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Prof. Flavio Martin UNIDADE I Estudos Disciplinares: Formação Específica Questões resolvidas baseadas em temas como Planejamento, Marketing, Finanças, Tecnologia, Contabilidade, etc. Teremos: Apresentação de uma questão bem elaborada. Introdução teórica. Resolução comentada. O objetivo é melhorar as condições dos alunos em resolver questões complexas em avaliações internas e externas. A avaliação segue o padrão conhecido. Formato deste ED 1 – A gerente da unidade gestora de saúde X de um pequeno município brasileiro defende sua unidade como a mais eficiente das três unidades do município em termos de motivação de pessoal, pois, durante um ano de registros de faltas e presenças, observou apenas 18 faltas de seus 90 profissionais. A gerente assegura que sua unidade é a melhor no critério “nível de faltas relativo ao número de profissionais”, e a sua referência de comparação é a unidade gestora Y, que conta com 120 profissionais e registrou, no mesmo período, 24 faltas. Recursos humanos – questão Os gerentes das unidades Y e Z contestam o argumento da gerente da unidade X, o que se tornou fator de potencial conflito entre gestores. Para esclarecer melhor os fatos, o secretário de saúde fez um levantamento das três unidades gestoras de saúde (X, Y e Z), e observou que foram registradas, entre 350 profissionais, 62 faltas no total. Recursos humanos – questão (cont) Com base no contexto acima, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I. A gerente da unidade gestora de saúde X tem razão ao defender sua unidade como a mais eficiente do município. Porque II. A unidade gestora de saúde Z tem o mesmo nível de faltas relativo ao número de empregados dessa unidade do que a unidade gestora de saúde Y. Recursos humanos – questão (cont) A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: a) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa da I. b) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não é uma justificativa da I. c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. e) As asserções I e II são proposições falsas. Recursos humanos – questão (cont) Segundo Deal (1996), o absenteísmo de funcionários custa anualmente milhões de dólares às empresas. A ausência média americana é de 2%, sendo que, no comércio de varejo, essa taxa é de 6,7% e nas entidades governamentais, de 5,2%. A gestão de pessoas é um meio de alcançar a eficiência das organizações por meio das pessoas. O gestor de pessoal deve ter em mente que, além das metas e dos objetivos da empresa, as pessoas devem ter condições de alcançar seus objetivos pessoais (CHIAVENATO, 2010). Recursos humanos – Introdução teórica Segundo Chiavenato (2010), a avaliação de desempenho é o processo que mede o comportamento de um funcionário. Ela é a mensuração sistemática e a administração do desempenho humano nas organizações. Um fato importante é que as organizações estão substituindo a avaliação individual pela avaliação por equipes. Os métodos modernos de avaliação de desempenho situam-se próximos à administração participativa por objetivos (APPO). Todas as maneiras existentes de avaliação de desempenho têm aplicações e propósitos como: agregar, aplicar, recompensar, desenvolver, manter e monitorar pessoas (CHIAVENATO, 2010). Recursos humanos – Introdução teórica (cont) O problema aborda uma avaliação de desempenho de equipe de trabalho feita pelo índice de faltas dos profissionais. Esse índice mede a relação entre o número de faltas e o número de profissionais da unidade e fornece como resultado o número de faltas por profissional. Recursos humanos – Solução da questão O quadro 1 mostra os dados referentes aos números de profissionais e de faltas das unidades X e Y, além dos referentes ao total das três unidades existentes no município. O número de profissionais e o número de faltas da unidade Z são obtidos por meio da diferença entre o total do município e a soma entre X e Y. Com esses valores, é possível construir o quadro 2. Recursos humanos – Solução da questão (cont) 350 – 120 – 90 = 140 62 – 24 – 18 = 20 O número de faltas por profissional, de cada unidade, é obtido por meio do quociente entre o número de faltas e o número de profissionais da unidade, cujos valores encontramos no quadro 3. Por meio do quadro 3, é possível observar que as unidades X e Y apresentam o mesmo índice, ou seja, uma falta a cada cinco profissionais. A unidade Z tem uma falta a cada sete profissionais, o que lhe confere o menor índice do município. Recursos humanos – Solução da questão (cont) I – Asserção falsa. Justificativa. Como mostra o quadro 3, a unidade Z é a que apresenta o menor número de faltas por profissional. II – Asserção falsa. Justificativa. O índice de faltas da unidade Z é menor do que o da unidade Y. A unidade Z apresenta uma falta para cada sete profissionais e a unidade Y, uma falta para cada cinco profissionais. Alternativa correta: e). As asserções I e II são proposições falsas. Recursos humanos – Análise das asserções CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. DEAL, T. E.; JENKINS, W. A. Como administrar a organização de bastidores. São Paulo: Nobel, 1996. Recursos humanos – Indicações bibliográficas INTERVALO 2 - Desenvolvimento sustentável significa atender às necessidades das gerações presentes sem impedir que as gerações futuras também o façam. O princípio ético é de que as futuras gerações tenham acesso, pelo menos, ao mesmo nível de capital natural que as gerações predecessoras. Nesse contexto, surge o conceito de produção mais limpa, que busca a eficiência pelo não desperdício, minimização ou não geração de resíduos, eficiência energética e eliminação de impactos à saúde humana e ao ambiente, na obtenção de produtos atóxicos, no uso de reciclagem primária atóxica e na responsabilidade continuada do produtor. Gestão Ambiental – questão Na produção mais limpa, bens são produzidos de forma compatível com o que um ecossistema pode suportar, garantindo-se sustentabilidade e conservação de recursos, com respeito aos padrões de qualidade ambiental. Para que isso ocorra, é imperativo o envolvimento de toda a cadeia produtiva. Gestão Ambiental – questão (cont) Considerando o texto apresentado, avalie as seguintes asserções a respeito da produção de bens e serviços sustentáveis e a relação proposta entre elas. I. A produtividade dos sistemas de produção em uma economia sustentável é dependente de certificações do tipo produção mais limpa. Porque II. Uma economia sustentável depende não apenas de processos industriais mais limpos, mas também de produtos sustentáveis, ou seja, o foco da produção deve ser ampliado do gerenciamento de processos para o gerenciamento de produtos ao longo da cadeia produtiva. Gestão Ambiental – questão (cont) A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: a) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa da I. b) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não é uma justificativa da I. c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. e) As asserções I e II são proposições falsas Gestão Ambiental – questão (cont) Nas empresas, a tendência atual é fazer do desempenho ambiental fator diferencial no mercado em que atuam. Para que elas alcancem esse objetivo, devem implantar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), a fim de estabelecerem a forma de trabalhar suas preocupações ambientais, por meio da alocação de recursos, da atribuição de responsabilidade e da avaliação contínua de práticas, procedimentos e processos (VOGT et al,2012). Gestão Ambiental – Introdução teórica O SGA é um processo destinado à resolução, à mitigação e/ou à prevenção de problemas de caráter ambiental, visando ao desenvolvimento sustentável. Segundo Carvalho (2012), um SGA integra o gerenciamento de uma organização que reconhece a qualidade de seu desempenho ambiental como fator fundamental para a sua prosperidade, por meio de um sistema que identifica, examina e avalia as mudanças ambientais causadas por aspectos ou elementos de seus produtos, serviços e atividades. Gestão Ambiental – Introdução teórica (cont) As principais vantagens da implantação de um SGA são a redução de custos e de riscos, a melhoria organizacional e a criação de um diferencial competitivo. A redução de custos ocorre principalmente pela eliminação de desperdícios de recursos físicos e humanos e, por consequência, financeiros (ANDREOLI, 2012). Seja qual for a forma de implantação escolhida pela empresa para realizar um plano de gestão ambiental, o objetivo maior de sua implantação é colocar-se frente aos clientes e à sociedade como uma empresa comprometida com os anseios do desenvolvimento sustentável. Um SGA deve buscar objetivos, como a redução de geração de resíduos e efluentes prejudiciais e a produção de produtos com processos menos poluentes (SOUZA, 2012). Gestão Ambiental – Introdução teórica (cont) Segundo Lima (2011), as normas ambientais tratam da utilização de recursos naturais, sua transformação, seus registros e sua disposição final. As responsabilidades ultrapassam as fronteiras das fábricas e passam a abranger cuidados para com o meio ambiente em torno da atividade produtiva. As normas ISO 14000 foram estabelecidas quando se colocaram as necessidades do estabelecimento de controle e do acompanhamento das atividades industriais quanto à proteção ambiental. A série de normas ISO 14000 estabelece diretrizes para gestão ambiental. Gestão Ambiental – Introdução teórica (cont) Segundo Barbato e Blatt (2012), a ISO 14000 protege as organizações que respeitam as leis e os princípios da conservação ambiental. O principal objetivo do Sistema ISO é adequar a produção de bens às necessidades de preservação do meio ambiente, de segurança e de saúde no ambiente de trabalho. A gestão ambiental é um fator estratégico, em que atividades como a reciclagem, o incentivo à redução do consumo, o controle de resíduo, a capacitação permanente dos quadros profissionais, o fomento ao trabalho em equipe e as ações criativas constituem pilares de desenvolvimento, lucro e sustentabilidade (SOUZA, 2012). Gestão Ambiental – Introdução teórica (cont) I – Asserção incorreta. Justificativa. As normas ambientais tratam da utilização de recursos naturais, sua transformação, seus registros e sua disposição final. Elas não tratam da produtividade dos sistemas de produção. Elas adaptam a produção de bens às necessidades de preservação de meio ambiente. II – Asserção correta. Justificativa. No desenvolvimento sustentável, existe a integração da produção com o desempenho ambiental da empresa. A empresa, por meio de um SGA, identifica, examina e avalia as mudanças ambientais causadas por aspectos ou elementos de seus produtos, serviços e atividades, para usá-los como fator de sua prosperidade. Alternativa correta: e). A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. Gestão Ambiental – Análise das asserções ANDREOLI, C. V. Gestão ambiental. Disponível em <http://www.fae.edu/ publicacoes/pdf/empresarial/6.pdf>. Acesso em 17 jun. 2012. BARBATO, A. M.; BLATT, C. R. A responsabilidade ambiental das empresas através da rotulagem de produtos. Disponível em <http://www.aedb.br/seget/artigos>. Acesso em 01 dez. 2014. CARVALHO, A. Gestão sustentável de cadeias de suprimento: análise da indução e implementação de práticas socioambientais por uma empresa brasileira do setor de cosméticos. Disponível em <http://www.gvces.com.br /arquivos/231/Tese_Andre_Pereira_de_Carvalho.pdf>. Acesso em 01 dez. 2014. ISO 14001. Sistema de gestão ambiental, especificação e diretrizes para uso. Disponível em <http://www.ibamapr.hpg.ig.com.br/14001iso.htm>. Acesso em 04 mai. 2011. Gestão Ambiental – Indicações bibliográficas LIMA, E. E. Sistemas de gestão ambiental. Disponível em <http://www.universoambiental.com.br/novo/artigos_ler.php?canal=6&canallocal= 10&canalsub2=28&id=195>. Acesso em 03 mai. 2011. SOUZA, A. V. S. O sistema de gestão ambiental e a utilização racional da água. Disponível em <http://www.viannajr.edu.br/revista/eco/doc/artigo_60003.pdf>. Acesso em 17 jun. 2012. VOGT, A. I. et al. Importância da gestão ambiental na empresa – um estudo de caso. Disponível em <http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP1998_ART 212.pdf>. Acesso em 27 jun. 2012 Gestão Ambiental – Indicações bibliográficas (cont) INTERVALO 3 - Segundo o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), “uma concentração, em termos de mercado, de cerca de 30% não é nenhum ‘bicho de sete cabeças’. Há uma concentração em São Paulo, mas no restante do país a situação é diferente. Segundo a Abras, a participação das vendas das maiores empresas do setor de supermercados no Brasil passou de 40%, em 2009, para 43% em 2010. Embora a concentração avance, ainda está longe da realidade na Europa, onde as cinco maiores redes respondem por 70% a 80% das vendas, destacou a Abras. PETRY, R. Competição continua mesmo com fusão entre Carrefour e Pão de Açúcar. São Paulo: Agência Estado, 2011 (com adaptações). Planejamento e gestão estratégica – questão Considerando o texto, conclui-se, com base na abordagem das forças competitivas de Michael Porter, que: a) Há ampliação de ameaças de novos entrantes quando há aumento na concentração de empresas que participam do setor de supermercados no varejo brasileiro. b) A globalização contribui para a redução do processo de concentração entre as empresas do setor de supermercados no varejo brasileiro. c) O processo de concentração entre empresas do setor de supermercados no varejo brasileiro aumenta o poder de negociação dos compradores (clientes). d) O processo de concentração entre empresas do setor de supermercados no varejo brasileiro aumenta o poder de negociação dos fornecedores. e) O processo de aquisição ou fusão entre empresas do setor de supermercados no varejo brasileiro aumenta seu poder de negociação com fornecedores e compradores. Planejamento e gestão estratégica – questão (cont) O modelo das Cinco Forças de Michael Porter, concebido em 1979, é usado na análise da competição entre empresas. Porter considera cinco fatores, que devem ser analisados para o estabelecimento de uma estratégia empresarial eficiente. Essas forças afetam a capacidade de uma empresa em servir seus clientes e obter lucros. As cinco forças de Porter são as citadas a seguir. Planejamento e gestão estratégica – Introdução teórica 1. Rivalidade entre os concorrentes Para a grade maioria das indústrias, esse é o principal ponto de competitividade no mercado. Muitas vezes, as empresas competem em relação ao preço do produto, à inovação, ao marketing, etc. Não é incomum ver a propaganda de uma empresa comparando seus produtos com os dos concorrentes e enfatizando os diferenciais de preço, qualidade, inovação etc. (PORTER, 2004). Planejamento e gestão estratégica – Introdução teórica (cont) 2. Poder de negociação dos clientes Se existe concorrência, é de se pressupor que a demanda por um bem, ou serviço, é menor do que a oferta. Nessa situação, os clientes exigem mais qualidade por um preço menor, forçando os preços para baixo e, com isso, jogando os concorrentes uns contra os outros (PORTER, 2004). Planejamento e gestão estratégica – Introdução teórica (cont) 3. Poder de negociação dos fornecedores Um grupo fornecedor é poderoso quandoele é dominado por poucas companhias e é mais concentrado do que a indústria para a qual vende. Quando os fornecedores vendem para compradores mais fragmentados, eles tendem a dominar as negociações influenciando de forma decisiva o preço, a qualidade e as condições de fornecimento. No caso contrário, quando o fornecedor apresenta grande dependência do comprador, é possível, inclusive, a criação de barreiras de entrada para a concorrência, estabelecendo parcerias com os fornecedores. Os fornecedores, muitas vezes, são impelidos a recusar a possibilidade de fornecer para determinada empresa ou são forçados, por exemplo, a cobrar preços excessivamente elevados, em função de acordos previamente estabelecidos com a dominante do mercado (PORTER, 2004). Planejamento e gestão estratégica – Introdução teórica (cont) 4. Ameaça de entrada de novos concorrentes No caso do aparecimento de um novo concorrente que deseja obter uma fatia do mercado, uma forma de barreira é permitir que ele fique, apenas, com a pior fatia do mercado, tanto em quantidade quanto em qualidade de clientes. Com essas posições estabelecidas, o concorrente pode conjecturar sua saída do mercado (PORTER, 2004). Existem seis fontes principais de barreiras de entrada: economias de escala (escala maior significa custo menor e maior competitividade), diferenciação do produto, necessidades de capital, custos de mudança, acesso aos canais de distribuição e desvantagem de custo independente da escala (PORTER, 2004). Planejamento e gestão estratégica – Introdução teórica (cont) 5. Ameaça de produtos substitutos A existência de produtos substitutos que desempenham funções equivalentes ou parecidas é uma condição básica de barganha que pode afetar as empresas. Assim, os substitutos podem limitar os lucros em tempos normais, como também podem reduzir as fontes de riqueza que a indústria pode obter em tempos de prosperidade. Muitos produtos praticamente deixam de existir pelo aparecimento de outros que podem substituí-los (PORTER, 2004). Como exemplo, temos as máquinas fotográficas que usam filme. Planejamento e gestão estratégica – Introdução teórica (cont) A – há ampliação de ameaças de novos entrantes quando há aumento na concentração de empresas que participam do setor de supermercados no varejo brasileiro. Alternativa incorreta. Justificativa. O aumento na concentração de empresas que participam do setor supermercadista brasileiro pode indicar redução do número de empresas. Isso pode significar que não houve novos entrantes ou que o número de novos entrantes é menor do que o número de empresas que deixaram o setor. De qualquer forma, houve aumento na parcela de mercado ocupada pelas grandes redes. Planejamento e gestão estratégica – Análise das alternativas B – a globalização contribui para a redução do processo de concentração entre as empresas do setor de supermercados no varejo brasileiro. Alternativa incorreta. Justificativa. O aumento da participação das vendas das maiores redes mostra que não houve diminuição no processo de redução de concentração entre as empresas no setor supermercadista. Planejamento e gestão estratégica – Análise das alternativas (cont) C – o processo de concentração entre empresas do setor de supermercados no varejo brasileiro aumenta o poder de negociação dos compradores (clientes). Alternativa incorreta. Justificativa. De acordo com Porter (2004), quando poucos fornecedores vendem para compradores mais fragmentados, eles tendem a dominar as negociações influenciando de forma decisiva o preço, a qualidade e as condições de fornecimento. Planejamento e gestão estratégica – Análise das alternativas (cont) D – o processo de concentração entre empresas do setor de supermercados no varejo brasileiro aumenta o poder de negociação dos fornecedores. Alternativa incorreta. Justificativa. De acordo com Porter (2004), a concentração entre empresas do setor de supermercados permite a eles exigir mais qualidade por um preço menor, forçando os preços para baixo e jogando os concorrentes uns contra os outros. Planejamento e gestão estratégica – Análise das alternativas (cont) E – o processo de aquisição ou fusão entre empresas do setor de supermercados no varejo brasileiro aumenta seu poder de negociação com fornecedores e compradores. Alternativa correta. Justificativa. A concentração de empresas no setor supermercadista coloca o setor em uma posição privilegiada com relação aos seus fornecedores e clientes. Por possuírem grande poder de compra, eles exigem mais qualidade e forçam os preços para baixo. Por venderem para um setor extremamente fragmentado, eles dominam as negociações, já que existem poucas opções de compra para seus clientes. Planejamento e gestão estratégica – Análise das alternativas (cont) PORTER, M. E. Estratégia competitiva. Técnicas para análise de indústrias e da concorrência. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Planejamento e gestão estratégica – Indicação bibliográfica INTERVALO 4 - Uma rede paulistana de hotéis acaba de arrecadar 435 milhões de reais para seu primeiro fundo de investimentos em hotéis, criado no fim de 2011, em parceria com uma gestora de investimentos. É o primeiro fundo criado para comprar hotéis inteiros no Brasil. Nas próximas semanas, esse recurso financeiro vai ser usado para comprar seis empreendimentos e integrá-los à rede de 25 hotéis, que hoje fatura 255 milhões de reais. Outros 20 empreendimentos estão no radar do fundo em todas as regiões do Brasil, com exceção do Norte do país. LETHBRIDGE, T. Exame. São Paulo, ano 46, n. 1017, p. 19, 30 mai. 2012 (com adaptações). As organizações produtivas costumam definir como objetivo principal o aumento nas vendas, o incremento nos lucros, o aumento na participação de mercado ou, ainda, outras medidas de desempenho relacionadas ao crescimento e ao desenvolvimento do negócio. Metas de crescimento podem ser perseguidas por meio de estratégias diversas. Planejamento e gestão estratégica – questão Que estratégia foi utilizada pela rede de hotéis de que trata o caso acima para promover seu crescimento? a) Integração vertical. b) Integração horizontal. c) Diversificação. d) Fusão. e) Joint venture. Planejamento e gestão estratégica – questão (cont) A gestão estratégica é um processo de comprometimento de empresas, que envolve a análise de informações para a implantação de decisões. O objetivo dessas decisões é o de maximizar a eficácia das operações da organização, conhecidas suas limitações de orçamento, tempo e capacidade (BAYE, 2008). Uma das maneiras que as organizações encontram para maximizar suas operações é a integração horizontal, que é o ato de incorporar outras infraestruturas, bens e empresas do mesmo setor ou de mesmo nível de produção. O objetivo da integração horizontal é a expansão das operações já existentes sem a criação de novas. Um exemplo de integração horizontal é o que ocorre quando uma cadeia de restaurantes compra outro. Com essa aquisição, ocorre a expansão do seu negócio de restaurantes (BAYE, 2008). Planejamento e gestão estratégica – Introdução teórica Outra forma de maximizar as operações de uma organização é a integração vertical, que é o ato de aquisição de outras empresas existentes dentro de sua cadeia de fornecimento. Um exemplo é o que ocorre quando uma empresa de refrigerantes compra uma fábrica de vasilhames para o envasamento de seus produtos. Nessa situação, ocorre a expansão das operações da organização pela aquisição de outro negócio que se encontra dentro da cadeia produtiva a que ela pertence (BAYE, 2008). Planejamento e gestão estratégica – Introdução teórica (cont) A compra de outras companhias do mesmo ramo de atividades que a da organização caracteriza a integração horizontal. Alternativa correta:b) Integração horizontal. Planejamento e gestão estratégica – Solução da questão BAYE, M. R. Economia de empresas e estratégias de negócios. Porto Alegre: Bookman, 2008. Planejamento e gestão estratégica – Indicação bibliográfica 5 - Grande parte das atividades de organizações empresariais é sujeita a regulamentação estatal, a exemplo das demonstrações financeiras de empresas de capital aberto e das especificações de produtos definidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). Além da regulamentação estatal, há setores que utilizam mecanismos de autorregulamentação, como o setor de comunicação publicitária, que se orienta por definições do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR). Ciências jurídicas – Questão Esse Conselho analisa o componente ético das atividades do setor, com base no seu código de ética e em resoluções próprias. Não trata, porém, de todas as questões do campo. Por exemplo, questões de propaganda política são analisadas pelos tribunais eleitorais. Há, também, iniciativas de autorregulamentação em setores como o bancário e o de mídia impressa e eletrônica. Ciências jurídicas – Questão (cont) Considerando o contexto acima, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: I. A autorregulamentação é uma alternativa adicional de controle sobre possíveis desvios éticos entre organizações dos setores que a adotam. Porque II. Executivos de empresas de setores autorregulamentados atuam em um ambiente ético bem estruturado, o que permite que se desprendam das regulamentações externas oriundas de agências governamentais, já que têm as referências setoriais como base para a análise ética de suas decisões. Ciências jurídicas – Questão (cont) A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: a) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa da I. b) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não é uma justificativa da I. c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. e) As asserções I e II são proposições falsas. Ciências jurídicas – Questão (cont) A autorregulamentação é a substituição da regulação estatal pela regulação realizada por uma pessoa jurídica organizada pelos próprios atores a serem regulados. O órgão autorregulamentador é o responsável pela criação de normas e regras, cujo objetivo é organizar a atividade de seus membros (PAIXÃO, 2004). A autorregulamentação desempenha função normativa semelhante à realizada pelo Estado, que, nesse caso, confia parte do seu poder regulamentador às instituições privadas (PAIN, 2013) e nunca deve ultrapassar os limites impostos pela lei, sendo de eficácia restrita aos seus membros (MOREIRA, 1994). A autorregulamentação é um meio utilizado pelos agentes do mercado para evitar a regulação tradicional ou para complementá-la em situações específicas de mercado. Ela deve ser definida como uma regulação não pública (WERNECK, 2004). Ciências jurídicas – Introdução teórica I – Asserção correta. Justificativa. Como afirma Paixão (2004), a autorregulamentação é a criação de normas e regras com o objetivo de organizar a atividade dos membros de determinada atividade econômica. Além disso, ela é um meio utilizado pelos agentes do mercado para evitar a regulação tradicional ou para complementá-la em situações específicas de mercado (WERNECK, 2004). II – Asserção incorreta. Justificativa. Na autorregulamentação, o Estado confia parte do seu poder regulamentador às instituições privadas (PAIN, 2013). A existência de autorregulamentação não significa que as regulações impostas pelo governo sejam ignoradas e não indica que não haja desvios éticos no setor. Alternativa correta: c). A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. Ciências jurídicas – Análise das asserções MOREIRA, V. Autorregulamentação profissional e administração pública. Coimbra: Almedina, 1994. PAIN, G. K. B. “Regulamentação versus autorregulamentação publicitária: uma análise institucional aplicada ao mercado de alimentos infantis”. Revista de Economia e Administração, São Paulo, v.12, n.2, 217-232p, abr./jun. 2013. PAIXÃO, L. A. “Aspectos jurídico-institucionais do setor elétrico brasileiro”. In: DI PIETRO, M. S. Z. (Ed.) Direito regulatório: temas polêmicos. Belo Horizonte: Fórum, 2004. WERNECK, B. “A autorregulação da atividade econômica no Brasil”. In: DI PIETRO, M. S. Z. (Ed.) Direito regulatório: temas polêmicos. Belo Horizonte: Fórum, 2004. Ciências jurídicas – Indicações bibliográficas ATÉ A PRÓXIMA! Prof. Flavio Martin UNIDADE I Estudos Disciplinares: Formação Específica 6 - Um estudo de uma empresa de consultoria americana mostra que sete em cada dez empresários do mundo buscam alguma iniciativa de colaboração com outras empresas. O alvo preferencial são companhias com as quais já existe algum tipo de relacionamento, como fornecedores e clientes. “São vários os motivos para parcerias, desde a necessidade de adquirir conhecimento em áreas novas até simplesmente cortar custos”, afirma o responsável pela pesquisa. Assim, para ganhar competitividade, muitas empresas passaram a ver mais vantagens do que problemas em dividir informações estratégicas. É cada vez maior o número de empresas que criam projetos em conjunto para dividir custos e riscos. A parceria pode ser entre concorrentes ou entre empresas de mercados totalmente distintos, como nos modelos que seguem. Planejamento e gestão estratégica – questão Modelo I – Para abrir mercados: o custo de chegar a uma nova região pode inviabilizar a investida. Convidar outra empresa ajuda a dividir os custos. Modelo II – Para cortar custos: empresas gastam muito com atividades que não são sua especialidade, como transporte. Aliar-se a um especialista pode ser uma saída. Modelo III – Para inovar: projetos de inovação são caros e incertos por natureza. Para reduzir os custos, cada vez mais empresas criam projetos para prospectar novas tecnologias. SIMÕES, R. O inimigo virou sócio. Exame, São Paulo, ano 46, n. 1019, p. 109-110, 27 jun. 2012 (com adaptações). Planejamento e gestão estratégica – questão (continuação) Considere a seguinte situação hipotética. Três fabricantes de produtos distintos – uma de adereços e utilidades femininas; outra de meias para mulheres e lingeries; e uma terceira de produtos diversos com design não convencional –, atuantes de maneira isolada por meio de lojas próprias e franquias em cidades com mais de 500 mil habitantes, conceberam uma nova proposta de loja para cidades com até 250 mil habitantes, caracterizada pela venda conjunta dos itens das três marcas. De acordo com a proposta de modelos de parceria apresentada pela empresa de consultoria americana, a situação descrita enquadra-se no(s) modelo(s): a) I, apenas. b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. Planejamento e gestão estratégica – questão (continuação) As alianças estratégicas são parcerias entre empresas, orientadas por metas, que visam ao compartilhamento de riscos e recompensas. Lewis (1992) apresentou uma estrutura genérica capaz de auxiliar na consideração da existência de alianças entre empresas. Os principais objetivos a serem alcançados por uma aliança estratégica são a agregação de valor a produtos, a melhoria de acesso a mercados, o fortalecimento das operações existentes, o acréscimo do potencial tecnológico e a exploração de novas oportunidades (SIMCHI-LEVI et al, 2008). A agregação de valor a produtos pode ser conseguida por meio da complementação das linhas de produtos comercializadas pelas empresas. A melhoria de acesso aos mercados pode ser obtida por meio do compartilhamento de propagandas quefacilitam o acesso aos novos mercados (SIMCHI-LEVI et al, 2008). Planejamento e gestão estratégica – introdução teórica O fortalecimento das operações ocorre, por exemplo, quando empresas diferentes compartilham o mesmo armazém e a mesma rede de distribuição de seus produtos. O aumento da potência tecnológica existe quando centros de pesquisa e desenvolvimento são compartilhados por empresas ou quando uma empresa utiliza a expertise de outra para o desenvolvimento de um novo produto (SIMCHI- LEVI, 2008). O aperfeiçoamento estratégico para exploração de novas oportunidades é alcançado quando, por exemplo, empresas juntam-se para vencer barreiras de entrada em novos mercados (SIMCHI-LEVI et al, 2008). A venda em conjunto das três marcas, nas cidades em que as empresas não atuam isoladamente, constitui uma aliança que visa a explorar novos mercados por meio da agregação de valor aos seus produtos. Planejamento e gestão estratégica – introdução teórica (continuação) A – I, apenas. Alternativa correta. Justificativa. A aliança entre empresas para a exploração de novos mercados é uma aliança estratégica que visa a agregar valor aos produtos e a vencer as barreiras de entrada. B – III, apenas. Alternativa incorreta. Justificativa. Não existe inovação de produtos, apenas estão sendo comercializados os produtos existentes. Logo, a aliança não contempla o modelo III. Planejamento e gestão estratégica – análise das alternativas C – I e II, apenas. Alternativa incorreta. Justificativa. Não existe a redução de custos por meio de uma aliança entre empresas que estão ao longo da cadeia produtiva. Assim, o modelo II não está contemplado na aliança do problema. D – II e III, apenas. Alternativa incorreta. Justificativa. O modelo II e o modelo III não estão contemplados no tipo de aliança do problema. Planejamento e gestão estratégica – análise das alternativas (continuação) LEWIS, J. Alianças estratégicas. São Paulo: Pioneira, 1992. SIMCHI-LEVI, D.; KAMINSKY, P.; SIMCHI-LEVI, E. Cadeia de suprimentos, projeto e gestão. Conceitos, estratégias e estudos de caso. Porto Alegre: Bookman, 2008. Planejamento e gestão estratégica – indicações bibliográficas 7 - Ludwick Marishane, de 22 anos de idade, estudante da Universidade de Cape Town, na África do Sul, desenvolveu um gel de banho que não exige água e sabão. Para divulgar o produto, ele também criou uma empresa. A ideia de Marishane é útil, principalmente, para lugares onde não há água adequada ou suficiente para o banho. O gel promete eliminar bactérias, hidratar a pele e deixar um cheiro de banho tomado, bastando esfregá-lo sobre o corpo. Marishane acredita que seus principais clientes não estarão apenas em lugares onde não há água potável. A empresa diz que vai vender o gel para passageiros que farão voos de longa duração, para hotéis e locais onde existem guerras ou situações de conflitos. A criação de Marishane, extremamente parecida com o álcool gel, pode ajudar a reduzir doenças em áreas rurais causadas pela falta de água e higiene. A composição do gel mistura biocidas, bioflavonoides e hidratantes. Marketing – questão Com o gel, Marishane ganhou o prêmio máximo do Global Student Entrepreneur Awards de 2011. Agora, além de uma empresa, ele já detém a patente e a marca registrada do gel. Cada unidade do gel será vendida por US$ 0,50 para comunidades rurais e por US$ 1,50 para empresas. Segundo o estudante, uma unidade é suficiente para limpar todo o corpo e matar 99,9% dos germes. DARAYA, V. Estudante cria forma de tomar banho sem água. Disponível em: <http://exame.abril.com.br>. Acesso em 17 jul. 2012 (com adaptações). Marketing – questão (continuação) A figura abaixo representa a Matriz BCG (Boston Consulting Group) de participação de mercado. Marketing – questão (continuação) Suponha que uma empresa comercial que atue com a distribuição de diversos produtos resolva introduzir o gel criado por Marishane no seu portfólio de produtos. Nessa situação, em qual dos quadrantes da Matriz BGC o gel estaria posicionado? a) Como pontos de interrogação, pois é um novo produto que ainda não tem participação de mercado, embora seja introduzido em um mercado em crescimento. b) Como estrelas, pois tem grande participação no mercado e será introduzido em um mercado em crescimento constante. c) Como vira-latas ou abacaxis, pois como o mercado e o produto são novos, tanto a participação quanto o crescimento do mercado são pequenos. d) Como vacas leiteiras, pois tem grande potencial de vendas em um mercado crescente. e) Como estrelas, pois é indicado para uso durante viagens de avião de longa distância. Marketing – questão (continuação) Uma das formas mais comuns de conceber o portfólio de uma empresa é a matriz BCG (Boston Consulting Group), na qual são relacionadas as variáveis de participação e crescimento de mercado (JOHNSON, SCHOLES e WHITTINGTON, 2009). Nessa matriz, o crescimento e a participação no mercado são colocados em eixos cartesianos, definindo quatro tipos de negócio: o produto estrela, em que a participação e o crescimento de mercado são grandes; o produto vaca leiteira, em que o produto tem grande participação em um mercado de pequeno crescimento; o produto vira-lata (ou abacaxi), aquele com pequena participação em um mercado de baixo crescimento; e o produto incógnita, que apresenta pequena participação em um mercado de grande crescimento (JOHNSON et al, 2009). A figura 1 apresenta uma matriz BCG. Marketing – introdução teórica A figura 1 indica que os produtos considerados abacaxis devem ser eliminados do portfólio da empresa e que os produtos considerados incógnitas devem sofrer investimento para se tornarem estrelas (MANGABEIRA, 2015). Marketing – introdução teórica (continuação) A – Como pontos de interrogação, pois é um novo produto que ainda não tem participação de mercado, embora seja introduzido em um mercado em crescimento. Alternativa correta. Justificativa. O texto indica que o gel em questão é um novo produto, com baixa participação em um mercado que ainda está sendo explorado, ou seja, em um mercado com grande possibilidade de crescimento. B – Como estrelas, pois tem grande participação no mercado e será introduzido em um mercado em crescimento constante. Alternativa incorreta. Justificativa. O gel em questão não pode ser considerado um produto estrela, pois sua participação no mercado é pequena. Devem ser feitos investimentos para transformá- lo em um produto estrela. Marketing – análise das alternativas C – Como vira-latas ou abacaxis, pois como o mercado e o produto são novos, tanto a participação quanto o crescimento do mercado são pequenos. Alternativa incorreta. Justificativa. O gel em questão não pode ser considerado um produto abacaxi, pois, embora sua participação no mercado de higiene pessoal seja pequena, trata-se de um novo produto, que pode ter grande crescimento no mercado. D – Como vacas leiteiras, pois tem grande potencial de vendas em um mercado crescente. Alternativa incorreta. Justificativa. O gel em questão não pode ser considerado um produto vaca leiteira, pois sua participação no mercado de higiene pessoal é pequena. Marketing – análise das alternativas (continuação) E – Como estrelas, pois é indicado para uso durante viagens de avião de longa distância. Alternativa incorreta. Justificativa. A indicação do produto para uso em viagens de avião de longa distância não o classifica com relação à sua participação no mercado. Marketing – análise das alternativas (continuação) JOHNSON, G.; SCHOLES, K. & WHITTINGTON, R. Fundamentos de Estratégia. Porto Alegre: Bookman, 2009. MANGABEIRA, D. Matriz BCG. Disponível em: <http://www.dmmarketingdigital.com/ matriz-bcg/>. Acesso em: 04 fev. 2015. Marketing – indicações bibliográficas INTERVALO 8 - O franchisingpermite que o franqueador aumente sua base de atuação com maior intensidade do que seria possível se dependesse apenas de recursos próprios para instalar, operar e gerir novas unidades. O fenômeno ocorre porque o franqueador faz uso daquilo que os estadunidenses denominam OPM (“other people’s money”, ou seja, “o dinheiro dos outros”), situação em que os franqueados bancam os custos de implantação, operação e de gestão das respectivas unidades. Em segundo lugar, o franchising reduz a necessidade de o franqueador recrutar, selecionar e contratar pessoal, em particular gerentes que sejam capazes de administrar essas novas unidades, muitas vezes geridas pelos próprios franqueados. Marketing – questão Por meio do franchising, o franqueador pode, adicionalmente, ingressar em mercados nos quais dificilmente entraria se dependesse de seus recursos próprios, sejam financeiros ou humanos. Para isso, conta com a presença física e o conhecimento do franqueado sobre os hábitos e a cultura da região onde vive e trabalha. ARAÚJO, A. P. B. Franchising. Disponível em: <http://www.biblioteca.sebrae.com.br>. Acesso em: 17 jul. 2012 (com adaptações). A figura a seguir representa a matriz de componentes do vetor de crescimento, também conhecida como matriz produtos e mercados, de Igor Ansoff. Marketing – questão (continuação) Suponha que uma empresa franqueadora do setor de lanchonetes deseje ampliar negócios sem modificar os princípios negociais habitualmente praticados. A partir do texto e dos quatro quadrantes da matriz de componentes do vetor de crescimento apresentada, qual das alternativas de crescimento seria mais pertinente ao caso? a) Desenvolvimento de produto e diversificação. b) Desenvolvimento de mercado e diversificação. c) Penetração de mercado e diversificação. d) Penetração de mercado e desenvolvimento de produto. e) Penetração de mercado e desenvolvimento de mercado. Marketing – questão (continuação) A matriz produto/mercado, desenvolvida por Igor Ansoff, é uma ferramenta que permite compreender o desenvolvimento dos objetivos de Marketing. Essa matriz é um modelo utilizado para determinar oportunidades de crescimento de unidades de negócio (DAYCHOUM, 2008). A matriz de Ansoff tem duas dimensões: produtos e mercados, com duas alternativas cada: novos e existentes, que permitem a formulação de quatro estratégias. A figura 1 mostra a matriz de Ansoff com suas quatro estratégias (DAYCHOUM, 2008). Marketing – introdução teórica A penetração de mercado indica a direção de crescimento por meio do aumento na participação nos mercados existentes para os produtos da empresa. Uma forma de atingir esse objetivo é a elevação da frequência de uso ou da descoberta de novas aplicações para o produto (DAYCHOUM, 2008). O desenvolvimento de mercados indica a busca de novos mercados para os atuais produtos da empresa. Isso pode ser conseguido, por exemplo, por meio da expansão geográfica ou da busca por novos segmentos (DAYCHOUM, 2008). Marketing – introdução teórica (continuação) O desenvolvimento de produtos cria novos produtos ou gera aperfeiçoamentos, com o objetivo de substituir os produtos existentes nos mercados em que a organização atua. Isso pode ser conseguido, por exemplo, por meio da introdução de novas características nos produtos existentes ou da melhora de desempenho dos produtos atuais (DAYCHOUM, 2008). A diversificação trata da prospecção de novos produtos para novos mercados. Esse quadrante da matriz tem sido referido por alguns como a “célula suicida”. No entanto, a diversificação pode ser uma escolha razoável se o alto risco for compensado pela possibilidade de alta taxa de retorno (LOPES, 2015). Marketing – introdução teórica (continuação) No caso em estudo, a empresa não está buscando crescimento por meio da ampliação de portfólio de produtos, mas sim por meio da modificação e do desenvolvimento de seus produtos já existentes. A ampliação dos negócios está centrada na expansão do mercado por meio do aumento de participação nos mercados existentes, o que indica penetração no mercado, e da expansão geográfica para os produtos fabricados pela empresa, o que indica desenvolvimento de mercado. Alternativa correta: e) Penetração de mercado e desenvolvimento de mercado. Marketing – resolução da questão DAYCHOUM, M. 40+2 ferramentas e técnicas de gerenciamento. Rio de Janeiro: Brasport, 2008. LOPES, A. A Matriz de Produto/Mercado de Ansoff. Disponível em: <http://www.professorari.blog.br/a-matriz-de-produto-mercado-de-ansoff/>. Acesso em: 04 fev. 2015. SERRANO, D. P. A Matriz de Ansoff – Produto/Mercado. Disponível em: <http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/Matriz_de_Ansoff_Produto_Mercad o.htm>. Acesso em: 04 fev. 2015. Marketing – indicações bibliográficas 9 - A Diretoria Financeira da empresa Átria informou que, atualmente, a estrutura de capital é composta de R$ 6.000.000,00 de dívidas de longo prazo, captadas junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ao custo de 6% a.a. A empresa tem, hoje, 2 milhões de ações ordinárias distribuídas, ao valor de mercado de R$ 11,00/ação. A empresa é tributada à alíquota de 30%. O preço médio de venda de seus produtos é de R$ 118,00, os custos variáveis unitários são de R$ 69,00 e os custos fixos são da ordem de R$ 1.428.000,00. A quantidade vendida do exercício anterior foi de 200.000 unidades. Espera-se que a economia nos próximos 3 anos ganhe ainda mais fôlego e expansão. O desempenho financeiro da Átria é especificado na Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) a seguir. Visão estratégica – questão Visão estratégica – questão (continuação) Demonstração de Exercício da Empresa Átria – Exercício T-1 Receita Operacional Bruta 23.600.000,00 (-) Deduções da Receita Impostos e contribuições -1.180.000,00 Devoluções de vendas -236.000,00 Receita Operacional Líquida 22.184.000,00 (-) Custo das Mercadorias Vendidas Custos variáveis -13.800.000,00 Custos fixos -1.428.000,00 Resultado Operacional Bruto 6.956.000,00 (-) Despesas Operacionais -500.000,00 Resultado antes juro e imposto de renda 6.456.000,00 (-) Despesas Financeiras -600.000,00 Resultado Antes do Imposto de Renda 5.856.000,00 (-) Imposto de renda e contribuição social -1756.800,00 Resultado Líquido do Exercício 4.099.200,00 (/) Lucro/Ação 2,05 Alguns Múltiplos da Empresa Átria – Exercício T -1 Métricas Valores ROA 18,45% ROI 23,06% ROE 26,62% PC 7.000.000 PL 22.000.000 Ex PL 6.000.000 ROA = Retorno sobre o Ativo ROI = Retorno sobre o investimento de Longo Prazo ROE = Retorno sobre o Capital Próprio PC = Passivo Circulante PL = Patrimônio Líquido Ex PL = Exigível Longo Prazo Considerando a DRE e tendo em vista os resultados para os diferentes indicadores e múltiplos, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I. A alavancagem financeira adotada pela empresa Átria gerou efeito positivo nos resultados da empresa. Porque II. Com a economia em expansão, torna-se mais intensa a geração de resultados líquidos a partir dos investimentos realizados pela empresa Átria com recursos de terceiros, uma vez que estes contribuem para gerar resultados para a empresa. Visão estratégica – questão (continuação) a) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa da I. b) As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II não é uma justificativa da I. c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa. d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira. e) As asserções I e II são proposições falsas. Visão estratégica – questão (continuação) Alavancagem financeira é a capacidade da empresa em trabalhar com recurso de terceiros a fim de maximizar os efeitos do lucro operacional e, por consequência, sobre os lucros por ação dos proprietáriosde uma empresa (CAIXETA, 2015). A alavancagem financeira corresponde a um efeito financeiro de crescimento da rentabilidade dos capitais próprios (também designado por retorno sobre o capital próprio – ROE) produzidos por meio do aumento do nível de endividamento. Esse tipo de operação é usado sempre que os custos financeiros de financiamento são inferiores à rentabilidade da operação da empresa. Visão estratégica – introdução teórica Como existe melhora na rentabilidade dos capitais próprios, a alavancagem financeira promove benefícios para os detentores do capital da empresa, pois eles obtêm maiores retornos sem a necessidade de aumentar seus próprios capitais investidos (COSTA, MORITZ e VITAL, 2009). A existência, ou não, de alavancagem financeira não depende somente da rentabilidade dos investimentos financiados, mas também das condições de financiamento conseguidas no mercado no que se refere ao prazo e às taxas de juros, ou seja, a alavancagem financeira é usada quando o retorno sobre o patrimônio líquido da organização for maior do que o custo do capital de terceiros a longo prazo (GITMAN, 2006). Visão estratégica – introdução teórica (continuação) I – A alavancagem financeira adotada pela empresa Átria gerou efeito positivo nos resultados da empresa. Asserção correta. Justificativa. A alavancagem financeira adotada pela Átria gerou efeito positivo nos resultados da empresa, pois os custos financeiros do financiamento (6% cobrados pelo BNDES) são inferiores à rentabilidade da operação da empresa (26,62% de ROE – Retorno sobre Capital Próprio). Visão estratégica – análise das asserções II – Com a economia em expansão, torna-se mais intensa a geração de resultados líquidos a partir dos investimentos realizados pela empresa Átria com recursos de terceiros, uma vez que estes contribuem para gerar resultados para a empresa. Asserção correta. Justificativa. Como existe melhora na rentabilidade dos capitais próprios, a alavancagem financeira promove benefícios para os detentores do capital da empresa, visto que eles obtêm maiores retornos sem a necessidade de aumentar os seus próprios capitais investidos. Com essas considerações, podemos chegar à conclusão de que as duas asserções são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. Alternativa correta: A. As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa da I. Visão estratégica – análise das asserções (continuação) CAIXETA, A. A alavancagem financeira. Disponível em: <http://www.administradores. com.br/artigos/negocios/a-alavancagem-financeira/31131/>. Acesso em: 18 mar. 2015. COSTA, A. M.; MORITZ, G. O.; VITAL, J. T. Administração do circulante. Curitiba: IESDE, 2009. GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. São Paulo: Pearson, 2006. Visão estratégica – indicações bibliográficas INTERVALO 10 - O presidente de uma grande indústria de cosméticos e beleza reconhece que o momento econômico do país é extremamente favorável à expansão dos negócios da empresa. Ele propôs, então, ao Conselho de Administração, a expansão da organização, por meio da construção de uma nova fábrica na região central do país. Atualmente, a única fábrica da empresa está situada no sul e atende à demanda de todo o país. Porém, o presidente acredita que uma nova fábrica possibilitará ganhos de escala, menores custos para distribuição dos produtos e atendimento mais rápido e personalizado aos clientes. O Conselho de Administração concordou com a argumentação, mas solicitou um estudo mais detalhado ao presidente sobre o projeto. Visão estratégica – questão O presidente reconhece que a administração caracteriza-se pela interdisciplinaridade de conceitos e áreas, que, por sua vez, requer uma intensidade de trocas entre os especialistas de marketing, recursos humanos, finanças e produção, entre outros. Nesse sentido, para elaborar o projeto solicitado pelo Conselho, convocou inicialmente os diretores das seguintes áreas para discutir a expansão e o desenvolvimento do projeto: planejamento, recursos humanos, produção, marketing e finanças. Na reunião, os diretores solicitaram uma caracterização/contextualização do projeto de expansão, que ficou a cargo do diretor de planejamento. Visão estratégica – questão (continuação) Pouco tempo depois, o diretor de planejamento apresentou aos outros diretores da empresa a caracterização do projeto em que constavam: objetivo, breve histórico da empresa, panorama e análise do cenário atual, levantamento das oportunidades e ameaças ao negócio, justificativa e proposição da expansão da fábrica de cosméticos na região central do país. TAVARES, M. C. Gestão estratégica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010 (com adaptações). Visão estratégica – questão (continuação) Suponha que, após a entrega da caracterização do projeto apresentada pelo diretor de planejamento, o presidente da empresa tenha solicitado aos demais diretores que redigissem um plano que contivesse o papel estratégico e os objetivos das áreas funcionais para a realização do projeto de expansão da fábrica. Com base nessa situação, elabore um texto dissertativo que contemple os seguintes aspectos: a) critérios críticos a serem analisados pela área de Recursos Humanos para a viabilização do projeto de expansão da fábrica; b) critérios críticos a serem analisados pela área de produção para a viabilização do projeto de expansão da fábrica. Visão estratégica – questão (continuação) Em uma organização, uma pessoa, ou um grupo de pessoas, executa tarefas específicas para que os objetivos sejam atingidos. Essas tarefas são chamadas de funções organizacionais (MAXIMIANO, 2011). Segundo Maximiano (2011), as funções organizacionais mais importantes são produção (ou operações), marketing, pesquisa e desenvolvimento (P&D), finanças e recursos humanos, cabendo à administração geral a coordenação de todas essas funções. Visão estratégica – introdução teórica A função produção é aquela que transforma insumos no produto, ou serviço, destinados aos clientes usuários. Cabe a ela organizar o processo produtivo de maneira que seja possível obter o produto no tempo, na quantidade e na qualidade adequados às necessidades do cliente. Dentro da função produção, está a análise da relação entre a demanda e a capacidade da organização em atender a essa demanda. De acordo com Slack e Lewis (2009), a restrição de capacidade de uma operação está associada à capacidade máxima de processamento de algumas de suas unidades produtivas. Essas partes constituem o “gargalo” da operação e limitam a quantidade de processamentos de toda a operação ao limite máximo permitido por essas partes. Visão estratégica – introdução teórica (continuação) Para que a produção atenda à demanda com o menor custo e no menor tempo possível, ela deve ocorrer de maneira ordenada com cada uma de suas etapas, sendo executada em local apropriado. A disposição relativa a cada etapa executada é chamada de arranjo físico. Embora seja comum classificar os arranjos físicos em quatro tipos básicos, na realidade, existem inúmeros tipos de leiautes, obtidos por combinações dos quatro tipos básicos. Segundo Slack et al (1997), os quatro tipos básicos são: arranjo físico posicional; arranjo físico por processo; arranjo físico celular e arranjo físico por produto. Visão estratégica – introdução teórica (continuação) A função marketing é aquela que deve estabelecer e manter a ligação entre a organização e seus clientes. Essa ligação é feita por meio da identificação dos interesses, das necessidades e das tendências de mercado, do desenvolvimento de produtos, do desenvolvimento de canais de distribuição, da determinação das políticas comerciais, da comunicação com o público-alvo e das vendas (MAXIMIANO, 2011). A função P&D transforma as informações de marketing, os avanços da ciência e as ideiasoriginais em produtos e serviços (MAXIMIANO, 2011). Visão estratégica – introdução teórica (continuação) A função finanças cuida do dinheiro da organização. O objetivo dessa função é a proteção e o uso eficaz dos recursos financeiros, de maneira que a organização consiga cumprir seus compromissos financeiros e proporcione retorno aos acionistas. Visão estratégica – introdução teórica (continuação) A função recursos humanos tem o objetivo de atrair e manter as pessoas de que a organização necessita para o seu sucesso. Isso é feito por meio do planejamento da quantidade necessária de pessoas para o funcionamento da organização aliada às competências de cada um, para que seja possível a plena eficiência de todas as funções organizacionais. As tarefas dessa função incluem também o recrutamento, a seleção, o treinamento, o plano de remuneração, a avaliação de desempenho, a higiene e a segurança das pessoas, a administração de pessoal e as funções pós- emprego, que são a recolocação, a aposentadoria e outros tipos de benefícios (MAXIMIANO, 2011). Visão estratégica – introdução teórica (continuação) Como afirma Ribeiro (2012), os recursos humanos devem garantir que as organizações tenham o número correto de pessoas, no lugar certo e no momento certo, e que essas pessoas sejam capazes de executar as funções a elas atribuídas. Os recursos humanos fazem um dimensionamento da quantidade e da qualidade do quadro de pessoal, buscando interna e externamente competências que atendam às necessidades da organização em quantidade e qualidade, a fim de adequar-se às demandas do trabalho (RIBEIRO, 2012). Visão estratégica – introdução teórica (continuação) Espera-se que o estudante mostre, por meio de um texto dissertativo, conhecimento sobre os itens a seguir. a) O papel da área de recursos humanos na organização e na decisão de expansão, com base em critérios como: custo de mão de obra na região; estrutura funcional (áreas e cargos para nova fábrica); competências e habilidades para cada cargo; oferta de mão de obra especializada na região; possibilidade de transferência interna de funcionários; recrutamento e seleção; necessidade de treinamento. Visão estratégica – padrão de resposta esperada b) O papel da área de produção na organização e na decisão de expansão, com base em critérios como capacidade instalada relacionada à demanda; estratégia de produção; sistemas de produção; arranjo físico e fluxos produtivos; arranjos produtivos; organização da produção – produção artesanal, em massa, enxuta; cadeia de fornecimento/suprimento; custos de transporte; infraestrutura logística; segurança das operações; impactos ambientais. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/padrao_resposta/2012/admin istracao.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2015. Visão estratégica – padrão de resposta esperada (continuação) MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. São Paulo: Atlas, 2011. RIBEIRO, R. V. Estratégias em recursos humanos. Curitiba: IESDE, 2012. SLACK, N.; LEWIS, M. Estratégia de operações. Porto Alegre: Bookman, 2009. SLACK, N. et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas. 1997. Visão estratégica – indicações bibliográficas INTERVALO 11 - Algumas empresas com espírito inovador estão subvertendo a lógica tradicional da indústria. No lugar de departamentos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), lotados com técnicos e pesquisadores altamente especializados, contam com ideias de pessoas que chegam do mundo todo, via internet. Visão estratégica – questão Um modelo adotado por uma empresa americana chama a atenção: qualquer pessoa, com a contribuição de 10 dólares, pode lançar uma proposta de produto, que será submetida a um fórum de mais de 200.000 colaboradores virtuais. Na sede da empresa, onde trabalham 78 pessoas, os protótipos dos produtos são confeccionados em plástico, em impressoras 3D, e o processo de aperfeiçoamento dos protótipos conta também com a colaboração dos voluntários da rede. Os modelos finais são produzidos em fábricas chinesas. Os inventores e os internautas que palpitaram compartilham o equivalente a 30% das vendas, conforme sua participação no processo. Visão estratégica – questão (continuação) A empresa foi criada com o aporte de 15 milhões de dólares angariados em fundos de capital de risco, conta com um portfólio de produtos com expressivos volumes de vendas e tem cerca de 70 projetos em fase final de desenvolvimento. Cada um dos projetos é controlado por funcionários da empresa e tem prazo para acabar – não mais que seis semanas. Todavia, novos modelos de negócios trazem novos desafios, como a complexidade das questões relacionadas à propriedade intelectual e à democratização da produção caseira de produtos, propiciada pela expansão da oferta de impressoras 3D. MANO, C. A multidão manda. Exame. São Paulo, ano 46, n. 1016, p. 112-114, 16 mai. 2012 (com adaptações). Visão estratégica – questão (continuação) A respeito dessa situação, responda às perguntas a seguir, justificando sua resposta. a) Que tipo de estrutura organizacional melhor representa a situação descrita? b) Como os sistemas de informação dão suporte aos processos interativos de desenvolvimento de produtos e serviços? c) Quais os incentivos para um fundo de capital de risco investir nesse tipo de empreendimento? d) De que modo processos de inovação aberta, tais como o descrito no texto, podem contribuir para a solução de problemas públicos relacionados a governos e cidadãos? Visão estratégica – questão (continuação) Desenvolvimento de produto Segundo Eppinger e Chitkara (2009), o desenvolvimento de um produto, cada vez mais deixa de ser um processo local para se tornar um processo de colaboração global. Sabe-se que, entre 2000 e 2010, equipes interfuncionais de desenvolvimento de produto tiveram a oportunidade de executar simultaneamente uma vasta gama de atividades de forma muito próxima e colaborativa. Isso trouxe agilidade para lançamento de produtos e redução nos custos de produção (VIEIRA, BOURAS e DEBAECKER, 2012). Atualmente, o desenvolvimento de um produto tende a ser um processo disperso ao redor do mundo com equipes conectadas por meios digitais. Visão estratégica – introdução teórica Estrutura organizacional Na organização, a estrutura organizacional é o instrumento administrativo para que a empresa tenha meios de alcançar as metas estabelecidas pelo planejamento (OLIVEIRA, 2011). Os tipos de estrutura organizacional encontrados são a estrutura departamental, característica das empresas que apresentam uma única linha de negócios e que organizam suas atividades em grupos funcionais; a estrutura divisional, adequada para empresas que diversificam suas atividades tendo como objetivo atender a determinado mercado e as estruturas matriciais, que permitem a especificação de relações duais para vários setores da organização (GAMBLE e THOMPSON, 2012). Visão estratégica – introdução teórica (continuação) Engenharia simultânea e trabalho colaborativo Em uma empresa, o trabalho colaborativo tem início quando diversas áreas começam a trabalhar juntas. Esse tipo de trabalho torna-se efetivo quando é mantido o fluxo de informações, necessário para o desenvolvimento de um ou mais produto(s) (VIEIRA, BOURAS e DEBAECKER, 2012). Nessa perspectiva, surgiu, em meados da década de 1980, a engenharia simultânea, que é um conjunto de atitudes que proporciona o desenvolvimento de um novo produto, de forma concorrente ou simultânea, tomando-se proveito de grupos de trabalhos heterogêneos e multifuncionais (MELLONI, 2015). Visão estratégica – introdução teórica (continuação) Engenharia simultânea e trabalho colaborativo Para resolver grande parte dos problemas de informação que possam existir em um processo de desenvolvimento simultâneo, as empresas fazem uso da tecnologia de informação(TI). As aplicações da tecnologia da informação no meio empresarial podem contribuir para solucionar problemas, gerar informação efetivamente oportuna, auxiliar nos processos de tomada de decisão da empresa, determinar fatores diferenciais de negócio e proporcionar lucratividade e competitividade (NASCIMENTO e SANTOS, 2015). Visão estratégica – introdução teórica (continuação) Capital de risco Capital de risco é uma modalidade de investimento muito usada no apoio de negócios, feita por meio da compra de uma participação acionária, geralmente minoritária, com objetivo de ter as ações valorizadas para posterior saída da operação (CAETANO, 2013). Chama-se capital de risco pelo fato de o investimento ser efetuado em empresas cujo potencial de valorização é elevado e o retorno esperado é idêntico ao risco que os investidores querem correr (CAETANO, 2013). Visão estratégica – introdução teórica (continuação) Capital de risco (continuação) Esse tipo de financiamento está associado a negócios que estão em fase de início, em fase de expansão ou em mudança de gestão. Qualquer dessas situações tem um risco muito elevado associado à incerteza do projeto em que a empresa se encontra. Comparada com outras formas de investimento, o capital de risco é a única que associa o sucesso do negócio com o sucesso de seu investimento. Visão estratégica – introdução teórica (continuação) a) Que tipo de estrutura organizacional melhor representa a situação descrita? O estudante deve indicar que o tipo de estrutura que melhor representa a situação descrita é a estrutura organizacional em rede/matricial, que busca integrar a empresa com os stakeholders envolvidos nos seus processos. Visão estratégica – padrão de resposta esperado b) Como os sistemas de informação dão suporte aos processos interativos de desenvolvimento de produtos e serviços? O estudante deve identificar os elementos encontrados no texto que se relacionam com o processo de desenvolvimento de produto de forma colaborativa pela disseminação e pela integração de conhecimentos – colaboração em rede, inovação aberta, produção de protótipos em impressoras 3D, prototipagem rápida, gestão de projetos e terceirização da produção –, considerando a relevância de sistemas de informação que permitam interação de vários atores, flexibilidade, agilidade e compartilhamento de dados e informações. Visão estratégica – padrão de resposta esperado (continuação) c) Quais os incentivos para um fundo de capital de risco investir nesse tipo de empreendimento? O estudante deve citar a possibilidade de retorno acima da média no contexto descrito, considerando que o retorno deve ser compatível com o risco. Visão estratégica – padrão de resposta esperado (continuação) c) De que modo processos de inovação aberta, tais como o descrito no texto, podem contribuir para a solução de problemas públicos relacionados a governos e cidadãos? O estudante deve citar modos pelos quais o uso de tecnologias de informação propicia soluções inovadoras em serviços públicos ao aproximar cidadãos e agentes públicos. As respostas podem abordar o uso de dados abertos e o desenvolvimento de aplicativos para controle e facilitação de acesso aos serviços públicos. Podem também mencionar o cidadão como corresponsável pela qualidade da gestão pública por meio da comunicação direta via sistemas de informação. A noção de governo aberto, subjacente a essa resposta, pode ser mencionada. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/padrao_resposta/2012/ad ministracao.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2015. Visão estratégica – padrão de resposta esperado (continuação) CAETANO, P. Capital de risco. Coimbra: Almedina, 2013. GAMBLE, J. E.; THOMPSON Jr., A. A. Fundamentos da administração estratégica – a busca pela vagem competitiva. Porto Alegre: Bookman, 2012. MELLONI, L. F. Engenharia simultânea: potencialidades e limites. Disponível em <https://www.unimep.br/phpg/bibdig/pdfs/docs/25052012_142329_luis_fernando_melloni.p df>. Acesso em 18 mar. 2015. NASCIMENTO, L. A. do; SANTOS E. T. A contribuição da tecnologia da informação ao processo de projeto na construção civil. Disponível em: <http://www.eesc.sc.usp.br/sap/workshop/anais/A_CONTRIBUICAO_DA_TECNOLOGIA_D A_INFORMACAO.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2015. OLIVEIRA, D. P. R. Estrutura organizacional – uma abordagem para resultados e competitividade. São Paulo: Atlas, 2011. VIEIRA, D.; BOURAS, A.; DEBAECKER, D. Gestão de Projeto do Produto. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. Visão estratégica – indicações bibliográficas ATÉ A PRÓXIMA!
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