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Cuidados Clínicos Angina O que é? A angina (ou angina pectoris) se manifesta com uma forte dor torácica causada pela falta de oxigênio no coração. Muitas vezes vem acompanhada de uma sensação de aperto e queimação, que se prolonga um pouco acima do tórax e pode se espalhar para os braços, costas e pescoço. É causada pela obstrução transitória das coronárias. A causa da dor é o fornecimento inadequado de sangue ao coração, resultando no suprimento insuficiente de oxigênio e de nutrientes para o miocárdio. Sintomas - Desconforto e pressão no peito - Fadiga - Respiração rápida - Náusea - Taquicardia Os fatores de risco clássicos para angina são: obesidade, sedentarismo, tabagismo, hipertensão arterial, diabetes, alterações no colesterol e triglicérides e fatores genéticos. Prevenção Boa alimentação, atividade física e bons hábitos de vida. Tratamento é feito com medicação específica, que inclui fármacos vasodilatadores e os betabloqueadores, que aumentam a irrigação sanguínea ao músculo cardíaco. Algumas situações exigem procedimento cirúrgico. O diagnóstico da angina é frequentemente estabelecido pela avaliação das manifestações clínicas da dor e pela história da pessoa. O paciente de Angina deve fracionar as alimentações em menores porções e maior frequência, evitando esforço físico durante 2 horas após as refeições. Infarto Agudo do Miocárdio Se caracteriza pela ausência ou pela diminuição da circulação sanguínea no coração, o que priva o músculo cardíaco (miocárdio), no local acometido, de oxigênio e de nutrientes, causando lesões importantes que podem levar até a morte de suas células, conforme o tempo de duração do evento. Com isso, o funcionamento do coração, que trabalha como uma bomba mecânica, pode ser seriamente afetado. É causado pelo estreitamento de uma artéria coronária pela aterosclerose, ou pela obstrução total de uma coronária por embolo ou trombo, ocasionando a necrose de áreas do miocárdio. A incidência de infarto ainda é maior nos homens acima de 40 anos. Porém, mulheres no climatério que utilizam anticoncepcional e fumam apresentam uma mortalidade maior ao ter infarto. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, dependendo da extensão e da área acometida. A dor decorrente do IAM quase sempre vem acompanhada da sensacao de “morte iminente”. O atendimento imediato, ao cliente infartado, garante a sua sobrevivência e/ou uma recuperação com um mínimo de sequelas. O idoso nem sempre apresenta a dor constritiva típica associada ao IAM, em virtude da menor resposta dos neurotransmissores, que ocorre no período de envelhecimento, podendo assim passar despercebido. Edema Agudo de Pulmão É uma síndrome clínica que pode ser definida como um acúmulo de líquido extravasado dos capilares para o interstício pulmonar, capaz de causar dificuldade para o acontecimento das trocas gasosas entre o capilar e os alvéolos pulmonares. Pode ser identificado no paciente quando este apresenta um aumento na pressão capilar pulmonar e, consequentemente, aumento de líquido no espaço intersticial e alveolar do pulmão. Esse quadro gera no paciente dispneia súbita e intensa ao repouso, com saturação de O2 menor que 90% à respiração ambiente (hipoxemia), diminuição da complacência pulmonar, trabalho respiratório aumentado e relação ventilação-perfusão anormal. Os sinais e sintomas do edema agudo de pulmão incluem: dispnéia e tosse, produzindo um escarro espumoso e tingido muitas vezes de sangue, taquicardia, pele cianótica, fria, úmida, inquietação, ansiedade, medo, etc. A equipe de enfermagem deve manter uma via venosa permanente (venóclise), a fim de minimizar o sofrimento decorrente de punções frequentes, bem como garantir uma via de acesso imediata em caso de emergência. Medo e ansiedade extremos são manifestações predominantes do portador de edema pulmonar agudo. Tocar a pessoa, falar com ela, passa a sensação de realidade concreta, e de que ela não esta sozinha, atenuando tais sentimentos. É fundamental que a equipe de enfermagem mantenha-se ao lado do cliente, demonstrando segurança e monitorando os aspectos essenciais para que o mesmo saia da crise rapidamente. ENDOCARDITE Endocardite é uma infecção no endocárdio (revestimento interno do coração). Normalmente a doença acontece quando uma bactéria ou germes de outra parte do corpo, como os da boca, se espalham pelo sistema sanguíneo se ligando a áreas afetadas do coração. A endocardite é incomum em pessoas com coração saudável. Quando o sangue passa dos átrios para os ventrículos, as válvulas impedem a volta do sangue, mantendo o fluxo sempre na mesma direção. São estas válvulas que podem ser infectadas por bactérias, fungos, vírus, ou outros microrganismos. Se não for tratada, a doença pode danificar ou destruir as válvulas do coração trazendo complicações para o resto da vida. Causas Endocardite acontece quando germes entram na corrente sanguínea, viajam até o coração (normalmente com alguma condição de saúde pré-existente) e se ligam às suas válvulas ou tecido. Na maior parte dos casos a infecção é causada por uma bactéria, mas fungos ou outros microrganismos também podem ocasionar a doença. Fatores de risco Pessoas com problemas nas válvulas cardíacas, válvulas artificiais no coração, defeitos congênitos, histórico de endocardite anterior, com outros problemas cardíacos, com cáries e problemas nos dentes e gengivas, ou com histórico de uso de drogas injetáveis são mais propensas a desenvolver endocardite. Sintomas Febre e calafrios Sopro no coração Fadiga Dor nos músculos e articulações Sudorese noturna Respiração curta Palidez Tosse persistente Perda de peso não-intencional Sangue ou outras alterações na urina Suor nos pés, pernas e abdômen Nódulos de Osler, que são pontos vermelhos dolorosos em baixo da pele dos dedos Petéquias, que são pequenas manchas roxas ou vermelhas na pele, ou manchas brancas nos olhos e/ou dentro da boca. As orientações para a alta incluem: evitar o contato com pessoas portadoras de infecções de vias aéreas e procurar assistência imediata ao apresentar sinais e sintomas de infecção. O controle da febre deve ser feito através de medidas de resfriamento corporal (compressas e bolsas frias) e administração de líquidos e antitérmicos. O tratamento visa combater o micro organismo com o uso de antibioticoterapia e fazer a correção cirúrgica da válvula lesada. Na fase aguda, o tratamento e basicamente hospitalar, estando as ações de enfermagem relacionadas às manifestações apresentadas e a gravidade da doença. MIOCARDITE Miocardite é a inflamação do miocárdio com necrose dos miócitos cardíacos. Miocardite pode ter várias causas (p. ex., infecção, cardiotoxinas, fármacos e doenças sistêmicas como sarcoidose), mas com frequência é idiopática. Sintomas podem variar e incluem fadiga, dispneia, edema, palpitação e morte súbita. O diagnóstico baseia-se em sintomas e achados clínicos de eletrocardiografia (ECG) anormal, biomarcadores cardíacos e imagens cardíacas na ausência de fatores de risco cardiovasculares. Biópsia endomiocárdica confirma o diagnóstico clínico da miocardite. O tratamento depende da causa, mas as medidas gerais incluem fármacos para tratar insuficiência cardíaca e arritmias e raramente cirurgia (p. ex., bomba com balão intra-aórtico, dispositivo de assistência ventricular esquerda, transplante). Imunossupressão é útil em certos tipos de miocardite (p. ex., miocardite por hipersensibilidade, miocardite de células gigantes, miocardite causada por sarcoidose). As principais manifestações clinicas são: fadiga, dispneia, palpitações, dor torácica e arritmias, podendo ate ocorrer ausência de sintomas. Entre as ações de Enfermagemestá o estímulo ao uso de meias elásticas e a prática de exercícios passivos para diminuir o risco de embolias decorrentes de trombose venosa. As pessoas mais susceptíveis são as que apresentam infecções sistêmicas agudas, as tratadas com medicamentos imunossupressoras ou portadoras de endocardite infecciosa. Tratamento O tratamento da insuficiência cardíaca é feito com diuréticos e nitratos para alívio dos sintomas. O tratamento farmacológico em longo prazo. DOENÇA REUMÁTICA As doenças reumáticas compreendem as doenças que afetam o aparelho locomotor, ou seja, articulações, ossos, músculos, cartilagens, tendões e ligamentos. Popularmente conhecidas como reumatismo, elas acometem mais de15 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. inchaço, vermelhidão e calor nas articulações (juntas); mãos inchadas; dificuldade para se movimentar; rigidez nas articulações ao acordar; diminuição da flexibilidade da coluna; dor noturna nas costas de pacientes jovens; limitação para pentear os cabelos ou escovar os dentes; fadiga muscular; olhos avermelhados e secos, além de sensibilidade à luz; boca seca; extremidades do corpo mais sensíveis ao frio, como pés, mãos e orelhas, podendo ficar dormentes com facilidade; redução na sensação do tato; pele com coloração azulada, conhecido como fenômeno de raynaud; alterações na condição bucal, como ulceração oral, gengivite e periodontite.. Quais as principais doenças reumáticas osteoartrite (artrose); fibromialgia; osteoporose; gota; tendinite e bursite; febre reumática; artrite reumatoide. O que pode causar as doenças reumáticas? obesidade; sedentarismo; traumatismos; estresse, ansiedade e depressão; alterações climáticas bruscas. prevenção mantenha-se no peso adequado para a sua altura; adote uma alimentação saudável e rica em cálcio; pratique atividade física regularmente; utilize calçados adequados; mantenha uma postura correta; faça exercícios de relaxamento muscular e alongamento ao longo do dia; medite, mantenha suas crenças; evite esforços excessivos. O mecanismo fisiopatológico constitui-se de uma resposta autoimune que ocorre em nível celular. Os antígenos estreptocócicos combinam-se com células receptoras existentes nos tecidos e nas articulações, sendo a principal complicação as lesões cardíacas graves e permanentes, como a lesão da válvula mitral. ENFISEMA O enfisema pulmonar é uma doença crônica, onde ocorre a destruição dos tecidos pulmonares de maneira gradual. Esta destruição acontece nos alvéolos onde é feita a troca gasosa, ou seja, onde absorvemos oxigênio e liberamos dióxido de carbono. Normalmente o enfisema se deve ao tabagismo, podendo também ser causado por vapores químicos ou poluentes, por exemplo. O enfisema pode também surgir em pessoas não fumantes que tem deficiência de uma enzima protetora dos pulmões (alfa-1-antitripsina), caso onde a doença se manifesta mais cedo e cuja origem geralmente é genética. Os sintomas mais freqüentes são: chiado no peito, tosse seca e falta de ar que vai se agravando na medida em que a doença avança. Os pulmões perdem elasticidade e os alvéolos ficam maiores, isto dificulta a saída de ar, fato que também causa desconforto à pessoa doente. Já nos pulmões saudáveis os alvéolos são pequenos, esponjosos e elásticos. Nos estágios mais avançados da doença a pessoa passa a sentir falta de ar nas tarefas mais simples como caminhar ou falar. Com o passar do tempo o tórax adquire um formato cilíndrico característico das pessoas com este distúrbio. O diagnóstico geralmente é feito pelo médico sabendo que o paciente tem histórico de longa exposição ao tabaco, com o auxilio de tomografia computadorizada e com espirometria (exame que mede a capacidade dos pulmões de colocar o ar para fora dando, desta forma, uma idéia do funcionamento pulmonar). O tratamento consiste em evitar o avanço da doença e aliviar os sintomas, isto pode ser obtido, por exemplo, com o uso de remédios como corticóides ou broncodilatadores. Em alguns casos recomenda-se que o paciente inale oxigênio (oxigenioterapia). Abandonar o cigarro, evidentemente, é algo que deve ser feito de imediato. BRONQUITE CRÔNICA Bronquite crônica é uma condição onde há inflamação das vias aéreas menores do pulmão. É definida como uma tosse, que dura pelo menos 3 meses em dois anos consecutivos. A causa mais comum é o tabagismo, embora a exposição a substâncias irritantes no trabalho também possa causar esta condição. A bronquite crônica é um tipo de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Evitar respirar a fumaça do cigarro ou substâncias irritantes pode ajudar a prevenir esta condição e é importante parar os danos continuados nas vias aéreas. Embora o dano causado pela inflamação de longo prazo nas vias aéreas pode ser irreversível, muitas pessoas aprendem a gerir e viver com seus sintomas. Sintomas O sintoma mais comum da bronquite crônica é uma tosse que traz muco. Isto deve ocorrer frequentemente durante um período de três meses. Pessoas com bronquite crônica também podem sentir falta de ar durante o exercício, chiado ao respirar, cansaço, dores de cabeça e desconforto no peito. Diagnóstico O diagnóstico é geralmente baseado nos sintomas, um exame físico e um teste de função pulmonar, chamado espirometria. Pode ser necessária uma radiografia de tórax para examinar os pulmões e excluir outras causas possíveis dos sintomas. Tratamento é parar de fumar ou tomar medidas para evitar respirar outros produtos químicos irritantes. Outros tratamentos incluem medicações inaladas para reduzir a inflamação e abrir as vias aéreas. Prevenção Parar de fumar e evitar substâncias prejudiciais aos pulmões ajuda a reduzir o risco de desenvolver bronquite crônica. ASMA A asma é uma doença crônica caracterizada pela inflamação dos pulmões e provocada pela obstrução crônica do fluxo de ar nas vias respiratórias. É classificada como controlada, não controlada e parcialmente controlada. A asma pode ocorrer por hereditariedade, alergias, alterações climáticas, gripes ou resfriados e outros. Dessa forma, as causas da doença variam de acordo com cada organismo, sendo que, independente da origem, a doença deve ser tratada, pois o não tratamento compromete o bom funcionamento do organismo e a qualidade de vida. Os sinais apresentados pela doença além da falta de ar são: tosse, chiado no peito, cansaço, catarro, ardência no peito e aversão a cheiros fortes. A partir do aparecimento dos sinais o especialista utiliza alguns exames para facilitar o diagnóstico. Normalmente utiliza-se radiografia do tórax, mas ainda podem ser realizados exames de sangue, de pele, teste de bronco e espirometria. O tratamento é feito utilizando medicamentos broncodilatadores, para facilitar a passagem do ar dilatando as vias aéreas; e corticoides inalatórios, para combater a inflamação. Para evitar crises de asma, que podem ocorrer a qualquer momento, as pessoas que possuem a doença devem estar atentas ao ambiente, ao combate de agentes que induzem as alergias e à prevenção de doenças. AVC O AVC acontece quando o suprimento de sangue que vai para o cérebro é interrompido ou drasticamente reduzido, privando as cédulas de oxigênio e de nutrientes. Ou, então, quando um vaso sanguíneo se rompe, causando uma hemorragia cerebral. Entre as causas dessas ocorrências, estão a malformação arterial cerebral (aneurisma), hipertensão arterial, cardiopatia, tromboembolia (bloqueio da artéria pulmonar). Acidente vascular cerebral isquêmico - é causado pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria do cérebro, o que causa a falta de circulação vascular na região.O acidente vascular isquêmico é responsável por 85% dos casos de acidente vascular cerebral. Acidente vascular cerebral hemorrágico - acontece quando um vaso se rompe espontaneamente e há extravasamento de sangue para o interior do cérebro. Este tipo de AVC está mais ligado a quadros de hipertensão arterial. SINAIS E SINTOMAS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL Fraqueza de um lado do corpo; Dificuldade para falar; Perda de visão; Perda da sensibilidade de um lado do corpo; Alterações motoras; Paralisia de um lado do corpo; Distúrbio de linguagem; Distúrbio sensitivo Alteração no nível de consciência. Uma das manobras que pode auxiliar a identificar um Acidente Vascular Encefálico evidenciando desvio de rima é solicitar ao paciente que dê um sorriso.
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