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DIP: dengue

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Suspeitar quando: paciente com quadro 
febril agudo, duração máxima de 7 dias e 
pelo menos dois dos seguintes sintomas, 
associados ou não à hemorragia: 
◊ Cefaleia 
◊ Dor retro-obritária 
◊ Mialgia 
◊ Artralgia 
◊ Prostração 
◊ Exantema 
 
Fases: 
1. Fase febril: 1º - 3º (pode ir até o 7º) 
→ acontece a defervescência e inicia 
a fase crítica. 
2. Fase crítica: 3º ao 7º dia → podem 
ocorrer hipotensão, derrames 
cavitários e hemorragias 
importantes. 
3. Fase de convalescência: 7º ao 10º 
dia → podem correr hiper-hidratação 
(dispneia, tosse, edema de membros) 
e infecções bacterianas secundárias. 
 
Dengue grave: observar a presença de 
um ou mais dos sinais de alarme – SA 
(que indicam possibilidade de evolução 
para dengue grave). 
◊ Dor abdominal contínua 
◊ Vômitos persistentes 
◊ Hipotensão postural e/ou lipotimia 
◊ Hepatomegalia dolorosa 
◊ Hemorragias importantes 
(hematêmese, melena, metrorragia) 
ou sangramento de mucosa 
◊ Sonolência e/ou irritabilidade 
◊ Diminuição da diurese 
◊ Diminuição repentina da T ou 
hipotermia (< 35º) 
◊ Aumento repentino do hematócrito 
◊ Queda abrupta das plaquetas 
◊ Desconforto respiratório 
◊ Manifestações neurológicas 
 
Agente etiológico: causada pelo vírus 
dengue, da família Flaviviridae e gênero 
Flavivirus. Tem grande variabilidade 
genética e diversidade viral intra-
hospedeiro (quasiespécies). É um 
arbovírus transmitido por artrópodes → 
insetos hematófagos (fêmea) do gênero 
Aedes. 
 
Conduta: 
◊ Pacientes sem m. hemorrágicas ou 
sinais de alarme → UBS. 
◊ Pacientes com m. hemorrágicas 
(espontâneas ou prova do laço +) → 
unidade de urgência/emergência. Realizar 
hemograma e contagem de plaquetas em 
caráter de urgência. 
 
Características: doença dinâmica que 
pode evoluir de uma 
forma não-grave para 
grave. São 
imprescindíveis a 
atenção médica 
continuada e a orientação cuidadosa do 
paciente e de seus familiares. 
 
Maior risco para desenvolver a forma 
grave: crianças < 2 anos, gestantes, 
adultos > 65 anos, hipertensos ou 
cardiopatas graves, diabéticos, DPOC, 
doenças hematológicas crônicas, DRC, 
doença acidopéptica e doenças auto-
imunes. Esses pacientes devem ser 
reavaliados a cada 24 ou 48h. 
 
Manejo do paciente com DG: todos os 
casos suspeitos de dengue que 
apresentarem pelo menos 1 AS ou 
aqueles com m. hemorrágicas que não 
respondem à HV inicial. Deve-se: 
◊ Realizar HV (conforme quadro) e 
repetir hematócrito a cada 4 horas 
para avaliar HV 
◊ Solicitar pesquisa de plasmódio (para 
descartar malária), hemograma, 
albumina sérica e exame específico 
pra dengue 
◊ USG para os casos em que o EF 
indicar derrames cavitários (ascite, 
derrame pericárdico ou pleural) 
 
Se qualquer paciente evoluir com sinais 
de choque → aumentar a taxa de infusão 
de SF para 20 ml/kg/h, com reavaliação a 
cada 15 – 30 min e dosagem do 
hematócrito a cada 2h. 
Repetir HV até 3 vezes. Se não houver 
resposta → UTI. 
 
Alta hospitalar: indicada quando se 
observa melhora clínica + seguintes 
critérios: 
◊ Ausência de febre 
por 48h 
◊ Hematócrito 
estável por 24h 
◊ Plaquetas em 
elevação e > 50.000 
◊ Estabilização hemodinâmica 
◊ Derrames cavitários em regressão e 
sem repercussão clínica 
 
Crianças: em toda criança com suspeita 
de dengue que apresente algum tipo de 
m. hemorrágica: 
◊ Iniciar expansão volêmica com SF a 
0.9% → 20 ml/kg em 2h 
◊ Solicitar hemograma, plaquetas, 
albumina 
◊ HV de manutenção (adequada ao 
peso) 
 
Em crianças com pelo menos 1 SA: 
◊ Fase de expansão: 20 ml/kg/h (até 3 
repetições) e reavaliação C e L 
◊ Fase de manutenção: necessidade 
hídrica basal (regra Holliday-Segar) 
◊ Fase de reposição de perdas 
estimadas: SF ou ringer – 50% das 
necessidades hídricas basais, em 
equipo com dupla via ou em dois 
diferentes AV. 
 
Toda criança com sinais de gravidade 
deve ser monitorada em UTI. 
 
Hematócrito em ascensão e choque após 
hidratação adequada: utilizar expansores 
plasmáticos → albumina 0,5 a 1 g/kg. 
 
Hematócrito em queda e choque: se tiver 
hemorragia importante → concentrado 
de hemácias 10 a 15 mL/kg/dia. Se tiver 
coagulopatia → avaliar necessidade de 
plasma fresco congelado (10 mL/kg), 
vitamina K e crioceptado (1 U p/ cada 5 a 
10 kg). 
 
Diagnóstico específico de dengue: 
◊ Até o 5º dia: teste anti-NS1 e/ou 
isolamento viral e/ou RT-PCR 
◊ 7º dia ou mais: ELISA (sorologia IgM) 
◊ Óbito: coleta de sangue 
imediatamente após o óbito, 
solicitação de necrópsia e RT-PCR 
 
Terapias adjuvantes: pasta d’água ou 
anti-histamínicos (prurido), transfusão de 
concentrado de plaquetas (plaquetopenia 
+ comprometimento hemodinâmico), 
hemocomponentes (casos de choque 
refratário), derrames cavitários NÃO 
devem ser puncionados, suspender AAS 
ou outros antiagregantes plaquetários em 
casos de plaquetopenia acentuada (< 50 
mil) ou grandes m. hemorrágicas. 
 
Dengue visceral: tropismo por 
determinado sistema. Alterações do SN, 
disfunção CR, IH, PTI, HD, rabdomiólise e 
miocardite.

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