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Tutela provisória. Art. 294 juízo de probabilidade tutelas jurisdicionais não definitivas, fundadas em cognição sumária, revogada ou modificada a qualquer tempo (art. 296, parte final), aplicáveis na fase de conhecimento e de execução. Eficácia até quando o processo está suspenso salvo decisão expressa em contrário, será efetivada aplicando-se, no que couber, as normas referentes ao cumprimento provisório de sentença (art. 297, parágrafo único)// Medidas coercitivas art. 297 Classificação: Urgência ou evidência perigo da demora X liquidez/certeza do direito material cautelar ou satisfativa Assegurar resultado útil do processo X assegurar o direito material Antecedente ou incidental Urgência anterior à propositura X no curso da ação Tutela de Urgência tutela provisória deferida em virtude do risco da demora do processo, podendo ser antecipada ou cautelar pode ser concedida antes da citação (inaudita altera pars) com ou sem aud. justificação Requisitos: Elementos que evidenciem a probabilidade do direito O perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo A não irreversibilidade dos efeitos da tutela de urgência antecipada* *(FPPC enunciado 419: “Não é absoluta a regra que proíbe a tutela provisória com efeitos irreversíveis”) *CAUÇÃOCONTRACAUTELA - caso a medida venha a ser revogada ou perca a eficácia, servirá para garantir o ressarcimento de eventuais danos ** economicamente hipossuficiente dispensa da caução Tutela antecipada (satisfativa) imediata realização do direito alegado pelo demandante, adequada em situação de perigo iminente para o próprio direito (perigo de morosidade). Ex: fixação de uma prestação alimentícia, demora pode acarretar grave dano à própria subsistência do demandante concessão, em caráter provisório, da própria pretensão deduzida Tutela Cautelar assegurar resultado útil do processo quando uma situação de perigo ponha em risco sua efetividade. Exemplo: devedor que, antes de vencida a dívida, tenta se desfazer de todos os bens penhoráveis, no futuro processo de execução não haverá no patrimônio do devedor bens suficientes para a realização do crédito. CPC/15 revoga processo cautelar autônomo, requerido como tutela de urgência Tutela de urgência incidental e antecedente Incidental requerida na inicial ou no trâmite do processo por simples petição Antecedente requerida antes da propositura da ação competência do juiz do pedido principal Não cabe p tutela de evidência Tutela antecipada em caráter antecedente Inicial deve indicar a tutela final, c/ a exposição da lide, do direito e do perigo, atribuindo o valor da causa de acordo com o pedido final Concedida adita a petição inicial, complementando-a, juntando documentos, em 15 dias, sob pena de extinção sem mérito Não concedida intimação para emenda em 5 dias, sob pena de indeferimento da inicial e extinção sem mérito Estabilização da tutela antecipada Na hipótese de o autor da ação ter o deferimento da tutela antecipada, não promover o aditamento da inicial e o réu não interpor agravo, haverá a estabilização da tutela antecipada não confundir com coisa julgada o juiz não poderá mais revogá-la ou fazer cessar-lhe a eficácia livremente. A partir da estabilidade, o processo será extinto e as partes terão o prazo de 2 anos para propor nova demanda, conforme art. 304, §§2º e 6º Tutela cautelar em caráter antecedente Inicial indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Valor da causa de acordo com o pedido principal Fungibilidade art. 305, pu converte em tutela antecipada em caráter antecedente Juiz pode conceder liminar 300, §2º Art. 306. citação do réu 5 dias p/ contestar e indicar provas Art. 307 se não contestar presunção de veracidade Efetivada a tutela 30 dias p aditar a inicial pode aditar causa de pedir Se não aditar (art. 309) cessa a eficácia da tutela Tutela da evidência distribuição do ônus da demora Cognição sumária e caráter provisório (deve ser confirmada) Art. 311. Antecipação da tutela satisfativa ou cautelar independente da urgência quando: I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; *II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; *III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. Autores citam como exemplo de tutela cautelar a possibilidade de arresto de bens para a garantia de futura execução Tutela inibitória de prevenção do ilícito, decisão judicial proferida em caráter preventivo, com o objetivo de impedir a prática, a reiteração ou a continuação de um ilícito. (Ex: proibição de divulgação da foto de uma pessoa num filme publicitário por não ter sido autorizada a utilização da imagem “é irrelevante a demonstração da ocorrência de dano ou da existência de culpa ou dolo” (art. 497, parágrafo único). Art. 5º, XXXV da CF Individual Art. 461 do CPC Coletiva Art. 84 do CDC. Cunho negativo obrigação de não fazer Cunho positivo obrigação fazer Tutela provisória nos tribunais Art. 932, II Nas ações de competência originária do Tribunal ou nos recursos compete ao relator decidir sobre a tutela provisória (urgência ou evidência) Também se aplica ao Reexame Necessário Na verdade a competência é do órgão, que delega a competência para o relator em razão da urgência dos pedidos, o qual pode não decidir monocraticamente e submeter à sessão. Caso a tutela provisória seja negada é cabível a interposição de agravo interno para o colegiado Resposta do réu (15 dias) pode oferecer contestação, reconvenção ou ambas, hipótese que deverá ser oferecida na mesma peça Prazo começa a fluir da audiência de conciliação ou da manifestação de desinteresse da audiência, ou ainda da intimação da decisão que deixar indeferir a designação da audiência Contestação exercício do direito de defesa do réu deve alegar toda a matéria de defesa art. 336 defesas processuais + defesas de mérito (suscitando razões de fato e de direito) + indicação de provas que pretende produzir = “princípio” da eventualidade apresentar, de uma só vez, todas as alegações que tenha em seu favor, ainda que contraditórias entre si, sob pena de preclusão art. 337primeira defesa defesa processual preliminares ao mérito preliminares impróprias (incisos I, II, III, VIII e XIII do art. 337) ou extinção sem resolução do mérito Art. 341. defesa de mérito direta ou indireta. Direta nega os fatos narrados na inicial ou os efeitos que deles pretende retirar Indireta embora não negando os fatos da inicial, apresenta outros que modifiquem, extingam ou impeçam os efeitos postulados pelo autor. exemplo: em ação de indenização por acidente de trânsito: defesa direta réu nega existência do acidente defesa indireta réu reconhece o fato, mas alega que já pagou ou prescrição, etc Art. 341 Impugnação específica/genérica réu tem que impugnar especificamente todos fatos narrados na inicial, sob pena de presumirem-se verdadeiros os não impugnados. Exceção: não se aplica ao advogado dativo, ao curador especial e ao defensor público. Reconvenção demanda conexa e com procedimento compatível com a demanda proposta pelo réu, em face do autor, dentro do mesmo processo permite a ampliação do objeto do processo Deve ser oferecida na contestação, se o réu contestar sem reconvir, não poderá mais fazê-lo, porque terá havido preclusãoconsumativa. Enunciado 45 FPPC. Não se exige que seja dado o nome de RECONVENÇÃO, basta que pela leitura da peça fique clara a intenção do réu de obter tutela jurisdicional quantitativa ou qualitativamente mais ampla do que a que ele receberia com o mero julgamento de improcedência da demanda do autor. Juiz tem que ter competência absoluta, relativa não é necessário o réu-reconvinte pode se litisconsorciar com um terceiro para ajuizar a demanda reconvencional em face do autor-reconvindo (art. 343, § 4o) ou pode ser proposta de modo a acarretar a instauração de um litisconsórcio (superveniente) entre o autor-reconvindo e um terceiro (art. 343, § 3o). Revelia Presunção relativa de veracidade dos fatos narrados na inicial por força da inércia do réu em oferecer contestação tempestiva O revel não será mais intimado dos atos processuais seguintes Obs: não será revel o réu que, citado, deixa de oferecer contestação, mas apresenta reconvenção, cujos fundamentos não sejam compatíveis com os da pretensão inicial. Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se: I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato; IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos. Art. 346. parágrafo único O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar. Art. 349. Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção. RÉPLICA Art. 350. Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova. Decorre do contraditório Prazo de 15 dias Permitida a produção de provas Providências Preliminares Decorrido o prazo da resposta autos conclusos ao juiz para providências preliminares (art. 347). São duas as providências preliminares que podem fazer-se necessárias: a especificação de provas (arts. 348 e 349) e a réplica (arts. 350 a 352). Julgamento conforme o Estado do Processo denominação genérica que engloba três diferentes hipóteses: a extinção do processo (art. 354), o julgamento “antecipado” do mérito (que pode ser total ou parcial), previsto nos arts. 355 e 356, e a decisão de saneamento e organização do processo (art. 357). EXTINÇÃO DO PROCESSO Encerramento da relação processual Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: I - indeferir a petição inicial; II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; VIII - homologar a desistência da ação; IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e X - nos demais casos prescritos neste Código. Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; III - homologar: a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; b) a transação; c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. Julgamento Antecipado (Total ou Parcial) do Mérito Se não há necessidade de produção de outras provas ii) réu for revel efeito material da revelia + ausência de requerimento de produção de contraprova, art. 349 As condições para o julgamento imediato podem fazer-se presentes apenas em relação a uma parcela do objeto do processo mostrar-se incontroversa (art. 356, I) ou estiver em condições de imediato julgamento (art. 356, II) Exemplo: autor postula a condenação do réu ao pagamento de uma quantia em dinheiro e o réu, ao contestar, reconhece ser devedor somente parcela da quantia parcela do pedido tornou-se incontroversa julgamento antecipado parcial do mérito. julgamento imediato total do mérito apelação julgamento imediato parcial do mérito agravo de instrumento (art. 356, § 5o c/c art. 1.015, XIII) a execução da obrigação, salvo efeito suspensivo Não havendo recurso transito em julgado execução definitiva (art. 356, § 3o). Saneamento e Organização do Processo decisão interlocutória (art. 357): resolver questões processuais pendentes (I) delimitar as questões de fato a serem provadas (II); definir a distribuição do ônus da prova (III); delimitar as questões de direito relevantes para a decisão de mérito (IV); designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento (V). Audiência de instrução e julgamento – somente quando houver produção de prova oral, em regra é pública. Se for segredo de justiça realizada só c/ os sujeitos do processo e seus auxiliares (art. 368). Juiz exerce poder de polícia art. 360 Art. 361. serão ouvidos na seguinte ordem: I - o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de esclarecimentos II - o autor e, em seguida, o réu, III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas. Hipóteses de adiamento art. 362 art. 364 alegações finais Prova todo elemento trazido ao processo para contribuir com a formação do convencimento do juiz a respeito da veracidade das alegações concernentes aos fatos da causa. Ônus conduta imperativa, imposta a alguma das partes, para que se realize um interesse próprio Quem possui o ônus da prova Art. 373. (TEORIA ESTÁTICA) (...) TEORIA DINÂMICA §§ 1º e 2º do art. 373 Distribuição consensual do ônus da prova: Art. 373. § 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando: I - recair sobre direito indisponível da parte; II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. Valoração da prova carga probatória Sistema das Ordálias e Juízos de Deus desafios físiscos (ex fileira de brasas) Sistema da prova legal (tarifada) a lei pré-estabelece qual prova possui mais peso ainda há resquícios desse sistema no ordenamento (excepcional) Livre convencimento (persuasão íntima) plena liberdade ao juiz, convencimento íntimo sem necessidade de justificativa Livre convencimento motivado (persuasão racional) não há, em regra, hierarquia pré-estabelecida pela lei entre as provas, cabendo ao magistrado dar o peso que achar cabível a cada uma delas de acordo com o caso concreto adotado no CPC/15*** CUIDADO prova tarifada arts. 215 do CC ESCRITURA PÚBLICA PRESUNÇÃO RELATIVA afastada p/outras provas STJ INF. 541 Sentença X Decisão interlocutória X Despacho Sentenças terminativas (art. 485) X Sentenças definitivas (art. 487) Chama-se sentença declaratória (ou meramente declaratória) à que contém, apenas, a certificação da existência, inexistência ou modo de ser de uma relação jurídica, ou da autenticidade ou falsidade de um documento. sentença constitutiva determina a criação, modificação ou extinção de relação jurídica. (Ex: adoção – art. 1.619 do CC // art. 47, §7º do ECA) sentença condenatória reconhecendo a existência de um dever jurídico, permite a prática de atividade jurisdicional posterior destinada a efetivar aquilo que na sentença se reconheceu ser direito de uma das partes permite o desenvolvimento de atividade executiva OBS: qualquer sentença, seja ela de procedência ou de improcedência,que declare a existência de um dever jurídico ainda não cumprido, certo, líquido e exigível (art. 783) permite a instauração de atividade executiva e, portanto, deve ser considerada sentença condenatória. sentenças mandamentais impõem o cumprimento de deveres jurídicos infungíveis, que só pelo devedor poderiam ser cumpridos (como se dá nas obrigações personalíssimas ou em qualquer obrigação de não fazer), é a sentença condenatória cuja efetivação se dá exclusivamente através do emprego de meios coercitivos. Sentença executiva seria uma sentença que contém a determinação para que se instaure a execução desenvolvendo-se no mesmo processo. Ocorre que há muito tempo (desde muito antes da aprovação do CPC de 2015) a execução civil se desenvolve no mesmo processo em que a sentença é proferida. PRESCRIÇÃO Relacionada a direitos subjetivos Ações condenatórias DECADÊNCIA Relacionada a direitos potestativos Ações (des)constitutivas (ações anulatórias têm essa natureza) IMPRESCRITIBILIDADE Ações declaratórias. Elementos essenciais da sentença: - relatório (dispensado no JEC) - fundamentação (ver art. 489, §1º do CPC) - dispositivo Vícios da sentença: citra petita não aprecia todos os pedidos formulados Ultra petita concede mais do que se postulou Extra petita defira bem jurídico diverso do que tenha sido postulado Coisa julgada: esgotados todos os recursos, ou decorrido o prazo para que o recurso admissível seja interposto, a decisão se torna irrecorrível - é uma estabilidade alcançada por certas sentenças Formal estabilidade alcançada, ao se tornarem irrecorríveis, por certas sentenças terminativas, isto é, sentenças que não contêm a resolução do mérito da causa. (art. 486, § 1º) Material autoridade que acoberta as decisões de mérito irrecorríveis, tornando-as imutáveis e indiscutíveis (art. 502).
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