v%C3%ADtima%20em%20bloco%2C%20que,sempre%20estabilizando%20a%20coluna%20cervical https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/06/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-de-90o-vitimas-em-decubito-dorsal/#:~:text=Dec%C3%BAbito%20Ventral)%3A-,A%20t%C3%A9cnica%20consiste%20em%20movimentar%20a%20v%C3%ADtima%20em%20bloco%2C%20que,sempre%20estabilizando%20a%20coluna%20cervical https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/06/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-de-90o-vitimas-em-decubito-dorsal/#:~:text=Dec%C3%BAbito%20Ventral)%3A-,A%20t%C3%A9cnica%20consiste%20em%20movimentar%20a%20v%C3%ADtima%20em%20bloco%2C%20que,sempre%20estabilizando%20a%20coluna%20cervical 15 8. Socorrista 1: Dá o comando (movimento de 90º à minha (direita ou esquerda, o que for o caso) no 31...2...3”. Este movimento tem que ser sincronizado e tem que ser exaustivamente treinado pela equipe de resgate. Fonte: https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/06/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-de- 90o-vitimas-em-decubito-dorsal/#:~:text=Dec%C3%BAbito%20Ventral)%3A- ,A%20t%C3%A9cnica%20consiste%20em%20movimentar%20a%20v%C3%ADtima%20em%20bloco %2C%20que,sempre%20estabilizando%20a%20coluna%20cervical. (Acesso em 09/12/2020). 9. Quando a vítima se encontrar na posição lateral, o socorrista 2 solta a mão da cintura pélvica da vítima e apalpa o dorso da vítima para uma avaliação mais criteriosa. Após a avaliação o mesmo puxa a prancha para o mais próximo possível da vítima e a inclina 45º. 10. Socorrista 1: Dá o comando: “movimento de 90º à minha (direita ou esquerda, o que for o caso) no 31...2...3”. 11. Se for necessário centralize a vítima a prancha, faça o movimento sincronizado para não prejudicar a vítima. 12. Lembrando que o socorrista 1 é quem dá a ordem para qualquer movimento, pois ele é quem está estabilizando a cabeça e a coluna cervical, e assim a vítima é centralizada. 13. Colocar o encosto lateral de cabeça. 14. Continuar com o atendimento e avaliação durante o transporte ou aguarde o Suporte Avançado. https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/06/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-de-90o-vitimas-em-decubito-dorsal/#:~:text=Dec%C3%BAbito%20Ventral)%3A-,A%20t%C3%A9cnica%20consiste%20em%20movimentar%20a%20v%C3%ADtima%20em%20bloco%2C%20que,sempre%20estabilizando%20a%20coluna%20cervical https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/06/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-de-90o-vitimas-em-decubito-dorsal/#:~:text=Dec%C3%BAbito%20Ventral)%3A-,A%20t%C3%A9cnica%20consiste%20em%20movimentar%20a%20v%C3%ADtima%20em%20bloco%2C%20que,sempre%20estabilizando%20a%20coluna%20cervical https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/06/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-de-90o-vitimas-em-decubito-dorsal/#:~:text=Dec%C3%BAbito%20Ventral)%3A-,A%20t%C3%A9cnica%20consiste%20em%20movimentar%20a%20v%C3%ADtima%20em%20bloco%2C%20que,sempre%20estabilizando%20a%20coluna%20cervical https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/06/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-de-90o-vitimas-em-decubito-dorsal/#:~:text=Dec%C3%BAbito%20Ventral)%3A-,A%20t%C3%A9cnica%20consiste%20em%20movimentar%20a%20v%C3%ADtima%20em%20bloco%2C%20que,sempre%20estabilizando%20a%20coluna%20cervical 16 2.4.2 Técnicas de rolamento de 180º Fonte: https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/05/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento- 180o-vitimas-em-decubito-ventral/ (acesso em 09/12/2020). A técnica consiste em movimentar a vítima em bloco, que se encontra em decúbito ventral, para a prancha longa. Esta técnica envolve uma particularidade, pois é executada antes de colocar o colar cervical, mas sempre estabilizando a coluna cervical. Vítimas encontradas nesta posição geralmente são vítimas de maior gravidade e/ou inconscientes. 1. Priorizar a segurança. 2. Realizar o XABCDE observando a cinemática do trauma. 3. Os socorristas devem utilizar três ou quatro pontos de apoio. Ver (técnica de retirada de capacete). 4. Socorrista 1: Estabilizar a cervical. Com as duas mãos segurar na parte lateral da cabeça, na região das orelhas. Não levantar a cabeça para passar a mão que está embaixo. 5. O dorso da vítima é avaliado pelo socorrista 2. 6. Os socorristas 2 e 3 posicionam na lateral da vítima ajoelhados em cima da prancha. O socorrista 2 segura nas cinturas pélvicas e escapular. https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/05/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-180o-vitimas-em-decubito-ventral/ https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/05/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-180o-vitimas-em-decubito-ventral/ 17 O socorrista 3 segura na cintura pélvica e nos membros inferiores. Os braços que seguram a cintura pélvica devem estar cruzados. Fonte: https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/05/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento- 180o-vitimas-em-decubito-ventral/ (acesso em 09/12/2020). 7. Socorrista 1: Da o comando (movimento de 90º à minha (direita ou esquerda, conforme a posição do osso occipital) no 31...2...3”. Este movimento tem que ser sincronizado e tem que ser exaustivamente treinado pela equipe de resgate. 8. Os socorristas 2 e 3: posicionam atrás da prancha sem perder o contato com a vítima. 9. Socorrista 1: Dá o comando: “movimento de 90º à minha (direita ou esquerda, o que for o caso) no 31...2...3”. 10. Socorrista 2: Coloca o colar cervical, conforme técnica de retirada de capacete. 11. Se necessário, centralizar a vítima na prancha (reposicionar). 12. Colocar o encosto lateral de cabeça. 13. Continuar com o atendimento e avaliação durante o transporte ou aguardo Suporte Avançado. https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/05/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-180o-vitimas-em-decubito-ventral/ https://wandersonmonteiro.wordpress.com/2017/04/05/%E2%AD%95-tecnica-de-rolamento-180o-vitimas-em-decubito-ventral/ 18 2.4.3 Elevação a cavaleiro Técnica empregada para posicionar o paciente sobre a prancha, quando houver impossibilidade de executar o rolamento. Ressalta-se que durante sua execução, o socorrista deverá agir cautelosamente para não produzir novas lesões ou agravar as já existentes. 1. O chefe e os auxiliares n. º 1 e 2 posicionam-se ao longo do corpo do paciente, de forma que ele fique entre suas pernas (posição a cavaleiro). 2. O chefe ficará na altura da cintura escapular e posicionará as mãos de ambos os lados do ombro do paciente, mantendo os polegares apoiados na região occipital e os demais dedos na altura do músculo trapézio. 3. O auxiliar n. º 1 ficará na altura da cintura pélvica do paciente e posicionará as mãos de ambos os lados segurando firmemente a pelve do paciente. 4. O auxiliar n. º 2 ficará na altura das pernas do paciente, abaixo dos joelhos, e posicionará as mãos nas panturrilhas, segurando firmemente. 5. O auxiliar n. º 3 posicionará a prancha próxima ao paciente, preferencialmente na altura da cabeça da vítima. 6. O chefe pergunta aos demais se estão prontos, após receber o sinal de positivo (OK), efetua a contagem para execução da elevação, devendo movimentar o paciente em monobloco. 7. O auxiliar n. º 3, uma vez elevado o paciente, deverá posicionar adequadamente a prancha rente ao solo no sentido craniocaudal. 8. O chefe, após posicionada a prancha corretamente, efetuará nova contagempara posicionar o paciente em monobloco sobre ela. Elevação do paciente em monobloco para colocá-lo sobre a prancha Fonte: https://www.cbm.df.gov.br/2012-11-12-17-42-33/2012-11-13-16-14- 57?task=document.viewdoc&id=753 (acesso em 09/12/2020). https://www.cbm.df.gov.br/2012-11-12-17-42-33/2012-11-13-16-14-57?task=document.viewdoc&id=753 https://www.cbm.df.gov.br/2012-11-12-17-42-33/2012-11-13-16-14-57?task=document.viewdoc&id=753 19 9. O auxiliar n. º 3 irá estabilizar a cabeça do paciente, liberando o chefe para que este, juntamente com o auxiliar n. º 1, efetuem a fixação da cabeça do paciente, a fim de evitar movimentos laterais, com o uso de apoiadores, fixando-o à prancha, com o emprego de três tirantes ao longo do corpo. 2.4.4 Retirada de capacete Técnica empregada para retirada do capacete, a fim de facilitar a avaliação e tratamento de possíveis lesões que o paciente possa apresentar. 1. O auxiliar nº 1 estabilizará a cabeça do paciente, apoiando, simultaneamente, o capacete e a mandíbula, tencionando-a levemente para posicioná-la anatomicamente. 2. O chefe irá liberar as jugulares do capacete, e, em seguida, apoiará, com uma das mãos, a nuca do paciente, abrangendo a maior superfície possível, atentando para o apoio do antebraço ao solo; com a outra mão, apoiará a mandíbula do paciente, a fim de estabilizar a coluna cervical. 3. O auxiliar nº 1, após o sinal de OK do chefe, procederá a retirada do capacete, liberando, primeiramente, a região occipital do paciente, e, posteriormente, a face; após a completa retirada, estabilizará a cabeça do paciente apoiando-a ao solo. Fonte:https://www.cbm.df.gov.br/2012- 11-12-17-42-33/2012-11-13-16-14- 57?task=document.viewdoc&id=753 (acesso em 09/12/2020) Fonte:https://www.cbm.df.gov.br/2012-11- 12-17-42-33/2012-11-13-16-14- 57?task=document.viewdoc&id=753 (acesso em 09/12/2020) Fonte:https://www.cbm.df.gov.br/2012- 11-12-17-42-33/2012-11-13-16-14- 57?task=document.viewdoc&id=753 (acesso em 09/12/2020) 20 2.5 Transporte Outra função do APH é transportar a vítima até a unidade adequada destinada a promover a continuidade do atendimento. Ele pode ser por via terrestre (ambulâncias), via aérea (helicópteros e aviões) ou via aquática (lanchas e barcos). Independentemente da via utilizada, a prioridade é oferecer recursos necessários para a manutenção da vida do paciente, isto é, com condutores especializados para a prática veicular em situação de risco. 1. Arrastamento com cobertor: técnica pela qual a vítima é removida por 1 socorrista. O cobertor deve ser arrumado de forma a proteger e suportar a cabeça e o pescoço da vítima. 2. Arrastamento pelas roupas: uma pessoa é suficiente para arrastar a vítima. Esta técnica é usada quando não há cobertor disponível ou em acidentes no meio de vias com trânsito fluindo. 3. Arrastamento de bombeiro: essa técnica possui a desvantagem de não oferecer para a cabeça e pescoço; porém, se não houver outro método disponível, permite que uma só pessoa remova a vítima. Muito usado em ambientes com fumaça. 4. Transporte pelos membros: dois socorristas transportam a vítima, segurando-a pelos braços e pernas. 5. Transporte com cadeira: a vítima é posicionada deitada e, debaixo dela, dois socorristas colocam uma cadeira. O transporte é feito com os socorristas posicionados lateralmente e a vítima na posição sentada. Muito usada na remoção de vítimas do interior de edifícios. 6. Levantamento com 4 socorristas: levantamento da vítima direto do solo, sem lesão na coluna. Com o posicionamento de 4 socorristas em fila no lado da vítima. 2.6 Remoção Emergencial (Chave de Rauteck) Técnica empregada para remover rapidamente vítimas em estado crítico do interior de um veículo, ou quando o local do acidente oferece perigo imediato para a vítima, para o socorrista e outros (incêndio, risco de explosão, veículo a beira de um penhasco, ambiente tomado por fumaça, etc.), promovendo o mínimo de estabilização da coluna cervical. É realizada por apenas um socorrista, durante sua execução há 21 riscos de agravar as lesões do paciente, no entanto, sua utilização é realizada para evitar um mal maior. 1. Posicione-se do lado de fora do veículo, imobilize a cabeça do paciente posicionando os dedos médios de ambas as mãos na região do osso zigomático, polegares na nuca e os dedos mínimos e anelares apoiarão a mandíbula do paciente durante a estabilização. 2. Após a estabilização, posicione o paciente de forma que fique ereto no acento do veículo. Posicionando sua face de encontro com a face do paciente. 3. Posicione uma das mãos por baixo da axila do paciente apoiando sua mandíbula. 4. Com a outra mão segure firmemente o punho do paciente estabilizando-o de encontro ao seu corpo. 5. Após certificar-se que o paciente está bem seguro, o socorrista realiza um movimento de rotação, preparando-o para remoção. 6. Para retirar o paciente do interior do veículo, posicione-se, mantendo as pernas afastadas e os joelhos flexionados formando uma base, distribuindo o peso sobre o seu tórax. 7. Retire o paciente e posicione-o em um local seguro, para tratamento e transporte. 22 3. CONCLUSÃO Através dos artigos e postagens estudadas, pode-se concluir que o trauma é um problema mundial que afeta um grande número de pessoas e a sociedade como um todo. Cabendo aos profissionais de saúde promover uma cultura de educativa e prevencionista a fim de mudar este quadro. No entanto, ao acontecer a situação de trauma, cabe ao profissional seguir todos os protocolos de APH para garantir à vítima um atendimento de excelência, que o estabilize e o conduza de forma segura à unidade apropriada para dar sequência em seu tratamento, com o propósito de minimizar danos e garantir sua saúde e vida. No decorrer do trabalho foram analisadas todas as sequências do processo de APH, mesmo antes da chegada à cena, análise da mesma e todas as etapas de atendimento à vítima, até o momento de transporte a unidade de saúde apropriada. Com o objetivo de aprimorar conhecimentos e técnicas, sempre ressaltando a importância do enfermeiro como socorrista e a busca na excelência profissional. 23 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. COMITÊ BRASILEIRO DAS LIGAS DOS TRAUMA (CoBraLT). Epidemiologia do Trauma. Apostila do Comitê Brasileiro das Ligas o Trauma. Disponível em: https://issuu.com/diretoriadecomunicacaocobralt/docs/epidemiologia_do_trauma_- _cobralt (acesso em 04/12/2020). COUTINHO K.C. Atividades do enfermeiro no Atendimento Pré-hospitalar. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre/RS. 2011. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/37531/000822602.pdf?sequence= 1&isAllowed=y (acesso em 09/12/2020). COSTA, I. C.; ROCHA, A. K. Assistência de enfermagem a pacientes com diagnóstico de choque hipovolêmico. Revista InterScientia, v. 2, n. 1, p. 77-88, 14 dez. 2016. Disponível em: https://periodicos.unipe.edu.br/index.php/interscientia/article/view/60 (acesso em 09/12/2020). MONTEIRO W. Técnica de rolamento de 90º (Vítimas em decúbito dorsal). Postado em 06/04/2017. 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XABCDE do trauma – o melhor resumo. Blog S2 Treinamentos. Postado em: 04/06/2020. Disponível em: https://s2treinamentos.com.br/xabcde-do-trauma-o-melhor-resumo/ (acesso em 09/12/2020). UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF). Escala de Coma de Glasgow – importância e atualização de 2018. Postado em 11/12/2018. Disponível em: https://www2.ufjf.br/neurologia/2018/12/11/escala-de-coma-de- glasgow-importancia-e-atualizacao-de-2018/ (acesso em 09/12/2020). https://s2treinamentos.com.br/xabcde-do-trauma-o-melhor-resumo/ https://www2.ufjf.br/neurologia/2018/12/11/escala-de-coma-de-glasgow-importancia-e-atualizacao-de-2018/ https://www2.ufjf.br/neurologia/2018/12/11/escala-de-coma-de-glasgow-importancia-e-atualizacao-de-2018/
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