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CETOACIDOSE DIABÉTICA → Complicação grave da DM → DM descompensada → O excesso de glicose na corrente sanguínea ocasiona o aumento de cetoácidos, causando prejuízo e vários distúrbios eletrolíticos FATORES PRECIPITANTES • Infecção • Má aderência • Estresse agudo • Gestação • Medicações • Abuso de substancias (álcool e cocaína) EPIDEMIOLOGIA → DM1 + comum → Crianças e adolescentes → Mais em mulheres Não exclui DM2 de ter CETOACIDOSE X ESTADO HIPEROSMOLAR HIPERGLICEMICO ► Cetoacidose • Glicemia maior que 250/mg/dL Porém pode chegar até 1000 • Cetona e cetonemia maior que 3 ou cetonúria maior que 2 • Acidose → PH menor que 7,3 ou bicarbonato menor que 18 mEq/L ► Estado hiperosmolar hiperglicêmico • Glicemia maior que 600 mg/dL • Osmolaridade maior que 320 mOsm/kg • Ausência de cetoacidose FISIOPATOLOGIA Glicose alta em paciente sem insulina ► Pâncreas: células β do pâncreas tentam produzir mais insulina com o objetivo de diminuir a glicose → Porém as células β estão destruídas Células alfa: produção de glucagon para aumentar a insulina (as células não sabem se a outra célula está funcionando ou não) → Aumento de glucagon ativa a gliconeogênese ► Gliconeogênese: Pega glicose dos rins e do fígado, quebrando o glicogênio armazenado ► Glândula adrenal: também é estimulada em meio desse processo ► Quebra de aminoácidos, proteínas, gorduras, aumenta glicerol e aumentam ácidos graxos para aumentar glicose no sangue ► Ácidos graxos: sofrem modificação para alimentar neurônios, virando cetoácidos @resumeves QUADRO DE GRAVIDADE DA CAD → Necessário apenas 1 dos critérios para classificar como grave QUADRO CLÍNICO ► 4P’s da DM • Perda de peso • Poliúria • Polifagia • Polidipsia ► Hiperglicemia → Maior que 180 ► Desidratação e distúrbios eletrolíticos → Eliminação de glicose pela urina + água, potássio e sódio ► Taquicardia ► Taquipneia ► Hipotensão ► Alteração do nível de consciência ► Hálito cetônico ► Hipocalemia/hiponatremia → Eliminação pela urina por desequilíbrio celular ► Cetoacidose • Dor abdominal: acidose irrita o peritônio • Náuseas, vômitos ► Respiração de Kussmaull → Muito ácido no organismo → Respiração rápida e profunda → Uma forma de eliminar o ácido é eliminando o excesso de CO2 Gasometria: PCO2 baixo EXAMES • Glicemia capilar • Gasometria arterial • Sumário de urina • Eletrólitos • Hemograma TRATAMENTO INICIAL ► Hidratação → SF 0,9% 10 – 20 mL (1000 – 1500 mL/hora) – 60 kg • Desidratado → SF • Choque cardiogênico → Monitorização hemodinâmica • Euvolêmico → Corrigir sódio Na > 135: NaCl 0,45% 250 – 500 mL/hora Impede que ocasione uma acidose por excesso de cloreto (menos cloreto fornecido) Na < 135: NaCl 0,9% 500 mL/hora Deve-se hidratar até a pressão ficar normal e o paciente ficar em BEG ► Insulina Sempre dependerá do potássio • Hipercalemia - K alto (> 5,2) • Insulina regular 0,15 UI/kg/hr em bomba de infusão contínuo ou • Insulina regular 0,15 UI/kg em bolus 1 hora EV ► Monitorar glicemia (deve baixar de 50 a 70 mg/dL/hora) - monitorar de 1/1hora → Se cair muito, adicionar ampolas de glicose para evitar hipoglicemia • K normal (3,3 – 5,2) • + 20 a 30 mEq de K + insulina regular Insulina diminui potássio, importante adicionar de forma profilática para hipocalemia • Hipocalemia - K baixo (< 3,3) Parar ou não iniciar insulina • Repor 10-20 mEq/kg/hora de K Paciente pode entrar em FV grave com hipocalemia (principal causa de óbito por cetoacidose) MONITORAMENTO Internar na UTI → Glicemia capilar de 1/1 hora → Controle de K + gasometria venosa a cada de 1/1 hora → Monitorar eletrólitos (Na, Cl, ureia, creatinina, Mg e fósforo) TEMPO DE INTERNAÇÃO PÓS ESTABILIZAÇÃO DO QUADRO Com acidose: 48 a 72 horas Sem acidose: 12 horas Queda da glicemia entre 50 a 70 mg/dL/hora → O que tira o paciente da cetoacidose é o tempo de exposição a insulina → Se for tirado muito rápido da cetoacidose, temos uso limitado da insulina CONDUTAS DE EXCEÇÃO • Bicarbonato → Aumenta risco de edema cerebral → Apenas se PH estiver menor que 6,9 (gravíssimo) • Fósforo SOROS • SF • Soro glicosado • Ringer lactato → não usar! (risco de edema cerebral) COMPLICAÇÕES • Hipoglicemia • Hipocalemia • Rabdomiólise EXEMPLO CLÁSSICO DE CASO CLÍNICO → P. M., 14 anos, sexo masculino com os seguintes sintomas: 2 dias com: • Dor abdominal • Náuseas • Vômitos • Astenia 1 mês com: • Poliúria e noctúria • Perda de peso • Polifagia ► Exame físico PA: 80x80 mmHg P: 110 bpm FR: 32 irm Saturação: 95% ► Somatoscopia MEG, desidratado +++/+4, descorado • Glasgow: 14 ► Glicemia capilar: HI HI: alguns aparelhos colocam HI em glicose acima de 500/600 no glicosímetro ► Exames laboratoriais • Glicemia: 720 mg/dL • Leucócitos: 14. 530 Infecção? Deve-se seguir clínica, ver sinais e sintomas para concluir que sim • Sódio: 130 mg/Dl • Potássio: 5 mg (3,3 – 5,2) ► Gasometria PH: 7,05 PO2: 122 PCO2: 15 Bicarbonato: 9 mEq/L Urina: cetonúria +++/+4 → QUAL SUA CONDUTA NESSE CASO? Aumento de cetonas e acidose pode causar uma leucocitose de até 15.000 sem infecção