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Imunidade adquirida: Para relembrar... Também chamada de imunidade adaptativa, consiste na resposta imune gerada ao longo da vida, que foi ativada após contato com diversos antígenos imunogênicos, tornando o organismo cada vez mais capaz de se defender de invasões de microrganismos patogênicos. A resposta adquirida é capaz de gerar memória imunológica, habilidade que a imunidade inata não possui. Entretanto, a imunidade inata é importante para ativar a imunidade adquirida. Linfócitos São produzidos na medula óssea a partir de uma célula mielóide pluripotente e podem se diferenciar em T ou B, dependendo do estímulo. Receptor TCR ● É o receptor presente na membrana dos linfócitos T ● Possui duas cadeias: alfa e beta Baseado na transcrição e tradução de genes, nossos linfócitos produzem milhões de receptores diferentes, porém não existe um gene para cada receptor → comprometeria uma parte muito grande do genoma. Por esse motivo, o mecanismo utilizado pelos linfócitos T e B tanto para receptores TCR quanto para Ig tão diferentes é a Esse mecanismo gera combinações únicas utilizando segmentos de DNA. Como? unindo Linfócitos T Imunologia - 3° período Maria Geovana segmentos segregados e eliminando sequências intermediárias. Esses genes são os VDJC V → variável D → diversidade J → junção C → constante (presente em todos) A combinação dessas sequências geram diferentes receptores. Cada um desses genes (V, D, J ou C) possui variados éxons (partes codificáveis) que podem ser recombinados entre si. Cada cadeia, alfa ou beta, é uma proteína produzida a partir da codificação de um cromossomo diferente: Cadeia alfa do TCR Cromossomo 14 Não possui gene D Possui genes V, J e C Cadeia beta do TCR Cromossomo 7 Possui genes V, L, D e J Obs.: a recombinação ocorre quando a célula tronco → pró linfócito Obs².: os segmentos estão em todas as células do corpo, mas apenas os linfócitos são capazes de realizar a recombinação Resumindo: Necessidade biológica: criar número ilimitado de TCR e Igs Limitação prática: o genoma é limitado → pode codificar um número limitado de proteínas Resposta biológica: o mecanismo de recombinação somática cria uma diversidade ilimitada a partir de um número limitado de elementos genéticos base. Maturação do linfócito T O timo é o principal local de maturação A IL-7 secretada tanto na medula quanto no timo é a responsável pela maturação do linfócito T Célula tronco ⇓ IL-7 / Medula óssea Pró linfócito Timo Pré-linfócito Linfócito imaturo Linfócito maduro Pró linfócitos Começa a recombinação somática, mas não tem proteínas de membrana que os identifica → sem TCR, sem CD8 e sem CD4 (duplo negativo) Pré linfócitos Começa a expressar cadeias TCR Linfócito imaturo Expressa todos os receptores No timo, são selecionados os linfócitos: ✔ Seleção positiva: Expressam TCR Reconhece MHC próprio com baixa avidez Possui CD8 e CD4 para a diferenciação ❌ Seleção negativa: Não expressa TCR Não reconhece via MHC Reconhece MHC próprio com muita avidez Linfócitos maduros Passaram nos critérios do timo e foram selecionados positivamente? Tudo ok! Migram para os órgãos linfóides secundários → linfonodos Obs: no timo, os linfócitos são duplo positivos, ou seja, possuem tanto CD8, quanto CD4. Nesse processo de maturação dos linfócito T, esses linfócitos são expostos por células dendríticas (APCs) a antígenos que são apresentados ligados ao complexo MHC e, a depender de qual classe de MHC (MHC classe II ou classe I), o linfócito irá se especializar para CD8 ou CD4, deixando de expressar um dos marcadores. Ativação dos linfócitos T Os linfócitos maduros, também chamados de T Naive ou T virgens migram para os linfonodos Antes da célula ser ativada, ela realiza expansão clonal e migra para o local da infecção. A APC apresenta o complexo MHC-peptídeo e o encontro da célula naive com a APC ativa o linfócito. Relembrando: o reconhecimento do MHC + peptídeo é feito pelo TCR. Além do reconhecimento via TCR - MHC, são necessários coestimuladores, como o B7 que está na APC, e é reconhecido pelo receptor CD28 (expresso por todos os linfócitos T) ● Se não há reconhecimento B7 - CD28→ célula não se torna efetiva ● Se há o reconhecimento tanto de B7 - CD28, quanto de TCR - MHC → efetora ● Outro coestimulo: CD40 Portanto… Para uma célula se tornar efetiva são necessários coestímulos, assim a célula começará a liberar citocinas para a estimulação autócrina, como IL-2 por exemplo, e se tornará, finalmente, efetiva.
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