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História da África: Berço da Humanidade

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Berço da humanidade, a África tem uma história grandiosa e repleta de conflitos
A História da África, geograficamente, teve início com a divisão da Pangeia há 300 milhões de anos. O supercontinente deu origem a dois blocos: Laurásia (América do Norte e Eurásia) e Gondwna (América do Sul, África, Índia, Austrália e as ilhas do Pacífico Sul).
A semelhança entre o Brasil e o continente africano começou a partir desse episódio. As similaridades são encontradas nas formações rochosas, fósseis de animais e rastros de vegetação. O recorte litorâneo dos locais também chama atenção, o encaixe é como de um quebra-cabeças.
Atualmente formado por 53 países, a África faz divisão a oeste, pelo oceano Atlântico; a leste, pelo oceano Índico; ao norte, pelo mar Mediterrâneo; e a nordeste, pelo mar Vermelho. Distribuindo-se pelos quatro hemisférios do planeta. 
Atual mapa da África. (Foto: Picryl) 
O continente africano pode ser dividido de acordo com características geográficas ou culturais. Geograficamente existe 5 regiões: Oriental, Ocidental, Setentrional, Central e Meridional.
Culturalmente e etnicamente há apenas 2 regiões: África Branca, também conhecida como África do Norte (Egito, Líbia, Tunísia, Argélia, Marrocos, Saara Ocidental e Mauritânia), e África Negra ou África Subsaariana, composta por 47 países. 
História da África na Pré-história 
Charles Darwin (1809 – 1822) foi o primeiro cientista a sugerir que na África surgiram os primeiros humanos. As provas do desenvolvimento do homem no continente são inconclusas, mas nas últimas décadas as descobertas de novos fósseis, juntamente com o avanço da ciência, têm comprovado a hipótese. 
Descobertas científicas atestam a presença do Homo sapiens (espécie humana) no continente há mais de 100 mil anos. Mas antes de chegar a essa conclusão, diversos estudos foram realizados, inclusive o anatomista, Raymond Dart, em 1924, destacou-se por identificar uma nova espécie de hominídeo, o Australopithecus africanus. 
Os hominídeos (ancestrais dos homens) juntamente com os primatas (que originaram os macacos) têm um ancestral comum de acordo com a teoria da evolução. O gênero do hominídeo Australopithecus se dividiu em diversas espécies como: africanus, anamensis e afarensis. 
Da espécie Australopithecus afarensis, o fóssil de Lucy foi uma grande descoberta realizada por Yvens Coppens, em 1974, na Etiópia. Lucy, por muito tempo levou o título de “Mãe da Humanidade”, porém, já não é vista como a ancestral direta do homem, mas como uma prima distante.
A África no imaginário europeu 
Já na Idade Antiga, precisamente na Antiguidade Clássica, as obras de viajantes e geógrafos europeus contribuíram para construção de uma imagem deturpada da História da África. Resultado de observações rasas e interpretações religiosas.
Para os europeus da época, os africanos representavam os “Outros”. As quais tinham-se um distanciamento, estranhamento e por vezes, sentimento de superioridade, pautadas por uma visão etnocêntrica. 
Os textos antigos só faziam menção à região setentrional e centro-meridional (África Subsaariana) não era conhecida, limitando a História da África. De acordo com o historiador Mudimbe, o norte da África era divido em três partes: Lybia, Egito e Aethiopia.
A Aethiopia foi conhecida como “A terra de homens escuros”. Derivação da palavra grega Aethiops, referência ao filho do deus Vulcano, e que passou a designar os “homens de pele escura”.
De acordo com Oliveira (2008), interpretações cristãs contribuíram na construção de ideário negativo sobre a África. Por exemplo, as pinturas da Antiguidade relatavam o inferno como um local de calor insuportável e habitado por monstros de cor escura. Uma clara referência a Aethiopia. 
Há também uma associação entre os africanos e a teoria camita, que condicionava os habitantes daquele local (negros) à condição de escravos. 
"A teoria camita afirma de forma categórica que o filho de Noé, Cam, teria zombado do pai e, devido a esta postura recaiu sobre ele e seus herdeiros a praga da escravidão. Os herdeiros de Cam na Bíblia habitariam a orla africana do mar vermelho. A teoria camita foi agregada a cartografia de Cláudio Ptolomeu e a cosmologia cristã e, a partir daí justificou o lugar social e territorial dos povos africanos". (SERRANO E WALDMAN, 2007, apud PETEAN, 2012)
Relatos posteriores associavam os africanos às práticas de feitiçaria e canibalismo, mais uma vez deturpadas. Até o século XX permaneceu, agora pelos colonialistas, a visão de que os africanos eram povos selvagens e que precisavam ser civilizados. 
Na Era Moderna, a transformação dos africanos em mercadorias findava o processo de desumanização. A prática de escravidão nesta época se torna diferente da praticada na Antiguidade (prisioneiros de guerra ou criminosos), agora sustentada na inferioridade do negro africano. 
Imperialismo na África
Na segunda metade do século teve início o Imperialismo na África. Caracterizado pela repartição, exploração e colonização do continente africano entre as potências europeias. O marco do imperialismo aconteceu com a Conferência de Berlim, realizada entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885.
Teoricamente, o evento foi realizado com objetivo de manter o comércio e reafirmar o compromisso em dar fim a escravidão no continente. Participaram da Conferência representantes de 13 países da Europa, dos Estados Unidos e do Império Otomano. Os africanos não foram convidados. 
A Conferência de Berlim foi um marco na 
História da África. (Foto:Wikipédia)
Relações entre a História da África e a História do Brasil
A história do continente africano também está diretamente ligada à História do Brasil. No século XVI, Portugal foi o primeiro país a adotar o comércio de escravos e logo outras nações o seguiram. De acordo com John K. Thornton, os europeus geralmente compravam escravos de guerra. Em outros casos, pessoas eram sequestradas e transformadas em escravas. 
No Brasil, a substituição da mão de obra indígena pela africana teve início em 1570. Os portugueses traziam mulheres e homens de suas colônias africanas para trabalharem como escravos nos engenhos de açúcar. Os mais saudáveis, aptos ao trabalho pesado, valiam mais que os idosos e os debilitados. 
O transporte da África para o Brasil acontecia em navios negreiros, onde as “cargas” eram transportadas amontoadas, em condições desumanas e os mortos eram jogados ao mar. Ao chegarem, trabalhavam exaustivamente e a única recompensa era um prato de comida e moradia na senzala, onde ficavam acorrentados. 
Interessada em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, a Inglaterra foi a primeira nação a desenvolver medidas para o fim da escravidão em 1807. Mas antes disso, a Dinamarca foi o primeiro país a proibir o comércio de escravos em 1803. O Brasil foi o último país a proibir o comércio em 1831.

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