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FILO ARTHROPODA CLASSE SUBCLASE ORDEM SUBORDEM FAMÍLIAS ARACHNIDA ACARI SARCOPTIFORMES ASTIGMATA SARCOPTIDAE KNEMIDOCOPTIDAE PSOROPTIDAE LYSTROPHORIDAE TROMBIDIFORMES ACTINEDIDA DEMODECIDAE* ÁCAROS PENETRANTES ÁCAROS SUPERFICIAS ÁCAROS ASTIGMATA PENETRANTES: Família Sarcoptidae e Knemidocoptidae NÃO PENETRANTES : Famílias Psoroptidae e Lystrophoridae ORDEM SARCOPTIFORMES PENETRANTES Sarcoptes scabiei Notoedres cati Knemidocoptes spp. SUPERFICIAIS Psoroptes spp. Chorioptes spp. Otodectes cynotis Lynxacarus radovskyi ÁCAROS ASTIGMATAS PENETRANTES Sarcoptes scabiei Notoedres cati Knemidocoptes spp. Sarcoptes scabiei ♀ ♂ (GIADINIS et al., 2011) ESCABIOSE GENERALIZADA EPIDERME DERME MEMBRANA BASAL LOCALIZAÇÃO DA EVOLUÇÃO DE ÁCARO Sarcopotes scabiei (NA EPIDERME: SOBRE A CAMADA BASAL) Derme Epiderme Membrana Basal * Ácaro * Galeria na Epiderme (Giadinis et al., 2011)0 PÁPULAS ERITEMATOSAS PRURIDO ALOPECIA FORMAÇÃO DE CROSTAS HIPERSENSIBILIDADE (CURRIER; McCARTHY, 2012) Estrato Córneo ♀ OVÍGERA Ovos Estádio Ninfal com dois Estágios (Protoninfa e Tritoninfa) CICLO EVOLUTIVO DO SARCOPTES SCABIEI Descrição do ciclo do S. scabiei Sobrevivem 3 dias fora da pele; Após a cópula o macho morre e fêmea fertilizada penetra na pele formando galerias na epiderme (acima da membrana basal); Secreta proteases para degradar o estrato córneo da pele, alimentando- se do tecido dissolvido e depositando ovos;. O tempo necessário para a ♀ de S. scabiei var. hominis, iniciar a penetração no estrato córneo foi ~ 10 min. e de ~ 35 min. para estar totalmente submersa na epiderme. São depositados 2 a 3 ovos/dia durante 30 dias; Os ovos eclodem após 2 a 3 dias e as larvas alimentam-se completando o ciclo em 9 a 14 dias, passando por dois estágios ninfais (Proto e Deutoninfa, alguns autores consideram Proto e Tritoninfa); As tritoninfas deslocam-se para a superfície da pele, sofrem metamosfose e ecdise, gerando machos e fêmeas. Os machos fecundam as fêmeas e as fêmeas fertilizadas penetram na pele para reiniciar o ciclo, produzindo nova geração . A infecção no homem de origem animal normalmente é menos grave e desaparece em poucas semanas. Lesões de grau 1 Lesões de grau 2 Lesões de grau 3 (F ER R EI R A , 2 0 1 0 ) ESCABIOSE EM SUINOS Ação mecânica do ácaro durante a penetração na pele (as quelíceras cortam pele) e ingestão de células e fluídos teciduais pelo ácaro contribuem para a patogênese. Durante a alimentação do ácaro, são liberadas pela saliva enzimas proteolíticas para digerir o tecido da área de penetração. A saliva contém substâncias alergênicas (alérgénio: 1) que desencadeiam uma reação de hipersensibilidade, sendo liberados mediadores químicos, (histaminas e outras substâncias mediadoras: 2) responsáveis pela sensação de prurido. REAÇÃO DE HIPERSENSIBILIDADE 1 2 Histopatogia (uma semana após infestação) ácaro com as peças bucais atingindo a camada dermica-epidérmica (TARIGAN, 2003) Após a exposição inicial, os animais desenvolvem uma reação de hipersensibilidade retardada do tipo IV aos ácaros, ovos, ou resíduos fecais ao longo de 4 a 6 semanas , sendo responsável pela ocorrência do prurido intenso. (GIADINIS et al., 2011) Notoedres catI lesões são notadas na face e pavilhão das orelhas e em regiões de pele mais fina e pêlos escassos, mas podem se espalhar para outras partes do corpo. As lesões são crostosas com alto grau de prurido (coceira), podendo levar a lesões traumáticas devido ao ato deles se coçarem com as unhas. (SCOFIELD et al., 2011) Leopardus pardalis Notoedres cati - Knemidocoptes spp - aves; periquito-australiano - patas e bico, principalmente Knemidocoptes Knemidocoptes ACAROS NÃO PENETRANTWES Família Psoroptidae (ácaros superficiais) - Gênero: Psoroptes - Espécies: P. equi (equinos); P. nataliensis e P. bovis (bovinos); P. cuniculi (coelhos); P. ovis (ovinos); P. caprae (caprinos). Esta caracterização de espécies ainda está em discussão - Gênero: Chorioptes SEM REGISTRO NO ESTADO DO PARÁ - Espécie: C. bovis (bovinos) - Gênero: Otodectes - Espécie:O. cynotis (cão, gato e outros carnívoros) Família Lystrophoridae (ácaro pelícola) - Gênero: Lynxacarus - Espécie: L. radovskyi (felinos) e alguns relatos em cão PSOROPTIDAE • Transmissão: - Ocorre quando larvas, ninfas ou fêmeas fertilizadas são transferidas para um hospedeiro susceptível, por via direta (animal/animal) ou indireta (através de fômites) • Estágios de desenvolvimento: - Ovo – larva – ninfa (duas gerações ou dois estágios: protoninfa e Tritoninfa) e adultos Família Psoroptidae • Ciclo biológico (sarnas psoróptica, otodécica e chorióptica): - Caracterizam-se por serem sarnas não penetrantes (superficiais) - Apresenta mesmas fases evolutivas no ciclo que Sarcoptes scabiei, porém não produz galerias na pele MENESES. AMC Psoroptes spp. ♂ OVOS 1. MACHO 2. TRITONINFA QUE IRÁ GERAR UMA FÊMEA 1 2 ACASALAMENTO medirabbit.com/EN/Skin_diseases/.../Psoroptes.htm Em bovinos AÇÕES PATOGÊNICAS FORMAÇÕES CROSTOSAS A exudação linfática que coagula origina as crostas sob as quais vivem os acarinos ÁCAROS REGIÃO DA CAUDA DE EQUINO COM SARNA PSORÓPTICA Chorioptes bovis Sarna superficial Hospedeiros: Bovinos, eqüinos, ovinos e caprinos. Localização: Conduto auditivo (Bovinos), pele do corpo, principalmente no escroto, ao redor dos olhos e pernas, nos eqüinos parasita especialmente a região dos boletos Registros nas regiões sul e sudeste do Brasil. MENESES. AMC OTODECTES CYNOTIS MENESES. AMC COMPORTAMENTO PARASITÁRIO DO BIOAGENTE Otodectes cynotis (ACARI: SARCOPTIFORMES) E ANÁLISE DE SUA ASSOCIAÇÃO COM O BIOAGENTE Malassezia spp. (CRYPTOCOCCALE: CRYPTOCOCCACEAE) EM GATOS DOMICILIADOS NA ÁREA METROPOLITANA DE BELÉM-PA. Otodectes cynotis - isolado em ouvido de cães, gatos e animais silvestres; - Ciclo biológico se faz inteiramente no animal. SILVA (2010) Fonte: www.dailypuppy.com/articles/homemade-ear-drops-for-dogs www.naturalanimalsolutions.com.au/Ear%20Infec... ÁCAROS CONDUTO AUDITIVO DE CÃO Grau da carga parasitária Nº Freqüência Localização/Freqüência Unilateral Bilateral Raro 5 100% 5/100% - Freqüente - - - - Abundante - - - - Total 5 100% 5/100% - Freqüência das cargas parasitárias e das respectivas localizações do ácaro auricular O. cynotis em gatos atendidos no HOVET/UFRA (N=70). Belém, 2010 (n=70). Grau da carga parasitária Nº Freqüência Localização/Freqüência Unilateral Bilateral Raro 6 54,54 % 2 (33,33%) 4 (66,66%) Freqüente 2 18,18 % 1 (50 %) 1 (50%) Abundante 3 27,27 % - 3 (100%) Total 11 100% 3 8 Ocorrência - - 3,95% 9,21% Freqüência das cargas parasitárias e das respectivas localizações do ácaro auricular O. cynotis em cães atendidos no HOVET/UFRA (n= 76). Família Lystrophoridae • Gênero: Lynxacarus • Espécie: L. radovskyi CICLO: OVO-LARVA-NINFA-ADULTO NINFA OVO NO CÃO QUE CONVIVIA COM GATO Família Demodecidae Gênero Demodex ORDEM TROMBIDIFORMES SUBORDEM ACTINEDIDA Demodex• Ciclo biológico: - Ácaros dentro do folículo piloso, glândulas sebáceas e sudoríparas - Ocorre eclosão das larvas dentro do folículo - Estas passam para fase ninfal chamada protoninfa e após para tritoninfa (ocorre diferenciação de macho e fêmea) - As tritoninfas vão até a superfície para gerarem machos e fêmeas que maturam sexualmente e copulam (fase de contaminação) - Após cópula fêmeas ovígeras e machos retornam para folículo HABITAT Demodex canis Faz parte da fauna normal da pele canina, na qual encontra condições ecologicamente favoráveis para a sua reprodução e crescimento., podendo ser encontrado em pequeno número na pele da maioria dos animais saudáveis. Pode ser ocasionalmente relatados de outros tecidos (por exemplo, linfonodos, parede intestinal, rim, glândula tireóide) seguindo a disseminação através do sangue ou drenagem linfática. Demodex canis As ninfas (provavelmente as deuto ou tritoninfas) migram para a superfície da pele para completar a maturação sexual e as fêmeas fecundadas iniciam a fase parasitária no interior dos folículos pilosos ou nas glândulas sebáceas associadas . Os machos morrem. A única forma de TRANSMISSÃO DIRETA ocorre por contato direto e apenas durante o período de amamentação. Durante as primeiras 72 horas a seguir ao parto, a proximidade e o contaco íntimo entre a mãe e seus lactantes, favorece a transmissão dos ácaros, tanto que, dezesseis horas após o nascimento das crias, já podem ser encontrados os ácaros no focinho dos animais. TRANSMISSÃO DIAGNOSTICO Para realização de raspado profundo utiliza-se lâmina de bisturi nº. 10 embebida em óleo mineral. A pele é pressionada entre os dedos e raspada repetidamente até a indução de sangramento capilar, para assegurar que toda a epiderme foi removida RASPADO CUTÂNEO Realizado pela avulsão de pêlos de áreas perilesionais, utilizando-se pinças hemostáticas com as extremidades prensoras revestidas por tubos de látex. TRICOGRAMA TESTE DA FITA ADESIVA Utiliza-se fita transparente com um dos lados aderente, que é pressionado sobre a área lesada para recolher eventuais parasitas sobre a pele. Neste caso se colocará a fita adesiva numa lâmina de microscópio (A) . A PEREIRA et al., 2012- UFMG Os resultados sugerem que os testes do tricograma e da fita adesiva podem preceder aquele do raspado de pele nos casos suspeitos, por não causarem dor ou estresse nos animais. PEREIRA et al., 2012- UFMG TESTE DA FITA: Um exame falso negativo TRICOGRAMA: Dois exames falso negativo Os próximos slides não serão exigidos nas avaliações DEMODICOSE O aumento da população do ácaro pode ser por um distúrbio genético ou do sistema imune. É, sem duvida, uma das mais importantes doenças caninas. Os fatores que desencadeiam a doença são ainda delineados de forma incompleta e controversa Demodicose Localizada Geralmente considera-se seis ou menos áreas focais do corpo são afetadas, muitas vezes envolvendo a cabeça e patas dianteiras. Aproximadamente 90% destes casos são resolvidos espontaneamente. Pacientes com a forma localizada podem não precisam ser tratados. A critério do proprietário a terapia tópica pode ser usada com produtos tais como peróxido de benzoíla gel aplicado uma vez por dia nas afetadas áreas. Demodicose Localizada Mais de seis áreas do corpo são afetadas; duas ou mais patas são afetadas; ou toda uma região do corpo está envolvida. Observa-se alopécia difusa, eritema, edema, seborreia, crostas e piodermite secundária. A piodermite pode apresentar-se moderada e superficial ou severa e profunda com furunculose e celulite. Prurido e linfadenopatia generalizada estão normalmente associados. Cerca de 30 – 50% dos casos de início juvenil são resolvidos espontaneamente. Demodicose Generalizada RAÇAS DE CÃES COM PREDISPOSIÇÃO FAMILIAR PARA DESENVOLVIMENTO DE DEMODICOSE CANINA GENERALIZADA Afghan Hound, Old English Sheepdog, Beagle, Mastin Napolitano, Boston Terrier, Pastor Alemão, Boxer, Pointer Alemão, Buldogue Inglês, Pug, Chiuahua, Rootweiler, Cocker Spaniel, Scottish Terrier, Collie, Shar-Pei Chinês, Dalmata, Sheepdog, Doberman, Pinscher, Stafford Shire, Pit Bul, Dachshund, Shih Tzu, Dogue Alemão, Weimaraner, Lhasa Apso, West Highland Wite Terrier FONTE: FOIL, 1997; DIDIER-NOËL, 2004 (APUD GUERETZ, 2005) TRATAMENTO E CONTROLE Fármaco Dose USO Frequência Efeitos adversos Comentários Amitraz 0,025 a 0,06% Tópico (Banhos) 2x/Semana depressão, ataxia, polifagia, polidipsia, vómito e diarreia Cuidados: corte do pêlo de cães com pêlo médio ou longo, remoção das crostas, banhos prévios com champô antisseborreico ou antibacteriano, aplicação da solução de amitraz continuamente por todo o corpo, manter o animal seco numa área ventilada. Semanalmente Quinzenalmente 0,125% QOD em cada metade do corpo 1,25% + (0,1 mg/kg IM de atipamezol + 0,1 mg/kg PO de ioimbina durante 3 dias) Semanalmente Ivermectina 0,3 – 0,6 mg/kg PO SID letargia, tremores, midríase, cegueira e neurotoxicidade em cães com mutação do gene MDR-1 É recomendado iniciar com 0,05-0,1 mg/kg/dia e aumentar gradualmente até 0,6 mg/Kg/dia e é contra-indicada em homozigóticos para a mutação de MDR-1 Milbemicina oxima 0,5 - 2 mg/kg PO SID Semelhantes aos efeitos adversos da ivermectina, com maior margem de segurança Homozigóticos para a mutação de MDR-1 toleram doses até 0,6 mg/kg/dia. Maior taxa de sucesso com doses de 1 a 2 mg/kg/dia Moxidectina 0,2 – 0,5 mg/kg PO SID Similares e mais comuns que a ivermectina Na administração oral recomenda- se iniciar com uma dose baixa e aumentar gradualmente 2,5% + 10% de imidacloprid Tópico (Spot-on) Semanalmente Quinzenalmente Mensalmente Doramectina 0,6 mg/kg PO ou SC Semanalmente Semelhantes aos da ivermectina. Efeitos neurotóxicos graves no Collie e Pastor alemão É recomendado aumentar a dose gradualmente Tabela1: Opções terapêuticas na demodicose generalizada (adaptado de Miller 2013 e Muller et al. 2012). Dálmata, fêmea, 13 meses, demodicidose generalizada, falacrose, eritema em lençol, crostas hemorrágicas, PRÉ-TERAPIA Remissão das lesões quando da altaparasitológica, após 199 dias de terapia com amoxidectina (0,5mg/kg/cada 72 horas, via oral). (Delayte et al, 2006) É um tratamento de primeira escolha de muitos dermatologistas. A solução tem um sabor amargo . Devido aos efeitos colaterais de sistema nervoso central, esta terapia não deve ser usada em raças de pastoreio (collies, shelties, etc), a menos que um teste de gene ABCB1-1 (MDR1) seja realizado para determinar a susceptibilidade de pacientes para os efeitos tóxicos da ivermectina. Este gene é realizado pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Washington com custo de 70 dólares. O gene MDR-1 (cuja nomenclatura mais recente designa por ABCB1), é responsável pela codificação da glicoproteína P (gp-P) que parece desempenhar uma função protetora contra organismos potencialmente tóxicos, tais como agentes quimioterápicos ou avermectinas. Os animais que porventura expressem o gene mutante, ABCB1-1, acabarão por produzir uma gp-P não funcional, permitindo a acumulação de ivermectina no SNC, tornando-os mais susceptíveis para os efeitos neurotóxicos desta molécula. www.vetmed.wsu.edu/VCPL IVERMECTINA TRATAMENTO • Amitraz: • aplicar a cada 7 dias para 2-6 semanas. Exerce seu efeito por inibição da monoamina oxidase. Tosar animais com pêlos muito longos antes do tratamento. É contra-indicado em chihuahuas em qualquer idade, em filhotes menos de 12 semanas de idade e em fêmeas amamentando. Ivermectina administrada por via oral em 0,2 – 0,4 mg/kg três doses a cada 7, via subcutânea em duas doses a cada14 dias. é potencialmente tóxico em raças sensíveis à ivermectina. é uma lactona macrocíclica de segunda geração, sistêmica de amplo espectro. Na concentração de 2,5% combinada com imidacloprid (ADVOCATE) está disponível em Spot-on para o tratamento da sarna sarcóptica em cães e filhotes mais 7 semanas de idade. Após aplicação tópica, moxidectina é absorvida por via percutânea e atinge concentração plasmática máxima de 4 – 9 dias depois. Moxidectina: Selamectina Antiparasitário tópico, de amplo espectro, licenciado para sarna sarcóptica. dose: 6-12 mg/kg duas vezes 30 dias de diferença. Alguns dermatologistas recomendam a aplicação do produto três vezes com intervalos de 14 dias. Milbemicina oxima Associado ao LUFERUNON é indicado para cães, a partir de duas semanas de idade e/ou 1 kg de peso corporal, para prevenção de pulgas (Ctenocephalides canis Ctenocephalides felis - pulga dos gatos, estágios pré adultos), prevenção do verme do coração (eliminação dos estágios larvais L3/L4 de Dirofilaria immitis) e/ou tratamento dos estágios adultos de nematóides intestinais tais como: Toxocara canis, Toxascaris leonina, Ancylostoma caninum e Trichuris vulpis.
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