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EXCELENTÍSSIMO DOUTOR (A) JUIZ (A) DA __ VARA DO TRABALHO DE PARAUAPEBAS/PA
TITO, Brasileiro, estado civil, motoboy, portador da C.T.P.S. n xxxxxx, Série xxxxxx., PIS xxxxxx, e da Cédula de Identidade R.G. sob n.º xxxxxx e CPF n.° xxxxxxxx, residente e domiciliado na Rua xxxx, xxx, xxxx, Cep: xxxxxx, por intermédio de seu advogado que esta subscreve procuração anexa aos autos, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 840 e 852-A da Consolidação das Leis Trabalhistas e no artigo 319 do Código de Processo Civil, propor a presente :
AÇÃO RECLAMATÓRIA TRABALHISTA
Em face de PIZZARIA GOURMET LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n° xxxxxx, situada Rua xxxxxxx, CEP: xxxxxx, pelas razões de fatos e fundamentos de direito abaixo relacionados:
I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O Reclamante declara não ter condições de arcar com o valor da presente ação, como custas processuais, honorários advocatícios, honorários periciais, sem prejuízo de seu próprio sustento. 
Sendo assim requer a concessão do benefício da gratuidade de justiça ao reclamante, com fulcro no §3º, do art. 790, da CLT, bem como no art. 98 e seguintes do Código de Processo Civil, na medida em que se encontra desempregado, conforme comprova a sua Carteira de Trabalho e Previdência Social.
II. DO CONTRATO DE TRABALHO
O reclamante foi admitido pela reclamada em 15 de dezembro de 2018, na função de motoboy e mediante remuneração mensal correspondente um salário mínimo.
Normalmente recebia gorjetas de bonificação de cada cliente, gerando uma média de R$ 260.00 (duzentos e sessenta reais). Depois de receber alta do INSS foi dispensado injustamente no dia 20 de setembro de 2019 recebendo as verbas cabíveis.
III. DA REINTEGRAÇÃO 
O reclamante tirou uma licença de 30 dias depois de ser atacado por um cão de um cliente e gravemente ferido durante um acidente de trabalho. Recebeu benefícios previdenciários do INSS. Após retornar das férias, o reclamante foi demitido em 20 de setembro de 2019. 
De acordo com os artigos 19 c/c 21,II, “a” , inciso IV “a” da Lei nº 8213/91, por ser caracterizado acidente de trabalho, é considerado estável, neste sentido, de acordo com o direito ele tem o direito de retomar as atividades em até 12 meses, conforme art. 118 da referida lei e sumula 378, I, do TST:
SÚMULA N.º 378 - ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DE TRABALHO. ART. 118 DA LEI Nº 8.213/91
I - É constitucional o artigo 118 da Lei nº 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. (ex-OJ nº 105 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997).
II - São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. (primeira parte - ex-OJ nº 230 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001).
III – O empregado submetido ...
Portanto, o reclamante tem direito à reintegração mediante proteção antecipada, tendo em vista que se encontra desempregado, necessitando urgentemente de reintegração para arcar com todas as suas despesas, inclusive alimentação, pessoais. Além disso, caso a proteção não seja reconhecida, o período de estabilidade deve ser indenizado, nos termos do artigo 496 da CLT.
IV. DOS DANOS MORAIS E MATERIAL
O reclamante no mês de agosto de 2019, foi surpreendido por um cliente quando realizava entrega de uma pizza, devido erro do seu pedido. Houve xingamentos e ameaças, além de ter sido atacado pelo cães de guarda, sendo lesionado gravemente.
Os artigos 223-C, 223-E e 223-F da CLT, é absolutamente claro em prevê a indenização para a ofensa ao bem jurídico tutelado, pois é de direito do reclamante minimizar a dor e punir o ofensor pela pratica ofensiva.
Portanto, o reclamante requer o pagamento por dano moral, a título de indenização, devido acidente de trabalho, no valor de R$ 20.000,00 
V. DO INTERVALO SUPRIMIDO
O reclamante trabalhava seis dias na semana, tinha uma folga na segunda feira, sendo que, uma vez por mês folgava no domingo. A jornada cumprida ia das 18h às 3h30, com intervalo de 40 minutos para refeição. 
O Art. 71 da CLT prevê que em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. No parágrafo quarto prevê ainda que a não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, implica o pagamento, de natureza indenizatória, do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. 
Também sobre o intervalo, a sumula 437 é bem clara na forma de conceder que a não concessão ou a concessão parcial do intervalo mínimo para repouso senão vejamos:
SÚMULA N.º 437. INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ART. 71 DA CLT
I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração.
Verifica-se que o intervalo do reclamante era parcialmente suprimido, requer o reclamante a condenação da reclamada para pagamento de 20 minutos diários, acrescidos do adicional de 50%, tendo em vista a supressão parcial do intervalo. 
VI. DAS HORAS EXTRAS
O reclamante trabalhava das 18h as 03h e 30 com intervalo de 40 minutos para refeição.
De acordo com o 7º, XIII, CRFB/88 a duração do trabalho normal não pode ser superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultadas a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. 
Explanado sua jornada de trabalho, o reclamante requer a condenação da reclamada para pagamento do adicional noturno de 20% sobre a remuneração do mesmo, considerando-se a hora ficta noturna, acrescido do pagamento dos reflexos sobre aviso prévio, 13º salário, férias +1/3, RSR, FGTS + 40%. 
VI.I DO ADICIONAL NOTURNO
Como exposto anteriormente o reclamante alega que trabalhava de 18h a 03h e 30. O art. 73 da CLT, o reclamante nunca recebeu o adicional noturno, previsto no art. 73 da CLT, que discorre que o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno de pelo menos 20 % sobre a hora diurna. Compreende-se como noturno, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.
Sendo assim o reclamante requer a condenação da reclamada ao pagamento do adicional noturno de 20% sobre a remuneração do reclamante, referente ao labor desenvolvido após as 22h, 06 vezes por semana, no período de sua admissão até setembro de 2020, com reflexos no aviso prévio, 13º salário, férias +1/3, RSR FGTS + 40% e horas extras. 
VII. DA PERICULOSIDADE
A função de motoboy é considerada atividade perigosa, porém, durante todo o período de contrato o reclamante não recebeu o adicional de periculosidade em pela função exercida.
Em relação a periculosidade, o art. 193 da CLT, em consonância com o art. 7º, inciso XXIII, é claro no sentido que os trabalhadores urbanos e rurais são detentores de direto ao adicional de remuneração paras as atividades penosas, insalubres ou perigosas.
Portanto, requer o Reclamante o adicional de periculosidade de 30%, sobre o salário de todo período trabalhado, com devida integração a remuneração e seus reflexos.
VIII. GORJETA – ENTEGRAÇÃO Á REINTEGRAÇÃO E REFLEXOS
 Em todo o período de trabalho o reclamante recebia R$ 1,00 (um real) de bonificação espontânea de cada cliente pela prestaçãodos serviços realizados com eficiência e rapidez, gerando uma média de R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais) mensais.
È claro no discorrer do art. 457 da CLT, que a mesma faz parte da remuneração do empregado e geram reflexos nas demais parcelas, sem fazer distinção entre gorjetas espontâneas e gorjetas compulsórias:
Art. 457CLT. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
§ 3ºConsidera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas a qualquer título, e destinada à distribuição aos empregados
Por outro lado, a súmula 354 do Superior Tribunal do Trabalho pondera:
Nº 354 GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES - Revisão da Súmula nº 290 - Res. 23/1988, DJ 24.03.1988
As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.
O reclamante requer a integração à sua remuneração, com reflexos em 13º salário, Férias e terço constitucional, FGTS, devido bonificação recebida em realização dos serviços prestados, equivalente a R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais) mensais, bem como, seja constada na CTPS as gorjetas recebidas conforme art.29, § 1º, da CLT.
IX. DO REEMBOLSO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL 
 
A reclamada realizou desconto a título de contribuição sindical no valor de R$ 31,80 (trinta e um reais e oitenta centavos), sem que tivesse autorizado o desconto, conforme verificado no contracheque.
A esse respeito, é notório o entendimento conforme regula a lei, artigo 578 da CLT, que configura-se violação da lei de que não poderá haver desconto sem previa e expressa autorização do trabalhador.
Sendo assim, requer a reclamada, a devolução do valor descontado a título de contribuição sindical.
IX.I DO REEMBOLSO 
O reclamante aduz que devido acidente de trabalho teve que comprar vacina antirrábica no valor de R$ 30,00, por recomendação médica.
A esse respeito preceitua o art. 186 e o art. 927, que o prejuízo efetivamente sofrido, deverá ser reparado pelo autor do ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Nesse cenário, faz jus ao reclamante ao reembolso pelo valor onerado, no valor de R$ 30,00. 
X. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Conforme art. 791-A da CLT ao advogado serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 
Ainda com base nas previsões constantes na CLT, o juiz fixará os honorários conforme i) o grau de zelo do profissional, ii) local da prestação do serviço, iii) natureza e importância da causa, iv) o trabalhado realizado pelo advogado e o tempo exigido.
Nesse sentido, requer a condenação da reclamada para pagamento dos honorários de sucumbência em percentual a ser arbitrado por V. Exa.
XI. DAS PROVAS 
Protesta-se por todos os meios de provas em direito admitidas, especialmente pelo depoimento pessoal da reclamada, sob pena de confissão, juntada de documentos, oitiva de testemunhas, perícias, inspeções e tantas outras quantas forem necessárias para prova de tudo quanto aqui afirmado. 
XII. DOS PEDIDOS
Face ao exposto requer:
a) os benefícios da Justiça Gratuita, por ser a reclamante pobre no sentido legal, nos termos do art. 790, §3º, da CLT;
Pede pela procedência da presente ação, condenando a reclamada nos pedidos a seguir: 
b) A reintegração do reclamante ou, alternativamente o pagamento da indenização pela estabilidade, com reflexos em 13º salário, Férias e terço constitucional, FGTS, devido bonificação recebida em realização dos serviços prestados, equivalente a R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais) mensais, bem como, seja constada na CTPS as gorjetas recebidas conforme art.29, § 1º, da CLT.
c) condenação da reclamada ao pagamento por dano moral, a título de indenização, devido acidente de trabalho, no valor de R$ 20.000,00 
d) condenação da reclamada ao pagamento de horas extraordinárias que ultrapassavam a 44ª hora semanal, no período de sua admissão até setembro de 2019, acrescida do adicional de 50% (cinquenta a por cento), com reflexos em 13º salário, RSR, Férias e terço constitucional, adicionais legais, aviso prévio, FGTS e multa fundiária.
e) condenação da reclamada ao pagamento do adicional noturno pelo labor após as 22:00hs, sobre 05h 30 diário, 06 vezes por semana, no período de sua admissão até setembro de 2020, com reflexos em 13º salário, RSR, Férias e terço constitucional, horas extras, adicionais legais, aviso prévio, FGTS e multa fundiária.
f) condenação da reclamada ao pagamento de 20 minutos diários, acrescidos do adicional de 50%, tendo em vista a supressão parcial do intervalo.
g) condenação da reclamada ao pagamento de restituição dos valores descontados ilegalmente à título de FGTS, acrescidos de juros e correção.
h) condenação da reclamada ao pagamento da indenização pelo valor onerado, em decorrência da vacina, bem como a devolução do valor descontado a título de contribuição sindical.
i) condenação da reclamada à multa do artigo 467 da CLT sobre as parcelas incontroversas, caso não sejam pagas na primeira audiência, bem como a aplicação da multa estabelecida no art. 477 da CLT, dado o não pagamento tempestivo das verbas rescisórias.
j) condenação a integração à sua remuneração, com reflexos em 13º salário, Férias, FGTS, devido as gorjetas recebidas dos serviços prestados, equivalente a R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais) mensais, bem como, seja constada na CTPS as gorjetas recebidas conforme art.29, § 1º, da CLT.
k) condenação da reclamada ao pagamento do adicional de periculosidade de 30%, sobre o salário de todo período trabalhado, com devida integração salarial.
l) Honorários Advocatícios no importe de 15% sobre o valor da condenação nos termos do Art. 791-A, CLT
Requer a procedência de todos os pedidos; 
Dá-se a causa o valor de R$ 80.000,00
Neste termo pede e espera deferimento
 ______________________________
ADVOGADO
 ___________________
OAB
Parauapebas/PA, ____. de ___________de _____

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