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Fisiologia Sensorial Visão-pdf

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Departamento de Ciências Biológicas 
Disciplina: Biofísica e Fisiologia Animal Comparativa 
Profa. Karla G. Moreira 
Discente: Raquel Alves Ferreira 
 
Roteiro aula prática 
Fisiologia Sensorial – Visão 
 
OBJETIVO 
Observar como ocorre a identificação de cores no cérebro e os mecanismos 
neurofisiológicos responsáveis pela criação de um percepto. 
METODOLOGIA 
A simulação da identificação das cores será realizada no site interativo 
https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/color-vision. O simulador oferece duas 
possibilidades de luz (Single bulbs e RGB bulbs) (Figuras 1A e 1B). 
A integração sensorial e perceptiva será realizada a partir de manipulações 
visuais simples. 
Experimento 1 – Visualização de cores (1,0 ponto) 
Selecione a opção RGB bulbs. Explore as diferentes possibilidades de combinações 
das luzes vermelho, verde e azul. Observe como as diferentes cores são percebidas 
pelo indivíduo (os círculos acima da cabeça do humano representam a cor que ele 
está vendo). 
1) Como a cor roxa pode ser percebida pelo olho humano? 
Os seres humanos possuem dois tipos de fotorreceptores, os cones e os 
bastonetes. Ambos apresentam um seguimento externo constituído por 
uma série de discos membranosos onde se localizam os fotopigmentos. 
Os humanos podem distinguir aproximadamente 1.500 comprimentos de 
onda situados na faixa entre 400 nm (azul) e 700 nm (vermelho), sendo 
sensíveis a diferenças em torno de 0,2 nm de comprimento. Os humanos 
apresentam três diferentes cones, com sensibilidades de 
aproximadamente 440 nm (azul), 530 nm (verde) e 565 nm (vermelho). A 
luz de determinado comprimento de onda estimula mais de um tipo de 
cone, porém em diferentes proporções. A retina e o encéfalo comparam a 
informação de cada tipo de cone e inferem a cor do estímulo. 
O roxo é uma mistura de vermelho com azul, então, para conseguir 
enxergar a cor roxa, é necessária a ativação de cones especializados no 
comprimento de onda da cor azul e cones especializados no comprimento 
de onda da cor vermelha. 
2) Qual cor pode ser visualizada quando as três cores primárias são elevadas 
ao nível máximo? Justifique. 
Branco. A luz branca é uma composição de várias cores, cada uma 
com um índice de refração diferente e um comprimento de onda 
também diferente. Se todos os pigmentos forem quebrados da mesma 
maneira e com a mesma intensidade, a pessoa vai enxergar a cor 
branca, que é o somatório de todos os comprimentos de onda entre 
400 e 700 nm. 
Experimento 2 - Visualização de cores (2,0 pontos) 
Selecione a opção Single bulbs. Explore os comandos: ajuste a cor da lâmpada; utilize 
a luz monocromática ou branca; selecione a visualização em feixe ou fótons; utilize ou 
remova o filtro de cores; ajuste a intensidade do filtro de cores. Observe como as 
diferentes cores são percebidas pelo indivíduo (os círculos acima da cabeça do 
humano representam a cor que ele está vendo). 
1) Selecione as opções de lâmpada branca e partículas de luz. Que cor está 
sendo emitida da lanterna? Qual cor está sendo percebida pelo olho 
humano? 
Estão sendo emitidas diversas cores da lanterna. A cor que está sendo 
percebida pelo olho humano é a branca. 
2) O que acontece com a luz branca quando ela passa por um filtro? Os filtros 
são aditivos ou subtrativos? 
Quando a luz branca passa por um filtro de cor, ao invés do ser humano 
enxergar a cor branca, ele enxerga a cor selecionada no filtro de cor. Os 
filtros são subtrativos. 
Experimento 3 – Integração sensorial e perceptiva (2,0 pontos) 
Observe atentamente as imagens. 
 
Figura 2. Vaso de Rubin (Rubin Vase), famosa obra de Edgar Rubin. Você vê o vaso 
ou faces? 
Eu vejo vaso e faces. 
 
Figura 3. Grade de Hermann. Quantos pontos brancos e quanto pontos pretos 
existem na imagem? 
Eu consegui visualizar 40 pontos brancos. Quando vejo a imagem eu consigo 
visualizar pontos pretos, mas como eles aparecem e desaparecem, não consigo 
contá-los. 
 
Figura 4. Rice Waves (Ondas de arroz) de Akiyoshi Kitaoka. Imagem está em 
movimento? Não é GIF! 
Na realidade a imagem não está em movimento, mas quando visualizo parece 
que está em movimento. 
 
Figura 5. Café Wall de Richard Gregory. São linhas horizontais, paralelas ou elas se 
inclinam? 
Consigo visualizar linhas horizontais, paralelas e linhas que se inclinam. 
 
Figura 6. Old Couple de Salvador Dali. Casal de idosos ou músicos? 
Casal de idosos e músicos. 
1) As situações descritas nas figuras de 2 a 6 são decorrentes de interpretações 
errôneas dos estímulos sensoriais reais. Explique por que as alterações nas 
percepções visuais são capazes de gerar ilusões ópticas. 
 
O nosso sistema visual e o nosso cérebro tornam as coisas mais simples do 
que realmente são. E é essa simplificação, que nos permite uma apreensão mais 
rápida da realidade exterior, que dá origem às ilusões de óptica. 
Nos humanos, aproximadamente metade dos neurônios de cada olho cruza no 
quiasma óptico. Os neurônios que carregam sinais do lado direito do campo 
visual dos olhos esquerdo e direito se projetam para a metade esquerda do 
encéfalo, ao passo que aqueles carregando informações do lado esquerdo do 
campo visual dos dois olhos enviam seus sinais para a metade direita do 
encéfalo. Cada metade encefálica recebe informações dos dois olhos. A 
comparação destes sinais permite a estereopsia que contribui para a percepção 
de profundidade. Devido ao quiasma óptico, ocorre inversão de informações 
entre os dois olhos dos humanos. 
Em cada uma dessas figuras existem diversas informações para serem 
processadas: cor, forma, borda, volume, profundidade. Cada informação dessa 
vai para uma parte específica do tálamo. O tálamo manda essas informações 
para o córtex visual, que precisa codificar todas essas informações ao mesmo 
tempo. As vezes ocorre o delay entre o processamento de uma informação e 
outra, por exemplo, as vezes o córtex visual codifica a informação da cor antes 
de codificar a informação da forma, e isso causa uma ilusão de óptica também. 
Referências: 
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, 
Elsevier Ed., 2006. 
MOYES, C. D.; Schulte P. M. Princípios de Fisiologia animal. 2ª ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2010.

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