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DOC BABIES PSICOLOGIA

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Depois de filmar por um ano quatro crianças de diferentes países (Namíbia, Mongólia, Japão e Estados Unidos), o documentarista francês Thomas Balmès buscava levar ao público as diferentes perspectivas culturais que influem na criação de crianças, do nascimento aos primeiros passos. O resultado dessa experiência é 'Bebês', uma produção tão hipnótica quanto discutível.
Sem diálogos ou depoimentos, apenas as músicas de Bruno Coulais (de 'Coraline e o mundo secreto' e 'A voz do coração'), o filme de Balmés é uma testemunha dos acontecimentos, sem qualquer interação -- visível, pelo menos - com seus personagens. A câmera simplesmente grava seu cotidiano, mesmo quando os bebês se colocam em situações potencialmente perigosas.
Enquanto o pequeno Ponijao está inserido em uma comunidade tribal no interior da Namíbia, em que outras crianças e mães velam pelo coletivo, Bayar, na Mongólia, fica praticamente sozinho na cabana rodeada pelo deserto de Gobi.
ensão e humor
No entanto, quem traz os momentos mais divertidos é Bayar. Como os pais Mandakh e Purev precisam cuidar do pastoreio, o bebê aparece praticamente sozinho em muitas cenas. Em um misto de tensão e humor, Bayar interage com os mais diversos animais à sua volta, em especial quando acorda no meio de um rebanho, depois de seu irmão mais velho (de 4 anos) empurrar o carrinho em que dormia para o pasto.
As experiências captadas pelas lentes do documentarista francês apontam para dimensões variadas, mas não necessariamente opostas sobre os primeiros meses de vida de uma criança.
Ao não mostrar maior diversidade de culturas, o que se vê na tela é uma repetição de cenas curiosas protagonizadas por crianças em seu meio. 'Bebês', no fim, é menor que a ideia tida pelo popular diretor, produtor e ator francês Alain Chabat (de 'Asterix & Obelix: Missão Cleópatra'), e levada adiante por Thomas Balmès. Sem uma profundidade maior, resta ao espectador sair sorrindo da sessão, encantado pelas crianças.
Babies (2010), filme dirigido por Thomas Balmès, é um documentário que testemunha, sem narração, o 1º ano de vida de quatro bebês, cada um de uma parte distinta da Terra. Ponijao é um menino namibiano, Mari é uma menina japonesa, Bayar é um menino mongólico e Hattie é uma menina norte-americana.
Acompanhamos diversos momentos da vida das pequenas crianças, desde o nascimento, passando pelas primeiras palavras até os primeiros passos. Os quatro bebês comovem o espectador, como é comum com adultos contemplando infantes dessa tamanho e idade. O cineasta escolhe momentos pitorescos e os encaixa com cenas que mostram especificidades culturais, de hábitos e costumes.
Vale à pena assistir!
CONSIDERAÇÕES
O documentário escolhido traz grande riqueza de informações a serem estudadas no
que diz respeito ao que podem as crianças e ao que os adultos podem aprender com elas.
O que para algumas sociedades e comunidades é tido como correto moralmente e
culturalmente necessário de ser transmitido, para outras não aparece, pois, a concepção do que
são os bebês varia de época e de lugar. Entretanto, nas quatro culturas apresentadas e nos
grupos focalizados, o investimento feito pelos adultos em seus bebês leva em conta o bem
comum, o afeto e a manutenção de tradições que visam o desenvolvimento e a integração do
novo integrante da família e dos novos seres no mundo.
Pedagogicamente, ao observar o vídeo e o comportamento de cada um dos bebês,
pode-se entender a aprendizagem acontecendo conforme estes agem sobre o mundo, sobre si e
com os outros, produzindo seu próprio conhecimento e se incluindo no universo organizado
pelos adultos que o precederam. Neste sentido, o aprender se configura em acontecimento.
Observar e conhecer como os bebês se constituem e os processos e práticas de
aprender, por meio de tateio, erro e improvisação envoltos em diferentes culturas a que se
pode ter acesso pela via da linguagem documental e do acompanhamento longitudinal, serve
de referência para se repensar a postura dos adultos no trato com os bebês, especialmente em
contextos familiares e institucionais escolares, de modo a deslocar pensamentos, posturas e
lógicas já instauradas e impostas numa relação assimétrica de saber-poder e, 
O QUE NOS DÁ A CONHECER E PENSAR O DOCUMENTÁRIO “BABIES”?
64
Cadernos da Fucamp, v.19, n.39, p.47-64/2020
costumeiramente, centrada nos interesses e lógica dos adultos. Desta forma, o acontecimento,
como inauguração de algo novo e de ruptura também se dá para os adultos, assumindo
repercussões e ressonâncias culturais, históricas, sociais e comunais.
................................................................................
“The Babies” é um documentário feito em 2010, pelo diretor francês Thomas Balmes,
que viajou por quatro países distintos, localizados, geograficamente, no eixo norte-sul e no
centro-oeste, sendo eles Namíbia, Mongólia, Japão e Estados Unidos, observando e
registrando a vida de quatro bebês, Ponijao, Bayarjargal, Mari e Hattieuma, respectivamente,
em seus ambientes familiares e no cotidiano.
O diretor não se propõe a contar uma história em particular e nem busca intervir no
que acontece, mas acompanha o que há de singular e de comum no crescimento,
desenvolvimento e aprendizagens dos bebês tanto no ocidente quanto no oriente do planeta.
Também não assume a condução um narrador que apresenta e explica o que se passa no
vídeo, deixando a cargo da imaginação do espectador estabelecer os nexos pela percepção de
aspectos convergentes ou peculiares. As gravações das cenas são feitas em um tempo longitudinal, iniciando-se a partir do
final do período gestacional das mães até o nascimento dos filhos e o processo de
desenvolvimento e aprendizado destes até o 1° ano de vida.
Metodologicamente, procedeu-se da seguinte forma: a) assistir o documentário; b)
fazer anotações pessoais a partir do que o documentário provocou em termos de sensações e RESULTADOS
Os bebês que aparecem no documentário são, brevemente, apresentados a seguir de
forma que seja possível conhecê-los em suas particularidades culturais e em seus processos de
aprendizagem cotidianos.
Quatro países e quatro bebês, desde o nascimento até os seus primeiros passos. Seus nomes são Ponijao, Bayarjargal, Mari e Hattie, e eles vivem na Namíbia, na Mongólia, do Japão e nos Estados Unidos. O filme “BEBÊS” nos convida a explorar simultaneamente, e em quatro culturas muito diferentes, capturando os momentos mais engraçados, os mais despreocupados, aqueles momentos únicos, universais e tocantes dos primeiros meses de nossas vidas. Uma hora e meia de aventura, ação, humor e quedas …
Documentário, França, 2008, 76 min, Livre
Direção: Thomas Balmès
Roteiro: Alain Chabat e Thomas Balmès
Montagem: Craig Mackay (AFC) e Reynald Bertrand
Música: Bruno Coulais
Elenco: As crianças: Ponijao (Namíbia), Mari (Japão), Hattie (Estados Unidos) e Bayarjargal (Mongólia) Os pais das crianças: Tarererua e Hindere (Namíbia), Seiko e Fumito (Japão), Susie e Frazer (Estados Unidos), Mandakh e Purev (Mongólia)
Produção: CHEZ WAM, Alain Chabat, Amandine Billot e Christine Rouxel

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