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1 Bruna Oliveira de Paula – Medicina UFMT-CUS 2020 O vírus Zika (ZIKV) é um arbovírus, gênero Flavivírus, família Flaviridae. O principal vetor nas américas é o mosquito Aedes aegypti. A passagem transplacentária pode levar ao estabelecimento de uma infecção congênita. Além de ser neurotrópico, o vírus apresenta tropismo por outros órgãos, como o coração e o fígado. No feto pode ocorrer: • Microcefalia • Morte fetal • Insuficiência placentária • Restrição de crescimento fetal • Outras malformações. Para a avaliação do perímetro cefálico, a medida deve ser feita nas primeiras 24 horas de vida. Atualmente, a recomendação é de que para a determinação da presença de microcefalia sejam usados os valores das tabelas de InterGrowth. Por essas tabelas, considera-se microcefalia, nas crianças com 37 semanas, a presença de um perímetro cefálico menor que 30,54 cm em meninos e menor que 30,24 cm meninas. Alterações neurológicas: • Hipertonia • Persistência ou exagero dos reflexos primitivos • Desproporção craniofacial • Alterações visuais e auditivas • Malformação articular dos membros Exames de imagem • USG transfontanela • TC de crânio sem contraste Alterações laboratoriais Exames inespecíficos: • Hemograma • dosagem sérica de amino transferases, • bilirrubina • ureia e creatinina (etc) Específicos: • teste rápido IgM/IgG • sorologias (ELISA) • PCR para RNA viral. Não há tratamento específico para microcefalia ou para as demais sequelas neurológicas e sensoriais associadas à infecção congênita pelo ZIKV. As terapias de suporte e reabilitação são dirigidas aos problemas motores (fisioterapia motora, terapia ocupacional, psicomotricidade), de linguagem (fonoaudiologia) e cognitivos-‐ comportamentais (psicologia, psicopedagogia).
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