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Alterações fisiológicas durante o envelhecimento. Envelhecimento e Odontologia O envelhecimento é um processo inexorável que causa o desequilíbrio na homeostase e uma vulnerabilidade aumentada, e como resultado uma adaptação reduzida aos estímulos ambientais, afetando células, tecidos, órgãos e sistemas corpóreos (Guiglia et.al. 2010). Quanto mais velhos ficamos, mais desdentados ficamos ? A perda da eficiência mastigatória pelo uso de próteses é notável e pode ser fator desencadeador de: Depressão psicológica: “estou ficando velho, pois já estou perdendo dentes” Deficiências alimentares: alimentos macios e com menor valor nutricional. Problemas sistêmicos: menos nutrientes = problemas nutricionais = deficiência no funcionamento dos órgãos= leva uso de medicamentos = que podem levar a morte. (MARCHINI e cols., 1999) Idoso &Saúde Bucal Assistência à terceira idade: Heterogeneidade biopsicossocial Co-morbidade Mecanismo de adaptacão Vulnerabilidade orgânica Suscetibilidade à iatrogenia Idoso &Saúde Bucal Promoção de Saúde do Idoso Promoção de Saúde Promoção de Saúde Envelhecimento e Odontologia A cavidade oral está envolvida em diversas atividades fisiológicas, como fala, postura facial, mastigação, deglutição, suporte de próteses. O processo de envelhecimento envolve declínio progressivo da massa muscular esquelética do corpo e seu desempenho, que inclui os músculos da mastigação e os mímicos da face. Envelhecimento e Odontologia O processo de envelhecimento pode levar a significativas mudanças nos dentes, mucosa oral, osso alveolar e nas glândulas salivares. O envelhecimento leva a várias alterações fisiológicas em todo o organismo não sendo diferente nas estruturas bucais que sofrem alterações durante o ciclo da dentição normal. Transformações Senescentes Dentes Esmalte: aumento na concentração de flúor em sua camada mais superficial, se torna menos permeável e mais friável. Cemento: gradual aumento de sua espessura que triplica entre os 10 e 75 anos de idade. Dentina: deposição continua de dentina secundária e obliteração gradual dos túbulos dentinários, que leva redução na sensibilidade do dente. Transformações Senescentes Dentes Polpa: Diminuição do volume pulpar. Deposição dentinária tende a estreitar a abertura do forâmen radicular, comprometendo o suprimento sanguíneo, circulação linfática e a inervação do tec. pulpar. Degeneração dos odontoblastos, Diminuição do tamanho e número de fibroblastos e aumento de fibras colágenas maduras, Infiltração adiposa e calcificação. Alterações no Sistema Estomatognático na Senescência Dentes Cor ( mudanças dentina, calcificações, pigmentação extrínseca) Alterações na Senescência Dentes Desvio mesial dos dentes, desgaste do ponto de contato – força oclusão – desvio para frente, mesialmente. Oclusão Transformações Senescentes Periodonto Alterações na Senescência Ligamento Periodontal Transformações Senescentes Periodonto Osso Alveolar: aumento no número de lamelas intersticiais, septo interdental mais denso, superfícies periodontais do osso alveolar se tornam recortada as fibras colágenas mostram uma inserção menos regular no osso. Alterações na Senescência Osso Alveolar Faz parte do envelhecimento normal a atrofia dos rebordos, que ocorre em graus variados. há perda de altura, resultante da remodelação óssea que ocorre após a perda dos dentes. Alterações na Senescência Mucosa Bucal O epitélio torna-se mais fino e menos queratinizado, tornando a mucosa oral atrófica e friável, o que a deixa mais sensível a traumas. Redução da elasticidade Diminuição no potencial de regeneração das mucosas e na resistência a doenças. Capacidade de cicatrização mais lenta. Alterações na Senescência Glândulas Salivares Parênquima das glândulas salivares maiores é gradualmente substituído por tec. Adiposo ou fibras colágenas. Ocorre atrofia das glândulas salivares, o que reduz o fluxo salivar e causa leve xerostomia. Há diminuição na proteção e na lubrificação dos tecidos orais. Diminuição salivar influencia no paladar, umecção do bolo alimentar para mastigação e ingestão e adaptação de próteses.) Alterações na Senescência Língua Atrofia da papila filifomes, dando à lingua um aspecto liso. As papilas ciruvaladas tornam mais salientes e os alimentos amargos mais desagradáveis. A gustação pode diminuir, principalmente a doce e ao salgado. Diminuição do paladar devido mudanças dos botões gustativos presentes na superfície da língua. Transformações Senescentes Alterações na ATM Mandíbula diminuição de 20% da densidade óssea entre 45- 90 anos ( dieta com cálcio- vitamina D) Perda densidade e massa muscular 40% no músculo masseter e pterigóideo medial entre 20 e 90 anos. Deglutição: Mudanças Fisiológicas Disfagias em Idosos Pesquisas demonstram que mais de 16% da população idosa queixam de algum tipo de disfagia, podendo chegar até 60% se analisarmos pacientes institucionalizados. 45% dos pacientes com AVC apresentam distúrbios de deglutição durante o estágio agudo, porém a grande maioria melhora sem nenhum tratamento específico. Furkin,A. M e Santini, S. C. 1999 A saúde bucal interfere em vários aspectos do cotidiano, sendo relatada a mastigação como o fator de maior relevância. O alto índice de cárie e perda dentária altera as funções básicas influenciando o desempenho das atividades diárias bem como a qualidade de vida dos idosos. (Souza et al, 2010). Fatores de Risco Associados à Halitose Não Bucal Gastrointestinal( refluxo) Nasal (sinusites) Pulmonar (Bronquites, câncer) Sistêmico (diabetes, febre, cirrose) Psicogênicos (depressão) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Freitas EV et. al. Tratado de Geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro2ª ed: Guanabara Koogan. Netto P.M. Tratado de gerontologia , 2 edição ed. Atheneu São Paulo 2007 Lima P. M. Gerontologia Educacional: uma pedagogia especifica para o idoso uma nova concepção de velhice São Paulo. LTR, 2000 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Mello, H.S.A. Odontogeriatria, São Paulo: ed. Santos, 2005. Campostrini, E. Odontogeriatria,Rio de Janeiro: ed. Revinter, 2004 Brunetti, R.F.; Montenegro, F. L.B. Odontogeriatria Noções de Interesse Clínico, São Paulo: ed. Artes médicas, 2002 Kina, S. O ensino da estomatogeriatria no Brasil: A experiência de Maringá.Rev Odontol Univ São Paulo,, v . 10, n . 1, p . 69-73, jan ./mar . 1996 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Tibério,D. et.al. Estado periodontal e necessidade de tratamento em idosos. Rev assoc paul cir dent 2005 ;59(1) :69-72 Shinkai, R. S. A.; Cury,A. A. D. B. O papel da odontologia na equipe interdisciplinar: Contribuindo para atenção integral ao idoso- Caderno de Saúde Pública vol. 16, n.4, Rio de Janeiro out./dez. 2000. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Madeira, A.A.;Madeira,L. Paciente geriátrico e a complexidade de seu atendimento. RBO, v.57,n.6,no v/dez. 2000. Scelza, M.F. Z. et. al. Saúde Bucal dos pacientes do programa interdisciplinar de geriatria e gerontologia da UFF. RBO, v.58, n.5, set/out.2001.
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